domingo, 31 de agosto de 2008

O discípulo não é igual ao Mestre, mas vai ficando cada vez mais parecido com Ele

LEITURA BÍBLICA: Mt 23:1-12

"Não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam" (Mt.23:3)

Se o discípulo de Jesus é alguém como ele e revela seu caráter às pessoas, por que será que tantos cristãos se parecem com tudo, menos com discípulos?! Parece que Jesus mesmo dá a resposta quando mostra aos seus seguidores o tipo de comportamento que deveriam evitar para não se parecerem com os religiosos fariseus de sua época! Nesse sentido, fica patente a diferença entre um mero religioso e um verdadeiro discípulo de Cristo. O discípulo busca não ser incoerente, ou seja, dizer uma coisa e fazer outra. Chiiii... já começou a complicar! Ah, nem tanto, pois longe de ser perfeito, o discípulo admite suas falhas e pecados, em vez de esconder-se atrás de um belo discurso. O discípulo também procura não ser hipócrita, não obriga os outros a fazer aquilo que ele mesmo não pratica. Diferente do religioso de carteirinha, o discípulo não vive de aparência, mas é autêntico e não está atrás de autopromoção, procurando ser reconhecido por seus feitos, ser louvado por seu caráter ou temido por seu poder. O verdadeiro discípulo não é petulante, pois, sendo discípulo, sabe que tem sempre muito que aprender e que o título de Mestre realmente só cabe a um: Jesus. O discípulo não é autoritário, no sentido do uso ou abuso do poder, mas tem uma autoridade verdadeira que é conquistada por ser modelo para os demais. O que sobra para o discípulo ser, então? Sobra ser servo! Isso mesmo: aquele posto que ninguém almeja, o cargo pelo qual ninguém briga. Servo é aquilo que todo mundo diz ser, mas quase ninguém realmente é, pois a maioria prefere transformar os ensinamentos do Mestre em fonte de lucro pessoal, enquanto poucos realmente querem seguir nos passos de Cristo e servir aos outros, de verdade. Servir é abençoar as pessoas com o nosso melhor. Essa é a diferença entre um discípulo e um religioso. Qual deles você vai preferir ser?

"O discípulo não é igual ao Mestre, mas vai ficando cada vez mais parecido com Ele"

Irmã EDNA MENDES

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As minhas verdadeiras ovelhas


ÀS MINHAS VERDADEIRAS OVELHAS

Leitura Bíblica: (Ezequiel 34:16-20)
16 A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça. 17 Quanto a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o SENHOR Deus: Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes. 18 Acaso, não vos basta a boa pastagem? Haveis de pisar aos pés o resto do vosso pasto? E não vos basta o terdes bebido as águas claras? Haveis de turvar o resto com os pés? 19 Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés. 20 Por isso, assim lhes diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo julgarei entre ovelhas gordas e ovelhas magras. (Ez 34.16-20)

Amadas e queridas ovelhas, precisamos analisar os tempos e as conjunturas da igreja como diz a Palavra de Deus: aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 2.7). Estamos passando por momentos difíceis e de lutas. Isso é bom porque, nesse momento, Deus nos aperfeiçoa e prova quem realmente nós somos. Nos momentos de lutas e de crise que o pastor consegue identificar as verdadeiras ovelhas ou bodes. A ovelha é submissa, tratável, obediente, humilde diante de seu pastor; os bodes desconhecem o seu pastor, não são tratáveis, desobedientes e cheios de coisas perigosas à fé. A ovelha sabe que um dia foi perdida e que nunca fez nada que agradasse a Deus antes da sua conversão; são eternas dependentes da graça de Deus pelo sangue do Cordeiro. Os bodes jamais reconhecerão isso e sempre estarão contra a vontade de Deus.



O texto de Ezequiel fala exatamente isso: Deus julgaria quem eram ovelhas ou bodes diante do cativeiro babilônico. A provação diante do grande imperador Medo-persa seria o meio de Deus saber que eram rebeldes e submissas ou quem eram sensíveis à voz do Senhor Deus. Assim, precisamos saber que nós demonstramos ao pastor de uma igreja quem nós somos diante dos problemas na igreja. Somos ovelhas ou bodes? Pelos frutos o pastor conheceria quem é bode ou ovelha.



A ovelha precisa saber não pisar os pastos. Sabemos que Deus tem nos dado pastos verdes pela graça de Deus. Quando a igreja prega todo o conselho de Deus com ensino bíblico em exposição plena da Palavra de Deus; quando a cruz é ministrada e a exaltação do nome de Jesus é uma realidade, esse pasto não pode ser pisado como diz o verso 19. Deus julgaria as ovelhas magras porque elas tinham pasto, mas pisavam neles. Assim Deus trata com sua igreja e trata com o seu povo, pois Deus coloca na sua igreja pastores e mestre pelo seu Espírito (Ef 4.11; At 20.28-30). Paulo adverte que haveria alguns que tentariam arrastar o rebanho e desfazer o que Deus colocou como autoridade na sua igreja desde os primeiros tempos da sua igreja.
A verdadeira ovelha está ao lado de seu pastor; descansa nos braços do pastor e se for para escolher entre ovelha e pastor, a lógica é que a ovelha escolha o pastor, pois uma simples ovelha não sabe para onde vai, não tem autoridade espiritual e nem conhece as Escrituras. A ovelha deve ser íntima de seu pastor, honrá-lo e tê-lo sempre ao seu lado por causa dos lobos, dos falsos obreiros e falsos irmãos.



Paulo admite que existem, na igreja, falsos irmãos (2Co 11.13; 26; Gl 2.4). Como saber? Pelo texto sagrado Paulo adverte que esses investem contra autoridades espirituais. Por isso, Paulo disse “em perigos de falsos irmãos” à igreja de Corinto. Fica claro que esses falsos irmãos investiram contra o apóstolo Paulo, até contra o apóstolo João (3 Jo 9-10). Outra característica de um falso irmão é que fica observando momentos e situações para criticar o pastor e evidenciá-lo. Paulo deixou claro quando falou aos gálatas que os falsos irmãos o estavam espreitando. O verbo grego kataskopeö quer dizer espiar secretamente. O que estava havendo na igreja da Galácia era exatamente isso. Os pseudadelphos (falsos irmãos) estavam espionando Paulo para pegá-lo em alguma coisa. Isso é uma característica de falso irmão e digno de termos cuidado com pessoas que agem dessa forma.



Às minhas verdadeiras ovelhas eu quero dizer que estou à disposição de dar a minha vida, pois o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas, mas preciso que essas deixem qualquer insinuação contra o pastor. Paulo alertou aos romanos que pessoas que causam divisão e escândalo devem ser evitadas fugindo delas (Rm 16.17). A palavra skandalon era uma pedra que ficava à margem do caminho para derrubar pessoas. Uma pessoa se torna escândalo quando ela é a causa de uma igreja dividir, colocar líderes em evidência e rebelião. Pelas escrituras tais pessoas não ficaram e nem ficarão sem punição, pois o mesmo Deus de Moisés e Davi é o nosso. Deus foi peremptório com cada uma delas e tratou como Pai para aqueles que são filhos e como Juiz para aqueles que não são. Portanto, Paulo adverte à igreja de Roma que devemos nos afastar de tais pessoas, pois essas causarão transtornos à fé e ao Reino de Deus.



