terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O discipulo de Jesus deve levar a sua cruz cada dia


AS TRÊS CRUZES DO DISCIPULADO
O DISCÍPULO DE JESUS DEVE LEVAR SUA CRUZ CADA DIA.

O sentido da cruz do discípulo que segue após o Senhor está exarado nas seguintes palavras ditas por Jesus, assim: "(...) se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perde-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará". Lc 9.23-24.

Como a mensagem da cruz opera no discipulado? Opera de três maneiras importantes, a saber:
1a. Opera crucificando o "ego" do discipulo para que a sua vida seja dirigida acima das pressões sociais. (Lc 9.23; Mt 5.13-16)

A crucificação do "égo" - Do "ego", ou do próprio "eu" do ser humano é que procede o egoismo, os seus próprios interesses e a soberba. É, na alma do ser humano, na sua personalidade onde reside a vontade, as paixões, as faculdades psíquicas, intelectuais, morais, os afetos e os sentimentos que o dominam. A vida do homem sem a cruz de Cristo, naturalmente, torna-se uma vida egoista, materialista, hedonistica, etc. O homem só se submete à vontade soberana de Deus quando o seu "ego" for crucificado com Cristo, e, se ele nascer novamente do Espírito, (Jo 1.12-13; 3.3-7). Só então, poderá viver a vida abundante em Cristo e seguí-Lo. Isto significa que o "ego" humano deve ser substituido pelo "ide" do Espírito Santo que o guiará por toda a vida. (Rm 8.5-14). Como está escrito em 1ª Cor 5.17: "Assim que, se alguem está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo".

Negando-se a si mesmo - O verdadeiro discipulo de Cristo deve provar sua lealdade "negando-se a si mesmo", crucificando todo o seu egoismo e submetendo-se à soberana vontade do seu Senhor. Como disse o apóstolo Paulo nestas palavras: "Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim". Gl 2.20. Quando Jesus disse: "segue-me" está indicando a própria autonegação do "ego" do discípulo. Ele está ensinando a seus discípulos a negarem as suas próprias vontades, seus próprios interesses, renderem-se à Sua soberana vontade, e seguirem-nO.

2ª. Opera crucificando a vida presente do discipulo.
Negando a vida secular presente. - A verdadeira vida cristã que acompanha o discipulo resulta da dedicação completa no servir a Deus de todo o coração. Quando Jesus disse: "(...) Pois, quem quiser salvar a sua vida perde-la-á, mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á", está monstrando a relação inversa sobre a vida diária do discípulo em comparação à superioridade da vida espiritual, agora e na eternidade. O discípulo deve descansar sob o jugo de Jesus sem ansiedade, como Ele disse: "(...) Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas". (Mt 11.29). A prioriodade pelo o Reino de Deus na vida diária é a regra comportamental ideal do discipulo, ao invés da ansiedade e da preocupção exessiva com a vida material, como está escrito assim: "(...) Mas buscai primeiro o reino Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas (materiais) vos serão acrescentadas". (Mt 6.33). Ler: Mt 6.24-34;16.24-27; Lc 9.23-27; Mc 8.34-37.

3ª Opera crucificando o mundo (kosmos) que o cerca. (Gl 6.14).
Crucificando este mundo securalizado. - O mundo (kosmos) como já vimos, anteriormente, é gerido por Satanás, seu príncipe regente, o qual é oposto ao reino de Deus. Razão porque, o mesmo deve ser tratado pelo discípulo de Jesus, como estando crucificado. Para o verdadeiro discípulo do Senhor, tanto o "ego" humano quanto o mundo (kosmos) materialista, secularizado, corrompido devem estar crucificados, mutuamente, isto é, como mortos, aniquilados, a fim de que o discípulo cristão possa viver vitoriosamente sob à vontade soberana de Deus. O mundo (kosmos) e o Reino de Deus, são por natureza antagônicos, portanto, este deve sobrepor, sempre, sobre aquele. (Mt 6.24). Como o apóstolo Paulo disse: "14Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo". Gl 6.14. Quanto à nova posição do discípulo de Jesus, o apóstolo Paulo alerta, assim: "1Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. 2Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; 3porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória.5Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria." Col 3.1-5. L Ler: Mt 6.24; 13.7, 22; Fl 3.7-8; 1ª Tm 6.6-10; Tg 2.1-7; 5.1-6.

Exemplos de casos especiais na Bíblia: Moisés, (Hb 11.24-27), os Apóstolos, (Mt 19.23-30), Zaqueu, (Lc 19.1-10), o jovem rico. (Mt 19.16-30; Mc 10.17-31; Lc 18.18-30).

Conclusão. A cruz do discipolo de Jesus, portanto, significa, primeiro: negar-se a si mesmo, negar a sua vontade própria para ceder à vontade soberana de Deus; segundo: negar seus interesses individuais em favor dos interesses do seu próximo; terceiro: crucificar o mundo (kosmos) com suas concupisciências e as vaidadades da vida presente secularizada etc, em troca dos valores espirituais do Reino de Deus. Como disse Jesus: "24Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará. 25Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? (Lc 9.24-26). (...) 34Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal". (Mt 6.34).

O apóstolo João explica muito bem o porquê da crucificação do discípulo para viver a sua vida firmada no amor a Deus, o qual está acima das coisas materiais deste mundo, assim: "(...) 15Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (1ª Jo 2.15-17). Como disse Jesus: "(...) Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração". (Mt 6.21). Então, onde está vinculado o teu coração? No Reino de Deus, ou nas coisas que são só desta terra? Amém.

Pr.Djalma
(Igreja DE Cristo em São Paulo)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

CRENTES PERIFÉRICOS - Quem não quer compromisso na terra não pode ter compromisso no céu...

Inicio esta reflexão com uma pergunta:Você saberia dizer quais os
motivos que justificam o seu ingresso ou permanência em uma igreja
“evangélica”? A igreja deveria estar a serviço do reino de Deus,mas
hoje em dia, com raras exeções, tem servido a outros”senhores”, a
interesse completamente oposto ao evangelho. A igreja deveria servir
ao próximo,servir para promover vida, porem é inegável que muitos tem
feito da “casa de oração” um “covil de ladrões”. Então quais os
motivos pelo quais você continua na igreja?
É perturbador saber que a maior parte das nossas praticas
eclesiásticas não tem origem bíblica,que vivemos um cristianismo muito
distante daquele vivido pela igreja do primeiro século, que nos afasta
tanto da simplicidade da igreja primitiva que hoje o que vivemos é
algo complexo,cheio de tradições, de formulas humanas. Em face desse
estado de coisas,muitos acham que é possível ser crente em casa, no
conforto do lar, sem envolvimento com o corpo de Cristo. Afirmam que o
importante é a relação com Deus e não com a igreja. Dizem que a igreja
é uma instituição falida, hipócrita e que preferem não ter compromisso
com apenas uma denominação e todos os seus defeitos, mas freqüentar
varias igrejas para tirar o que cada uma tem de melhor. Afirmam ainda
que são “de Cristo” e isto basta.
Somos uma geração que detesta compromisso. É muito mais fácil entrar
no estádio, ficar na arquibancada falando mal do técnico e depois ir
embora para casa, do que estar efetivamente envolvido no processo. É
mais fácil falar da igreja, apontar erros, mesmo que existentes,e
praticar o denuncismo vazio, do que se envolver na obra. A igreja é
uma instituição divina e como tal não pode estar falida.
O corpo de Cristo não é uma mera instituição religiosa. Não é composta
de convenções, sedes, organizações jurídicas ou redes de franquias. A
igreja somos nós. Por isso, não adianta falar da igreja como se fosse
uma entidade, uma terceira pessoa. Esse conceito de que posso ser
cristão a margem deste processo é falsa. Se sou realmente cristão,
estou envolvido diretamente com a coisa toda. Jesus ensinou que quem
não quer compromisso na terra,não pode ter compromisso no céu. Você
não precisa ser membro de uma igreja para ser salvo: para isto basta
crer no Senhor Jesus. Porem, a regra é clara: se você já é salvo pelo
sangue do cordeiro, precisa estar em comunhão com uma igreja local.
Caso contrario, sua comunhão com Deus estará interrompida. Ser ligado
na terra é estar em comunhão com o corpo de Cristo. Foi o que ele
disse quando afirmou “o que ligardes na terra será ligado no céu e o
que desligardes na terra será desligado no céu “. (Mateus 18.18).
Muita gente diz que para se relacionar bem com Deus não é preciso
fazer parte de uma igreja, que isso é secundário, que o que importa é
a sua devoção pessoal. Não! Segundo este versículo, esta é uma
situação impossível. Quem está em comunhão com Deus necessariamente
precisa estar em comunhão com seus irmãos. E a prática comprova a
teoria. Quem diz este tipo de coisa invariavelmente não está nada bem
com Deus. Usa isso como desculpa para justificar sua falta de
compromisso .
Apesar da integridade e moral duvidosa de muitas “lideranças”, a
despeito da zombaria e escárnio que se tem feito usando o nome de
Deus, mesmo com todos erros, mesmo com perda de identidade de muitas
igrejas, Jesus não desistiu delas! É só prestar atenção ao seu redor.
Ainda há conversões genuínas, ainda existe cura para doente, ainda
existe um povo que não desiste nunca.
É muito cômoda a posição de “usuário”. Você vai a igreja “a” por
causa do louvor,à igreja “b” por causa dos estudos bíblicos, a igreja
“c”porque a reunião de oração é muito boa. Só que você se esquece de
que a igreja “a” só tem um louvor bom e inspirador porque um grupo de
irmãos comprometidos está ensaiando o domingo inteiro enquanto você
assiste TV ou está em alguma atividade de lazer. A igreja “b” tem bons
estudos bíblicos porque pastores e mestres gastam horas em cima de um
texto, pesquisado ou lendo comentários enquanto você se esparrama no
sofá para assistir o seu programa favorito.
Se todo mundo pensar que pode viver uma vida espiritual pulando de
galho em galho, ao bel prazer de suas preferências pessoais, não
sobrara ninguém para realizar a obra. Esses são os parasitas que vivem
na periferia da “fé”; São como ciganos ou hippies, que criticam o
sistema para não assumir responsabilidades, mas usufruem de todos os
benefícios que esse mesmo sistema lhes oferece.
Não que o sistema seja perfeito e não tenha suas injustiças.É que eles
mesmos não estão dispostos a mover uma palha para ajudar a melhorar as
coisas.
O amor de Deus é incondicional,mas o seu perdão não. Para ser
perdoado, o pecador precisa aceitar os termos que Deus estabelece. Não
há perdão de pecado sem confissão e arrependimento. E o que é mais
grave: tem muitas gente querendo que a igreja alise seus pecados,
engula seus podres e passe por cima deles, sem passar pelo processo
necessário para sua restauração.
É hora de rever em que tipo de Evangelho cremos e se estamos nele
vivendo, já que disso depende a mensagem que pregamos, o que por sua
vez, vai determinar o tipo de” crentes” que vamos ter em nossas
igrejas. Saia da letargia espiritual, da periferia da fé, do
comodismo fútil e da religiosidade vazia. Deixe de ser morno em
relação as coisas espirituais! Mergulhe no oceano do Espírito,
permitindo que o poder de Deus flua através de todo o seu ser,
produzindo frutos que saltem para a vida eterna!

