segunda-feira, 14 de setembro de 2009

--> ESPIRITUALIDADE DO SEGUIMENTO


Não resta dúvida: o cerne da espiritualidade cristã está em seguir a Jesus.

No princípio, era o seguidor! Jesus irrompia inesperadamente e dizia: “Segue-me, venha após a mim”. A resposta positiva exigia uma ruptura com a maneira de viver até aquele momento do que aceitava o convite. A vida deveria ser reorganizada. O centro era o mestre e o caminho apontado por ele. Quem aceitava tal convite nos seus termos tornava-se um discípulo. Também, no princípio, existia o simpatizante: aquele que se emocionava com as palavras do Cristo, achava fantásticos os seus milagres, impressionava-se com a originalidade de suas atitudes, nutria enorme curiosidade por encontrá-lo – mas não colocava o pé no caminho. Simpatizava até o ponto de não precisar mudar seu estilo de vida. Tinha admiração, mas não estava interessado na transformação resultante da formação espiritual à qual todos os discípulos viveriam quando resolvessem caminhar o caminho proposto pelo Filho de Deus.

Ainda no princípio, havia o consumidor. Este sequer tinha tempo de ouvir o Senhor; desejava, isso sim, comer o pão e o peixe multiplicados, ansiava pela cura da perna atrofiada, somente tinha interesse em ser restaurado da lepra... Uma vez alcançada a graça, nem sequer lembrava de retornar para agradecer. O discípulo seguia Jesus porque o admirava; o simpatizante admirava sem o seguir, e o consumidor nem seguia e nem admirava, posto que Jesus era apenas um provedor de suas necessidades, e não alguém a apontar-lhe um caminho transformador.

Jesus conviveu indistinta e graciosamente com estes três grupos dentro da multidão que gravitava ao seu redor. Nunca se negou a oferecer caminho aos seguidores, admiração aos simpatizantes e provisão aos consumidores. Todavia, o rabi sabia que os discípulos eram os protagonistas para cumprir sua missão no mundo. Certamente, ele não contava com simpatizantes e consumidores para o estabelecimento do Reino de Deus. Estava certo, como sempre! Nos duzentos anos que se seguiram à sua morte, o pequeno e frágil grupo inicial de discípulos, apaixonado por sua missão, se espalhou por todo Império Romano. Eles haviam sido convocados pessoalmente para seguir um caminho; colocaram o pé na estrada e saíram pelas vilas e cidades com a mesma convocação com que foram convocados: sigamos o seu caminho. Quanto aos simpatizantes e consumidores, não se sabe o que aconteceu com eles. Afinal, quem fez a história foram os discípulos.

Não resta dúvida: o cerne da espiritualidade cristã está em seguir a Jesus. Quando decidimos conscientemente seguir o seu caminho, então a espiritualidade cristã começa a fluir em nós. O Pai, pelo seu Espírito, vai nos transformando na imagem de seu Filho à medida que damos os passos no caminho. Fora do seguimento, não há espiritualidade. Todos nós estamos necessitados de retornar à experiência original dos primeiros discípulos. Sim, nossa carência essencial está em “ver” Jesus de novo surgir em meio à nossa complexa e agitada vida, cheia de cansaço e dores, e sussurrar com ternura e vigor ao nosso coração: “Vem e segue-me!” Quando ele irromper no nosso cotidiano, como aconteceu com os pescadores da Galiléia ou com o coletor de impostos da Judéia, com aquele sedutor olhar a nos convidar a seguir o seu caminho, e largarmos as redes ou a segurança da coletoria, aceitando seu convite, então, experimentaremos real comunhão com o Deus trinitário. Longe do caminho do Filho, não seremos capazes de enxergar a face do Pai e tampouco vivenciar a presença do Espírito. De fato, no cristianismo bíblico, espiritualidade é um mero sinônimo de seguimento.

Se as nossas orações, liturgias, louvores, corais, células, congressos e mensagens não apontam o caminho do Senhor e não convocam o mundo para segui-lo, então, tudo isso pode até ser espiritualidade, mas não é cristã. Se nossas igrejas se tornam fontes de atração para consumidores e admiradores, ao invés de espaços comunitários formadores de discípulos, tenhamos consciência: todos devem ser tratados com graça e amor, como Jesus fez, mas só cumpriremos sua missão no mundo sendo e formando seguidores. Não deveríamos, mas, infelizmente, estamos hoje diante de uma encruzilhada, que por natureza é o entroncamento de dois caminhos. Entrar por um é necessariamente excluir o outro. Ou escolhemos a espiritualidade do entretenimento, que produz simpatizantes e consumidores, ou optamos pela espiritualidade do seguimento, a que gera discípulos. Tenhamos, contudo, uma certeza – desde sempre, Jesus já fez a sua escolha. Basta, apenas, que o imitemos nela.

Eduardo Rosa Pedreira é pastor da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca, doutor em teologia com ênfase em espiritualidade pela PUC-RJ.

domingo, 6 de setembro de 2009

--> TEOLOGIA LATA DE NESCAU

Um dia eu tive um estalo a partir da brincadeira de minhas filhas pequenas.

Crianças (e alguns adultos) gostam muito de fazer barulho. A coisa que elas mais apreciam é fazer uma “batucadinha”. Minhas meninas gostam de pegar latas vazias de alumínio, dessas de Nescau, e fazer uma bateria improvisada. Vendo aquela lata agredindo meus ouvidos, comecei a formular a teologia da lata de Nescau.

Todos sabem como é a lata de Nescau. O alumínio faz um barulho intenso se batermos nele. Porém, a lata só faz barulho se estiver vazia. Experimente fazer batucada em uma lata cheia, de preferência lacrada, que você acabou de comprar no supermercado. O som que sairá é mínimo se comparado ao de uma lata vazia.

Na minha caminhada com Jesus tenho visto muita “lata de Nescau vazia” nos templos. Pessoas ocas de vida, sem conteúdo, sem relacionamento sadio e santo com Deus, mas, que fazem muito barulho. Porém, o barulho que fazem, na verdade, não é para atrair a atenção para o Senhor, mas sim para si mesmas. Quanto mais vazias, mais barulhentas.

Felizmente há também muita “lata de Nescau cheia”. Gente que não atrai a atenção para si, e sim para o seu conteúdo — a presença de Deus neles. Gente que não se importa com holofotes, gente com um relacionamento com Deus baseado na graça. O conteúdo de suas vidas ocupa todo o espaço. Naturalmente essas pessoas exalam aquilo que Paulo classificou de bom perfume de Cristo (2Co 2.15).

Quando vamos a um supermercado, não nos interessamos pela embalagem. Queremos saber se o conteúdo do produto é bom, se satisfaz as nossas necessidades. Tanto é que, quando o produto acaba, jogamos a embalagem fora. Uma lata de Nescau vazia só terá utilidade se for reutilizada para outros fins (guardar quinquilharias como pregos enferrujados, por exemplo). Caso contrário, o seu destino é a lata de lixo. O que queremos, portanto, é o conteúdo, e não o invólucro.

Não é à toa que a Bíblia nos exorta tanto a estarmos cheios do Espírito (Ef 5.18), tendo em nossas mentes somente aquilo que presta (Fp 4.8). Na medida em que nosso conteúdo for o de Deus, despertaremos a atenção para Deus, e poderemos realizar o nosso papel de sal da terra e luz do mundo. Contudo, se estivermos vazios, seremos como o sal insípido, que só serve para calçamento (Mt 5.13), ou seja, ser pisado (outro termo poderia ser “humilhado”) pelos homens, e, no final, ser jogado no lixo da história.

Fica então a admoestação de Deus: viva cheio de Deus. Busque-o sempre (Is 55.6). Molde seus padrões em conformidade aos dele, e não tente fazer o contrário (Rm 12.1-2). Enfim, seja uma lata de Nescau cheia, plena, e não uma lata vazia, barulhenta e sem significado.

*Rodrigo de Lima Ferreira
Pastor presbiteriano

sábado, 5 de setembro de 2009

--> A IGREJA QUE NÃO EXISTE MAIS

“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2:43-47

Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.

Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum) – os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo à disposição de todos.

Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.

Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.

Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.

O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje." (Mt 6.9) estava respondido, e diariamente.

Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.

Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.

Essa Igreja não existe mais!

Pr. Ariovaldo Ramos

sexta-feira, 17 de julho de 2009

--> A IGREJA E O SINCRETISMO RELIGIOSO



O Sincretismo religioso é um fenômeno existente no contexto social pós-moderniade, onde o relativismo e o individualismo induzem às mudanças rápidas dos valores tradicionais e absolutos baseados na Palavra de Deus e na ética cristã, por uma nova ordem de valores sincretizados e secularizados. Vejamos alguns pontos importantes sobre o sincretismo religioso que atingem às igrejas neste contexto, a saber:

a) Definição do Sincretismo

Segundo o dicionário de Aurélio, a palavra sincretismo vem do gr. synkretismós que significa: "1. tendência à unificação de idéias ou de doutrinas diversificadas e, por vezes, até mesmo inconciliáveis; 2. Amálgama de doutrinas ou concepções heterogêneas; 3. Ou, também, a fusão de elementos culturais diferentes, ou até atagônicos, em um só conjunto, continuando perceptíveis de alguns sinais originários".

b) A apostasia das igrejas sincretizadas.

Na pluralidade do sincretismo religioso, as igrejas sincretizadas passam a ser um “supermercado” de opções e satisfações do religioso mais exigente, individualista, indiferente e descompromissado com a igreja de sua origem geradora de sua fé. Tais igrejas passam a ser inchadas em quantidade pelo fermento velho da malícia e da hipocrisia, sem qualidadade e sem compromisso com a Verdade Bíblica. Vejam o cuidado do apóstolo Paulo neste sentido, repreendendo e exortando a igreja em Corinto contra a impureza, a fim de que os valores éticos cristãos não se corrompessem: "1Geralmente, se ouve que há entre vós fornicação e fornicação tal, qual nem ainda entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. 2Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes, por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. 3Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, 4em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, 5seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus. 6Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? 7Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 8Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem. (..) Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentro de vós a esse iníquo. (1ª Cor 5.1-9, 13). Portanto, é o "fermento velho da malícia e da hipocrisia" que corrompe toda massa religiosa das igrejas, o qual deve ser expurgado.

c) O crente passa a ser um nômade religioso.

O crente religioso passa a ser um nômade, de igreja em igreja, de festividade religiosa em festividade religiosa, de show evangélico em show evangélico. Passa ser um religioso da festiva adaptando-se cada vez mais ao mundo das opções religiosas, que sufoca as convicções doutrinárias da sua fé, em substituição cínica de novos padrões, valores flexíveis, sem ética, moral, espiritualidade e tradição. Torna-se maleável, volúvel, eclético, circunstancial, sem fé na verdade, sem convicção e firmeza. Esquecendo-se que a Palavra de Deus é imutável, insubistituível, absloluta e não relativa sujeita às mudanças como se fosse oriunda do pensamento humano. Ela é, absolutamente, imutável, como disse Jesus: "o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar". (Mt 24.35).

d) O crente passa ser um consumidor religioso, egoista.

As satisfações destes tais são mais sociais e materiais. Procuram as Igrejas para resolver egoisticamente, hedonisticamente, convenientemente, os seus problemas materiais, sociais, econômicos e até políticos. É como Jesus disse: "(...) Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trablhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará (...). (Jo 6.26-27). Assim caminhando na base desses interesses secularizados, sufocam, pisam, desprezam os valores eternos, espirituais e morais exarados na Palavra de Deus. Leiam: Mt.13:20-22. Então, enveredam no caminho fácil do sincretismo religioso, perdendo a convicção da sua fé e da sã doutrina, que passa ser coisa superada do passado e já não serve mais para a era moderna do presente.

e) A vida cristã passa ser eclética e secularizada.