Amados, quero terminar dizendo que a nossa luta não é contra carne nem sangue, mas contra as forças das trevas e toda rebelião provém do diabo. Rebelião não é uma simples discordância do líder, mas uma revolta contra a liderança desse líder. Portanto, muito cuidado, pois o mesmo Deus que me trouxe até aqui, deu-nos graça e fez essa igreja chegar aonde chegou cortará os ramos e galhos secos trazendo paz e graça à sua igreja. Deus os abençoe.
Autor: Pr.Francisco Mário Magalhães

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

PARÁBOLA DO CREDOR DESAPIEDADO

Pr.Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.18:23-35)

PANO DE FUNDO HISTÓRICO

Um rei reuniu seus oficiais (servos que trabalhavam na administração do seu reinado), no dia marcado para o acerto de contas. Um deles lhe devia a astronômica soma de dez mil talentos, o mais alto valor monetário do sistema financeiro da época. Esta certo que o servo (ministro das finanças) devia ao rei uma quantia enorme. Visto que uma grande fração de dinheiro havia saído por intermédio daquele servo, o rei, reúne todos os seus oficiais da administração para um acerto de contas. Na parábola não nos é contado o que este oficial havia feito com o dinheiro. O rei sabia que o oficial não teria todo aquele dinheiro, no dia marcado para o ajuste de contas. Quando ficou diante de seu Senhor, ouviu o veredicto (decisão tomada pelo júri): ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que possuía seriam vendidos para o pagamento da dívida. Era demais para ele. Todavia, o servo atirou-se aos pés do soberano, implorando misericórdia, e pediu: “Sê paciente comigo e tudo te pagarei”, ele implorou misericórdia e não perdão. Prometeu restituição, sabendo que poderia pagar apenas uma pequena parte e não mais. Como resposta, recebeu o que menos esperava – quitação da dívida. Seu senhor teve piedade dele, cancelou o seu débito e deixou-o ir. Quase não acreditando, o servo sai com alegria e falando a todos da bondade do seu senhor. Passado alguns dias, descendo as escadarias do palácio, o servidor público absolvido encontrou um outro servidor que lhe devia cem denário. Realmente era muito pouco – alguns dias de trabalho e a soma seria conseguida. E ele ao se encontrar com aquele amigo, vê uma oportunidade de lhe fazer a cobrança do que estava lhe devendo, e segura-lhe pelo pescoço, sufoca-o , exigindo o pagamento da dívida. O devedor atirou-se aos pés do ministro das finanças e pediu: “Sê paciente comigo e te pagarei. Ele não precisava dizer que pagaria tudo, porque o total era pequeno. Mas o ministro das finanças recusou, lançou o homem na prisão, esperando que alguém o pusesse em liberdade sob fiança (abonar e dá garantia a responsabilidades alheia), e pagasse a dívida. Nada aqui foi feito as escondidas, o ministro das finanças fez tudo isso nas escadarias do palácio a vista de todos os que estavam por alí, e nada poderia guardar silêncio sobre aqueles que assistiram tal cena. O acontecido virou a conversa do dia em todo o palácio, até que o rei ouviu toda a história. O rei ao ouvir, ficou zangado. Chamou o servo e o repreendeu: “Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida porque me suplicaste, não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como me compadeci de ti ?” Com isso, entregou-o aos carcereiros para que o torturassem até que a dívida fosse paga.

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA
1 - A parábola ilustra o princípio do perdão, elemento vital no processo de disciplina eclesiástica. - A parábola foi confeccionada por Jesus por

causa das perguntas de Pedro – (Mt.18:15-22) A misericórdia de Deus é tão grande que não pode ser medida

2 – Deus faz contas com os seus servos, não somente depois da morte, mas aqui e agora – (vd.vss.23)
(Lc.12: 42) - Respondeu o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, que o Senhor porá sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?
43 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.

• O ajuste de contas aqui se refere ao juízo do tribunal de Cristo –
(2Co.5: 10) - Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.

3 – O fato de não perdoarmos o irmão que peca contra nós entristecerá os outros irmãos, que poderão levar essa questão ao Senhor -

4 - Que o que muito recebeu para dá (perdão), será cobrado pelo que não deu (perdão) -
(Lc.12: 47) - O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
48 mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá.

(Lc.16: 11) - Se, pois, nas riquezas injustas não fostes [fiéis], quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se no alheio não fostes [fiéis], quem vos dará o que é vosso?

5 – Se não perdoarmos os irmãos que peca contra nós, seremos disciplinados pelo Senhor até que o perdoemos de coração, isto é, até que paguemos toda a dívida –
(Mt.5: 21) - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno.
23 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.
25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.
26 Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.

6 - Embora a palavra justiça não esteja na parábola, os conceitos expressos são de misericórdia e justiça. – Ex: Davi tinha desobedecido a Deus, levantando o censo de Israel e Judá, ao fazer cumprir a justiça, Deus deu a ele três escolhas:
• Sete anos de fome,
• três meses de perseguição,
• ou três dias de peste

 Davi respondeu: “Caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias...” (2Sm. 24:10-17; 1 Cr. 21:13)

 As escrituras não ensinam que a misericórdia anula a justiça; nem ensinam que a justiça elimina a misericórdia

7 - O povo judeu sabia que na aplicação da justiça a misericórdia teria que triunfar -
(Êx.22: 25) - Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros.
26 Ainda que chegues a tomar em penhor o vestido do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol;
27 porque é a única cobertura que tem; é o vestido da sua pele; em que se deitaria ele? Quando pois clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.

8 – A justiça se manifestava de diversas maneiras - O ano do jubileu eram impostas; durante aquele ano, os que haviam alienado suas propriedades entravam de novo na posse delas e os escravos adquiririam sua liberdade. Resumindo, o judeu dos dias de Jesus sabia que misericórdia e justiça não podem ser tratadas separadamente. Estão interligadas.

9 – A diferença entre o servidor chefe ministro das finanças e o seu conservo -

a. O servidor chefe de finanças –

i. Devia 10.000 talentos – mais ou menos 3 milhões de dólares
ii. Não tinha com que pagar
iii. Foi sentenciado, para que fosse vendido , ele, esposa e filhos e todos o seus bens e que a dívida fosse paga
iv. Tal forma de cobrança coincidia com os costumes antigos – (2Rs. 4:1) – filhos serviam para resgatar dívidas
v. Humilha-se reverentemente e pede paciência que pagaria tudo –
vi. O rei observando que ele não tinha a mínima condição de pagar, perdoa-lhe a dívida.

 Aqui a justiça é utilizada seguida de misericórdia

b. O conservo servidor público

i. O conservo devia 100 denários ao chefe de finanças – aproximadamente doze dólares = 24 REAIS
ii. Foi agarrado pelo pescoço e humilhado na frete dos funcionários do palácio
iii. O conservo pede paciência que iria lhe pagar
iv. O chefe de finanças não quis esperar
v. O chefe de finanças lança-o na prisão até que saldasse a dívida
vi. Os companheiros de trabalho avisam o acontecido ao rei

 Aqui a justiça é aplicada sem misericórdia

10 – O veredicto (sentença) do rei

(Mt.18:32) - “servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
(v.33) não deverias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como eu me compadeci de ti ?
(v.34) e, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.