Pastor Araripe Gurgel é pastor na igreja crista da trindade

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

PARÁBOLA DOS PESCADORES SEM PEIXE

Autor desconhecido

Era uma Associação de Pescadores, que viviam no meio de rios e lagos, cheios de peixes famintos. Eles se reuniam regularmente para discutir sobre o chamado para pescar, a abundância de peixe e a emoção de pegar peixes. Ficavam muito animados com o assunto da pescaria.

Alguém sugeriu que o grupo precisava de uma filosofia de pesca. Assim, cuidadosamente, definiram e redefiniram a pesca e o propósito da pescaria. Desenvolveram estratégias e táticas. De repente perceberam que haviam começado de trás para frente – haviam se interessado pela pescaria do ponto de vista do pescador, e não do ponto de vista do peixe. Como o peixe vê o mundo? Como vê o pescador? O que e quando o peixe come? Era importante entender essas coisas. Por isso, iniciaram estudos e pesquisas. Participaram de conferências sobre a pescaria. Muitos viajaram a lugares longínquos para estudar diferentes tipos de peixes, com diferentes hábitos. Alguns obtiveram Ph.D. em piscicultura.

Contudo, ninguém havia ido pescar. Formou-se, então, um comitê para enviar pescadores. Havia muito mais lugares propícios para pescar do que pescadores. Por isso, o comitê precisava determinar prioridades. A lista de prioridades foi colocada em quadros de avisos em todos os salões da Associação.

Mas, como antes, ninguém estava pescando ainda. Foi feita uma pesquisa para saber por quê. A maioria não respondeu ao questionário, mas, entre os que responderam, descobriu-se que alguns se sentiam chamados para estudar a pesca, outros para fornecer equipamentos de pesca e outros, ainda, para encorajar os pescadores. E, com tantas reuniões, conferências e seminários, simplesmente não tiveram tempo para pescar.

Jacó era novato na Associação de Pescadores. Depois de uma reunião muito animada, ele foi pescar. Fez algumas tentativas, pegou o jeito e conseguiu pegar um lindo peixe! Na reunião seguinte, ele contou sua história e foi elogiado pelo sucesso. Acabou sendo convidado para falar em todos os núcleos da Associação e contar como havia sido a sua pescaria. Assim, com tantos compromissos e por ter sido eleito para a diretoria da Associação, Jacó nunca mais teve tempo para pescar.

No entanto, não demorou muito e ele começou a se sentir intranqüilo e vazio. Teve saudades da pesca propriamente dita, de sentir o puxão no anzol. Assim, decidiu deixar a diretoria da Associação, bem como os demais compromissos com os núcleos, e convidou um amigo para ir pescar com ele. Os dois foram – sozinhos – e pegaram peixes.

Os membros da Associação de Pescadores eram muitos e os peixes eram abundantes. Mas os pescadores continuavam sendo muito poucos.

Fonte: Ultimato

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A LEI DA SEMEADURA 2


LEI DA SEMEADURA (Gl 6.7b).


I. SOMENTE VAMOS SEMEAR, SE TIVERMOS UMA VISÃO (UM SONHO) DE NOSSA COLHEITA.
1. Só semeia quem tem sonho, quem tem visão.
2. Existem três tipos de pessoas: os que fazem as coisas acontecerem, os que ficam olhando as coisas acontecerem, e os que nem sabem o que está acontecendo.
3. Visão é uma fotografia de seu futuro preferível. É uma imagem do que você deseja fazer, uma estaca plantada no seu futuro. [Obstáculos].
4. Sêneca: Qdo. o cap. ñ sabe p/ q. porto se dirige, todos os ventos lhe são contrários.
5. Quando semeamos sonhamos com a colheita. O poder do sonho (da visão). Enxergamos pela fé o futuro; percebemos o que Deus está fazendo no Seu Reino; identificamos como nos encaixamos nos projetos de Deus.
6. Quatro verdades sobre a visão.
• O que você vê é o que você será.
(eu preciso mudar...)
• O que você vê é o que você pode realizar.
(não tiro para todo o lado)
• Sua visão capacitará você realizar o que parecia impossível.
• Sua visão vai inspirar outras pessoas.

II. VAMOS COLHER AQUILO QUE PLANTARMOS
1. Quem plantar joio, ervas daninhas e espinhos não pode esperar nada diferente além de intrigas, desunião e decepções.
2. Quem plantar amor, fé, esperança e verdade colherá frutos próprios para uma vida de vitória.
3. É imprescindível plantar – Na vida, ninguém deixa de plantar algo.
4. Para quem não se conscientizar de que é preciso plantar para depois colher irá ter muitas frustrações. Como colher sem plantar?
* certo irmão foi trabalhar em uma empresa...

III. VAMOS COLHER NO TEMPO CERTO, SE PLANTARMOS TAMBÉM NO TEMPO CERTO.
1. Há tempo para tudo debaixo do céu...
2. A semeadura é um dos processos naturais criado por Deus para geração de vida. Não tem efeito instantâneo. É um processo e como tal exige tempo.
3. Semear exige disposição, perseverança, paciência (não existe colheita instantânea ao plantio).
4. O perigo da cultura microondas – café solúvel – computador.
5. No processo de semear bem para colher bem não podemos desperdiçar tempo. Bem vale lembrar o sábio poema de frei Antônio das Chagas (1831-1882):

Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta,
Mas como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje quero acertar conta e não há tempo.

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passa-tempo.
Cuidai, enquanto é tempo, de vossa conta,
Pois aqueles que sem conta gastam o tempo,
Quando o tempo chegar de prestar contas,
Chorarão, como eu, o não ter tempo.

IV. VAMOS COLHER ONDE PLANTARMOS
1. No ano novo continuaremos a viver em geografias específicas.
2. Temos espaços vitais. Nossa vida vai se estruturando nesses ambientes. É nesses lugares que temos que plantar:
a) Na família b) No trabalho c) Na Igreja d) Na escola
3. Os grandes traumas têm raízes na família;
* irmã que parou de pregar para o marido
* o filho que começou honrar mais o pai
4. As maiores decepções com a fé se dão no ambiente religioso.
* irmão que reclamava que ninguém gostava dele na igreja, mas q. , mas, percebeu que seque cumprimentava as pessoas.
5. As grandes frustrações pessoais se configuram no local de trabalho.
* outro irmão via o patrão como um bicho...
6. É preciso plantar sementes novas exatamente onde vivemos mais intensamente, pois colhemos, primeiramente onde plantamos primeiro.

V. VAMOS COLHER MAIS DO QUE PLANTARMOS
1. Quem semeia um sonho e o cultiva – colhe realizações
2. Quem semeia a palavra – colhe fé
3. Quem semeia fé – colhe milagres
4. Quem semeia sorriso – colhe alegria
5. Quem semeia amor – colhe uma multidão de amigos.
6. Quem semeia bondade – colhe solidariedade.
7. Quem semeia perdão – colhe paz.
8. Quem semeia generosidade – colhe prosperidade

Mas, a melhor semente somos nós mesmos - Jo 12. 23-26: “É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.

A Semente
Como eu queria ser uma semente
lançada à terra fértil, bem cuidada,
para mostrar o quanto, ao ser amada,
tamanha pequenez se faz potente.

Brotar... crescer... fundir-se em alegria
ao produzir a mágica das flores,
que traz beleza, aroma e tantas cores;
que traz a paz aos olhos e alivia.

Brotar... crescer... tornar-se mui contente
ao contornar de frutos sua estada
por esta Terra fria e apavorada,
gerando vida para todo o sempre.
(Luiz Antonio Cardoso)


Fonte de Inspiração: Editorial do Boletim da 1ª I B. de João Pessoa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A JUSTIFICAÇÃO PELA GRAÇA - UM PANORAMA HISTÓRICO



O ensino dos Pais eclesiásticos sobre a justificação (até 1.200 dC)
Os escritos dos Pais eclesiásticos não são Escrituras inspiradas. Nós não os consideramos como uma autoridade no ensino. Contudo, eles oferecem evidência do ensino que foi dado à Igreja de sua época. Possuímos uma corrente ininterrupta de escritos, desde o tempo dos apóstolos até os nossos dias que podem mostrar-nos toda a história do pensamento cristão sobre o assunto da justificação.

A pergunta que dirigimos aos primeiros Pais eclesiásticos é esta: poderia a doutrina da justificação pela graça, mediante a fé nos méritos de Cristo, ser encontrada em algum dos escritos durante o primeiro período da história da Igreja? Se pudermos, então teremos provas conclusivas de que a doutrina não foi uma invenção de Lutero, como se diz às vezes! Mas, se a verdade fosse conhecida por qualquer um dos primeiros Pais eclesiásticos, então, com toda certeza, foi conhecida antes da Reforma.