A vida cristã desses tais passa ser sintonizada mais com o mundo (kosmos) secularizado do que com a Igreja de Cristo Jesus. Deste modo acontece um antagonismo pernicioso entre a igreja e, o reino de Deus, que “...Não é comida nem bebida, mas, justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17). Como sabemos a palavra igreja, do grego "ekklesia", quer dizer: "os que foram tirados para fora" do mundo (kosmos), portanto, não pertencem mais ao sistema malígno gerido por Satanás, nem deve se amoldar aos valores mundanos corrompidos. Pela Palavra de Deus entendemos que Satanás é o príncipe regente desse mundo (kosmos), como disse Jesus a seus discípulos: "(...) Já não falarei muito convosco; porque se aproxima o príncipe deste mundo, (kosmos), e nada tem em mim". (Jo 14.30). "(...) Se vós fosseis do mundo (kosmos), o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo (kosmos), antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece". (Jo 15.19). Disse, também, o apóstolo João: (...) Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, (kosmos), a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberda da vida, não é do Pai, mas do mundo. E mundo passa, e sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre". (1ª Jo 2.15-17). Portanto, não podemos compartilhar com o sistema mundano organizado e sincretizado por Satanás, em detrimento ao Reino de Deus!

f) O crente, indiferente, morno, que não é nem frio nem quente . (Ap 3.15-16).

Em Cristo Jesus, não se pode ter um coração dividido entre dois pensamentos e dois caminhos, indefinido, indiferente, caracterizando ter uma mornidão espiritual e religiosa, como diz a Palavra de Deus, assim: “EU SEI AS TUAS OBRAS, QUE NEM ÉS FRIO NEM QUENTE: OXALÁ FORES FRIO OU QUENTE! ASSIM, PORQUE ÉS MORNO, E NÃO ÉS FRIO NEM QUENTE, VOMITAR-TE-EI DA MINHA BOCA” Ap.3:15-16. “NÃO PODEIS SERVIR A DEUS E MAMOM” (Mt. 6:24). Tem que haver uma posição coerente e bem definida com respeito a Cristo, à Sua Palavra e à Sua Igreja. Esta opção é feita, evidentemente, pelo amor a Cristo, à Sua Palavra e à Sua Igreja. Jesus elogia o crente fiel com estas palavras: "(...) Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco fostes fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor" ( Mt 25.21, 23).

g) Jesus expulsou o vendilhões do templo por venderem produtos religiosos. (Mc 15.11-18)

Zeloso e indignado contra a profanação do templo em Jerusalém, Jesus expulsou os vendilhões que vendiam e compravam, fazendo da "Casa do Senhor", uma casa de negócio, invertendo a ordem dos valores religiosos por interesses, meramente, mercantilistas, como está escrito assim: "(...) Não permitia que ninguém atravessasse o templo, levando qualquer objeto, e ensinava dizendo: Não está escrito que a minha casa será chamado casa de oração para todos as nações? mas, vós tendes feito um covil de salteadores". (Is 56.7; Mc 11.17). Desta maneira Jesus inpugnou a profanação do templo, reinvidicando a santidade e a ordem estabelecida.

Pr.Djalma Pereira
Pastor Regional da Igreja de Cristo no Brasil, Região Sudeste/Sul
http://mensagemdacruz-djalma.blogspot.com

segunda-feira, 30 de março de 2009

--> O QUE ESTA ACONTECENDO COM A IGREJA GLORIOSA??????

Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o Pão da Vida. Encontram muito do homem, pouco de Deus. Muito ritual, pouco pão espiritual. Muito da terra, pouco do céu. Estamos substituindo o Pão do céu por outro alimento. Os pregadores pregam para agradar, e não para desafiar. Dão palha em vez de trigo ao povo - Jr 23.28. Estão pregando saúde e prosperidade, e não sobre a cruz de Cristo. Pregam-se os direitos dos homens, não a soberania de Deus. Prega-se sobre libertação e não sobre arrependimento e conversão. Prega-se um outro evangelho e não o evangelho da graça.

Neste sentido o que vemos hoje é uma Igreja Católica querendo ser evangélica. Uma igreja protestante sem protestos. Uma igreja que se diz reformada, carente de uma urgente reforma. Umas igrejas evangélicas, distanciadas do verdadeiro Evangelho. Uma igreja carismática, com muito carisma e pouco caráter.

A igreja gloriosa precisa de santos nos púlpitos e nos bancos. Não de santos beatificados e canonizados depois de mortos, mas de santos vivos, audíveis, visíveis, palpáveis, nos seminários, nas ruas, nas faculdades, no trabalho, na família - exalando o aroma de Cristo! Aleluia!

Afinal, você deve estar se perguntado: "O que está acontecendo com esta igreja gloriosa que Paulo falou em Efésios 5.27?"

A graça transformada em libertinagem. É Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, põe a boca no trombone. Leia o versículo 4.

Estão torcendo a mensagem da graça de Deus a fim de arranjarem uma desculpa para sua vida imoral. E o pior disso é que isto está acontecendo dentro de muitas igrejas! Leia o versículo 12. Estes intrusos são prostituídores da graça de Deus! Há uma distância enorme entre a graça de Deus e a libertinagem! Graça é a manifestação maior da misericórdia, da compaixão da paciência de Deus. Graça é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco. Enquanto a libertinagem é totalmente oposta a isso!

O culto transformado em show.

Não é apenas a mídia que está usando a palavra show para se referir a alguns cultos. Nós mesmos usamos esse termo em nosso meio. Ora, as palavras show e culto não combinam. O dicionário Aurélio define show como espetáculo de teatro, rádio, TV, com grande montagem - que se destina a diversão - atuação de vários artistas de larga popularidade. Culto: adoração/ homenagem à divindade em qualquer forma (religião). A igreja existe não para oferecer entretenimento, melhora de auto-estima, mas sim para adorar a Deus! Se falharmos nisso, a igreja fracassa!

Perceba o paradoxo: Convide os jovens de nossas igrejas a um show de música gospel e depois os convide a um congresso de Missões. Veja a diferença de pessoas em cada um! O tempo destinado à exposição da Palavra em nossas igrejas, está cada vez menor. Há uma cantoria tremenda! Assim como há pão light, geléia light, comidas light, temos hoje também os cultos lights: leve, ligeiro, alegre e jocoso!

Dízimos transformados em dividendos.

A idéia que o dízimo/oferta abrem as comportas do céu, e deixam derramar tanta prosperidade que você não terá onde guardar está tão generalizada que parece não haver saída para este câncer que se instalou na mente dos evangélicos. Há pessoas que dão tudo o que tem na esperança de melhorarem sua vida, de serem bem-sucedidos em seus negócios. Foi, é esta malfadada teologia da prosperidade que criou esta mentalidade mercantilista do dízimo! Escutem amados: Precisamos mais da prosperidade da Teologia, do que a teologia da prosperidade! Dão não como a viúva que ofertou 2 leptos, pequenas moedas de cobre quase sem valor - uma oferta altruísta, sacrificial. Mas dão para escaparem da falência, de uma doença terminal, de uma separação conjugal.

Esta capacidade maligna de transformar a arte de dar em receber está profanando e tornando antipática a palavra dízimo, de origem santa. Isto é totalmente contra o princípio de Jesus ensinou conforme em Atos 20.35.

O dízimo transformado em dividendos (parte dos lucros líquidos que cabe ao acionista de uma empresa mercantil) inverte os papéis e supervaloriza a obra, em detrimento da graça. Desse modo, Deus assume o papel de devedor e o homem assume o de credor.

Milagres transformados em marketing.

Não há quem precise e não busque a face de Deus para obter livramento frente as difíceis situações da vida: enfermidades, desemprego, morte etc. Devemos buscar a Deus nesses momentos, isso é correto. Agora o que acontece: nós tentamos enquadrar nossas necessidades na lei do mercado. Se há procura, deve haver oferta. Se há problemas difíceis demais, triste demais, complexo demais, então, devem-se ter milagres também. Então, monta-se uma banca, ou um estande de milagres.

O nome de Deus é usado inescrupulosamente. Os milagres não são feitos ao pé do ouvido (como Jesus) sem alarde, sem tocar trombeta: mas de forma sensacional; quanto mais público for, melhor será. Se a igreja não fazia milagres, agora ela tem que fazer, pois caso o contrário perderá seus fiéis e pára de crescer, como a outra está crescendo. Novamente a uma inversão de valores aqui: quando Jesus, o Messias curava, sempre procurava esconder das multidões os prodígios que ele operava. Ele dizia: não conte a ninguém. Então há aqui, uma inversão bíblica, pois enquanto Jesus disse: "Estes sinais acompanharão os que crêem”. Hoje estamos dizendo: os que crêem seguiram estes sinais.

A força moral transformada em força numérica.

A famosa declaração de Jesus em Mt 5.13 de que somos o "sal da terra" mostra o valor da força moral, e não o da força numérica.

Por causa da ênfase demasiada nos números, transformamos a conversão em adesão, que são acontecimentos totalmente diferentes, quando se trata da salvação e da vida eterna. Jesus, o Pão da Vida, nunca se empolgou com as multidões que o seguiam! Na verdade ele discernia os corações, e sabia que muitos estavam ali, não por seu ensino e doutrina, mas sim pelos milagres que ele realizava. Você nunca verá um pregador em uma tribuna dizer: Amados, preguei num Congresso que tinha 20 pessoas. Não! Nunca! Como se Deus estivesse apenas nos grandes ajuntamentos! Quando as multidões quiseram fazer dele um rei, ele se afastou e foi para o monte orar! Que contraste de nossos pregadores! Que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus!

Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois queremos ser a igreja gloriosa, sem mácula, irrepreensível!

No amor de Jesus.
Por: Marcelo De Oliveira

sexta-feira, 20 de março de 2009

--> Porque as pessoas são atraidas pelas más notícias???

(Trocando o "Pão da Vida" pelo "pão que o diabo amassou")

Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra Evangelho deriva do grego euangélion, "boa nova", pelo latim evangeliu.

Sim, resumidamente a palavra Evangelho pode ser definida como "boas novas" ou como boas notícias. Mas, por que gostamos tanto das notícias ruins? Todos os dias ficamos sabendo de guerras, mortes, desastres naturais, falência pessoal. Gostamos de saber quem foi preso, quem perdeu tudo e está endividado, quais casais estão separando, quem está traindo o marido ou a esposa, quais filhos estão usando drogas ou coisas assim.

A pergunta que desafia o nosso coração é: por que gostamos tanto de notícias ruins? Por que temos essa “síndrome de urubu” de ficar voando em cima da carniça? Logicamente os nossos jornais só falam de desgraça porque é isso que grande parte das pessoas gostam de ouvir, mesmo porque as empresas de comunicação sobrevivem da audiência que conseguem cativar.

Nesse ponto, o ditado popular de que “a boca fala o que o coração está cheio” é uma grande verdade. Não é atoa que os jornais, as novelas, os programas de auditório, as revistas estão recheados de coisas ruins. É a lógica do que é ruim. É a “síndrome do urubu” sobrepujando o vôo do beija-flor. Enfim, é a lógica da maldade alimentando mais maldade ainda.

Parece que estamos doentes e precisando de cura. Não é possível que vamos passar a vida inteira só alimentando desgraça após desgraça. Maldade após maldade. Hoje a Palavra de Deus tem um tratamento especial para o meu e para o seu coração. Deus nos ama e não quer que a nossa vida se transforme num disk-entulho de desgraças.