11 – Aplicação da parábola feita por Jesus

(Mt.18:35) - Assim também meu pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”

12 – Ensinos notáveis sobre o perdão

a) Deus só perdoa as nossas ofensas se nós perdoarmos –
(Mt.6: 14) - Porque, se [perdoar]des aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos [perdoar]á a vós;
15 se, porém, não [perdoar]des aos homens, tampouco vosso Pai [perdoar]á vossas ofensas.

(Mc.11: 26) - [Mas, se vós não [perdoar]des, também vosso Pai, que está no céu, não vos [perdoar]á as vossas ofensas.]

b) Devemos perdoar muitas vezes –
(Mt.18: 21) - Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de [perdoar]? Até sete?
22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes setembro

c) Devemos perdoar de coração e não por boca –
(Mt.18: 35) - Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não [perdoar]des, cada um a seu irmão.

d) Devemos perdoar a quem pede perdão até muitas vezes no dia –
(Lc.17: 4) - Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; tu lhe [perdoar]ás.

e) Perdoar deixa livre, reter, aprisiona –
(Jo.20: 23) - Àqueles a quem [perdoar]des os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.

f) Devemos perdoar uns aos outros –
(Ef.4:32) - Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

13 – Outros ensino sobre a parábola

a) Que é possível receber a graça de Deus em vão, sem que ela produza em nós um correspondente trato com os nossos semelhantes –
»II CORINTIOS [6]
1 E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão;

b) Que é muito fácil fazer questão das pequenas ofensas dos outros contra nós mesmos, do que as grandes ofensas que cometemos contra Deus

c) Que é característico da natureza carnal ser exigente, intolerante e incompassivo

d) Devemos não fazer com os outros aquilo que gostaríamos que os outros não fizessem conosco -
(Mt.7: 12) - Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos [faça]m, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.

(Lc.6: 31) - Assim como quereis que os homens vos [faça]m, do mesmo modo lhes fazei vós também.

(Jo.13: 15) - Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, [faça]is vós também.


BIBLIOGRAFIA

KISTEMAKER, Simon J. As Parábolas de Jesus. Casa Editora Presbiteriana,1a Edição. São Paulo – SP

LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas de Jesus. Editora Vida, 3a impressão, 2001. São Paulo - SP

Bíblia Vida Nova – Sociedade Bíblica do Brasil – Editor Responsavel Russell P. Shedd. Impressão 1997. São Paulo – SP

Os Evangelhos – Versão Restauração – Editora Arvore da Vida. Primeira Edição 1999. São Paulo –SP

Bíblia de Estudo Plenitude – Sociedade Bíblica do Brasil

A Bíblia Explicada – CPAD. 13a Edição, 1994 – Rio de Janeiro – RJ.

PARÁBOLA DAS 10 VIRGENS

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.25:1-13)

I – Pano de fundo histórico

Jesus nesta parábola, conta a história de dez damas de honra que, de acordo com o costume nupcial do lugar, naquela época, se preparavam para aguardar a chegada do noivo. Esta história tem como objetivo ensinar a lição da necessidade de se estar preparado.
Nos dias de Jesus o casamento acontecia em idade precoce. Porque a maturidade sexual se dá na adolescência, em Israel os casamentos eram contratados os seus primeiros anos. Era costume a noiva se cercar de dez damas de honra, escolhidas entre suas melhores amigas e da mesma idade que ela.
A sentença introdutória diz: “Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo”, descreve a cena. Isto é, dez moças adolescentes tomaram suas lâmpadas e foram para a casa da noiva com o propósito de prepará-la para o encontro com o noivo. A sentença introdutória, naturalmente, não se refere ao encontro acontecido entre o noivo e as dez virgens, pois este acontece mais tarde, no desenrolar da história (Mt.25:10).
Não devemos imaginar essas jovens sentadas em algum lugar, na estrada, no meio da noite, vencidas pelo sono enquanto o óleo de suas lâmpadas se acaba e estas se apagam. É melhor vê-las ocupada, na casa da noiva, enfeitando-a e cuidando dos últimos preparativos. O objetivo da parábola não se refere à noiva. Ela focaliza as damas de honra, e, especialmente, as cinco néscias. As dez moças deviam acompanhar a noiva à casa do noivo, ou de seus pais, onde, de acordo com o costume, acontecia o casamento.
Cinco das moças eram displicentes, cinco eram prudentes (ou previdentes). As displicentes tinham apanhado suas lâmpadas, mas deixaram de levar o óleo. As pequenas lamparinas usadas em casa não seriam apropriadas para uma procissão ao ar livre, porque o vento apagaria sua chama. As lâmpadas do cortejo das bodas eram tochas. Consistiam de uma longa vara com trapos encharcados de óleo no topo. Quando acesos esses archotes queimavam com grande brilho, iluminando o cortejo festivo, em sua caminhada até à casa do noivo. Entretanto, por causa da brilhante chama ardente, a vasilha de cobre, que continha o óleo, logo se esvaziava. De quinze em quinze minutos os trapos deviam ser novamente encharcados, para conservar a tocha ardendo. Aquelas que levavam as tochas deviam, pois, ter à mão um suprimento de óleo suficiente para mantê-las acesas, especialmente se fosse esperado que as damas de honra apresentassem sua dança, à luz das tochas, na chegada.
As cinco moças displicentes tinham chegado à casa da noiva completamente despreparada; foram negligentes e não levaram consigo o óleo extra. Porque não precisavam de suas tochas até ao começo do cortejo, elas não tiveram, infelizmente, consciência de seu descuido.
Enquanto esperavam, as damas de honra ficaram sonolentas e acabaram adormecendo. Tanto as prudentes quanto as néscias dormiram. O tempo passou rapidamente. Mas, de repente, à meia-noite, ouve-se um grito: “Eis o noivo! Saí ao seu encontro”. O noivo e seus acompanhantes se aproximavam alegremente da casa da noiva. Dentro, as damas de honra acordaram rapidamente, levantaram-se, se retocaram e puseram em ordem as suas lâmpadas. Todas as dez tinham suas tochas ardendo brilhantemente, mas cinco delas perceberam que sem óleo extra suas tochas estariam completamente apagadas antes que o cortejo começasse. Tentaram contar às outras o seu problema. Disseram: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando”. Mas as cinco moças, que tinham levado consigo as vasilhas de óleo, sabiam que a cada quinze minutos teriam que reabastecer suas próprias tochas, e mantê-las acesas durante todo o cortejo, bem como durante a dança à luz das tochas, ao chegarem. O bom senso lhes dizia que o óleo que traziam consigo seria suficiente para cinco tochas, mas não para dez. Delicadamente se recusaram a repartir o óleo. Aconselharam as moças a irem aos que o vendiam para comprá-lo.
As cinco moças que tinham passado o tempo esperando e dormindo tinham, agora, que correr até a um vendedor, acordá-lo e comprar o óleo necessário. Nesse intervalo, o noivo chegou e o cortejo começou. Todos foram à casa do noivo para participar da festa. A entrada do salão das bodas foi fechada, na casa do noivo, e ninguém mais, que não tivesse feito parte do cortejo, tinha permissão para entrar. Este era um procedimento costumeiro entre os ricos daqueles dias.
A parábola termina com a cena das cinco moças que encontraram a porta fechada, pedindo: “Senhor, senhor, abre-nos a porta”. Seu insistente chamado trouxe à porta o noivo, que disse às moças que não tinham nada a ver com elas. Elas estavam muito atrasadas.