Clemente de Roma (talvez o mesmo mencionado em Filipenses 4:3), em sua carta aos Coríntios, diz:

"Nós também, sendo chamados mediante a Sua (Deus) vontade em Cristo Jesus, não somos justificados por nós mesmos, nem por nossa própria sabedoria, ou entendimento, ou piedade, ou obras que temos feito com pureza de coração, porém, pela fé ... " (Epístola aos Coríntios)


Inácio, um discípulo do apóstolo João, escreveu:

"A Sua (Cristo) cruz, a Sua morte, a Sua ressurreição e a fé que vem por meio dEle, são as minhas garantias imaculadas; nessas, pelas suas orações, acredito que tenho sido justificado." (Epístola aos de Filadélfia)


Policarpo (falecido em 155 dC), também um discípulo do apóstolo João, escreveu:

"Eu sei que mediante a graça você é salvo, não por obras, mas sim, pela vontade de Deus em Jesus Cristo." (Epístola aos Filipenses)


Justino Mártir (falecido em 165 dC), escreveu:

"Não mais pelo sangue de bodes e de carneiros, nem pelas cinzas de uma novilha... são os pecados purificados, [1] e sim, pela fé, mediante o sangue de Cristo e de Sua morte, que por essa razão morreu." (Diálogo com Trifa)


Numa carta (escrita cerca de 150 dC) dirigida a uma pessoa chamada Diogneto, que evidentemente tinha indagado a respeito da cristandade, encontram-se as seguintes frases:

"Deus deu o Seu próprio Filho em resgate por nós ... porque, o que poderia encobrir os nossos pecados, senão a Sua justiça? Quem possibilitou a justificação de transgressores e impiedosos, tais como nós, senão o Filho de Deus somente? Quão maravilhoso é o benefício inesperado, que a transgressão de muitos pudesse ser escondida em uma só Pessoa justa e que a justiça de Um só pudesse justificar a muitos transgressores."


No período iniciado com o reinado de Constantino (falecido em 337 dC), quando o cristianismo tornou-se uma religião oficialmente reconhecida, e não mais uma fé perseguida, algumas heresias surgiram e feriram várias doutrinas básicas do cristianismo. Inevitavelmente, um erro no trato de uma verdade cristã, envolveu erros a respeito de outras também, isto é, conceitos deficientes quanto ao pecado impediram que alguns compreendessem a sua necessidade de um Salvador. Outras heresias relacionaram-se com a Trindade, a encarnação de Cristo e a incapacidade do pecador perdido para fazer obras espirituais. Essas heresias todas enfraqueceram o entendimento da justificação bíblica.

Ao combater essas heresias e reafirmar a impotência pecaminosa da natureza humana, a necessidade de salvação pela graça e a expiação eficaz oferecida por Cristo, os fiéis remanescentes lançaram fundamentos seguros para a doutrina da justificação pela graça mediante a fé em Cristo.


Irineu (falecido no princípio do terceiro século), um discípulo de Policarpo, escreveu:

"... através da obediência de um homem, que primeiro nasceu da Virgem, para que muitos pudessem ser justificados e receber a salvação."


Cipriano (falecido em 258 dC), um bispo na Igreja da África do Norte, escreveu:

"Quando Abraão creu em Deus, isso lhe foi imputado para justiça, portanto, cada um que crê em Deus e vive pela fé, será considerado como uma pessoa justa."


Atanásio, bispo de Alexandria durante quarenta e seis anos (falecido em 373 dC), escreveu:

"Nem por esses (isto é, esforços humanos), mas, à semelhança de Abraão, o homem é justificado pela fé."


Basílio, bispo de Capadócia (falecido em 379 dC), foi um escritor prolífico e tem nos deixado palavras tais como estas:

"O verdadeiro e perfeito gloriar-se em Deus é isto: é quando o homem não se exalta por causa da sua própria justiça; é quando ele sabe por si mesmo que carece da verdadeira justiça e que a justificação é somente pela fé em Cristo."


Ambrósio, bispo de Milão (falecido em 397 dC), famoso como grande pregador, tem nos deixado estas palavras:

"Para o homem ímpio, para um gentio que crê em Cristo, a sua fé lhe é imputada para justiça, sem as obras da lei, como também aconteceu com Abraão."


De Orígenes, o grande professor, pensador e escritor do cristianismo (falecido em 253 dC), vem o seguinte:

"Pela fé, sem as obras da lei, o ladrão na cruz foi justificado; porque ... o Senhor não indagou a respeito de suas obras anteriores, nem aguardava a realização de qualquer obra depois de crer; antes... Ele o tomou para Si mesmo como companheiro, justificado somente na base da sua confissão."


Jerônimo, o grande tradutor da Bíblia para o latim (falecido em 420 dC), escreveu:

"Quando um homem ímpio é convertido, Deus o justifica somente por meio da fé, não por causa de boas obras que, na realidade, ele não possuía."


Crisóstomo, talvez o maior pregador de todos os Pais eclesiásticos (falecido em 407 dC), e que vivia por muitos anos em Constantinopla. Dele nós temos:

"Então, o que é que Deus fez? Ele fez com que um homem justo (Cristo) Se fizesse pecador, (como Paulo afirma) [2] para que Ele pudesse justificar pecadores ... quando nós somos justificados, é pela justiça de Deus, não por obras ... mas pela graça, pela qual todo o pecado desaparece."


De Agostinho, bispo de Hipona, perto de Cartago, um grande expositor da teologia da salvação somente pela graça de Deus (falecido em 420 dC), temos:

"A graça é algo doado; o salário é algo pago... é chamada graça porque ela é concedida gratuitamente. Você não comprou por nenhum mérito pessoal o que tem recebido. Portanto, em primeiro lugar, o pecador recebe a graça para que sejam perdoados os seus pecados ... na pessoa justificada, as boas obras vêm depois; elas não precedem a graça, a fim de que a pessoa seja justificada... as boas obras que seguem a justificação manifestam o que o homem tem recebido."


Anselmo, de Cantuária (falecido em 1109 dC), um grande teólogo, e talvez mais conhecido por causa de seu estudo sobre a expiação do pecado por Cristo, escreveu:

"Você acredita que não pode ser salvo, senão pela morte de Cristo? Então, vá, e ... ponha toda a sua confiança unicamente em Sua morte. Se Deus lhe disser: "você é um pecador", então responda: "coloco a morte de nosso Senhor Jesus Cristo entre mim e o meu pecado."


De Bernardo de Claraval, considerado como o último dos Pais eclesiásticos (falecido em 1153 dC) vem o seguinte:

"Acaso a nossa justiça não seria apenas uma injustiça e imperfeição? Então, o que será dos nossos pecados, quando a nossa justiça não é suficiente para defender-se a si mesma? Vamos, portanto, com toda humildade, refugiar-nos na misericórdia, porque ela somente pode salvar as nossas almas... qualquer um que tenha fome e sede de justiça, que creia nAquele que "justifica o ímpio", e assim sendo justificado somente pela fé, terá paz com Deus." *


O arcebispo Ussher (1581-1656) ajuntou citações de vinte e oito Pais eclesiásticos, demonstrando que em cada século até o décimo segundo houveram aqueles que adotaram a doutrina bíblica da justificação. (Ussher, Answers to a Jesuit 's Challenge (Respostas ao Desafio de um Jesuíta) páginas 472-505.)

Portanto, fora de qualquer dúvida, vemos que a doutrina da justificação pela graça, mediante a fé, não foi uma novidade introduzida por Lutero e Calvino. Embora houvesse muitas heresias e conceitos corruptos durante os primeiros séculos da história da Igreja, houve paralelamente uma corrente contínua dos maiores escritores e pensadores que adotaram e ensinaram esta verdade bíblica.


1 Provavelmente, a alusão se refere a Hebreus 9:13 - Editor.

2 Provavelmente, a alusão se refere a 2 Coríntios 5:21. Na verdade, Crisóstomo vai além das Escrituras. Cristo nunca foi feito pecador - Editor.


Extraído do capítulo 3 do livro Declarado Inocente, de James Buchanan - Editora PES.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