Se por um lado Jesus é o Verbo, ou seja a Palavra, se por um lado o Evangelho pode ser traduzido como “boas novas” como “boas notícias”, por outro, o apego às notícias ruins, a influência da maldade na vida das pessoas denotam, claramente, um afastamento da Bíblia, das revelações dos céus. Talvez, até de forma inconsciente a humanidade deixa de receber o bom alimento da parte de Deus, para se empaturrar com a maldade que prolifera nas relações sociais.

Na tentação de Jesus Cristo no deserto, quando, aqui na terra, o céu lutou contra o inferno, quando as boas notícias enfrentaram as más notícias, quando a boa influência esteve frente a frente com a influência maligna vamos encontrar uma revelação divina importante para as nossas vidas.

O Evangelho nos relata que o tentador chegou para Jesus e disse, se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães ao que Jesus respondeu: - nem só de pão viverá o homem mas de toda a Palavra que sai da boca do Senhor.

Sabe o que está acontecendo conosco? Sabe o que o diagnóstico das Sagradas Escrituras nos diz? É que estamos perdendo a Palavra de Deus e nos alimentando do pão do maligno, ou na expressão popular, estamos trocando o “pão da vida” de Jesus, pelo “pão que o diabo amassou”.

Mas isso não é alimento para a vida de ninguém. Isso não alimenta a alma, isso faz mal para a existência. Mesmo estando com fome, mesmo em um momento de extrema necessidade Jesus rejeitou esse pão no deserto para declarar que o que realmente alimenta a vida é a Palavra de Deus.

Jesus mudou as manchetes negativas na vida das pessoas porque o evangelho é a “boa nova”, as “boas notícias” para a salvação de todo aquele que crer. Vamos ver alguns exemplos na Palavra de Deus:

1 A má notícia seria: “Noivo passa vergonha porque faltou vinho o seu casamento”
Jesus muda a história e a manchete tem que ser: “Noivo é abençoado porque Jesus, o Filho de Deus, transformou a água em vinho no seu casamento”

2 A manchete negativa seria: “Doze homens que seguiam líder religioso morrem afogado numa tempestade no mar”.
O Evangelho muda a notícia para dizer: “Jesus acalma a tempestade para salvar a vida de seus discípulos”

3 Plantão de notícias negativas da cidade de Naim: “Viúva desamparada sai para enterrar seu único filho”.
Plantão das boas notícias do céu afirma: “Jesus ressuscita o filho da viúva e os dois voltam felizes para a casa”

4 Documentário negativo: A triste história do paralítico de Betesda que a trinta e oito anos vive à espera de um milagre que nunca chega”.
Documentário positivo do céu: Em poucos minutos Jesus curou o paralítico a beira do tanque de Betesda. Testemunhas dizem que após o milagre ele saiu carregando a própria cama”

5 Out-door das más notícias: O salário do pecado é a morte.
Out-door do evangelho: Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor.

Especialmente neste tempo quando as más notícias se multiplicam por todos os lados precisamos aprender a nos alimentar cada vez mais com a Palavra de Deus.

A Bíblia possui as melhores notícias para as nossas vidas, e apenas mais uma delas queremos deixar para o nosso coração. Diz o texto: “Porque estou certo de quem nem a morte, nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

Se alimente das boas notícias que só Deus tem para a sua existência.

Extraido do site da revista ULTIMATO

quarta-feira, 11 de março de 2009

--> O discípulo deve crucificar a carne

Crucificando a Carne (Gálatas 5:19-21)
A carta de Paulo aos gálatas ataca com força a doutrina falsa que alguns cristãos judeus estavam ensinando, pela qual tentavam obrigar os cristãos a obedecer a lei que Deus havia dado aos israelitas, no Velho Testamento. Ele demonstra efetivamente que nossa justificação é pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei de Moisés. Os primeiros quatro capítulos do livro apresentam e defendem seus argumentos para mostrar que não somos escravos sob a velha lei, mas livres em Cristo. Em Gálatas 5:1, ele faz este forte apelo: "para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão."

Paulo faz, então, uma transição dos argumentos doutrinários contra este erro de alguns irmãos judeus, para os argumentos práticos que todos podemos e devemos aplicar em nossas vidas. Pondo de lado a lei do Velho Testamento, ele continua dizendo: "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5:13). Este contraste entre nossa liberdade em Cristo e a escravidão à carne é desenvolvido nos versículos finais do capítulo 5, onde ele mostra que devemos andar no Espírito e recusarmo-nos a satisfazer os desejos pecaminosos de nossa carne. Ele nos diz que estamos em uma guerra que o Espírito deve vencer. Para ajudar-nos a ser vitoriosos, ele enumera as obras da carne e coloca-as em contraste direto com o fruto do Espírito. Vai nos ajudar a vencer o inimigo dos desejos carnais se considerarmos cuidadosamente esta lista e o significado das palavras que Paulo emprega.

As Obras da Carne (Gálatas 5:19-21)
Muitos dos pecados listados aqui são semelhantes, portanto, pode ajudar em seu entendimento se os considerarmos em grupos.

Pecados de Impureza Sexual
Prostituição (19) é um termo amplo, que descreve relações sexuais ilícitas. Sua origem, como pode ser entendida pela tradução comum, "prostituição", vem de uma palavra que descrevia "amor" que pode ser comprado e vendido, onde uma pessoa é usada e descartada. Em vez de restringir as relações sexuais como Deus tencionava (somente a um casamento legal, por toda a vida, de um homem com uma mulher, Gênesis 2:24; Hebreus 13:4), aqueles que praticam a prostituição fazem do sexo uma paixão carnal barata e vazia.

Impureza (19) significa basicamente sujeira. Ela fala da impureza que corrompe a moralidade e a alma de uma pessoa. Ela pode ser usada para falar de impureza religiosa, mas também veio a significar corrupção moral. Esta impureza separa uma pessoa de Deus, que é puro e santo.

Lascívia (19) sugere um amor ao pecado, de quem perdeu sua vergonha e imprudentemente viola a lei de Deus. É normalmente usada para falar de tal atitude para com os pecados sexuais.

Pecados de Impureza Espiritual e Religiosa
Idolatria (20) é, essencialmente, a adoração de uma criatura quando deveríamos adorar somente o Criador. É, assim, uma rejeição de Deus e de sua posição de autoridade e honra. Pode ser cometida na adoração a imagens (Romanos 1:19-23) ou na exaltação e na busca de coisas materiais (Mateus 6:24; Colossenses 3:5).

Feitiçaria (20) vem da mesma raiz que a palavra "farmácia". Ela, originalmente, se referia a drogas medicinais, e com o passar do tempo veio a ser associada com o abuso de drogas e, finalmente, com o abuso de drogas em bruxaria e feitiçaria.

Pecados Contra Outras Pessoas
As obras da carne incluem oito palavras que se referem a conflitos e divisões entre pessoas, por causa de atitudes egoístas e pecaminosas, que destroem as relações pessoais. Estes pecados têm destruído muitas amizades, famílias e igrejas, e têm que ser vencidos para se andar no Espírito.

Inimizades (20) é uma palavra comum para descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios 2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do mundo (Mateus 5:43-48).

Porfias (20) são o comportamento que resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e lutas que freqüentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo egoísta, em proteger seus próprios interesses.

Ciúmes (20) é uma palavra que fala do medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a ressentimento e ódio a outras pessoas.

Iras (20) é uma palavra forte que descreve a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. É, freqüentemente, vista na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem lesadas. Em contraste, Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas devemos deixar a Deus o exercício da justiça (Romanos 12:19-21).

Discórdias (20) descrevem as dissensões que resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude altruísta e sacrificial de Cristo (Filipenses 2:1-8).

Dissensões (20) descrevem as divisões que resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23).

Facções (20) são seitas ou partidos. Os primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o seguem fielmente.

Invejas (21) são similares aos ciúmes. Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.

Pecados que Demonstram Falta de Autodomínio
Bebedices (21), ou embriaguez, é um problema que tem afligido as sociedades desde os tempos antigos. O abuso do álcool, com todos os seus feios resultados de mortes desnecessárias, lares desfeitos, esposas e filhos maltratados, etc., continua a ser uma das mais comuns obras da carne. Ela não tem lugar na vida de uma pessoa que está verdadeiramente sob o comando de Deus.

Glutonarias (21) é uma palavra que nos recorda que o excesso, mesmo em coisas que não são inerentemente más, pode ser errado. Não é errado comer, mas comer sem se conter é errado. A pessoa que não pode recusar comida não está mostrando o autodomínio que Deus exige de nós.

E Coisas Semelhantes
Esta não é uma lista completa de todos os pecados possíveis que uma pessoa pode cometer. Paulo está simplesmente dando exemplos para ilustrar a diferença entre a pessoa que é governada pelo Espírito e aquela que é uma escrava das paixões carnais. Ele nos está desafiando a retirar estas coisas de nossas vidas para que possamos viver e andar no Espírito.

A Conseqüência do Servir à Carne
Paulo não deixa dúvida em seu comentário final, no versículo 21: ". . . a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam". Há uma ligação inegável entre nossa conduta e nossa salvação eterna. A pessoa que não permite ao Espírito mudar totalmente sua vida e remover tal carnalidade não receberá o prêmio de um lar eterno com Deus. Devemos ser transformados de dentro para fora (Romanos 12:1-2).

­por Dennis Allan

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

--> MULTIDÃO E DISCIPULOS: As duas igrejas da realidade

por Ariovaldo Ramos

Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuiam.
A gente sempre se relaciona com o outro a partir da identidade que lhe atribuimos, independente dessa identidade atribuída corresponder ou não com a identidade assumida pelo outro.
O povo atribuiu ao Senhor a identidade de profeta. É verdade que o compararam aos profetas mais contundentes que Israel já conheceu: Elias, Jeremias e João Batista. Mas profeta.
O povo errou, entretanto, Jesus não fez nenhum comentário.
O povo não sabia quem era Jesus, mas não se importava muito com isso, porque buscava o que Cristo lhes pudesse fazer, não, necessariamente, o que tivesse a lhes dizer. Tanto que Jesus teve de orientar os discípulos a ter sempre um barquinho à mão caso ele fosse comprimido pelo povo (Mc 3.9,10). Porque, como o povo percebera que bastava tocar em Jesus para ser curado, muitos arrojavam-se sobre ele para o tocar. Iam ao encontro de Jesus para buscar uma benção. De fato, ao invés de irem ao encontro de Jesus, iam-lhe de encontro. Jesus, então, foi obrigado a se proteger do povo que queria abraçar.

Acho que podemos chamar a esse ajuntamento de A Igreja da Multidão. A igreja que não sabe quem é Jesus, só sabe e só se importa em saber o que Jesus lhe pode fazer, como lhe pode ser útil.

Hoje, cada vez mais, há igrejas que parecem ter o mesmo perfil da multidão: sua mensagem acaba por incentivar um relacionamento utilitário com Jesus.

Em contrapartida há a Igreja dos Discípulos.

Pedro, à mesma pergunta, respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Resposta perfeita, porque diz que Jesus era o Messias esperado, mas era mais do que se esperava, pois aguardava-se o maior de todos os profetas (era o que criam os mestres de Israel na época), entretando, Deus mesmo veio em carne e osso para salvar a humanidade.

Essa Igreja sabe quem Jesus é. E o sabe porque o próprio Pai o revelou, como afirmou Jesus a Pedro. A Igreja dos Discípulos é a Igreja que o Pai deu para o Filho, porque pertence a ela aqueles a quem Jesus, pelo Pai, foi apresentado (Jo 6.44).