II – Significado da parábola

a) A parábola em si, não faz menção nenhuma sobre a noiva, mas não deixa dúvida que se trata de um casamento.

b) O noivo representa Cristo –

c) A noiva (esposa) é a Igreja –
(Apocalipse 19:7) - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua ESPOSA se aprontou.

d) A ênfase de toda a parábola esta nas 10 virgens – Apesar da noiva ser a Igreja; as dez virgens representam o serviço que se presta a Igreja (noiva), do ponto de vista da vida –
 O ministério do apostolo Paulo era adornar a Igreja (Noiva) –
(2 Coríntios 11:2) - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

e) As Lâmpadas – Representam o espírito dos crentes
(Provérbios 20:27) - O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.
 O SENHOR É LÂMPADA
(2 Samuel 22:29) - Porque tu, SENHOR, és a minha LÂMPADA; e o SENHOR ilumina as minhas trevas.
 A PALAVRA É LÂMPADA
(Salmos 119:105) - LÂMPADA para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.

 A VIDA DE LÂMPADA É A VIDA DE UM UNGIDO POR DEUS
(Salmos 132:17) - Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma LÂMPADA para o meu ungido.

 OS CRENTES IRRADIAM A LUZ DO ESPÍRITO SANTO
(Mateus 5:14) - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
(Mateus 5:15) - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
(Mateus 5:16) - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

 OS CRENTES RESPLANDECEM COMO LUZEIROS NESTE MUNDO
(Filipenses 2:15) - Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
(Filipenses 2:16) - Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.

f) O fato de 5 das virgens serem prudentes e 5 néscias, não indica que metade dos crentes são insensatos e a outra metade prudentes. Indica sim que todos os crentes tem a responsabilidade de encher-se do Espírito Santo –
(Efésios 5:18) - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas ENCHEI-VOS do Espírito;

O Dr. Russell P. Shedd, na Bíblia Vida Nova, enumerou os seguintes itens sobre uma pessoas cheia do Espírito Santo.

Um Pessoa cheia do Espírito:

 Não anda cambaleante –
(Efésios 5:15) - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

 Não tem dias perdidos –
(Efésios 5:16) - Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.

Remir - .
1. Adquirir de novo.
2. Tirar do cativeiro, do poder alheio; resgatar:
3. Indenizar, compensar, reparar, ressarcir:
4. Livrar das penas do Inferno; salvar:
5. Fazer esquecer; expiar, pagar:
6. Libertar (uma propriedade) de um ônus, pagando a importância dela.
7. Livrar, libertar, resgatar:
8. Livrar-se do cativeiro; resgatar-se:
9. Recuperar-se de uma falta; reabilitar-se:
10. Livrar-se de uma situação arriscada

 Não tem mente entorpecida –
(Efésios 5:17) - Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

 Não tem cântico discordante -
(Efésios 5:19) - Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;

 Em contraste tem: a- Comunicabilidade
b- Louvor e música
c- Uma gratidão contínua e universal
d- Um desejo de servir –
(Efésios 5:21) - Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

g) O azeite representa o Espírito Santo –
(Isaías 61:1) - O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;

(Hebreus 1:9) - Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.


h) Cochilar significa adoecer –
(1 Coríntios 11:30) - Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.

i) O Sono representa a morte –
(1 Tessalonicenses 4:13) - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
(1 Tessalonicenses 4:14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
(1 Tessalonicenses 4:15) - Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

(João 11:11) - Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
(João 11:12) - Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.
(João 11:13) - Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.

j) A meia noite – representa a uma hora em que o noivo virá buscar a noiva (Igreja), Ele espera que a noiva esteja pronta –

k) O grito “Eis o noivo” é a voz do arcanjo – (vd vss.6)
(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

l) As damas se levantando e se acordando, representa a ressurreição dentre os mortos – (vs.7)
(1 Tessalonicenses 4:14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

(1 Tessalonicenses 4:16) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

(1 Coríntios 15:52) - Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

m) As damas preparando as lâmpadas após serem despertadas, indica que após ressuscitarem, ocuparam-se com o testemunho que tiveram em seu viver –
(2 Coríntios 5:10) - Porque todos devemos comparecer ante o TRIBUNAL DE CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.

n) Ninguém pode encher-se do Espírito em lugar dos outros; então pedir azeite aos outros é inútil – (vd.vss.8)

o) Sair para comprar o azeite indica a necessidade de se pagar um preço. Para se encher do Espírito Santo há um custo. Se não pagarmos esse preço hoje, teremos de pagá-lo após a ressurreição. (vd.vs.9)

 Renunciar o mundo
 Lidar com o ego
 Amar ao Senhor acima de todas as coisas
 Considerar tudo como perda por amor a Cristo

(MT 16:24) - Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
(MT 16:25) - Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
(MT 16:26) - Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
(MT 16:27) - Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.
(MT 16:28) - Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

p) Enquanto as cinco virgens néscias foram comprar o azeite, chegou o noivo – Esta é a segunda vinda de Cristo onde virá apanhar a sua noiva (Igreja) e nos encontraremos com Ele nos ares (bodas do cordeiro) – (vs.10)

Principais acontecimentos após o arrebatamento:
 Tribunal de Cristo -
 Acontecerá a ceia da bodas do cordeiro –
Apocalipse 19:9) - E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.

 Estaremos recebendo galardões -
(Mateus 5:12) - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso GALARDÃO nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

(Mateus 5:46) - Pois, se amardes os que vos amam, que GALARDÃO tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

(Mateus 6:1) - GUARDAI-VOS de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis GALARDÃO junto de vosso Pai, que está nos céus.
(Mateus 6:2) - Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu GALARDÃO.

(Mateus 6:5) - E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu GALARDÃO.

q) “Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta” – (v.11) – Essa é a apresentação dos crentes tardios em virtude de não estarem apercebidos. Aqui acontecerá o mesmo como esta descrito em (Lc.13:24-30). Foram salvas, arrebatadas, ressuscitadas, porém não participaram da dispensação do reino.
(LC 13:24) - Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.
(LC 13:25) - Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, SENHOR, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois;
(LC 13:26) - Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas.
(LC 13:27) - E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade.
(LC 13:28) - Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.
(LC 13:29) - E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
(LC 13:30) - E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros.

r) O vss.13 fala sobre a vigilância para que aquele dia não venha de improviso.
VEJA COMO SERÁ O ARREBATAMENTO
(Mateus 24:40) - Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
(Mateus 24:41) - Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.
(Mateus 24:42) - Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
(Mateus 24:43) - Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
(Mateus 24:44) - Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.

PARÁBOLA DA PÉROLA DE GRANDE VALOR

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA:

(Mt.13:44-46)
44 – O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobri-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
45 - Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas;
46 e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.