80 RAZÕES QUE TEMOS VITÓRIA EM CRISTO

01. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).
02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).
03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável
(IICo.5:5).
04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.
05. I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).
06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).
07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).
08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.
09. Salmos 17:8 - O crente é guardado por Deus como a menina dos Seus olhos.
10. Salmos 25:20 - A alma do crente é guardado por Deus (Sl.97:10).
11. Salmos 37:28 - O crente é preservado para sempre.
12. Salmos 12l:5-8 - O Senhor guarda o crente; guarda a sua alma de todo o mal; guarda a sua saída; guarda a sua entrada; e o guarda para sempre.
13. Salmos 145:20 - O Senhor guarda os crentes que O amam.
14. Jeremias 31:3 - O amor de Deus para com o crente é eterno.
15. Jó 5:19 - O crente é guardado do mal (Sl.91: Jo.17:9-26).
16. I João 5:18 - O crente é guardado do maligno (IITs.3:3; Jr.31:11).
17. Judas 24 - O crente é guardado para não tropeçar (ISm.2:9; Is.63:13).
18. João 11:9 - A fé do crente não lhe permite tropeçar (Rm.9:31-33).
19. Provérbios 10:25 - O crente tem perpétuo fundamento (IITm.2:19; ICo.3:11).
20. I Pedro 1:5 - O crente é guardado pela fé no poder de Deus.
21. Hebreus 12:2 - Jesus é o Autor da fé, e por isso, o crente não pode perdê-la (Fp.1:29; ICo.3:5;
At.18:27; Gl.5:22; IITs.3:2).
22. Romanos 16:25 - O crente é guardado pelo poder de Deus (IITm.1:12; Jd.24).
23. Hebreus 6:17 - A salvação do crente se fundamenta em duas coisas imutáveis: a) a promessa
(Js.21:45; At.13:32; IICo.1:20; Ef.3:6; Hb.9:14,15;10:23; IJo.2:25); b) o juramento (Hb.6:16). Só a promessa, sem o juramento já era em si mesma suficiente, mas Deus querendo mostrar a imutabilidade daquilo que Ele decretou, foi além da promessa, fazendo juramento. E Deus foi ainda mais além quando jurou pelo Seu próprio nome, porque não havia outro nome superior ao Seu (Hb.6:13,16; Jr.44:26;Nm.23:19).
24. Salmos 37:33 - O crente jamais será condenado (Sl.89:30-35; ICo.11:32).
25. Salmos 37:23,24 - Se o crente cair, não ficará prostrado (Sl.145:14; Pv.24:16; Jó 4:4; Rm.14:4;Mq.7:8).
26. Salmos 121:3 - O crente pode cair da graça (Gl.5:4), mas jamais cairá para a perdição (Sl.17:5;66:9).
27. Isaías 46:3,4 - O crente é conduzido por Deus até o fim (Sl.121:8).
28. I Coríntios 10:13 - A tentação não pode condenar o crente (Rm.6:14,18; IIPe.2:9).
29. João 4:14 - O crente jamais terá sede (Lc.16:24).
30. João 5:24 - O crente já passou da morte para a vida.
31. Romanos 6:8,9 - O crente já morreu com Cristo (IITm.2:11).
32. I Pedro 1:3,4 - O crente foi regenerado para uma viva esperança.
33. I Pedro 1:23 - O crente foi regenerado pela Palavra de Deus.
34. I João 3:9 - O crente foi regenerado pelo Espirito Santo (Jo.3:5; Tt.3:5).
35. João 6:37-40 - O crente jamais será lançado fora.
36. João 6:47 - O crente já possui a vida eterna (IJo.5:11-13; ITm.6:12).
37. João 10:28 - O crente não pode ser arrancado da mão do Filho.
38. João 10:29 - O crente não pode ser arrancado da mão do Pai.
39. Lucas 15:3-10 - Há alegria no céu por um pecador que se arrepende.
40. João 10:27 - O crente é conhecido do Senhor (Jo.10:14; IITm.2:19; ICo.8:3; Gl.4:9; Mt.7:21-23).
41. Mateus 28:20 - Jesus está com o crente todos os dias até o fim dos séculos.
42. Romanos 8:1 - Nenhuma condenação há para o crente (Rm.8:33,34).
43. Romanos 8:30 - Sendo justificado, o crente também será glorificado.
44. Romanos 8:28 - Todas as coisas cooperam para o bem do crente (Gn.50:20).
45. Romanos 8:35-39 - Nada poderá separar o crente do amor de Deus (Jo.13:1).
46. I Coríntios 3:15 - O crente infiel será salvo como pelo fogo (ICo.5:1-5;11:29-32).
47. I Coríntios 1:8 - O crente será confirmado até o fim (Rm.16:25; IITs.3:3).
48. Filipenses 1:6 - Deus mesmo terminará a obra no crente (Fp.2:13).
49. Colossenses 3:3 - A vida do crente está escondida com Cristo em Deus.
50. Efésios 5:27 - A igreja será sempre irrepreensível (IICo.11:2; ICo.12:26,27).
51. I Tessalonicenses 5:1-10 - O crente não será surpreendido na vinda do Senhor.
52. II Timóteo 2:13 - O crente infiel será salvo pela fidelidade de Deus (Rm.3:3).
53. Hebreus 13:5 - O crente jamais será abandonado por Deus.
54. I João 5:1 - O crente é nascido de Deus, e não pode "desnascer"
55. I Pedro 1:4 - O crente possui a natureza divina.
56. Romanos 8:9-11 - O crente é propriedade de Cristo (ICo.6:19,20).
57. I Tessalonicenses 5:23,24 - O crente é conservado irrepreensível.
58. I João 5:16 - O crente não pode pecar para a morte eterna (IJo.3:9;5:18).
59. I Coríntios 12:3 - O crente não pode blasfemar contra o Espírito Santo (Mt.12:32; Mc.9:39,40;Lc.11:23; IJo.5:10; Jo.3:33).
60. I João 2:19 - O crente é perseverante na fé (Mt.10:22;24:13; IIJo.9; Ap.13:10;14:12).
61. João 10:26 - O crente é ovelha e não porca lavada (IIPe.2:20-22).
62. João 13:10 - O crente já está limpo do seu pecado (Jo.15:3).
63. I Coríntios 1:30 - Cristo é a justiça do crente.
64. I Coríntios 1:30 - Cristo é a santificação do crente.
65. I Coríntios 1:30 - Cristo é a redenção do crente.
66. Salmos 25:20 - Deus é o refúgio do crente (Hb.6:18).
67. I João 2:22,23 - O crente não pode negar o filho (Mt.10:33; IITm.2:12).
68. Romanos 8:37 - O crente sempre será vencedor (Jo.16:33; Ap.2:7,11,17,26;3:5,12,21).
69. I João 5:4 - O crente vence o mundo.
70. I João 2:14 - O crente vence o diabo (IJo.4:4; Ap.12:11).
71. Romanos 6:14 - O crente vence o pecado (a carne).
72. Romanos 11:29 - O dom de Deus é irrevogável.
73. João 19:30 - Todo o pecado do crente está consumado.
74. Gálatas 3:13 - O crente foi resgatado para sempre da maldição da lei.
75. Apocalipse 5:9 - O crente foi comprado com sangue (ICo.6:20;7:23; IPe.1:18,19).
76. Salmos 90:17 - É Deus quem efetua a obra no crente (Jo.3:21; Ef.3:20; Is.26:12;64:4; Fp.2:13).
77. João 17:20 - Cristo intercedeu pelos crentes, e continua intercedendo (Hb.7:25; IJo.2:1; Rm.8:34).
78. Romanos 8:26,27 - O Espírito Santo intercede pelo crente.
79. II Coríntios 1:20 - Jesus é o "Amém" das promessas de Deus (Jo.6:47).
80. I Pedro 4:1 - O crente já cessou do pecado (Rm.6:14; IJo.3:9).

domingo, 31 de agosto de 2008

O discípulo não é igual ao Mestre, mas vai ficando cada vez mais parecido com Ele

LEITURA BÍBLICA: Mt 23:1-12

"Não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam" (Mt.23:3)

Se o discípulo de Jesus é alguém como ele e revela seu caráter às pessoas, por que será que tantos cristãos se parecem com tudo, menos com discípulos?! Parece que Jesus mesmo dá a resposta quando mostra aos seus seguidores o tipo de comportamento que deveriam evitar para não se parecerem com os religiosos fariseus de sua época! Nesse sentido, fica patente a diferença entre um mero religioso e um verdadeiro discípulo de Cristo. O discípulo busca não ser incoerente, ou seja, dizer uma coisa e fazer outra. Chiiii... já começou a complicar! Ah, nem tanto, pois longe de ser perfeito, o discípulo admite suas falhas e pecados, em vez de esconder-se atrás de um belo discurso. O discípulo também procura não ser hipócrita, não obriga os outros a fazer aquilo que ele mesmo não pratica. Diferente do religioso de carteirinha, o discípulo não vive de aparência, mas é autêntico e não está atrás de autopromoção, procurando ser reconhecido por seus feitos, ser louvado por seu caráter ou temido por seu poder. O verdadeiro discípulo não é petulante, pois, sendo discípulo, sabe que tem sempre muito que aprender e que o título de Mestre realmente só cabe a um: Jesus. O discípulo não é autoritário, no sentido do uso ou abuso do poder, mas tem uma autoridade verdadeira que é conquistada por ser modelo para os demais. O que sobra para o discípulo ser, então? Sobra ser servo! Isso mesmo: aquele posto que ninguém almeja, o cargo pelo qual ninguém briga. Servo é aquilo que todo mundo diz ser, mas quase ninguém realmente é, pois a maioria prefere transformar os ensinamentos do Mestre em fonte de lucro pessoal, enquanto poucos realmente querem seguir nos passos de Cristo e servir aos outros, de verdade. Servir é abençoar as pessoas com o nosso melhor. Essa é a diferença entre um discípulo e um religioso. Qual deles você vai preferir ser?

"O discípulo não é igual ao Mestre, mas vai ficando cada vez mais parecido com Ele"

Irmã EDNA MENDES

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As minhas verdadeiras ovelhas


ÀS MINHAS VERDADEIRAS OVELHAS

Leitura Bíblica: (Ezequiel 34:16-20)
16 A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça. 17 Quanto a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o SENHOR Deus: Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes. 18 Acaso, não vos basta a boa pastagem? Haveis de pisar aos pés o resto do vosso pasto? E não vos basta o terdes bebido as águas claras? Haveis de turvar o resto com os pés? 19 Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés. 20 Por isso, assim lhes diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo julgarei entre ovelhas gordas e ovelhas magras. (Ez 34.16-20)

Amadas e queridas ovelhas, precisamos analisar os tempos e as conjunturas da igreja como diz a Palavra de Deus: aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 2.7). Estamos passando por momentos difíceis e de lutas. Isso é bom porque, nesse momento, Deus nos aperfeiçoa e prova quem realmente nós somos. Nos momentos de lutas e de crise que o pastor consegue identificar as verdadeiras ovelhas ou bodes. A ovelha é submissa, tratável, obediente, humilde diante de seu pastor; os bodes desconhecem o seu pastor, não são tratáveis, desobedientes e cheios de coisas perigosas à fé. A ovelha sabe que um dia foi perdida e que nunca fez nada que agradasse a Deus antes da sua conversão; são eternas dependentes da graça de Deus pelo sangue do Cordeiro. Os bodes jamais reconhecerão isso e sempre estarão contra a vontade de Deus.



O texto de Ezequiel fala exatamente isso: Deus julgaria quem eram ovelhas ou bodes diante do cativeiro babilônico. A provação diante do grande imperador Medo-persa seria o meio de Deus saber que eram rebeldes e submissas ou quem eram sensíveis à voz do Senhor Deus. Assim, precisamos saber que nós demonstramos ao pastor de uma igreja quem nós somos diante dos problemas na igreja. Somos ovelhas ou bodes? Pelos frutos o pastor conheceria quem é bode ou ovelha.



A ovelha precisa saber não pisar os pastos. Sabemos que Deus tem nos dado pastos verdes pela graça de Deus. Quando a igreja prega todo o conselho de Deus com ensino bíblico em exposição plena da Palavra de Deus; quando a cruz é ministrada e a exaltação do nome de Jesus é uma realidade, esse pasto não pode ser pisado como diz o verso 19. Deus julgaria as ovelhas magras porque elas tinham pasto, mas pisavam neles. Assim Deus trata com sua igreja e trata com o seu povo, pois Deus coloca na sua igreja pastores e mestre pelo seu Espírito (Ef 4.11; At 20.28-30). Paulo adverte que haveria alguns que tentariam arrastar o rebanho e desfazer o que Deus colocou como autoridade na sua igreja desde os primeiros tempos da sua igreja.
A verdadeira ovelha está ao lado de seu pastor; descansa nos braços do pastor e se for para escolher entre ovelha e pastor, a lógica é que a ovelha escolha o pastor, pois uma simples ovelha não sabe para onde vai, não tem autoridade espiritual e nem conhece as Escrituras. A ovelha deve ser íntima de seu pastor, honrá-lo e tê-lo sempre ao seu lado por causa dos lobos, dos falsos obreiros e falsos irmãos.