A Igreja dos Discípulos sabe que a única maneira de relacionar-se corretamente com Jesus é através da adoração. A um líder a gente segue; a um chefe a gente obedece; a um profeta a gente ouve; de um mestre a gente aprende; a Deus a gente adora. Essa é a Igreja que o Filho edifica, porque esta fica sobre a Pedra, que é Jesus reconhecido como Deus que veio em carne e osso para nos salvar.

E como nos ensinou o apóstolo Paulo, adorar a Jesus é imitá-lo (1 Co 11.1). E isso é fruto do desejo de ser igual a Jesus, e quanto mais a gente anda em direção a esse desejo, mais o Espírito Santo o torna realidade em nossas vidas (2 Co 3.18).

A Igreja da Multidão está à cata das bençãos. Do tipo que até o adversário pode dar.

A Igreja dos Discípulos está à cata das palavras de vida eterna; essas que só Jesus tem (Jo 6.68).

A Igreja da Multidão busca crescer a todo custo, e para isso lança mão de todo e qualquer esquema.

A Igreja dos Discípulos vai buscar as ovelhas de Cristo, as que reconhecerão a sua voz, para que haja um só rebanho e um só pastor (Jo 10.16); e, para isso insiste na exposição da verdade que liberta.

A Igreja da Multidão promete o fim do sofrimento e bençãos materiais.

A Igreja dos Discípulos promete a vida abundante e a ressurreição.

A Igreja da Multidão convoca indivíduos a serem individualistas: a terem tudo o que, pela fé, possam conseguir.

A Igreja dos Discípulos convoca indivíduos a serem pessoas comunitárias: a doarem tudo o que a fé, que liberta das posses, permite doar.

A Igreja da Multidão exorta as pessoas a desfrutarem o mundo.

A Igreja dos Discípulos exorta as pessoas a, irmanadas, transformarem o mundo.

A igreja dos Discipulos está querendo mais da vida de Jesus para, na vida, ser cada vez mais como Jesus.

Cada pessoa que se diz seguidora de Cristo; cada pessoa que se considera pregadora do evangelho; cada comunidade que se diz cristã precisa se submeter a esse gabarito, para descobrir de que referencial faz parte, ou de qual se aproxima mais: da Igreja da Multidão ou da Igreja dos Discípulos.

Todos seremos tentados a buscar o que busca a Igreja da Multidão, mas não nos esqueçamos: o tesouro é Cristo e, com ele, vem tudo o que precisamos para ser como ele: gente como gente deve ser.

No Reino de Deus Jesus é tudo em todos os súditos; e tudo o que os súditos do Reino querem ser é todo Jesus.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

--> PARÁBOLA DOS MENINOS BRINCANDO NA PRAÇA

Pelo Pr.Romildo Gurgel

Leitura Bíblica: (Mt.11:16-19; Lucas 7:31-35)

INTRODUÇÃO:
A cena da parábola foi extraída diretamente do cotidiano. Jesus teve uma visão conhecida das crianças inventando suas brincadeiras e representando-as. O faz-de-contas podia, muito bem, ter acontecido assim: vários meninos e meninas estavam brincando na praça, provavelmente vazia. Algumas crianças queriam brincar de casamento. Além da noiva e do noivo, precisavam de um tocador de flauta, pois um grupo deveria dançar na festa. Embora o noivo e a noiva estivessem prontos, e uma das crianças providenciasse a música de flauta, o resto das crianças se recusou a dançar. Não estavam interessados em brincar de casamento.
Em outro exemplo, algumas crianças queriam representar um funeral. Uma delas tinha que se fingir de morta, enquanto outras cantavam um canto fúnebre. O resto tinha que chorar – mas se recusaram. Não queriam participar daquela brincadeira fúnebre. As crianças que tinham inventado as brincadeiras sentaram-se e disseram aos outros:
Nós tocamos flauta,
E não dançastes;
Entoamos lamentações,
E não chorastes.

I. Interpretação da parábola

1. A parábola gira em torno de Jesus comparar e assemelhar sua geração a crianças brincando na praça.

2. Os personagens da parábola são:
- Crianças - Devemos observar a esperança deste povo na época
- João Batista - “foi aquele que entoou lamentações” mas não choraram
- O Filho do homem – “foi aquele que tocou flauta” para arranjar uma noiva para si, mas não dançaram.

a)CRIANÇAS – São os judeus da época de Jesus que estavam esperando a manifestação do messias para a libertação do cativeiro e domínio Romano.
- O império romano foi o único que não levou nenhum judeu cativo para Roma. Antes, o imperador construiu suas bases na própria região dos judeus e da extensão do seu domínio elegendo governadores nas principais cidades. – (Lc.3:1)
- A moeda que circulava tinha a efígie de César (Mt.22:17-21), onde concluímos que o cativeiro era político.
- Os judeus acusam Jesus diante de Pilatos, afirmando que ele se diz ser o messias, o rei – (Lc.23:1-7)
- Todo aquele que se fazia rei, era contra César – (Jo.19:12)
- Os judeus diante da acusação, disse que tinham o rei, que era César – (Jo.19:12-15)
- César no domínio, fez um recenseamento do mundo - Lc.2:1
- Paulo e Silas pregam em Tessalônica e se hospedam na casa de Jasom, onde este é arrastado para as autoridades, afirmando: estes que tem transformado o mundo chegou até nós – (At.17:1-8)
- Os judeus esperavam um Messias que lhes restaurasse o reino a Israel desse cativeiro tão sofisticado. - (At.1:6)
 Este era o quadro geral dos judeus na época de Jesus

b) JOÃO BATISTA –
- Seu nascimento foi predito – (Is.40:1-11; Mt.4:5)
- Nasceu em resposta a uma oração por uma mãe estéril - (Lc.1:13)
- João se vestia de pele de camelo, não tinha interesse por comida e bebida, comia gafanhotos e mel silvestre – (Mt.3:4)
- Vivia no deserto e batizava as pessoas para o arrependimento – (Mc.1:4)
- A mensagem de João batista era um convite ao arrependimento, e o batismo. O batismo é como um símbolo da morte e ressurreição do Senhor – (At.13:24; Rm.6:4; Cl.2:12; 1Pe. 3:18-21)
- João por ter um comportamento isolado e vida estranha e peculiar, não comendo e bebendo segundo os costumes, os opositores diziam: “tem demônio”, isto é, queriam dizer que estavam endemoninhado.(Lc.7:33)
- Segundo a parábola, as crianças bolaram uma brincadeira de um funeral, que tipifica a mensagem de João Batista (seputamento pelo batismo). As crianças depois de fazerem toda a encenação de um sepultamento, as outras não lamentaram e nem choraram.(Lc.7:32)

c) FILHO DO HOMEM
- O Filho do homem é Jesus
- Cristo não é somente o salvador, mas o amigo dos pecadores, que se condói dos seus problemas e sente a sua dor.
- Ele tem o prazer de sentar-se com você e cear com você – (Ap.3:20)
- Jesus ao se fazer carne, Ele veio buscar uma noiva para si, e esta noiva é separa pelo batismo – (Jo.3:22-30; Rm 6:)
- A noiva se prepara no presente, para um casamento no futuro, bodas do Cordeiro (Ap.19:7)
- A aparência da noiva do Cordeiro (uma grande cidade cheia de edifícios – (Ap.21:9-27)
- Os discípulos mostram o edifício do templo a Jesus – ( Mc.13:1-2)
- Jesus disse que edificaria a sua casa em três dias –
- Paulo diz que somos edifício de Deus – (1Co.3:9)
- Temos que avaliar como estamos levantando o edifício – (1Co.3:12)
- O nosso edifício tem que crescer de uma maneira ajustada para templo do Senhor – (Ef.2:21)
- De acordo com a parábola : “tocar flauta, é um ritual de um casamento”- (Lc.7:32)
- Um casamento na época de Jesus era regado de muito vinho e danças – (João 2:1-12)
- Cristo e João Batista “tocaram flauta” para pregar o evangelho do reino, mas os fanáticos judeus não dançaram pelo gozo da salvação; João e Cristo “entoaram lamentações” para pregar o arrependimento, mas os fanáticos judeus não “prantearam”, pela dor de seu pecado. A justiça de Deus exigia que se arrependessem, mas não quiseram obedecer; a graça de Deus lhes proporcionou salvação, mas não a quiseram receber. (transcrito dos evangelhos: Versão Restauração – Editora Arvore da Vida pag. 67/ § 17.1)
- Para João Batista, que não comia e bebia, quando receberam o convite para prantear, disseram: “Tem demônio” – (Mt.11:18)
- Para Jesus quando chamou para noivar, disseram: “Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores”. – Mt.11:19)

-“a sabedoria é justificada por suas obras”- (Mt.11:19d)
- A sabedoria é Cristo – (1Co.1:24,30)
- O que quer que Cristo tenha feito foi pela sabedoria de Deus, que é Ele mesmo. Essa sabedoria foi justificada, vindicada, pelas Suas obras sábias, pelos Seus feitos sábios. (transcrito dos evangelhos: Versão Restauração – Editora Arvore da Vida pag. 67/ § 19.3)

A PARÁBOLA EM SI, SERVE DE ADVERTÊNCIAE PARA MOSTRAR O DESCASO DOS JUDEUS A CHAMADA PARA SER IGREJA (NOIVA) DO CORDEIRO

ALGUNS VERSÍCULOS QUE REVELAM ADVERTÊNCIA E DESCASO
Mt.22: 3) - Enviou os seus servos a chamar os convidados para as [bodas], e estes não quiseram vir.
(Mt.22:4) Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às [bodas].
(Mt.25: 10 ) - E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as [bodas], e fechou-se a porta.
(Lc.12: 36) e sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das [bodas], para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.
- (Lc.14: 8 ) - Quando por alguém fores convidado às [bodas], não te reclines no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;

BIBLIOGRAFIA

1. Os evangelhos – Versão Restauração , Editora Arvore da Vida
2. Biblia Vida Nova – Edições Vida Nova
3. Boyer O.S. Pequena Enciclopédia Bíblica – Editora Vida, 1978, 21° edição – São Paulo
4. As parábolas de Jesus – Simon J. Kistemaker – Casa Editora Presbiteriana , 1° Edição – São Paulo.
5.Todas as Parábolas da Bíblia – Herbert Lockyer – Editora Vida ; 3° impressão 2001 – São Paulo.

--> PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

Pr.Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt. 21:28-32)

I – INTRODUÇÃO
Ao estudar as parábolas, observamos que Jesus tinha como ouvinte grandes multidões, os seus discípulos em particular, abertamente no templo com os principais sacerdotes e anciãos do povo.

II - PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVOU JESUS TECER ESTA PARÁBOLA

a) Na ocasião em que os principais sacerdotes e os anciãos do povo questionaram a autoridade de Jesus –
(Mt.21: 23) - Tendo Jesus entrado no templo, e estando a ensinar, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, e perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? e quem te deu tal autoridade?
24 Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, eu de igual modo vos direi com que autoridade faço estas coisas.
25 O batismo de João, donde era? do céu ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?
26 Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o povo; porque todos consideram João como profeta.
27 Responderam, pois, a Jesus: Não sabemos. Disse-lhe ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.

 As autoridades religiosas queriam capturá-lo com uma declaração de blasfêmia.
 Respondendo-lhe com uma pergunta, Jesus coloca seus oponentes em um dilema.
 Veja que este questionamento foi no momento em que Jesus ensinava no templo - vs.23

b) Esta questão de autoridade havia sido também especulada antes em uma sinagoga em Cafarnaum
(Mc.1: 27) - E todos se maravilharam a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Uma nova doutrina com [autoridade]! Pois ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!