OBS: Esta parábola foi falada aos discípulos em particular. A parábola do tesouro oculto no campo ilustra a descoberta acidental do reino; enquanto a da pérola, a descoberta do reino por esforço diligente.
O que o Senhor queria dizer com esta parábola aos seus discípulos???
a) Que os tesouros (são identificáveis, embora alguém seja já o seu dono de direito).
b) Que alvo e objetivos poderão ser traçados para que se alcance de uma forma legítima a propriedade do bem pretendido.
c) Possa ser que o proprietário da terra não saiba da botija enterrada no seu campo e que foi descoberto por um possível comprador.
d) O comprador deve ter oferecido uma oferta além do esperado pelo vendedor e pela falta de senso de valorização vende a propriedade pelo preço oferecido.

I – HISTÓRICO DA COMPOSIÇÃO DA PARÁBOLA
É provável que, Jesus enquanto criança, ele observasse comerciantes que, com suas caravanas, passavam por sua cidade natal e exibiam suas pedras preciosas. A presença desses homens despertava grande interesse, pelo fato de viajarem para lugares longínquos .

II – INTERPRETAÇÃO POPULAR DA PARÁBOLA
A interpretação mais comum e popular dessa parábola é a que considera ser a Pérola de grande valor o próprio Cristo.

a) Na bíblia Plenitude, diz que a interpretação popular é esta.

Tal interpretação está sujeita a sérias objeções, por duas razões:

1 – Desarmoniza completamente a parábola com o ensinamento do contexto. Tanto o semeador, na parábola do semeador, o homem, na parábola do tesouro escondido, e o comerciante, nesta, são todos uma só pessoa, o próprio Mestre.
2 – Apresenta o pecador como se estivesse inteiramente em sacrifício para obter a Cristo. Contudo a parábola não é a imagem de um pecador em busca de Cristo, mas de Cristo em busca de sua igreja.

Fundamentação:

a) Paulo declara que “Não há ninguém que busque a Deus”-
(Romanos 3:11) - Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

b) É Cristo quem procura o pecador – (Lc.19:10) é o pastor quem busca a ovelha e não a ovelha o pastor.
(Lucas 19:10) - Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

(1 Coríntios 6:20) - Porque fostes COMPRADOS por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

(1 Coríntios 7:23) - Fostes COMPRADOS por bom preço; não vos façais servos dos homens.

c) Cristo não pode ser comprado, ele não é mercadoria para ser vendida nem no atacado, nem no varejo. Ele é dom gratuito de Deus –(Rm.6:23)
(Romanos 6:23) - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

d) As escrituras refere-se aos pecadores não tendo com que pagar – (Lc.7:36-50 – vd. Principalmente o vss.42)
(LC 7:36) - E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.
(LC 7:37) - E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
(LC 7:38) - E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.
(LC 7:39) - Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
(LC 7:40) - E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
(LC 7:41) - Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta.
(LC 7:42) - E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
(LC 7:43) - E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
(LC 7:44) - E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos.
(LC 7:45) - Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
(LC 7:46) - Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento.
(LC 7:47) - Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
(LC 7:48) - E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados.
(LC 7:49) - E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
(LC 7:50) - E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.

e) O pecador não possui de nada além de trapo de imundície –
(Isaías 64:6) - Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.

f) A salvação é sem dinheiro e sem preço –
(Isaías 55:1) - Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

g) Comprar a Cristo, ou adquiri-lo, constitui-se uma violação ao ensino claro das escrituras. O pecador não é o agente ativo que escolhe a Cristo
(João 15:16) - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.

(Mateus 24:22) - E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.

(Lucas 18:7) - E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?

(João 15:19) - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.

(Romanos 8:33) - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.

III – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA

Na bíblia plenitude, tece o seguinte comentário acerca da interpretação: diz que o significado “poderia ser que Jesus é o comprador que deu tudo de si para assegurar o Reino (At.20:28)”.

Então, a correta interpretação:

• Cristo é o Comerciante
• A pérola é a Igreja
• O Calvário foi o preço pago pela aquisição dessa pedra preciosa

1 . Interpretando a palavra “buscava” de Mt.13:45

a) O significado desse verbo grego segundo os eruditos é que tem o sentido literal de ir embora, partir de algum lugar e numa verdadeira chegada a um outro local.
b) Isso alude claramente a Jesus, que deixou o céu pela terra.
c) Cremos então, pela ótica do padrão celestial, que a pérola ao ser comprada, apresenta uma imagem belíssima da igreja de Deus.

2 . O COMERCIANTE ou negociante (vd. Diferentes traduções bíblicas)

a) O comerciante é aquele que conhece bem o produto. Ele compra tanto em atacado (grandes quantidades) como no varejo (pequenas quantidades). O seu valor esta no fato de você agora pertencer a Cristo....

b) o comerciante era desejoso de possuir pedras de grande valor, e ele as procurava.
• Ele nos desejou – (Sl.45:11 – “ Então o rei se afeiçoará da sua formosura, pois Ele é o teu Senhor; adora-o”. salmo que fala do ungido de Deus e sua noiva)

• Ele sendo rico se fez pobre para os comprar –
(2 Coríntios 8:9) - Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.
• Este comerciante não possuía dinheiro, mas pérolas, ele ofereceu o que de mais precioso alguém pode conceder, sua vida, comprou-nos com o seu sangue –
(1 Pedro 1:18) - Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais,
(1 Pedro 1:19) - Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

(Apocalipse 5:9) - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

c) Um comerciante deste nível de produto, viajavam e importavam bens para si próprio , e era um perito que conhecia tudo sobre pérolas. -
• Aquilo que é comprado por Cristo é guardado por Ele –
(1Tss.4: 14) - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a [trazer] juntamente com ele.

(Jo.17:11) – Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
v.12 – quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu ....

d) após analisar o seu valor pagou o preço e não se arrependeu da aquisição. -
(At.20: 28) - Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele [adquiriu] com seu próprio sangue.

3 . A PÉROLA

a) Jesus ao fazer uso dessa expressiva ilustração, conhecia tudo sobre a história de uma pérola. De onde provinha, como era formada e o seu real valor.

b) A pérola é produzida a partir de um ferimento sofrido por um organismo vivo, como uma ostra. O momento em que acontece a produção da pérola advém da presença de alguma substância externa, como um grão de areia, ou algum outro tipo de parasita estranho intruso. Matéria calcária é puverizada em camadas finas sobre o objeto estranho até que, finalmente, ele adquire o brilho da pérola. Aquela partícula rejeitada (grão de areia), torna-se uma pérola de grande valor.

c) A Igreja é constituída pelo lado ferido de Cristo –
• Quando o grão de areia entra na ostra, a ostra pulveriza o grão criando camadas até formar uma pérola – (Cl.3:3) somos cobertos pela riquezas de sua graça (Ef.2:5-7).
(Colossenses 3:3) - Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

(Efésios 2:5) - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
(Efésios 2:6) - E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
(Efésios 2:7) - Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
• Deus dá o corpo, (pérola como convém) - (1Co.15:38)
• Fomos tirados das muitas águas – (Sl.18:4-6,15,16;

d) A Igreja é uma única pérola -
(Gálatas 3:28) - Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

(Romanos 12:5) - Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

(1 Coríntios 10:17) - Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.