Paulo admite que existem, na igreja, falsos irmãos (2Co 11.13; 26; Gl 2.4). Como saber? Pelo texto sagrado Paulo adverte que esses investem contra autoridades espirituais. Por isso, Paulo disse “em perigos de falsos irmãos” à igreja de Corinto. Fica claro que esses falsos irmãos investiram contra o apóstolo Paulo, até contra o apóstolo João (3 Jo 9-10). Outra característica de um falso irmão é que fica observando momentos e situações para criticar o pastor e evidenciá-lo. Paulo deixou claro quando falou aos gálatas que os falsos irmãos o estavam espreitando. O verbo grego kataskopeö quer dizer espiar secretamente. O que estava havendo na igreja da Galácia era exatamente isso. Os pseudadelphos (falsos irmãos) estavam espionando Paulo para pegá-lo em alguma coisa. Isso é uma característica de falso irmão e digno de termos cuidado com pessoas que agem dessa forma.



Às minhas verdadeiras ovelhas eu quero dizer que estou à disposição de dar a minha vida, pois o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas, mas preciso que essas deixem qualquer insinuação contra o pastor. Paulo alertou aos romanos que pessoas que causam divisão e escândalo devem ser evitadas fugindo delas (Rm 16.17). A palavra skandalon era uma pedra que ficava à margem do caminho para derrubar pessoas. Uma pessoa se torna escândalo quando ela é a causa de uma igreja dividir, colocar líderes em evidência e rebelião. Pelas escrituras tais pessoas não ficaram e nem ficarão sem punição, pois o mesmo Deus de Moisés e Davi é o nosso. Deus foi peremptório com cada uma delas e tratou como Pai para aqueles que são filhos e como Juiz para aqueles que não são. Portanto, Paulo adverte à igreja de Roma que devemos nos afastar de tais pessoas, pois essas causarão transtornos à fé e ao Reino de Deus.



Amados, quero terminar dizendo que a nossa luta não é contra carne nem sangue, mas contra as forças das trevas e toda rebelião provém do diabo. Rebelião não é uma simples discordância do líder, mas uma revolta contra a liderança desse líder. Portanto, muito cuidado, pois o mesmo Deus que me trouxe até aqui, deu-nos graça e fez essa igreja chegar aonde chegou cortará os ramos e galhos secos trazendo paz e graça à sua igreja. Deus os abençoe.
Autor: Pr.Francisco Mário Magalhães

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

PARÁBOLA DO CREDOR DESAPIEDADO

Pr.Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.18:23-35)

PANO DE FUNDO HISTÓRICO

Um rei reuniu seus oficiais (servos que trabalhavam na administração do seu reinado), no dia marcado para o acerto de contas. Um deles lhe devia a astronômica soma de dez mil talentos, o mais alto valor monetário do sistema financeiro da época. Esta certo que o servo (ministro das finanças) devia ao rei uma quantia enorme. Visto que uma grande fração de dinheiro havia saído por intermédio daquele servo, o rei, reúne todos os seus oficiais da administração para um acerto de contas. Na parábola não nos é contado o que este oficial havia feito com o dinheiro. O rei sabia que o oficial não teria todo aquele dinheiro, no dia marcado para o ajuste de contas. Quando ficou diante de seu Senhor, ouviu o veredicto (decisão tomada pelo júri): ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que possuía seriam vendidos para o pagamento da dívida. Era demais para ele. Todavia, o servo atirou-se aos pés do soberano, implorando misericórdia, e pediu: “Sê paciente comigo e tudo te pagarei”, ele implorou misericórdia e não perdão. Prometeu restituição, sabendo que poderia pagar apenas uma pequena parte e não mais. Como resposta, recebeu o que menos esperava – quitação da dívida. Seu senhor teve piedade dele, cancelou o seu débito e deixou-o ir. Quase não acreditando, o servo sai com alegria e falando a todos da bondade do seu senhor. Passado alguns dias, descendo as escadarias do palácio, o servidor público absolvido encontrou um outro servidor que lhe devia cem denário. Realmente era muito pouco – alguns dias de trabalho e a soma seria conseguida. E ele ao se encontrar com aquele amigo, vê uma oportunidade de lhe fazer a cobrança do que estava lhe devendo, e segura-lhe pelo pescoço, sufoca-o , exigindo o pagamento da dívida. O devedor atirou-se aos pés do ministro das finanças e pediu: “Sê paciente comigo e te pagarei. Ele não precisava dizer que pagaria tudo, porque o total era pequeno. Mas o ministro das finanças recusou, lançou o homem na prisão, esperando que alguém o pusesse em liberdade sob fiança (abonar e dá garantia a responsabilidades alheia), e pagasse a dívida. Nada aqui foi feito as escondidas, o ministro das finanças fez tudo isso nas escadarias do palácio a vista de todos os que estavam por alí, e nada poderia guardar silêncio sobre aqueles que assistiram tal cena. O acontecido virou a conversa do dia em todo o palácio, até que o rei ouviu toda a história. O rei ao ouvir, ficou zangado. Chamou o servo e o repreendeu: “Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida porque me suplicaste, não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como me compadeci de ti ?” Com isso, entregou-o aos carcereiros para que o torturassem até que a dívida fosse paga.

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA
1 - A parábola ilustra o princípio do perdão, elemento vital no processo de disciplina eclesiástica. - A parábola foi confeccionada por Jesus por

causa das perguntas de Pedro – (Mt.18:15-22) A misericórdia de Deus é tão grande que não pode ser medida

2 – Deus faz contas com os seus servos, não somente depois da morte, mas aqui e agora – (vd.vss.23)
(Lc.12: 42) - Respondeu o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, que o Senhor porá sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?
43 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.

• O ajuste de contas aqui se refere ao juízo do tribunal de Cristo –
(2Co.5: 10) - Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.

3 – O fato de não perdoarmos o irmão que peca contra nós entristecerá os outros irmãos, que poderão levar essa questão ao Senhor -

4 - Que o que muito recebeu para dá (perdão), será cobrado pelo que não deu (perdão) -
(Lc.12: 47) - O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
48 mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá.

(Lc.16: 11) - Se, pois, nas riquezas injustas não fostes [fiéis], quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se no alheio não fostes [fiéis], quem vos dará o que é vosso?

5 – Se não perdoarmos os irmãos que peca contra nós, seremos disciplinados pelo Senhor até que o perdoemos de coração, isto é, até que paguemos toda a dívida –
(Mt.5: 21) - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno.
23 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.
25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.
26 Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.

6 - Embora a palavra justiça não esteja na parábola, os conceitos expressos são de misericórdia e justiça. – Ex: Davi tinha desobedecido a Deus, levantando o censo de Israel e Judá, ao fazer cumprir a justiça, Deus deu a ele três escolhas:
• Sete anos de fome,
• três meses de perseguição,
• ou três dias de peste

 Davi respondeu: “Caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias...” (2Sm. 24:10-17; 1 Cr. 21:13)

 As escrituras não ensinam que a misericórdia anula a justiça; nem ensinam que a justiça elimina a misericórdia

7 - O povo judeu sabia que na aplicação da justiça a misericórdia teria que triunfar -
(Êx.22: 25) - Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros.
26 Ainda que chegues a tomar em penhor o vestido do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol;
27 porque é a única cobertura que tem; é o vestido da sua pele; em que se deitaria ele? Quando pois clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.

8 – A justiça se manifestava de diversas maneiras - O ano do jubileu eram impostas; durante aquele ano, os que haviam alienado suas propriedades entravam de novo na posse delas e os escravos adquiririam sua liberdade. Resumindo, o judeu dos dias de Jesus sabia que misericórdia e justiça não podem ser tratadas separadamente. Estão interligadas.

9 – A diferença entre o servidor chefe ministro das finanças e o seu conservo -

a. O servidor chefe de finanças –

i. Devia 10.000 talentos – mais ou menos 3 milhões de dólares
ii. Não tinha com que pagar
iii. Foi sentenciado, para que fosse vendido , ele, esposa e filhos e todos o seus bens e que a dívida fosse paga
iv. Tal forma de cobrança coincidia com os costumes antigos – (2Rs. 4:1) – filhos serviam para resgatar dívidas
v. Humilha-se reverentemente e pede paciência que pagaria tudo –
vi. O rei observando que ele não tinha a mínima condição de pagar, perdoa-lhe a dívida.

 Aqui a justiça é utilizada seguida de misericórdia

b. O conservo servidor público

i. O conservo devia 100 denários ao chefe de finanças – aproximadamente doze dólares = 24 REAIS
ii. Foi agarrado pelo pescoço e humilhado na frete dos funcionários do palácio
iii. O conservo pede paciência que iria lhe pagar
iv. O chefe de finanças não quis esperar
v. O chefe de finanças lança-o na prisão até que saldasse a dívida
vi. Os companheiros de trabalho avisam o acontecido ao rei

 Aqui a justiça é aplicada sem misericórdia

10 – O veredicto (sentença) do rei

(Mt.18:32) - “servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
(v.33) não deverias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como eu me compadeci de ti ?
(v.34) e, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.

11 – Aplicação da parábola feita por Jesus

(Mt.18:35) - Assim também meu pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”

12 – Ensinos notáveis sobre o perdão

a) Deus só perdoa as nossas ofensas se nós perdoarmos –
(Mt.6: 14) - Porque, se [perdoar]des aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos [perdoar]á a vós;
15 se, porém, não [perdoar]des aos homens, tampouco vosso Pai [perdoar]á vossas ofensas.

(Mc.11: 26) - [Mas, se vós não [perdoar]des, também vosso Pai, que está no céu, não vos [perdoar]á as vossas ofensas.]

b) Devemos perdoar muitas vezes –
(Mt.18: 21) - Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de [perdoar]? Até sete?
22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes setembro

c) Devemos perdoar de coração e não por boca –
(Mt.18: 35) - Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não [perdoar]des, cada um a seu irmão.

d) Devemos perdoar a quem pede perdão até muitas vezes no dia –
(Lc.17: 4) - Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; tu lhe [perdoar]ás.

e) Perdoar deixa livre, reter, aprisiona –
(Jo.20: 23) - Àqueles a quem [perdoar]des os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.

f) Devemos perdoar uns aos outros –
(Ef.4:32) - Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

13 – Outros ensino sobre a parábola

a) Que é possível receber a graça de Deus em vão, sem que ela produza em nós um correspondente trato com os nossos semelhantes –
»II CORINTIOS [6]
1 E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão;

b) Que é muito fácil fazer questão das pequenas ofensas dos outros contra nós mesmos, do que as grandes ofensas que cometemos contra Deus

c) Que é característico da natureza carnal ser exigente, intolerante e incompassivo

d) Devemos não fazer com os outros aquilo que gostaríamos que os outros não fizessem conosco -
(Mt.7: 12) - Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos [faça]m, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.