AUTORIDADE QUANDO ENSINAVA DOUTRINAS
(Lc.4: 32) - e maravilharam-se da sua doutrina, porque a sua palavra era com [autoridade].

III – NOTEMOS A SEMELHANÇA DOS FILHOS

a) Tiveram os mesmos pais,
b) O mesmo ensino,
c) A mesma criação
d) O mesmo serviço
e) E a mesmo pedido foi solicitado a ambos.

IV - O QUE ENSINA A PARÁBOLA?
a)A parábola trata duas classes de pessoas: O primeiro filho um filho arrependido, e o segundo um filho impenitente .
SOBRE OS FILHOS IMPENITENTES O SENHOR ESPERA:
FRUTOS DE ARREPENDIMENTO
(Mt.3 8) - Produzi, pois, frutos dignos de [arrependimento],

(Lc.3 8) - Produzi, pois, frutos dignos de [arrependimento]; e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos por pai a Abrãao; porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrãao.

A ALEGRIA NOS CÉUS ESTA PARA QUEM SE ARREPENDE
(Lc.15: 7) - Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de [arrependimento].

A TRISTEZA SEGUNDO DEUS É PARA ARREPENDIMENTO
(2Co.7: 10) - Porque a tristeza segundo Deus opera [arrependimento] para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte.

b)O primeiro disse que não ia, e foi, o segundo disse que ia e não foi. Isto ensina que afirmações sem reflexão, resulta em descompromisso e rebeldia.

A NOSSA PALAVRA TEM QUE SER SIM SIM E NÃO NÃO
(Mt.5: 37) - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.

(2C.1: 17) - Ora, deliberando isto, usei porventura de leviandade? ou o que delibero, faço-o segundo a carne, para que haja comigo o [sim, sim] e o não?

(Tg.5: 1) - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; seja, porém, o vosso [sim, sim], e o vosso não, não, para não cairdes em condenação.

c)Ensina que a pessoa que se recusa a fazer o que lhe é pedido, mas que, mais tarde, muda de idéia e faz a tarefa, é melhor que aquela que promete cuidar de suas obrigações, mas nunca as realiza. Isto é arrependimento.

d)Ensina que o que faz a vontade do Pai é o que obedece aos pedidos do Pai.

e)Ensina que os principais sacerdotes e os anciãos não podiam se esconder atrás de uma falsa ignorância fingida.

f)Ensina que o ensino no V.T. e do N.T. é obedecer a palavra de Deus, escutar a sua voz e fazer a sua vontade. (1Sm.15:22; Jo.15:14).

V - A EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA
1 – O Pai – Seria um retrato de Deus, como também na parábola do Filho Pródigo. (Lc.15:11-32)

2 – Os filhos – Podem ser divididos em dois: Obedientes e desobedientes.
OBEDIENTES são classificados como coletores de impostos/meretrizes que se arrependeram.
DESOBEDIENTES: São classificados com os religiosos como religião organizada, mas que apesar da organização, não faziam a vontade de Deus. O ajuntamento não promovia um ambiente de arrependimento, mas um formalismo, dogmático religioso que não cumpriam a vontade de Deus.

3 – Observe que o Pai se dirige ao primeiro filho e pede para ele trabalhar
a)O PRIMEIRO FILHO:
(Mt.20:28) – Mas que vos parece ? Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 Ele, porém, respondendo disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi.

OBS: Nas tradução mais novas, que chegam mais próximas do original, a resposta do primeiro filho é trocada pelo segundo.

Exemplo:

Bíblia Vida Nova –

(Mt.21:29) – Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi

Na Bíbia de Estudos Plenitude diz:

(Mt.21:29) – Ele, porém, respondendo disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi

 Isto em si não altera a interpretação da parábola e os ensinos que poderemos extrair dela. Isto ocorreu, na ocasião da tradução feita pelos originais mais recentes. Portanto, vamos interpretar considerando o que diz a Bíblia de Estudos Plenitude.

Que aconteceu com o primeiro filho ?

a)Ao receber o convite do Pai para trabalhar na vinha, negou o trabalho..
b)Ao ouvir João Batista sobre o arrependimento, arrependeu-se e decidiu ir trabalhar na vinha – vs.32

O que retrata o primeiro filho ?
a)O primeiro filho é a personificação dos coletores de impostos e das meretrizes que viviam uma vida de pecado e se recusavam a fazer a vontade de Deus. Mas, quando veio João Batista, pregando o batismo do arrependimento para remissão de pecados, os marginalizados pela moral e pela sociedade se arrependeram, creram, e entraram no reino de Deus. Assim fizeram a vontade do Pai.

b) Este filho foi o que fez a vontade do Pai – vs.31

c) Revelação das escrituras sobre a vontade de Deus

QUE VENHA O REINO E SEJA FEITA A VONTADE
(Mt.6: 10) - venha o teu reino, seja feita a tua [vontade], assim na terra como no céu;

SÓ PARA OS QUE FAZEM A VONTADE É QUE SERÃO APTOS PARA ENTRAR NO REINO
(Mt.7: 21) - Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a [vontade] de meu Pai, que está nos céus.

OS QUE FAZEM A VONTADE DE DEUS É QUE É DA FAMÍLIA DE DEUS
(Mt.12: 50) - Pois qualquer que fizer a [vontade] de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.

(Mc.3: 35)- Pois aquele que fizer a [vontade] de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.

O SERVO QUE SOUBE A VONTADE DE DEUS E NÃO FEZ CONFORME A SUA VONTADE SERÁ CASTIGADO COM MUITOS AÇOITES
(Lc.12: 47) - O servo que soube a [vontade] do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua [vontade], será castigado com muitos açoites;

A COMIDA QUE SATISFAZ É FAZER A VONTADE DE DEUS
(Jo.4: 34) - Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a [vontade] daquele que me enviou, e completar a sua obra.

TODOS OS QUE QUEREM FAZER A VONTADE DE DEUS, DEVEM SABER QUE A DOUTRINA QUE JESUS ENSINA É DE DEUS
(Jo.7: 17) - Se alguém quiser fazer a [vontade] de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo.

DEUS HOUVE AQUELES QUE É TEMENTE A ELE E FAZEM A SUA VONTADE
(Jo.9: 31) - sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua [vontade], a esse ele ouve.

O HOMEM QUE É SEGUNDO CORAÇÃO DE DEUS É O QUE FAZ TODA A SUA VONTADE
(At.13: 22) - E tendo deposto a este, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha [vontade].

É PRECISO HAVER RENOVAÇÃO DE MENTES PARA SE EXPERIMENTAR A VONTADE DE DEUS
(Rm.12: 2) - E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita [vontade] de Deus.

JESUS DISSE QUE DESCEU DO CÉU NÃO PARA FAZER A SUA PROPRIA VONTADE
(Jo.6: 38) - Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia.

b)O SEGUNDO FILHO:
(Mt.20:30) – E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi

O que aconteceu com o segundo filho ?

a) Ao receber o convite para trabalhar, disse que iria, mas não foi.
b) Estes ouviram de igual modo a João Batista e não vieram a acreditar em tudo que ele dissera sobre o arrependimento.
c) Este não fez a vontade do Pai, embora afirmasse que iria fazê-lo – vs.31
d) Este filho revelou egoísmo, desobediência com afirmação de obediência, preguiçoso e preocupado com seus próprios interesses.

O que retrata o segundo filho ?

a) O segundo filho retrata a atitude dos líderes religiosos dos dias de Jesus.
b) São aqueles que fazem tudo para serem vistos pelos homens – (Mt.6:1)
c) Oram em pé nas sinagogas e nas ruas para serem vistos pelos homens – (Mt.6:5)
d) São exibidores dos seus filatérios –(Mt.23:5)
Filactério - No judaísmo, par de pequenas caixas de couro usadas ritualmente, amarradas ao braço e à testa por correias, tb. de couro, e que contêm trechos das Escrituras.

e) São os que amam os primeiros lugares nas sinagogas – (Lc.11:43)
f) As saudações nas praças – (Lc.11:43)
g) E o ser chamados de mestres pelos homens – (Mt.23:5-7)
h) São aqueles que não praticam o que pregam – (Lc.7:29-30)

PONTO INTERESSANTE

a) Assim como na parábola dos meninos brincando na praça, utiliza o testemunho de João Batista, esta parábola também, ambos as parábolas é um convite para o arrependimento. – (Vd. Lc.7:31-35)

BIBLIOGRAFIA

A BÍBLIA EXPLICADA . CPAD, 13a Edição, 1974. Rio de Janeiro/RJ

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. Sociedade Bíblica do Brasil

OS EVANGELHOS – Editora Arvore da Vida, primeira edição, 1999. São Paulo/SP

KISTEMAKER. Simon J. As Parábolas de Jesus. Casa Publicadora Presbiteriana. 1a Edição 1992. São Paulo/SP

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

--> O QUE SÓ JESUS VIU?

"Levantai os vossos olhos e vêde os campos, prontos para a ceifa..." (João 4:35b).

Uma das histórias mais conhecidas da Bíblia é a do encontro de Jesus com a mulher samaritana. Há pontos e contos acrescentados a esta narrativa. Todo pregador e escritor cristão dela se utiliza para enriquecer o seu ministério e procurar alcançar as pessoas com o Evangelho de Jesus Cristo. É uma passagem bíblica não só muito conhecida, como muito aplicada.
Para mim, o melhor desta história é o que só Jesus viu. Para refrescar nossa memória, é importante lembrar que Jesus permanece junto ao poço de Jacó, enquanto seus discípulos marcham para a cidade, a fim de comprar alimentos. Certamente, a caminho da cidade, eles cruzaram com uma linda senhora com um cântaro vazio no ombro. Com certeza, ela era linda, pois havia conseguido casar cinco vezes e já estava com o sexto marcado. Teria que ser linda, não é verdade?
Esta senhora, ao chegar ao poço de Jacó, encontra-se com Jesus e estabelece com Ele uma estranha conversa. "Água... sede... quem és...? ...de onde vens? ...aonde se adora?" A conversa é diversificada. A verdade é que a mulher leva de volta mais do que um cântaro cheio: leva água reluzente, um sorriso no rosto que ninguém poderia apagar.
E os discípulos? Certamente cruzaram com a mesma mulher quando voltavam ao Poço de Jacó. E nada notaram.
Quando se encontraram com Jesus, ouviram dEle: "Levantai os vossos olhos e vêde...". "Vocês viram? Não viram nem na ida, nem na volta? Uma mulher sedenta, vazia, sem rumo. Mudando de maridos porque não podia mudar de vida... vocês não viram?"
É assim mesmo. Continuamos "à toa na vida, vendo a banda passar" e não notamos gente vazia ao nosso redor. Dizendo que querem água... mas na verdade precisam é de Deus. A água viva.

Pensamento: Levante os teus olhos e veja!

Extraído do livro
Balsamo e mel.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

--> Diferença de um religioso para um discipulo

Religioso
Discípulo

Tem a bíblia centralizada no homem. Enxerga tudo o que Deus tem para ele: graça e salvação.
Tem a bíblia centralizada em Deus. O que importa é o propósito eterno de Deus.

Interpreta a palavra mecanicamente, age como se ela fosse um tabuleiro de xadrez 2Co 3.6.
Tem revelação de Deus. Compara coisa espiritual com coisa espiritual 1Co 2.12-14

Ouve verdades de Deus 2Tm 3.7.
Ouve a Deus Hb 3.7-8. Ninguém pode ouvir a Deus e não mudar.