(1 Coríntios 12:12) - Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
(1 Coríntios 12:13) - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

PARÁBOLA DA REDE

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICA: (Mt.13:47-50)

I – PANO DE FUNDO HISTÓRICO

A maior parte dos discípulos de Jesus era formado de pescadores por profissão; tinham deixado suas redes e seus barcos para seguir Jesus e se tornarem pescadores de homens. Quando Jesus lhes falou a parábola da rede, compreenderam cada tonalidade de suas palavras. Jesus se referiu ao modo de vida que eles levavam antes.
A margem norte do Mar da Galileia é um dos melhores lugares de pesca, em Israel. As plantas arrastadas pela correnteza do rio Jordão são depositadas na enseada, ao norte. Essas plantas atraem e alimentam cardumes vastos e variados.
Embora houvesse várias maneiras de pescar, nos dias de Jesus, um dos mais eficientes era o uso do arrastão. Esse tipo de rede tinha dois metros de largura e perto de cem metros de comprimento. Tinha cortiça na parte superior para mantê-la à tona e pesos na parte inferior, para mantê-la ao fundo. Às vezes, os pescadores fixavam uma das extremidades da rede na praia, enquanto um barco puxava a outra ponta pelo lago, fazendo fazendo uma curva e trazendo a rede de volta à praia. Outras vezes, saíam dois barcos da praia, formando um semicírculo com a rede; juntos, os homens a puxavam para apanhar os peixes e juntá-los nos barcos. O uso de arrastão exigia a força de seis homens ou mais. Enquanto uns remavam, outros lançavam ou puxavam a rede e outros ainda batiam na água para guiar os peixes para a rede.
Pescadores experimentados procuravam localizar um bom cardume antes de começar a pescar. Mas, uma vez lançada a rede, os homens puxavam todos os peixes apanhados por ela. Obviamente, os peixes estavam misturados, pois não podiam selecioná-los, enquanto pescavam.
A rede apanhava os peixes próprios e impróprios para o consumo – os bons e os maus. Peixes de todos os tipos e tamanhos se debatiam ao serem puxados para a praia. Muitas espécies eram consideradas impuras para os judeus, peixes sem barbatana e sem escamas não podiam ser consumidos (Lv.11:9-12; Dt.14:9-10), e tinham que ser lançados de volta à água. Os peixes pequenos, também, eram abandonados. Somente os peixes em condição de serem negociados eram apanhados e colocados em recipientes adequados. A classificação dos peixes, enfim, determinava o valor da pesca; até à hora da escolha, era impossível avaliar o lucro obtido.

II – EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA

a) Jesus usa a parábola da rede para descrever o dia do juízo. (Os que serão escolhidos e separados são peixes pescados)
b) Jesus explica que a competência da pesca é dos discípulos, e se pode usar diversas formas na pescaria

c) Adverte aos seus discípulos que assim como eles selecionaram peixes bons e ruins, assim será também na consumação dos século: Sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (Mt.13:49-50)
d) As palavras utilizadas por Jesus sobre o juízo na explicação da parábola (vss. 49-50) é a mesma que foi utilizada na parábola do trigo e do joio
Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes’’ (Mt.13:40-42)

(Mt.13)
v.48 - “E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.
v.49 - Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.
v.50 - É lancá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

III – SIMILARIDADE ENTRE A PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO E A DA REDE

a) Ambas mostram o bom e o mau lado a lado no princípio e separado no futuro
b) Ambas foram explicadas por Jesus nessas palavras: “assim será na consumação dos séculos...”
c) Ambas dizem respeito ao trabalho dos anjos que separam os ímpios dos justos.
d) Ambas registram a condenação do ímpio e o fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes.

IV – DIFERENÇA DA PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO COM A DA REDE

a) Na parábola do joio e do trigo, a cena aparece na terra
b) Na parábola da rede a cena é o mar, mas em ambos os casos o mundo esta envolvido.

V – EXPLICANDO PALAVRAS CHAVES DA PARÁBOLA (rede, mar, pescadores, peixes e anjos)

1 -REDE - Este termo utilizado por Jesus denota uma rede grande, larga, pesada como chumbo, feita para varrer o fundo do mar e trazer à tona peixes de todos os tipos e em grandes quantidades.

a) Rede aqui tem o símbolo de proclamação do evangelho; o evangelho funciona como uma rede – (Jo.19:6; Sl.66:11; Ec.9:12)
• Pregar o evangelho é lançar as redes em todo o mundo – (Mc.16:15-18)
• Curar os peixes e tornar eles bons faz parte do tratamento do pescador

-( Sl.107: 20) - Enviou a sua palavra, e os [sarou], e os livrou da destruição.

(Mt.10: 1) - E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes [autoridade] sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades.
(Lc.9: 1) - Reunindo os doze, deu-lhes poder e [autoridade] sobre todos os demônios, e para curarem doenças;

(Lc.10: 19) - Eis que vos dei [autoridade] para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum.

• A bíblia nos ensina a não se preocupar no momento de haver resistência dos peixes – (Lc.12:11-12; 2Co.10:8; 13:10;)

• A rede tem o papel de ajuntar, congregar todos os peixes que foram arrastados pelo evangelho – (Is.40:11; Jo.11:51-52)

(Ap.5: 9) - E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação;

2 – O MAR - O mar nessa parábola representa toda a massa caída da humanidade.

(Is.57: 20 ) - Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo.
21 Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.

(Sl.68:22 ) – Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã; farei voltar o meu povo das profundezas do mar;

a) OS CAMINHOS DO SENHOR VAI ATÉ PELO MAR
(Sl.77:19) - 19 Pelo [mar] foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.

(SL.80: 11) - Ela estendeu a sua ramagem até o [mar], e os seus rebentos até o Rio.

b) FOMOS TIRADOS DAS ÁGUAS

(Gn.1: 2) – E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas

 Na face do abismo havia águas e sobre as águas o Espírito de Deus se movia. Note que o Espírito de movia sobre e não dentro. Quem entra na água é a rede (evangelho, palavra). Quando o discípulo (pescador) lança a rede (evangelho), traz com ele o peixe.

 O batismo é nas águas – isso nos prova que fomos tirados dela. Note que o peixe é que é mergulhado, como símbolo de morte e ressurreição.
(Cl.1:13) – Ele nos transportou da potestade das trevas para o reino do Filho do seu amor

3 – OS PESCADORES – Os discípulos compreenderam plenamente o que Jesus estava dizendo nesta parábola. Quando Ele os encontrou disse: “Fá-lo-ei pescadores de homens...”

a) Os ganhadores de almas são os pescadores de Deus - .(Mt.4:19; Mc.1:17)

(Lc.5: 10) - bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.

b) Na graça operacional de Deus, Ele não opera sozinho. Ao mesmo tempo que é verdade que Cristo por si só pode salvar as almas, contudo Ele nunca nunca o faz sozinho. –
(1Co.3: 9) - Porque nós somos [cooperadores] de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.

(2Co.1: 24) - não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas somos [cooperadores] de vosso gozo; pois pela fé estais firmados.

(Fp.4: 3) - E peço também a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros meus [cooperadores], cujos nomes estão no livro da vida.