(Lc.6: 31) - Assim como quereis que os homens vos [faça]m, do mesmo modo lhes fazei vós também.

(Jo.13: 15) - Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, [faça]is vós também.


BIBLIOGRAFIA

KISTEMAKER, Simon J. As Parábolas de Jesus. Casa Editora Presbiteriana,1a Edição. São Paulo – SP

LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas de Jesus. Editora Vida, 3a impressão, 2001. São Paulo - SP

Bíblia Vida Nova – Sociedade Bíblica do Brasil – Editor Responsavel Russell P. Shedd. Impressão 1997. São Paulo – SP

Os Evangelhos – Versão Restauração – Editora Arvore da Vida. Primeira Edição 1999. São Paulo –SP

Bíblia de Estudo Plenitude – Sociedade Bíblica do Brasil

A Bíblia Explicada – CPAD. 13a Edição, 1994 – Rio de Janeiro – RJ.

PARÁBOLA DAS 10 VIRGENS

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.25:1-13)

I – Pano de fundo histórico

Jesus nesta parábola, conta a história de dez damas de honra que, de acordo com o costume nupcial do lugar, naquela época, se preparavam para aguardar a chegada do noivo. Esta história tem como objetivo ensinar a lição da necessidade de se estar preparado.
Nos dias de Jesus o casamento acontecia em idade precoce. Porque a maturidade sexual se dá na adolescência, em Israel os casamentos eram contratados os seus primeiros anos. Era costume a noiva se cercar de dez damas de honra, escolhidas entre suas melhores amigas e da mesma idade que ela.
A sentença introdutória diz: “Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo”, descreve a cena. Isto é, dez moças adolescentes tomaram suas lâmpadas e foram para a casa da noiva com o propósito de prepará-la para o encontro com o noivo. A sentença introdutória, naturalmente, não se refere ao encontro acontecido entre o noivo e as dez virgens, pois este acontece mais tarde, no desenrolar da história (Mt.25:10).
Não devemos imaginar essas jovens sentadas em algum lugar, na estrada, no meio da noite, vencidas pelo sono enquanto o óleo de suas lâmpadas se acaba e estas se apagam. É melhor vê-las ocupada, na casa da noiva, enfeitando-a e cuidando dos últimos preparativos. O objetivo da parábola não se refere à noiva. Ela focaliza as damas de honra, e, especialmente, as cinco néscias. As dez moças deviam acompanhar a noiva à casa do noivo, ou de seus pais, onde, de acordo com o costume, acontecia o casamento.
Cinco das moças eram displicentes, cinco eram prudentes (ou previdentes). As displicentes tinham apanhado suas lâmpadas, mas deixaram de levar o óleo. As pequenas lamparinas usadas em casa não seriam apropriadas para uma procissão ao ar livre, porque o vento apagaria sua chama. As lâmpadas do cortejo das bodas eram tochas. Consistiam de uma longa vara com trapos encharcados de óleo no topo. Quando acesos esses archotes queimavam com grande brilho, iluminando o cortejo festivo, em sua caminhada até à casa do noivo. Entretanto, por causa da brilhante chama ardente, a vasilha de cobre, que continha o óleo, logo se esvaziava. De quinze em quinze minutos os trapos deviam ser novamente encharcados, para conservar a tocha ardendo. Aquelas que levavam as tochas deviam, pois, ter à mão um suprimento de óleo suficiente para mantê-las acesas, especialmente se fosse esperado que as damas de honra apresentassem sua dança, à luz das tochas, na chegada.
As cinco moças displicentes tinham chegado à casa da noiva completamente despreparada; foram negligentes e não levaram consigo o óleo extra. Porque não precisavam de suas tochas até ao começo do cortejo, elas não tiveram, infelizmente, consciência de seu descuido.
Enquanto esperavam, as damas de honra ficaram sonolentas e acabaram adormecendo. Tanto as prudentes quanto as néscias dormiram. O tempo passou rapidamente. Mas, de repente, à meia-noite, ouve-se um grito: “Eis o noivo! Saí ao seu encontro”. O noivo e seus acompanhantes se aproximavam alegremente da casa da noiva. Dentro, as damas de honra acordaram rapidamente, levantaram-se, se retocaram e puseram em ordem as suas lâmpadas. Todas as dez tinham suas tochas ardendo brilhantemente, mas cinco delas perceberam que sem óleo extra suas tochas estariam completamente apagadas antes que o cortejo começasse. Tentaram contar às outras o seu problema. Disseram: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando”. Mas as cinco moças, que tinham levado consigo as vasilhas de óleo, sabiam que a cada quinze minutos teriam que reabastecer suas próprias tochas, e mantê-las acesas durante todo o cortejo, bem como durante a dança à luz das tochas, ao chegarem. O bom senso lhes dizia que o óleo que traziam consigo seria suficiente para cinco tochas, mas não para dez. Delicadamente se recusaram a repartir o óleo. Aconselharam as moças a irem aos que o vendiam para comprá-lo.
As cinco moças que tinham passado o tempo esperando e dormindo tinham, agora, que correr até a um vendedor, acordá-lo e comprar o óleo necessário. Nesse intervalo, o noivo chegou e o cortejo começou. Todos foram à casa do noivo para participar da festa. A entrada do salão das bodas foi fechada, na casa do noivo, e ninguém mais, que não tivesse feito parte do cortejo, tinha permissão para entrar. Este era um procedimento costumeiro entre os ricos daqueles dias.
A parábola termina com a cena das cinco moças que encontraram a porta fechada, pedindo: “Senhor, senhor, abre-nos a porta”. Seu insistente chamado trouxe à porta o noivo, que disse às moças que não tinham nada a ver com elas. Elas estavam muito atrasadas.

II – Significado da parábola

a) A parábola em si, não faz menção nenhuma sobre a noiva, mas não deixa dúvida que se trata de um casamento.

b) O noivo representa Cristo –

c) A noiva (esposa) é a Igreja –
(Apocalipse 19:7) - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua ESPOSA se aprontou.

d) A ênfase de toda a parábola esta nas 10 virgens – Apesar da noiva ser a Igreja; as dez virgens representam o serviço que se presta a Igreja (noiva), do ponto de vista da vida –
 O ministério do apostolo Paulo era adornar a Igreja (Noiva) –
(2 Coríntios 11:2) - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

e) As Lâmpadas – Representam o espírito dos crentes
(Provérbios 20:27) - O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.
 O SENHOR É LÂMPADA
(2 Samuel 22:29) - Porque tu, SENHOR, és a minha LÂMPADA; e o SENHOR ilumina as minhas trevas.
 A PALAVRA É LÂMPADA
(Salmos 119:105) - LÂMPADA para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.

 A VIDA DE LÂMPADA É A VIDA DE UM UNGIDO POR DEUS
(Salmos 132:17) - Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma LÂMPADA para o meu ungido.

 OS CRENTES IRRADIAM A LUZ DO ESPÍRITO SANTO
(Mateus 5:14) - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
(Mateus 5:15) - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
(Mateus 5:16) - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

 OS CRENTES RESPLANDECEM COMO LUZEIROS NESTE MUNDO
(Filipenses 2:15) - Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
(Filipenses 2:16) - Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.

f) O fato de 5 das virgens serem prudentes e 5 néscias, não indica que metade dos crentes são insensatos e a outra metade prudentes. Indica sim que todos os crentes tem a responsabilidade de encher-se do Espírito Santo –
(Efésios 5:18) - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas ENCHEI-VOS do Espírito;

O Dr. Russell P. Shedd, na Bíblia Vida Nova, enumerou os seguintes itens sobre uma pessoas cheia do Espírito Santo.

Um Pessoa cheia do Espírito:

 Não anda cambaleante –
(Efésios 5:15) - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

 Não tem dias perdidos –
(Efésios 5:16) - Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.

Remir - .
1. Adquirir de novo.
2. Tirar do cativeiro, do poder alheio; resgatar:
3. Indenizar, compensar, reparar, ressarcir:
4. Livrar das penas do Inferno; salvar:
5. Fazer esquecer; expiar, pagar:
6. Libertar (uma propriedade) de um ônus, pagando a importância dela.
7. Livrar, libertar, resgatar:
8. Livrar-se do cativeiro; resgatar-se:
9. Recuperar-se de uma falta; reabilitar-se:
10. Livrar-se de uma situação arriscada

 Não tem mente entorpecida –
(Efésios 5:17) - Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

 Não tem cântico discordante -
(Efésios 5:19) - Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;

 Em contraste tem: a- Comunicabilidade
b- Louvor e música
c- Uma gratidão contínua e universal
d- Um desejo de servir –
(Efésios 5:21) - Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

g) O azeite representa o Espírito Santo –
(Isaías 61:1) - O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;

(Hebreus 1:9) - Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.


h) Cochilar significa adoecer –
(1 Coríntios 11:30) - Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.

i) O Sono representa a morte –
(1 Tessalonicenses 4:13) - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
(1 Tessalonicenses 4:14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
(1 Tessalonicenses 4:15) - Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

(João 11:11) - Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
(João 11:12) - Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.
(João 11:13) - Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.

j) A meia noite – representa a uma hora em que o noivo virá buscar a noiva (Igreja), Ele espera que a noiva esteja pronta –

k) O grito “Eis o noivo” é a voz do arcanjo – (vd vss.6)
(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

l) As damas se levantando e se acordando, representa a ressurreição dentre os mortos – (vs.7)
(1 Tessalonicenses 4:14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

(1 Coríntios 15:52) - Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

m) As damas preparando as lâmpadas após serem despertadas, indica que após ressuscitarem, ocuparam-se com o testemunho que tiveram em seu viver –
(2 Coríntios 5:10) - Porque todos devemos comparecer ante o TRIBUNAL DE CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.

n) Ninguém pode encher-se do Espírito em lugar dos outros; então pedir azeite aos outros é inútil – (vd.vss.8)

o) Sair para comprar o azeite indica a necessidade de se pagar um preço. Para se encher do Espírito Santo há um custo. Se não pagarmos esse preço hoje, teremos de pagá-lo após a ressurreição. (vd.vs.9)

 Renunciar o mundo
 Lidar com o ego
 Amar ao Senhor acima de todas as coisas
 Considerar tudo como perda por amor a Cristo

(MT 16:24) - Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
(MT 16:25) - Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
(MT 16:26) - Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
(MT 16:27) - Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.
(MT 16:28) - Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

p) Enquanto as cinco virgens néscias foram comprar o azeite, chegou o noivo – Esta é a segunda vinda de Cristo onde virá apanhar a sua noiva (Igreja) e nos encontraremos com Ele nos ares (bodas do cordeiro) – (vs.10)

Principais acontecimentos após o arrebatamento:
 Tribunal de Cristo -
 Acontecerá a ceia da bodas do cordeiro –
Apocalipse 19:9) - E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.