Obedece algumas regrinhas que as considera sumamente importante Mt 23.23.
Ama a vontade de Deus e obedece a Cristo em tudo Jo 14.23.

Aprende a saber muita coisa 1Co 8.1b
Aprende a guardar o que Cristo ensinou Mt 28.20.

Tem o eu no comando.
Tem a Cristo no centro de sua vida – é alguém que se esqueceu de si mesmo.

Se esforça por imitar a Cristo, na carne
Cristo vive nele Gl 2.20.

Canta muitos cânticos
Louva ao Senhor.


Estuda sobre o Espírito Santo.
Vive cheio do Espírito Santo Rm 8.5-9.

Faz orações. Fala, fala e não ouve.
Fala com Deus, dialoga com seu Pai.

Confia sua vida a uma instituição religiosa
Confia sua vida a igreja que é o corpo de Cristo.

Sua vida é uma eterna luta contra o mal. "Mente vazia oficina do diabo. Membros ociosos oficina do diabo".
Não tem tempo para praticar o mal, seus membros estão ocupados com a justiça Rm 6.13.

Vive com sede Jr 2.13.
Bebe muita água da vida.

Faz prosélitos Mt 23.15.
Dá fruto (faz discípulos) Jo 15.1-6,8,16.

Não coloca sua vida na luz Jo 3.19-21.
Anda na luz 1Jo 1.5-10.

Não reconhece as autoridades com vindas de Deus.
Acata todas as autoridades delegadas Rm 13.1.

Seus olhos brilham para as coisas do mundo.
Seu atrativo é o Senhor, ama a simplicidade de Deus.



O coração do religioso não se sacia, não se satisfaz com as coisas simples de Deus. O religioso tende matar sua sede no mundo, nos atrativos do mundo ou do poder, que pode ser intelectual.

IV.Conclusão

O que o Senhor quer de nós?

O que o Senhor espera de você?

O que você tem feito?

Que tipo de homem você é?

O nosso Deus e Pai não é um Deus de desordem, Ele deseja que todo aquele que se aproxima d’Ele realmente viva como Ele quer e deseja, sem mesclas ou confusão.

--> O que a bíblia fala sobre o Espírito Santo

• É o Espírito de Deus (Gn 1.2)
• É o Espírito do SENHOR (2Sm 23.2)
• É o bom Espírito (Ne 9.20)
• É o Espírito criador (Sl 104.30)
• É o Espírito sempre onipresente (Sl 139.7)
• É o bom Espírito que guia (Sl 143.10)
• É o Espírito de justiça e o Espírito purificador (Is 4.4)
• É o Espírito de sabedoria e de entendimento, de conselho e de fortaleza, de conhecimento e de temor do SENHOR (Is 11.2)
• É o Espírito que dá vida (Ez 37.14)
• É o Espírito derramado sobre toda a carne (Jl 2.28)
• É o Espírito que habita no meio do povo de Deus (Ag 2.5)
• É o Espírito que envia as palavras do SENHOR (Zc 7.12)
• É o Espírito que gerou Cristo (Mt 1.18, 20)
• É o Espírito que batiza (Mt 3.11)
• É o Espírito que repousava sobre Cristo (Mt 12.18)
• É o Espírito por Quem os demônios são expulsos (Mt 12.28)
• É o Espírito que revela Cristo (Lc 2.26)
• É o Espírito que o Pai dá (Lc 11.13)
• É o Espírito do qual renascemos para entrar no reino de Deus (Jo 3.5)
• É o Espirito que receberam os que creram (Jo 7.39)
• É o Espírito da verdade (Jo 14.17)
• É o outro Consolador (Jo 14.26)
• É a promessa do Pai recebida pelo Filho (At 2.33)
• É o Espírito que conforta (At 9.31)
• É o Espírito que impede (At 16.6)
• É o Espírito de Jesus (At 16.7)
• É o Espírito que constitui os bispos da igreja (At 20.28)
• É o Espírito que fala por meio dos profetas (At 28.25)
• É o Espírito de santidade (Rm 1.4)
• É Quem derrama o amor de Deus em nosso coração (Rm 5.5)
• É o Espírito da vida em Cristo Jesus (Rm 8.2)
• É o Espírito de Cristo (Rm 8.9)
• É o Espírito Daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos (Rm 8.11)
• É o Espírito que guia os filhos maduros de Deus (Rm 8.14)
• É o Espírito que testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16)
• É o Espírito que nos assiste em nossas fraqueza e intercede por nós (Rm 8.26)
• É Quem perscrutas as profundezas de Deus (1Co 2.10)
• É o Espírito que vem de Deus, que Dele recebemos a fim de conhecer o que por Deus nos foi dado gratuitamente (1Co 2.12)
• É o Espírito que ensina as palavras espirituais (1Co 2.13)
• É o Espírito da fé (1Co 4.13)
• É o Espírito no qual fomos lavados, santificados e justificados (1Co 6.11)
• É o Espírito que concede os diferentes dons (1Co 12.7)
• É o Espírito no qual fomos batizados em um Corpo e do qual bebemos (1Co 12.13)
• É o Senhor (2Co 3.17)
• É a bênção de Abraão (Gl 3.14)
• É o Espírito do Filho de Deus que clama: Aba, Pai (Gl 4.6)
• É o Espírito de sabedoria e revelação (Ef 1.17)
• É o Espírito de Jesus Cristo (Fp 1.19)
• É o Espírito de poder, de amor e de moderação (2Tm 1.7)
• É o Espírito da graça (Hb 10.29)
• É o Espírito ciumento que em nós habita (Tg 4.5)
• É o Espírito da glória de Deus (1Pe 4.14)
• É o Espírito que moveu os homens que escreveram as Escrituras (2Pe 1.21)
• É o que dá testemunho de que Jesus veio em carne e é a verdade (1Jo 5.6)
• É o Espírito que fala às igrejas (Ap 2.7)
• É Quem, juntamente com a noiva, diz ao Senhor: Vem! (Ap 22.17)

Extraído de:
discipulos.com

domingo, 8 de fevereiro de 2009

--> PARÁBOLA DAS BODAS

LEITURA BÍBLICA: (MT.22:1-14)

(MT 22:1) - De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes:
(MT 22:2) - O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
(MT 22:3) - Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir.
(MT 22:4) - Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas.
(MT 22:5) - Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
(MT 22:6) - e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.
(MT 22:7) - O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade.
(MT 22:8) - Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos.
(MT 22:9) - Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.
(MT 22:10) - E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados.
(MT 22:11) - Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial
(MT 22:12) - e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
(MT 22:13) - Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
(MT 22:14) - Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.

INTRODUÇÃO:
O ministro de Deus deve declarar todo o conselho de Deus. Todas as doutrinas devem ser ensinadas com habilidade e reverência. Nós temos que ensinar tanto as bênçãos como as maldições; as graça e as ameaças. Vamos meditar na importância espiritual da parábola.
Jesus com esta outra parábola, tem o propósito de deixar bem claro em uma mesma reunião, esta série de três parábolas que mostram aos principais sacerdotes e o povo judeu, da perda do reino e os gentios sendo convidados para ficarem em seu lugar.
Jesus está contando a historia de Israel, e seus ouvintes entendem que ele se refere aos profetas enviados por Deus, com a mensagem urgente de arrependimento. Mas Israel, em vez de aceitar o chamado de Deus e se arrepender, trata de maneira vergonhosa os profetas, e mata alguns deles (Mt.23:35). Jesus rememora a seus ouvintes a página negra do livro de sua história. Os fariseus, mestres da lei, sacerdotes e anciãos compreendem que ele está se referindo a eles. A parábola fala também da Igreja do Senhor, os convidados (os da encruzilhada , e de todos que foram achados pelo caminho), maus e bons. O próprio rei providenciou vestimentas para os convidados, e estas vestimentas são os atos de justiça. O que fez e faz os convidados a estarem e permanecerem na festa ao agrado do Senhor são as vestes nupciais.
 Este vestido diz respeito aquilo que a pessoa é, seu caráter moral, sua idoneidade, sua dignidade e os seus atos praticados.
 Note que os que estavam na festa eram todos os que eram encontrados pelo caminho -

1 – O VESTIDO NUPCIAL

1. É um vestido de salvação –
(IS 61:10) - Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de VESTES DE SALVAÇÃO e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias.

2. É o traje exigido para o banquete. É este traje é o traje da salvação –
 Quando se aceita o convite se veste do traje
 A vestimenta é tanto posicional como disposicional – posiciona-se aceitando o convite, reveste-se pela disposição do convite.
 Quem dá o traje é o Senhor, mas quem se veste é você

3. A disposição de se vestir é nossa -
(EF 6:10) - Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
(EF 6:11) - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
(EF 6:12) - porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
(EF 6:13) - Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
(EF 6:14) - Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça.
(EF 6:15) - Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz;
(EF 6:16) - embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
(EF 6:17) - Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
(EF 6:18) - com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos

4 – Este vestir-se é de Jesus -
(RM 13:14) - mas REVESTI-VOS do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.

5 – O tipo de vestimenta diz respeito a disposição do convidado -
(CL 3:12) - REVESTI-VOS, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.

 Se é eleito (convidado se reveste-se)

6 - A vestimenta nupcial é a santidade sem a qual ninguém verá a Deus –
(HB 12:14) - Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

 É a vestimenta que faz o convidado permanecer na festa
 Vestimenta da Salvação ( posição)
 Revestir-se, atos de justiça (disposição)

7 – O convite é para todos -
(AP 7:9) - Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;

8 - A oportunidade de se vestir do traje do banquete é agora -
(AP 3:18) - Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

(MT 25:36) - estava NU, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.

9 – Muitas pessoas pensam estarem vestidos, mas ainda estão nuas (Igreja de Laodicéia)
(AP 3:17) - pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e NU.

10 – Temos que guardar as nossas vestimentas -
(AP 16:15) - (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande NU, e não se veja a sua vergonha.)
 Guardar as vestiduras é continuar após a salvação, ou seja após o convite, praticando atos de justiça. Note que o peso dos atos de justiça é o que levará o convidado a permanecer na festa.

11 – As vestimentas são os atos, obras de justiça realizado por cada convidado -
(AP 19:8) - pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.

(AP 3:4) - Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.
(AP 3:5) - O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

12 –O que faz a nossa vestimenta ficar branca é o sangue do cordeiro -
(AP 7:14) - Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,

 Qual a cor da sua vestimenta ???