(3Jo.1: 8) - Portanto aos tais devemos acolher, para que sejamos [cooperadores] da verdade.

• Jesus ao alimentar os famintos não deu o pão a multidão diretamente de suas mãos – (Mt.14:13-21) – A nossa parte é darmos o que temos

c) O pescador tem a habilidade de detectar o bom peixe, porém essa separação é para o ministério da edificação e não para juízo –

• (At.13 separação pelo espírito em conexão com o homem)
• (Tt.1:5) – Tito foi designado para constituir presbíteros em cada cidade
- O cuidado que o pescador deve ter é para não escolher peixe ruim
• (1Tm.4:14) – Paulo exorta a Tomóteo despertar o dom que há nele que foi dado pela imposição de suas mãos.

4 – O PEIXE – A parábola diz que os peixes eram de todos os tipos, bons e ruins.

a) Os pescadores não poderiam avaliar o tipo do peixe contido na rede ao puxá-la –
• Aqui aprendemos que quando se pesca não se escolhe, o que vier é peixe.

• Embora alguns grupos na atualidade direcionam as suas redes para determinadas classes de peixes, estão demonstrando que fazem acepção de pessoas, que foi condenada por Jesus –

(At.10: 34) - Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz [acepção] de pessoas;

(Rm.2: 11) - pois para com Deus não há [acepção] de pessoas.

(Ef.6: 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há [acepção] de pessoas.

(Tg.2: 1) - Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em [acepção] de pessoas.
(Tg.2: 2) - Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com [traje] esplêndido, e entrar também algum pobre com [traje] sórdido.

(Tg.2: 9) - Mas se fazeis [acepção] de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores.

b) O peixe bom esta junto com o ruim – A mistura de salvos e perdidos dentro do cristianismo professo faz com que aqueles que buscam encontrar uma Igreja visível perfeita sejam levados a um grande desapontamento.
• Dentro do discipulado de Jesus havia um peixe endemoninhado
• Esaú e Jacó ainda lutam dentro da Igreja, ou seja , O espiritual e o carnal.
• Nem todos que são de Israel são israelitas – (Rm.9:6)
• Pertencer a uma Igreja visível não quer dizer que o seu nome esteja no rol da Igreja Invisível, arrolada nos céus.
• As pessoas podem ser religiosas, contudo não regeneradas, batizadas , porém jamais foram lavadas pelo sangue de Cristo

c) Nesta pescaria só há dois tipos de peixe – O bom e o ruim, se não formos o bom peixe de Deus, seremos o ruim peixe de satanás.
• Os bons podem ser comercializados – são os que pertencem a Deus e praticam o bem
• Por ruins são os que não serviam como alimentos, sem valor.

4 – ANJOS – Através de toda essa dispensação da graça, o Espírito Santo opera ativamente na formação da verdadeira Igreja, e os que lhe pertencem, como pescadores, ocupam-se da rede do evangelho. Mas no encerramento dessa dispensação, que terá o seu término no retorno de Cristo para receber os que são seus, ele tomará para si todos os peixes bons, e deixará para trás todos os peixes ruins. E quando Cristo aparecer na terra como seu justo Senhor e Rei, um ministério angelical entrará em vigor e a ação acontecerá deforma totalmente inversa. Em vez do bom ser tomado e o mau deixado, o imundo será removido e o justo deixado, para que usufrua do prazer do reino milenar do Senhor.

a) Os anjos não cometerão enganos ao distinguir entre os bons e os maus. Eles não olharão a classe social, nem a cor, nem a aparência, se o peixe não for de Deus, não serão recolhidos para o reino de Deus.- (Mt.13:41,43; Dn.12:3)

b) Vejamos algumas parábolas que falam sobre separação:

• Na parábola do joio, a separação é entre trigo e o joio;
• Na parábola da rede, a separação é entre peixes bons e ruins;
• Na parábola das bodas, a separação é dos convidados que tinham as vestes nupciais;
• Na parábola do servo, a separação é entre servos bons e maus;
• Na parábola das dez virgens, a separação é entre virgens sábias e tolas;
• Na parábola dos talentos, a separação é entre os servos dedicados e os negligentes;
• Na parábola das ovelhas e dos bodes, a separação é entre os dois tipos de animais.


BIBLIOGRAFIA


KISTEMAKER, Simon J. As Parábolas de Jesus. Casa Editora Presbiteriana. 1a Edição – 1992. São Paulo – SP

LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida. 3a Edição 2001. São Paulo – SP.

Os Evangelhos – Versão restauração. Editora Arvore da Vida. 1a Edição 1999 . São Paulo – SP
Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova. 2a Edição 1997. São Paulo – SP

Bíblia de Estudo Plenitude - Sociedade Bíblica do Brasil. Edição de 1995. Barueri – SP

BibliaW Eletrônica.

PARÁBOLA DO SEMEADOR

Pr. Romildo Gurgel
Texto : (Mt.13:1-9) ;(Marcos 4:1-9); (Lc.8:4-8)

PROPÓSITOS DAS PARÁBOLAS

As parábolas exigem pensamento e seriedade espiritual. Elas separam o interessado sincero do ouvinte casual. O seu significado encontra-se somente naqueles que estão dispostos a prescrutá-los. As parábolas tanto revelam como ocultam a verdade: revelam-na ao interessado genuíno que se dará o trabalho de cavar abaixo da superfície e descobrir o significado, mas a ocultam daquele que se satisfaz meramente em escutar a história.

INTRODUÇÃO:
A parábola fala de como é semeada a palavra de Deus e as conseqüências de quem as recebe, juntamente com os efeitos que a mesma trás. Se você observar um agricultor plantando em seu campo, você questionará porque será que algumas sementes não desenvolveram, ou porque umas desenvolvem mais que outras. É exatamente sobre estas questões que a parábola fala. Nela observamos que o Senhor se interessa pela forma que recebemos a sua palavra e do grau de importância que dedicamos a ela

OBJETIVO:

1. Alertar aos leitores para que sejam arvores frutíferas
2. Mostrar a aceitação e a rejeição da palavra
3. Mostrar os diferentes tipos de coração (solo)
4. Mostrar as quatro diferentes maneiras de se ouvir

ENFASES:
1. A ênfase da parábola é de mostrar os autos e baixos que passa o lavrador em seu trabalho de cultivar a terra. Ele pode perder parte do que plantou, mostrado neste exemplo da parábola por três vezes (caminho, pedregais, espinhos), mas na colheita final tem uma safra abundante.
2. Lembre-se das palavras de Jesus:
(Jo.15: 20) Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se [guardaram] a minha palavra, guardarão também a vossa.

(Jo.17: 6) - Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e [guardaram] a tua palavra.

3. Uma outra ênfase é no discernimento:
(Mt.7: 6) - Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas [pérolas], para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.

