quarta-feira, 29 de maio de 2013

IMITADORES DE CRISTO

Romildo Gurgel

“Tornem-se meus imitadores,, como eu sou de Cristo” (1Coríntios 11:1)

A declaração do apóstolo Paulo a Igreja, parte do pressuposto da inadequação da confissão que ela professa, por achar que ela não é uma imitação confiável de Cristo.  O que o apóstolo contempla é um testemunho hibrido, que assume a liderança influenciadora, fragmentando a realidade da pessoalidade de Cristo na comunidade. De certa forma, todos nós nos sentimos inadequados para de uma forma confiante fazer uma declaração como esta. No entanto, Paulo não tem nenhum receio de utilizá-la e pronunciá-la.  Em outras igrejas e em ocasiões diferentes, ele faz uso dessa declaração com bastante liberdade, vejamos:

“Portanto suplico-lhe que sejam meus imitadores” (1Coríntios 4:16).

“Portanto sejam imitadores de Deus como filhos amados” (Efésios 5:1)

“Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e  observem os que vivem de
acordo com o padrão que lhes apresentamos” (Filipenses 3:17)

“De fato vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo”(1Tessalonicenses 1:6).

A quem deveremos imitar em meio a tantos modelos de cristianismo na atualidade?  Hoje existem muitos líderes religiosos que levam multidões a imitá-lo, vestindo as mesmas roupas, falando do mesmo jeito, usando os mesmos métodos, frequentando os mesmos lugares, cantando as mesmas músicas, gostando das mesmas diversões, amando os mesmos dogmas e sistemas, etc. Não é para esse tipo de modelo que o apóstolo pretende ser. Ele não convida ninguém  a vestir a mesma roupa que ele. Ele não convida a abraçar seus métodos, mas a imitar a mesma pessoa que ele imita (JESUS CRISTO), a ser um exemplo daquilo que foi ensinado por Jesus e encontrado unicamente n’Ele.

A grande questão do momento é: Se você não imita a Cristo, a quem então você está imitando?

A fé para o apóstolo Paulo era uma realidade pessoal, envolvia toda sua existência, não existia nada de que ficasse de fora, sem que Cristo não viesse aparecer. Ele não se escondia atrás da academia, não se refugiava nos diplomas e não fazia da teologia apenas uma arma para defender suas convicções. Ele não teve o menor receio em afirmar que considerava tudo como esterco por causa da excelência de Jesus Cristo, conforme ele escreveu em (Filipenses 3:7-11): “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco  para poder ganhar Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se  baseia na fé. Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos”

 Paulo também não fazia uso da sua eficiência ou eloquência para dar visibilidade ao seu ministério, como é  tão comum entre nós. Paulo não convidou ninguém imitar seu sucesso ou sua competência. Ele deixou claro esta verdade em sua vida quando escreveu dizendo:

“Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus” (1Coríntios 2:2-5).

A resposta a esse ensaio é:

  • Se não imitamos a Cristo, somos idólatras de nós mesmos, seremos egolátricos e orgulhosos da nossa própria projeção.
  • Não existe seguimento a Jesus sem que haja uma crucificação diária e constante - (Lucas.14:27)
  • Imitar Jesus é fazer a mesma mimica que Jesus fez.
  • Não se pode imitar a Jesus se não houver uma renúncia de nós mesmos e de tudo aquilo que valorizamos - (Lucas 14:33)
  • Nós somos uma carta. Carta não fala, é lida. - (2Coríntios 3:2)
  • Quando o envelope mortal for aberto, a carta será lida por todos.
  • Nós somos aroma constantemente de um único perfume (Cristo). - (2Coríntios 2:15-16)

Que o Senhor nos ajude,

Romildo Gurgel

Fonte:
- Barbosa Ricardo. Identidade Perdida. Encontro Publicações, 2012 pp.63-65
- Bíblia NVI
- Bíblia Vida Nova – Editora Vida
- Chave Bíblica


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