2 – O REI ENTRA PARA RECEBER OS CONVIDADOS QUE ESTÃO A MESA

a) Tudo é trazido a lume perante os olhos do Senhor – (v.11)
 Os olhos do Senhor prescruta intensificando-se sete vezes
• Pedra com sete olhos – Zc.3:9

• Os sete olhos, são os olhos do Senhor que percorrem toda a terra –Zc 4: 10

• Os sete olhos do Senhor são os sete olhos do cordeiro – Ap. 5:6

• Os sete olhos do cordeiro são como chamas de fogo – Ap.1:14
 Vê tudo
 Prova tudo
• Os sete olhos do cordeiro são também os sete espíritos de Deus – Ap.5:6

• Os sete espíritos de Deus que percorre toda a terra é o Espírito que testifica a todos os homens de:
 Cristo na sua glória antes da encarnação - João 1:1
 Cristo na encarnação - João 1:1 e v.9
 Cristo na sua morte - Lc.23:44-47; Mt.16:14-26
 Cristo e sua redenção - Hb. 9:12; Ef.1:7
 Cristo e sua ressurreição - Lc.24:1-11
 Cristo e sua ascensão - Lc.24:50; At.1:9-11; Ef.2:6
 Cristo e sua glorificação - I Tm. 3:16

 O Espírito do Senhor dá testemunho destes fatos:
(JO 16:7) - Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.
(JO 16:8) - Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:

b) Os convidados são examinados com rigor, um por um – (v.12)
 Paulo disse que o viver que ele tinha na carne, vivia pela fé no filho de Deus
Aqui os convidados são conhecidos pela vestimenta (salvação) e por aquilo que faz e fez (atos de justiça).
 Jesus disse que para se saber se a pessoa é vestida da roupa nupcial ou não é olhando não para a aparência, mas para os frutos, visto que o traje diz respeito aos atos de justiça. Cristo é nossa justiça.
(Mateus 3:8) - Produzi, pois, FRUTOS dignos de arrependimento;

(Mateus 7:16) - Por seus FRUTOS os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
(Mateus 7:17) - Assim, toda a árvore boa produz bons FRUTOS, e toda a árvore má produz frutos maus.
(Mateus 7:18) - Não pode a árvore boa dar maus FRUTOS; nem a árvore má dar frutos bons.
(Mateus 7:19) - Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
(Mateus 7:20) - Portanto, pelos seus FRUTOS os conhecereis.

3 – QUATRO SÃO OS MOTIVOS QUE PODERIAM TER LEVADO A ALGUNS CONVIDADOS A SE APRESENTAREM SEM AS VESTES NUPCIAIS

a) Esta ocupado e dá a desculpa de não poder ir na data aprazada -
b) Falta de cuidado para com o padrão do evento –
c) Falta de compromisso de colocar as vestes no tempo previsto – Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
d) Adiar o compromisso e vir apressadamente de qualquer maneira como muitos fazem.
e) O atraso fará com que o convidado não entre na festa – (Parábola das 10 virgens)

4 – A parábola aborda sobre a ira do Rei para os que não foram para as bodas de seu filho. Isto na época, era sinal de rebeldia, porque um convite real era equivalente a uma ordem ou edito real, recusar a tal convite é o mesmo que se rebelar contra a coroa e o rei –
(Mateus 22:7) - E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.

Comentário:
Embora a referência à queima de uma cidade possa ser a alusão à destruição de Jerusalém, em 70 AC, é mais adequado pensar que o povo que ouvia Jesus estivesse familiarizado com os relatos históricos de reis enviando tropas para destruir os adversários e para tocar fogo em suas cidades. Os ouvintes de Jesus provavelmente viram a figura do rei como a personagem de Deus. Eles sabiam que “Deus é fogo que consome, é Deus zeloso”(Dt.4:24). Quando sua misericórdia não encontra arrependimento, o resultado é o juízo. (Simon J. Kistemaker pg.125)


CONCLUSÃO:
A porta da graça esta aberta ainda, e o Pai esta fazendo o convite para a bodas (casamento) de seu filho (Jesus) a todos que os seus servos encontrarem pelo caminho. Eles estão em toda parte lançando este convite aos pobres, ricos de todas as raças e tribos dos povos do mundo inteiro. Receber o convite é receber a Cristo. os convidados se vestem da salvação de Cristo, com os seus atos de justiça praticados Nenhum homem tem condições de praticar a justiça de Deus sem Jesus. Os nossos atos são como trapo de imundície, quem nos justifica é o Senhor (roupagem). Os que não estiverem com esta vestimenta, ficarão de fora.
Deus o abençoe.

Elaborado pelo
Pr.Romildo Gurgel

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

--> NÃO DURMA NO LUGAR ERRADO


"Um moço chamado Êutico estava sentado numa janela. E, como Paulo continuava a falar, o moço ficou com muito sono. De repente dormiu e caiu dali. Quando o levantaram, estava morto" (Atos 20:9).
O culto estava abençoado. O pregador, como a maioria dos pregadores, estendeu a mensagem um pouquinho além do tempo que as pessoas esperariam. Não sei por que, mas quando o pregador diz: "Estou terminando", os segundos parecem minutos e os minutos parecem horas. Quase todos são assim. Até Paulo.
Na ocasião citada acima pelas Escrituras, Paulo pregava com entusiasmo e sabedoria. Alongou-se. Eis que de repente, um som surdo abala a reunião. Rapidamente alguns disseram: É Êutico. Dormiu no meio da pregação, caiu da janela... e morreu. Morreu de "overdose" de pregação!
Mas pregação não mata. Eis que Paulo, tomando a iniciativa, orou e o jovem se levantou. Milagre. Antes, a Palavra estava sendo pregada; agora, estava sendo aplicada, demonstrada pelo apóstolo. E o afortunado (aliás, este é o significado do nome Êutico) foi aquele jovem que havia despencado da janela: nele foi provado o poder da palavra pregada!
Cuidado. Não durma no culto. Ouvi a história do pregador que, vendo um fiel dormindo, pediu ao diácono: "Por favor, acorde o irmão fulano". O diácono respondeu: "Eu não! Acorde o senhor, foi a sua pregação que o fez dormir".
Não, boa pregação não mata. Ressuscita. Levanta. Põe em pé. Restaura. Acorde, Êutico! Deus está falando com você.

Pensamento: Se fechar os olhos, que seja a melhor forma de apurar os ouvidos.

Extraído do livro Bálsamo e Mel

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

--> JUSTIÇA DE DEUS DE FÉ EM FÉ


Como o Bom Pastor, Jesus Cristo deu a Sua vida pelas suas ovelhas na cruz do calvário, cumprindo toda a justiça de Deus, como Ele mesmo disse: "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas". Jo 10.11.
A justiça de Deus se revela no Evangelho de fé em fé...

É como disse o apóstolo Paulo assim: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé. (...) De sorte que, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” . Rm 1.17; 10.17.

Como definição, a fé é a confiança oriunda do coração, da alma, e não apenas uma aceitação de crença intelectual. A verdadeira fé implica em o ser e disposição da alma para confiar plenamente em outra pessoa, inclusive na sua palavra. Portanto, a fé cristã é uma completa confiança em Cristo, na Sua Palavra, pela qual se realiza a união da alma com o Seu Espírito, num desejo sincero de viver a vida que Ele aprova, de acordo com a Sua soberana vontade, nos ditames do Evangelho. Por isto que a Bíblia diz: “...sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11:6b. “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”. Hb 11:1.

Alguns tipos de fé:

Encontramos mais de um tipo de fé, a saber: a) Fé emocional ou temporária; b) Fé histórica ou tradicional; c) Fé de milagres ou miraculosa; d) Fé viva ou verdadeira; e) Fé intelectual; f) Fé morta ou sem obras; g) Fé salvadora.

a) Fé emocional ou temporária

É a fé momentânea que atinge somente o “eu” emocional do ser humano, sem descer ao coração do pecador, portanto, não gerando arrependimento, transformação e o novo nascimento. É como disse Jesus em Mt 13:19-20: "Ouvindo alguém a Palavra do reino, e não a entendendo, vem o malígno, e arrebata o que foi semeado no seu coração, este é o que foi semeado ao pé do caminho; porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria (emoção); mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegando a angustia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende”. Portanto, não permanece na fé, e logo volta para o mundo de onde veio, conforme disse o apóstolo Pedro em: 2ª Pe. 2:22b: “(...) O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama”. Com isto fica provado que o falso crente, inconverso, que não era uma ovelha de Jesus, a qual não gosta de lama pecaminosa, voltou para o seu própro lugar do lamaçal do pecado...

b) Fé histórica ou tradicional

O exemplo maior da fé histórica está no Evangelho de João, quando os judeus reinvidicaram a fé tradicional no pai Abraão, dizendo: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu (Jesus), sereis livres? Disse Jesus: “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Se fôsses filhos de Abraão, farieis as obras de Abraão... vós fazeis as obras do vosso pai (...). Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio (...) e não há verdade nele (...) porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque digo a verdade, não me credes”. Jo 8:24-51. Portanto, os judeus rejeitaram Jesus, reinvindicando a fé tradicional e histórica, crendo na mentira do diabo e não na verdade do Filho de Deus. Esta fé tradicional não salva.

c) Fé de milagres ou miraculosa

Esse tipo de fé, atualmente, é muito explorado pelos falsos ”missionários”, obreiros mercenários, curandeiros, que exploram a boa fé das pessoas simples, vendendo até mesmo produtos religiosos mágicos, etc. Ler: 2ª Pe. 2:1-4. Devido às grandes carências dos pobres necessitados, esse tipo de clientela tem sido grandemente enganada pelos tais. Também, no tempo de Jesus muitos O seguiam por causa dos milagres, mas, no final do "duro discurso de Jesus sobre o Pão da vida", só doze discipulos ficaram com Ele, depois do sermão e da multiplicação dos pães. Jo 6.60-71. Por último, um dos doze, Judas Iscariotes, O traiu.Veja como Jesus disse: “ Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas, porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou”. Continuou Jesus falando e disse: “(...) Eu sou o pão (espiritual) que desceu do céu, ...aquele que crer em mim tem a vida eterna, (...) Eu sou o Pão da vida”. Quando ouviram isso disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (...) muitos dos seus discipulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna”. Jo 6:22-71. Outros casos estão registrados na Bíblia, por exemplo: Cura dos 10 leprosos, só um voltou para agradecer a Deus, este foi salvo. Lc 17:11-19; Cura do filho dum régulo: Jo 4:47-54. Muitos seguiam a Jesus pela vida material, e não aceitaram o convite de Jesus para renunciar a vida presente. Ler: Lc. 14:12-24. Muitos hoje em dia, só seguem a Jesus para ter boa vida social e pelos bens materiais, não querem “tomar a cruz, cada dia, e seguir a Jesus. Lc 9:23-25; 14:33-34. “O Deus deles é o ventre”, como disse o apostólo Paulo: “São inimigos da cruz de Cristo”. Leiam: Mt 6.24-34; Fil 3:18-19.

d) Fé viva ou verdadeira

È a fé que é autenticada pelas obras e pelo testemunho de uma vida transformada, integralmente. Como disse o apóstolo Paulo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é ; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. II Cor 5:17. Ela é a gênesis do novo nascimento para uma nova vida em Cristo Jesus, conforme está escrito: “Jesus respondeu a Nicodemos: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito ...necessário vos é nascer de novo”. Jo 3:5-7.

e) Fé intelectual dogmática.