 Estaremos recebendo galardões -
(Mateus 5:12) - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso GALARDÃO nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

(Mateus 5:46) - Pois, se amardes os que vos amam, que GALARDÃO tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

(Mateus 6:1) - GUARDAI-VOS de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis GALARDÃO junto de vosso Pai, que está nos céus.
(Mateus 6:2) - Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu GALARDÃO.

(Mateus 6:5) - E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu GALARDÃO.

q) “Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta” – (v.11) – Essa é a apresentação dos crentes tardios em virtude de não estarem apercebidos. Aqui acontecerá o mesmo como esta descrito em (Lc.13:24-30). Foram salvas, arrebatadas, ressuscitadas, porém não participaram da dispensação do reino.
(LC 13:24) - Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.
(LC 13:25) - Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, SENHOR, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois;
(LC 13:26) - Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas.
(LC 13:27) - E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade.
(LC 13:28) - Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.
(LC 13:29) - E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
(LC 13:30) - E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros.

r) O vss.13 fala sobre a vigilância para que aquele dia não venha de improviso.
VEJA COMO SERÁ O ARREBATAMENTO
(Mateus 24:40) - Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
(Mateus 24:41) - Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.
(Mateus 24:42) - Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
(Mateus 24:43) - Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
(Mateus 24:44) - Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.

PARÁBOLA DA PÉROLA DE GRANDE VALOR

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA:

(Mt.13:44-46)
44 – O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobri-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
45 - Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas;
46 e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.

OBS: Esta parábola foi falada aos discípulos em particular. A parábola do tesouro oculto no campo ilustra a descoberta acidental do reino; enquanto a da pérola, a descoberta do reino por esforço diligente.
O que o Senhor queria dizer com esta parábola aos seus discípulos???
a) Que os tesouros (são identificáveis, embora alguém seja já o seu dono de direito).
b) Que alvo e objetivos poderão ser traçados para que se alcance de uma forma legítima a propriedade do bem pretendido.
c) Possa ser que o proprietário da terra não saiba da botija enterrada no seu campo e que foi descoberto por um possível comprador.
d) O comprador deve ter oferecido uma oferta além do esperado pelo vendedor e pela falta de senso de valorização vende a propriedade pelo preço oferecido.

I – HISTÓRICO DA COMPOSIÇÃO DA PARÁBOLA
É provável que, Jesus enquanto criança, ele observasse comerciantes que, com suas caravanas, passavam por sua cidade natal e exibiam suas pedras preciosas. A presença desses homens despertava grande interesse, pelo fato de viajarem para lugares longínquos .

II – INTERPRETAÇÃO POPULAR DA PARÁBOLA
A interpretação mais comum e popular dessa parábola é a que considera ser a Pérola de grande valor o próprio Cristo.

a) Na bíblia Plenitude, diz que a interpretação popular é esta.

Tal interpretação está sujeita a sérias objeções, por duas razões:

1 – Desarmoniza completamente a parábola com o ensinamento do contexto. Tanto o semeador, na parábola do semeador, o homem, na parábola do tesouro escondido, e o comerciante, nesta, são todos uma só pessoa, o próprio Mestre.
2 – Apresenta o pecador como se estivesse inteiramente em sacrifício para obter a Cristo. Contudo a parábola não é a imagem de um pecador em busca de Cristo, mas de Cristo em busca de sua igreja.

Fundamentação:

a) Paulo declara que “Não há ninguém que busque a Deus”-
(Romanos 3:11) - Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

b) É Cristo quem procura o pecador – (Lc.19:10) é o pastor quem busca a ovelha e não a ovelha o pastor.
(Lucas 19:10) - Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

(1 Coríntios 6:20) - Porque fostes COMPRADOS por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

(1 Coríntios 7:23) - Fostes COMPRADOS por bom preço; não vos façais servos dos homens.

c) Cristo não pode ser comprado, ele não é mercadoria para ser vendida nem no atacado, nem no varejo. Ele é dom gratuito de Deus –(Rm.6:23)
(Romanos 6:23) - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

d) As escrituras refere-se aos pecadores não tendo com que pagar – (Lc.7:36-50 – vd. Principalmente o vss.42)
(LC 7:36) - E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.
(LC 7:37) - E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
(LC 7:38) - E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.
(LC 7:39) - Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
(LC 7:40) - E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
(LC 7:41) - Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta.
(LC 7:42) - E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
(LC 7:43) - E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
(LC 7:44) - E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos.
(LC 7:45) - Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
(LC 7:46) - Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento.
(LC 7:47) - Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
(LC 7:48) - E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados.
(LC 7:49) - E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
(LC 7:50) - E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.

e) O pecador não possui de nada além de trapo de imundície –
(Isaías 64:6) - Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.

f) A salvação é sem dinheiro e sem preço –
(Isaías 55:1) - Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

g) Comprar a Cristo, ou adquiri-lo, constitui-se uma violação ao ensino claro das escrituras. O pecador não é o agente ativo que escolhe a Cristo
(João 15:16) - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.

(Mateus 24:22) - E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.

(Lucas 18:7) - E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?

(João 15:19) - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.

(Romanos 8:33) - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.

III – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA

Na bíblia plenitude, tece o seguinte comentário acerca da interpretação: diz que o significado “poderia ser que Jesus é o comprador que deu tudo de si para assegurar o Reino (At.20:28)”.

Então, a correta interpretação:

• Cristo é o Comerciante
• A pérola é a Igreja
• O Calvário foi o preço pago pela aquisição dessa pedra preciosa

1 . Interpretando a palavra “buscava” de Mt.13:45

a) O significado desse verbo grego segundo os eruditos é que tem o sentido literal de ir embora, partir de algum lugar e numa verdadeira chegada a um outro local.
b) Isso alude claramente a Jesus, que deixou o céu pela terra.
c) Cremos então, pela ótica do padrão celestial, que a pérola ao ser comprada, apresenta uma imagem belíssima da igreja de Deus.

2 . O COMERCIANTE ou negociante (vd. Diferentes traduções bíblicas)

a) O comerciante é aquele que conhece bem o produto. Ele compra tanto em atacado (grandes quantidades) como no varejo (pequenas quantidades). O seu valor esta no fato de você agora pertencer a Cristo....

b) o comerciante era desejoso de possuir pedras de grande valor, e ele as procurava.
• Ele nos desejou – (Sl.45:11 – “ Então o rei se afeiçoará da sua formosura, pois Ele é o teu Senhor; adora-o”. salmo que fala do ungido de Deus e sua noiva)

• Ele sendo rico se fez pobre para os comprar –
(2 Coríntios 8:9) - Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.
• Este comerciante não possuía dinheiro, mas pérolas, ele ofereceu o que de mais precioso alguém pode conceder, sua vida, comprou-nos com o seu sangue –
(1 Pedro 1:18) - Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais,
(1 Pedro 1:19) - Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

(Apocalipse 5:9) - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

c) Um comerciante deste nível de produto, viajavam e importavam bens para si próprio , e era um perito que conhecia tudo sobre pérolas. -
• Aquilo que é comprado por Cristo é guardado por Ele –
(1Tss.4: 14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a [trazer] juntamente com ele.

(Jo.17:11) – Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
v.12 – quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu ....

d) após analisar o seu valor pagou o preço e não se arrependeu da aquisição. -
(At.20: 28) - Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele [adquiriu] com seu próprio sangue.

3 . A PÉROLA

a) Jesus ao fazer uso dessa expressiva ilustração, conhecia tudo sobre a história de uma pérola. De onde provinha, como era formada e o seu real valor.

b) A pérola é produzida a partir de um ferimento sofrido por um organismo vivo, como uma ostra. O momento em que acontece a produção da pérola advém da presença de alguma substância externa, como um grão de areia, ou algum outro tipo de parasita estranho intruso. Matéria calcária é puverizada em camadas finas sobre o objeto estranho até que, finalmente, ele adquire o brilho da pérola. Aquela partícula rejeitada (grão de areia), torna-se uma pérola de grande valor.

c) A Igreja é constituída pelo lado ferido de Cristo –
• Quando o grão de areia entra na ostra, a ostra pulveriza o grão criando camadas até formar uma pérola – (Cl.3:3) somos cobertos pela riquezas de sua graça (Ef.2:5-7).
(Colossenses 3:3) - Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

(Efésios 2:5) - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
(Efésios 2:6) - E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
(Efésios 2:7) - Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
• Deus dá o corpo, (pérola como convém) - (1Co.15:38)
• Fomos tirados das muitas águas – (Sl.18:4-6,15,16;

d) A Igreja é uma única pérola -
(Gálatas 3:28) - Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

(Romanos 12:5) - Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

(1 Coríntios 10:17) - Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.

(1 Coríntios 12:12) - Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
(1 Coríntios 12:13) - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

PARÁBOLA DA REDE

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.13:47-50)

I – PANO DE FUNDO HISTÓRICO

A maior parte dos discípulos de Jesus era formado de pescadores por profissão; tinham deixado suas redes e seus barcos para seguir Jesus e se tornarem pescadores de homens. Quando Jesus lhes falou a parábola da rede, compreenderam cada tonalidade de suas palavras. Jesus se referiu ao modo de vida que eles levavam antes.
A margem norte do Mar da Galileia é um dos melhores lugares de pesca, em Israel. As plantas arrastadas pela correnteza do rio Jordão são depositadas na enseada, ao norte. Essas plantas atraem e alimentam cardumes vastos e variados.
Embora houvesse várias maneiras de pescar, nos dias de Jesus, um dos mais eficientes era o uso do arrastão. Esse tipo de rede tinha dois metros de largura e perto de cem metros de comprimento. Tinha cortiça na parte superior para mantê-la à tona e pesos na parte inferior, para mantê-la ao fundo. Às vezes, os pescadores fixavam uma das extremidades da rede na praia, enquanto um barco puxava a outra ponta pelo lago, fazendo fazendo uma curva e trazendo a rede de volta à praia. Outras vezes, saíam dois barcos da praia, formando um semicírculo com a rede; juntos, os homens a puxavam para apanhar os peixes e juntá-los nos barcos. O uso de arrastão exigia a força de seis homens ou mais. Enquanto uns remavam, outros lançavam ou puxavam a rede e outros ainda batiam na água para guiar os peixes para a rede.
Pescadores experimentados procuravam localizar um bom cardume antes de começar a pescar. Mas, uma vez lançada a rede, os homens puxavam todos os peixes apanhados por ela. Obviamente, os peixes estavam misturados, pois não podiam selecioná-los, enquanto pescavam.
A rede apanhava os peixes próprios e impróprios para o consumo – os bons e os maus. Peixes de todos os tipos e tamanhos se debatiam ao serem puxados para a praia. Muitas espécies eram consideradas impuras para os judeus, peixes sem barbatana e sem escamas não podiam ser consumidos (Lv.11:9-12; Dt.14:9-10), e tinham que ser lançados de volta à água. Os peixes pequenos, também, eram abandonados. Somente os peixes em condição de serem negociados eram apanhados e colocados em recipientes adequados. A classificação dos peixes, enfim, determinava o valor da pesca; até à hora da escolha, era impossível avaliar o lucro obtido.

II – EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA

a) Jesus usa a parábola da rede para descrever o dia do juízo. (Os que serão escolhidos e separados são peixes pescados)
b) Jesus explica que a competência da pesca é dos discípulos, e se pode usar diversas formas na pescaria

c) Adverte aos seus discípulos que assim como eles selecionaram peixes bons e ruins, assim será também na consumação dos século: Sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (Mt.13:49-50)
d) As palavras utilizadas por Jesus sobre o juízo na explicação da parábola (vss. 49-50) é a mesma que foi utilizada na parábola do trigo e do joio
Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes’’ (Mt.13:40-42)

(Mt.13)
v.48 - “E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.
v.49 - Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.
v.50 - É lancá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

III – SIMILARIDADE ENTRE A PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO E A DA REDE

a) Ambas mostram o bom e o mau lado a lado no princípio e separado no futuro
b) Ambas foram explicadas por Jesus nessas palavras: “assim será na consumação dos séculos...”
c) Ambas dizem respeito ao trabalho dos anjos que separam os ímpios dos justos.
d) Ambas registram a condenação do ímpio e o fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes.

IV – DIFERENÇA DA PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO COM A DA REDE

a) Na parábola do joio e do trigo, a cena aparece na terra
b) Na parábola da rede a cena é o mar, mas em ambos os casos o mundo esta envolvido.

V – EXPLICANDO PALAVRAS CHAVES DA PARÁBOLA (rede, mar, pescadores, peixes e anjos)

1 -REDE - Este termo utilizado por Jesus denota uma rede grande, larga, pesada como chumbo, feita para varrer o fundo do mar e trazer à tona peixes de todos os tipos e em grandes quantidades.

a) Rede aqui tem o símbolo de proclamação do evangelho; o evangelho funciona como uma rede – (Jo.19:6; Sl.66:11; Ec.9:12)
• Pregar o evangelho é lançar as redes em todo o mundo – (Mc.16:15-18)
• Curar os peixes e tornar eles bons faz parte do tratamento do pescador

-( Sl.107: 20) - Enviou a sua palavra, e os [sarou], e os livrou da destruição.

(Mt.10: 1) - E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes [autoridade] sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades.
(Lc.9: 1) - Reunindo os doze, deu-lhes poder e [autoridade] sobre todos os demônios, e para curarem doenças;

(Lc.10: 19) - Eis que vos dei [autoridade] para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum.

• A bíblia nos ensina a não se preocupar no momento de haver resistência dos peixes – (Lc.12:11-12; 2Co.10:8; 13:10;)

• A rede tem o papel de ajuntar, congregar todos os peixes que foram arrastados pelo evangelho – (Is.40:11; Jo.11:51-52)

(Ap.5: 9) - E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação;

2 – O MAR - O mar nessa parábola representa toda a massa caída da humanidade.

(Is.57: 20 ) - Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo.
21 Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.

(Sl.68:22 ) – Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã; farei voltar o meu povo das profundezas do mar;

a) OS CAMINHOS DO SENHOR VAI ATÉ PELO MAR
(Sl.77:19) - 19 Pelo [mar] foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.

(SL.80: 11) - Ela estendeu a sua ramagem até o [mar], e os seus rebentos até o Rio.

b) FOMOS TIRADOS DAS ÁGUAS

(Gn.1: 2) – E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas

 Na face do abismo havia águas e sobre as águas o Espírito de Deus se movia. Note que o Espírito de movia sobre e não dentro. Quem entra na água é a rede (evangelho, palavra). Quando o discípulo (pescador) lança a rede (evangelho), traz com ele o peixe.

 O batismo é nas águas – isso nos prova que fomos tirados dela. Note que o peixe é que é mergulhado, como símbolo de morte e ressurreição.
(Cl.1:13) – Ele nos transportou da potestade das trevas para o reino do Filho do seu amor

3 – OS PESCADORES – Os discípulos compreenderam plenamente o que Jesus estava dizendo nesta parábola. Quando Ele os encontrou disse: “Fá-lo-ei pescadores de homens...”

a) Os ganhadores de almas são os pescadores de Deus - .(Mt.4:19; Mc.1:17)

(Lc.5: 10) - bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.

b) Na graça operacional de Deus, Ele não opera sozinho. Ao mesmo tempo que é verdade que Cristo por si só pode salvar as almas, contudo Ele nunca nunca o faz sozinho. –
(1Co.3: 9) - Porque nós somos [cooperadores] de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.

(2Co.1: 24) - não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas somos [cooperadores] de vosso gozo; pois pela fé estais firmados.

(Fp.4: 3) - E peço também a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros meus [cooperadores], cujos nomes estão no livro da vida.

(3Jo.1: 8) - Portanto aos tais devemos acolher, para que sejamos [cooperadores] da verdade.

• Jesus ao alimentar os famintos não deu o pão a multidão diretamente de suas mãos – (Mt.14:13-21) – A nossa parte é darmos o que temos

c) O pescador tem a habilidade de detectar o bom peixe, porém essa separação é para o ministério da edificação e não para juízo –

• (At.13 separação pelo espírito em conexão com o homem)
• (Tt.1:5) – Tito foi designado para constituir presbíteros em cada cidade
- O cuidado que o pescador deve ter é para não escolher peixe ruim
• (1Tm.4:14) – Paulo exorta a Tomóteo despertar o dom que há nele que foi dado pela imposição de suas mãos.

4 – O PEIXE – A parábola diz que os peixes eram de todos os tipos, bons e ruins.

a) Os pescadores não poderiam avaliar o tipo do peixe contido na rede ao puxá-la –
• Aqui aprendemos que quando se pesca não se escolhe, o que vier é peixe.

• Embora alguns grupos na atualidade direcionam as suas redes para determinadas classes de peixes, estão demonstrando que fazem acepção de pessoas, que foi condenada por Jesus –

(At.10: 34) - Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz [acepção] de pessoas;

(Rm.2: 11) - pois para com Deus não há [acepção] de pessoas.

(Ef.6: 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há [acepção] de pessoas.

(Tg.2: 1) - Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em [acepção] de pessoas.
(Tg.2: 2) - Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com [traje] esplêndido, e entrar também algum pobre com [traje] sórdido.

(Tg.2: 9) - Mas se fazeis [acepção] de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores.

b) O peixe bom esta junto com o ruim – A mistura de salvos e perdidos dentro do cristianismo professo faz com que aqueles que buscam encontrar uma Igreja visível perfeita sejam levados a um grande desapontamento.
• Dentro do discipulado de Jesus havia um peixe endemoninhado
• Esaú e Jacó ainda lutam dentro da Igreja, ou seja , O espiritual e o carnal.
• Nem todos que são de Israel são israelitas – (Rm.9:6)
• Pertencer a uma Igreja visível não quer dizer que o seu nome esteja no rol da Igreja Invisível, arrolada nos céus.
• As pessoas podem ser religiosas, contudo não regeneradas, batizadas , porém jamais foram lavadas pelo sangue de Cristo

c) Nesta pescaria só há dois tipos de peixe – O bom e o ruim, se não formos o bom peixe de Deus, seremos o ruim peixe de satanás.
• Os bons podem ser comercializados – são os que pertencem a Deus e praticam o bem
• Por ruins são os que não serviam como alimentos, sem valor.

4 – ANJOS – Através de toda essa dispensação da graça, o Espírito Santo opera ativamente na formação da verdadeira Igreja, e os que lhe pertencem, como pescadores, ocupam-se da rede do evangelho. Mas no encerramento dessa dispensação, que terá o seu término no retorno de Cristo para receber os que são seus, ele tomará para si todos os peixes bons, e deixará para trás todos os peixes ruins. E quando Cristo aparecer na terra como seu justo Senhor e Rei, um ministério angelical entrará em vigor e a ação acontecerá deforma totalmente inversa. Em vez do bom ser tomado e o mau deixado, o imundo será removido e o justo deixado, para que usufrua do prazer do reino milenar do Senhor.

a) Os anjos não cometerão enganos ao distinguir entre os bons e os maus. Eles não olharão a classe social, nem a cor, nem a aparência, se o peixe não for de Deus, não serão recolhidos para o reino de Deus.- (Mt.13:41,43; Dn.12:3)

b) Vejamos algumas parábolas que falam sobre separação:

• Na parábola do joio, a separação é entre trigo e o joio;
• Na parábola da rede, a separação é entre peixes bons e ruins;
• Na parábola das bodas, a separação é dos convidados que tinham as vestes nupciais;
• Na parábola do servo, a separação é entre servos bons e maus;
• Na parábola das dez virgens, a separação é entre virgens sábias e tolas;
• Na parábola dos talentos, a separação é entre os servos dedicados e os negligentes;
• Na parábola das ovelhas e dos bodes, a separação é entre os dois tipos de animais.


BIBLIOGRAFIA


KISTEMAKER, Simon J. As Parábolas de Jesus. Casa Editora Presbiteriana. 1a Edição – 1992. São Paulo – SP

LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida. 3a Edição 2001. São Paulo – SP.

Os Evangelhos – Versão restauração. Editora Arvore da Vida. 1a Edição 1999 . São Paulo – SP
Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova. 2a Edição 1997. São Paulo – SP

Bíblia de Estudo Plenitude - Sociedade Bíblica do Brasil. Edição de 1995. Barueri – SP

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