É aquela fé que alguem crer, somente, em um sistema religioso, num credo dogmático, anatematizador, sem experiência de novo nascimento ou de regeração. É uma crença só na mente e não na alma, no "ego", sem trnsformação e mundaça de mente e comportamento. Exemplo: Um príncipe rico que teve um encontro com Jesus dizia que guardava, religiosamente, todos os mandamentos desde a sua mocidade, mas, quando Jesus disse que desse todos seus bens aos pobres e O seguisse, ele se entristeceu e voltou para sua vida religiosa tradicional. Vejamos em: Lc 18.18-30. "E perguntou-lhe um dos principais: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? (...) Sabes os mandamentos: (...) Replicou o homem: Tudo isso tenho guardado desde a minha juventitude". (...) Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem, segue-me. Mas, ouvindo ele isso, encheu-se de tristeza, porque era muito rico. E Jesus, vendo-o assim, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" Lc 18.18, 22-24.

f) Fé morta ou sem obras

Como Tiago disse: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta”. Tg. 2:26. A Fé morta, é a fé teórica produzida simplesmente pela filosofia intelectualizada da mente humana, sem a interferência do Espírito Santo. Veja o que Paulo diz neste sentido: “A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. 1ª Cor 2.4-5. A fé sem obras por sí mesma é morta, como disse Tiago: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma; (...) assim também a fé sem obras é morta.” Tg 2:4, 17. A fé morta não salva, como disse Jesus: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Mt 7.22-23. Fé de milagres sem salvação, porque era misturada com a iniquidade!!! Muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram no Seu nome, mas, sem arrependimento. (...) Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia. Jo 2:23,24. Outros criam, intelectualmente, mas, não O confessavam: (...) muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus... Jo 12:42,43. Outros criam, superficialmente, mas, na hora da provação se desviam: (...) mas, como não têm raiz, apenas crêm por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam. Lc 8:13. Simão Mago creu e foi batizado “mas seu coração não era reto diante de Deus”... Simão creu por causa dos milagres, mas não se converteu. At 8:12-22. Como disse o apóstolo Pedro: “(...) entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão heresias de perdição (...), e muitos seguirão (...), pelos quais será blasfemado o caminho da verdade, e por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas (...) e sua perdição não dormita” 2ª Pe 2:1-3. O crente genuino faz boas obras porque é salvo, e não para ser salvo. (Ef 2.10).

g) A fé Salvadora

Esta é a fé genuina que salva o pecador. É a fé como confiança, verdadeira, que salva o pecador arrependido da condenação eterna, quando crer sinceramente em Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, com consequente segurança eterna. Exemplos: Disse Jesus: “De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:40). Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna”. Jo 6:47. A indagação do carcereiro de Filipos, sobre a fé salvadora, está em Atos 16:30: “(...) que é necessário que eu faça para me salvar? A resposta certa está em Atos 16:31, “(...) crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. E é de graça porque o preço da redenção dos pecados já foi pago na cruz do calvário por Jesus, conforme está escrito: “Porque, pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef 2:8-9. Na obra perfeita e suficiente de Jesus Cristo na cruz, foi cumprida toda justiça que Deus exigia e exige de nós, dando-nos eterna segurança, como Jesus disse em Jo 10:28-30, assim: “...Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”. Também o apóstolo Paulo reafirma dizendo: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito Rm 8:1
(...) Quem intentará acusação comtra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está a direitoa de Deus, e também intercede por nós". (Rm 8.33-34) . Esta é a fé salvadora que salva eternamente o pecador arrependido. (Rm 8).

Por: Pr.Djalma
(Igreja de Cristo em São Paulo)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

--> O Evangelho dos evangélicos

Por Ed René Kivitz

Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." [Jesus Cristo]
Estou convencido de que um é o evangelho dos evangélicos, outro é o evangelho do reino de Deus. Registro que uso o termo "evangélico" para me referir à face hegemônica da chamada igreja evangélica, como se apresenta na mídia radiofônica e televisiva. (grifo meu).
O evangelho dos evangélicos é estratificado. Tem a base e tem a cúpula. Precisamos falar com muito cuidado da base, o povo simples, fiel e crédulo. Mas precisamos igualmente discernir e denunciar a cúpula. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé; a cúpula, muita vez é oportunista, mal intencionada, e age de má fé. A base transita livremente entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões afro. A base vai à missa no domingo, faz cirurgia em centro espírita, leva a filha em benzedeira, e pede oração para a tia que é evangélica. Assim é o povo crédulo e religioso. Uma das palavras chave desta estratificação é "clericalismo": os do palco manipulando os da platéia, os auto-instituídos guias espirituais tirando vantagem do povo simples, interesseiro, ignorante e crédulo.
A cúpula é pragmática, e aproveita esse imaginário religioso como fator de crescimento da pessoa jurídica, e enriquecimento da pessoa física. Outra palavra chave é "sincretismo". A medir por sua cúpula, a igreja evangélica virou uma mistura de macumba, protestantismo e catolicismo. Tem igreja que se diz evangélica promovendo "marcha do sal": você atravessa um tapete de sal grosso, sob a bênção dos pastores, e se livra de mal olhado, dívida, e tudo que é tipo de doença. Já vi igreja que se diz evangélica distribuir cajado com água do Jordão (i.é, um canudo de bic com água de pia), para quem desejasse ungir o seu negócio, isto é, o seu business. Lembro de assistir a um programa de TV onde o apresentador prometia que Deus liberaria a unção da casa própria para quem se tornasse um mantenedor financeiro de sua igreja.
O povo religioso é supersticioso e cheio de crendices. Assim como o Brasil. Somos filhos de portugueses, índios, africanos, e muitos imigrantes de todo canto do planeta. Falar em espíritos na cultura brasileira é normal. Crescemos cheios de crendices: não se pode passar por baixo de escada; gato preto dá azar; caiu a colher, vem visita mulher, caiu garfo, vem visita homem; e outras tantas idéias sem fundamento. Somos assim, o povo religioso é assim. Tem professor de universidade federal dando aula com cristal na mão para se energizar enquanto fala de filosofia.
E a cúpula evangélica aproveita a onda e pratica um estelionato religioso: oferece uma proposta ritualística que aprisiona, promove a culpa e, principalmente, ilude, porque promete o que não entrega. Aliás, os jornais começam a noticiar que os fiéis estão reivindicando indenizações e processando igrejas por propaganda enganosa.
O evangelho dos evangélicos é estratificado. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé, e a cúpula é oportunista. A base transita entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões-afro, e a cúpula é pragmática. A base é cheia de crendices e a cúpula pratica o estelionato religioso.
O evangelho dos evangélicos é mercantilista, de lógica neoliberal. Nasce a partir dos pressupostos capitalistas, como, por exemplo, a supremacia do lucro, a tirania das relações custo-benefício, a ênfase no enriquecimento pessoal, a meritocracia - quem não tem competência não se estabelece. Palavra chave: prosperidade. Desenvolve-se no terreno do egocentrismo, disfarçado no respeito às liberdades individuais. Palavra chave: egoísmo. Promove a desconsideração de toda e qualquer autoridade reguladora dos investimentos privados, onde tudo o que interessa é o lucro e a prosperidade do empreendedor ou investidor. Palavra chave: individualismo. Expande-se a partir da mentalidade de mercado. Tanto dos líderes quanto dos fiéis. Os líderes entram com as técnicas de vendas, as franquias, as pirâmides, o planejamento de faturamento, comissões, marketing, tudo em favor da construção de impérios religiosos. Enquanto os fiéis entram com a busca de produtos e serviços religiosos, estando dispostos inclusive a pagar financeiramente pela sua satisfação. Em síntese, a religião na versão evangélica hegemônica é um negócio.
O sujeito abre sua micro-empresa religiosa, navega no sincretismo popular, promete mundos e fundos, cria mecanismos de vinculação e amarração simbólicas, utiliza leis da sociologia e da psicologia, e encontra um povo desesperado, que está disposto a pagar caro pelo alívio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua ganância.
Em terceiro lugar, o evangelho dos evangélicos é mágico. Promove a infantilização em detrimento da maturidade, a dependência em detrimento da emancipação, e a acomodação em detrimento do trabalho.
Pra ser evangélico você não precisa amadurecer, não precisa assumir responsabilidades, não precisa agir. Não precisa agregar virtudes ao seu caráter ou ao processo de sua vida. Primeiro porque Deus resolve. Segundo porque se Deus não resolver, o bispo ou o apóstolo resolvem. Observe a expressão: "Estou liberando a unção". Pensando como isso pode funcionar, imaginei que seria algo como o apóstolo ou bispo dizendo ao Espírito Santo: "Não faça nada por enquanto, eles não contribuíram ainda, e eu não vou liberar a unção".
Existe, por exemplo, a unção da superação da crise doméstica. Como isso pode acontecer? A pessoa passa trinta anos arrebentando com o seu casamento, e basta se colocar sob as mãos ungidas do apóstolo, que libera a unção, e o casamento se resolve. Quem não quer isso? Mágica pura.
O sujeito é mau-caráter, incompetente para gerenciar o seu negócio, e não gosta de trabalhar. Mas basta ir ao culto, dar uma boa oferta financeira, e levar para casa um vidrinho de óleo de cozinha para ungir a empresa e resolver todos os problemas financeiros.
Essa postura de não assumir responsabilidades, de não agir com caráter, e esperar que Deus resolva, ou que o apóstolo ou bispo liberem a unção tem mais a ver com pensamento mágico do que com fé.
Em quarto lugar, o evangelho dos evangélicos tem espírito fundamentalista. Peço licença para citar Frei Beto: "O fundamentalismo interpreta e aplica literalmente os textos religiosos, não sabe que a linguagem simbólica da Bíblia, rica em metáforas, recorre a lendas e mitos para traduzir o ensinamento religioso." O espírito fundamentalista é literalista, e o mais grave é que o espírito fundamentalista se julga o portador da verdade, não admite críticas, considerações ou contribuições de outras correntes religiosas ou científicas.
Quem tem o espírito fundamentalista não dialoga, pois considera infiéis, heréticos, ou, na melhor das hipóteses, equivocados sinceros, todos os que não concordam com seus postulados, que não são do mesmo time, e não têm a mesma etiqueta. Quem tem o espírito fundamentalista se considera paradigma universal. Dialoga por gentileza, não por interesse em aprender. Ouve para munir-se de mais argumentos contra o interlocutor. Finge-se de tolerante para reforçar sua convicção de que o outro merece ser queimado nas fogueiras da inquisição. Está convencido de que só sua verdade há de prevalecer.
Mais uma vez Frei Beto: "o fundamentalista desconhece que o amor consiste em não fazer da diferença, divergência". Por causa do espírito fundamentalista, o evangelho dos evangélicos é sectário, intolerante, altamente desconectado da realidade. O evangelho dos que têm o espírito do fundamentalismo é dogmático, hermético, fechado a influências, e, portanto, é burro e incoerente.
Em quinto lugar, o evangelho dos evangélicos é um simulacro. Simulacro é a fotografia mais bonita que o sanduíche. Não me iludo, o evangelho dos evangélicos é mais bonito na televisão do que na vida. As promessas dos líderes espirituais são mais garantidas pela sua prepotência do que pela sua fé. Temos muitos profetas na igreja evangélica, mas acredito que tenhamos muito mais falsos-profetas. Os testemunhos dos abençoados são mais espetaculares do que a realidade dos cristãos comuns. De vez em quando (isso faz parte da dimensão masoquista da minha personalidade) fico assistindo estes programas, e penso que é jogada de marketing, testemunho falso. Mas o fato é que podem ser testemunhos por amostragem. Isto é, entre os muitos que faliram, há sempre dois ou três que deram certo. O testemunho é vendido como regra, mas na verdade é apenas exceção.
A aparência de integridade dos líderes espirituais é mais convincente na TV e no rádio do que na realidade de suas negociatas. A igreja evangélica esta envolvida nos boatos com tráficos de armas, lavagem de dinheiro, acordos políticos, vendas de igrejas e rebanhos, imoralidade sexual, falsificação de testemunho, inadimplência, calotes, corrupção, venda de votos.
A integridade do palco é mais atraente do que a integridade na vida. A fé expressa no palco, e nas celebrações coletivas é mais triunfante, do que a fé vivida no dia a dia. Os ideais éticos, e os princípios de vida são mais vivos nos nossos guias de estudos bíblicos e sermões do que nas experiências cotidianas dos nossos fiéis. Os gabinetes pastorais que o digam: no ambiente reservado do aconselhamento espiritual a verdade mostra sua cara.
Estratificado, mágico, mercantilista, fundamentalista, e simulacro. Eis o evangelho dos "evangélicos".