VAMOS AO SIGNIFCADO DA PARÁBOLA
1 - Semeador - (V.13)
É o que semeia, o que planta as sementes da palavra de Deus (v.14). É o próprio Senhor Jesus. Pode ser interpretado também com aqueles que trabalham com a evangelização, profecias e ensno.
Os agricultores para plantar seguem as seguintes regras:
a) Preparam a terra – trabalho de João Batista
b) Adubam a terra -
c) Fazem as covas
d) Plantam as sementes
e) põem água na plantação
f) Cuidam da plantação até produzir frutos.
2 – A semente – A semente é a palavra de Deus

A SEMENTE NÃO NASCE SE PRIMEIRO NÃO MORRER
(JO 12:24) - Em verdade, em verdade vos digo: se o GRÃO de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.

(1CO 15:36) - Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer;
(1CO 15:37) - e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente.
(1CO 15:38) - Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado.
(1CO 15:39) - Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes.
(1CO 15:40) - Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
(1CO 15:41) - Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor.
(1CO 15:42) - Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.
(1CO 15:43) - Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.
(1CO 15:44) - Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

A SEMENTE COMO LEI DA MUILTIPLICAÇÃO
(GN 8:22) - Enquanto durar a terra, não deixará de haver SEMENTEira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.

(GN 1:12) - A terra, pois, produziu relva, ervas que davam SEMENTE segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.

(2CO 9:6) - E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.

(GL 6:7) - Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também CEIFARÁ.
(GL 6:8) - Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.
(GL 6:9) - E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
(GL 6:10) - Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.

(GL 5:7) - Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?
(GL 5:8) - Esta persuasão não vem daquele que vos chama.
(GL 5:9) - Um pouco de fermento leveda toda a massa.

UMA ARVORE PODE CHEGAR A SER ESTRAGADA
(JR 2:21) - Eu mesmo te plantei como vide excelente, da SEMENTE mais pura; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava?

UMA ARVORE DEVE BEBER SEMPRE AGUA
(SL 1:3) - Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,
e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.

O QUE PERMANECE EM NÓS É A DIVINA SEMENTE
(1JO 3:9) - Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina SEMENTE; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.

A SEMENTE DE DEUS NÃO É DEGENERATIVA, MAS REGENERATIVA
(1PE 1:23) - pois fostes regenerados não de SEMENTE corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.

É DEUS QUEM DÁ A SEMENTE, DÁ O ALIMENTO E AUMENTA OS FRUTOS
(2CO 9:10) - Ora, aquele que dá SEMENTE ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça,

O REINO DE DEUS VEM EM FORMA DE SEMENTE E A TERRA POR SI MESMA FRUTIFICA
(MC 4:26) - Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra;
(MC 4:27) - depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.
(MC 4:28) - A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga.

3 – O solo - é o coração, existem quatro tipos de solo

A IMPRESSÃO QUE TEMOS É QUE O SOLO PODE SER TRATADO OU PREPARADO
a) As sementes que caíram junto ao caminho (v.4)
São aquelas em quem a palavra é semeada, mas tendo ele ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que nele foi semeada (v.15) de Mc.4

Esses são os que ouvem e não dão valor, não dão crédito a palavra, logo se esquecem como que algo fosse retirado deles, sem entender absolutamente nada. É como diz um ditado, entra por um ouvido e sai pelo outro. Aqui, a palavra foi semeada, mas antes que produza frutos, ela é roubada pelo diabo.
São aqueles que nunca assimilaram a palavra. Ouviram, mas não prestaram atenção. Satanás arrancou antes deles crerem.

b) - As sementes que caíram no solo pedregoso. Mc.4:16-17
São os que ouvem a palavra, imediatamente a recebem com alegria; mas não tem raiz em si mesmos, antes são de pouca duração; depois sobrevindo tribulações ou perseguições por causa da palavra, logo se escandalizam (v.16,17)

O que vemos aqui é:

a) Estes são os que tem um pouco mais de sucesso. Estão contentes ao receberem a palavra, mas nele não há profundidade.

b) Aqui fala do aspecto do imediatismo, que são de pouca duração. No começo os brotos ficam verdes rapidamente, mas quando tomam certa altura, precisando mais de terra e água, murcham e secam.

c) Que essas pessoas não tem raiz em si mesmas. Qualquer coisa faz com que sequem. São de pouquíssimas duração na Igreja.

d) Quando começam a crescer, sobrevem-lhes tribulações e perseguições e se escandalizam.

e) São os primeiros a murmurar, a falar mal, a não querer cooperar. A obra esta indo de uma maneira, eles entendem que deve ir de outra. Não aceitam autoridades, se acham sufocados por eles, e isso faz com que eles sejam secos e sem vida no jardim de Deus, são de pouca duração.

c) As sementes que caíram entre os espinhos
São os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça doutras coisas, entrando, sufocam a palavra e ele fica infrutífero (Mc.4.18,19).
Exemplo: Demas em 2Tm 4:10

O que vemos aqui é:

a) O interessante aqui não é o problema da terra, a terra é boa, só que já existe outros residentes que alem de sugar o nutriente da terra e da água, sufoca também o crescimento da semente.
b) Representa a pessoas que tem muito potencial para se adiantarem espiritualmente, mas:
c) Os cuidados do mundo sufocam o crescimento
d) A sedução das riquezas mudam o rumo da vida deles
e) A cobiça de certas coisas deixam eles sedentos de água e se tornam pessoas de frutos inadequados.

d) As sementes que caíram em boa terra -(v.8)
São as que ouvem e a recebem, e dão frutos.

O que vemos aqui é:

a) A terra era boa - Deve-se preparar a terra antes de planta-la. O trabalho aqui, é de um agricultor espiritual, para que a semente desabroche livremente e com saúde.
b) A semente se adequou bem a terra
c) O crescimento foi sadio até produzir frutos, nas suas estações apropriadas. O interessante aqui, é que sempre esta produzindo cada vez mais nas suas safras, note a quantidade, 30,60, 100.

O QUE SE VÊ DE INTERESSANTE NO TEXTO

1 - É que todas as sementes foram semeadas e chegaram a nascer.(veja vs. 15 -16-18-20)
O problema da frutificação, não esta na semente e nem na qualidade dela, mas o problema reside na forma que se recebe e acolhe, do coração dos que ouvem a palavra.. Aprendamos que a palavra depois de semeada, demonstrará os resultados implicando os diferentes aspectos dos corações das pessoas. Observaremos corações endurecidos como uma pedra, corações sufocados com os problemas e cuidados desta vida, e bons corações frutificando de uma forma sadia.

2 - Que todas as sementes tiveram o seu grau de receptividade por parte de que as receberam. Observe no texto, que todos ouviram. Ouvir é a maneira de receber a semeadura. Lembremo-se que a fé vem pelo ouvir e o ouvir a palavra de Deus (Rm.10:17, v.9-10; Hb.4:2) .
(Hb.4:2) - “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que ouviram”.

3 - A fé é a maneira de crescer e darmos frutos para a glória de Deus em Cristo Jesus.
Mc.11:23

 Só continuaremos a dá frutos se permanecermos ligados com o Senhor –

(JO 15:4) - permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.

 Deus esta preso a sua palavra –
(IS 55:10) - Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come,
(IS 55:11) - assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.
(IS 55:12) - Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.

(2CO 6:14) - Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

 Temos que frutificar para Deus
(RM 7:4) - Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.

 Nosso fruto é fruto de justiça, feitas em fé
(FP 1:11) - cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.

(CL 1:10) - a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;
(CL 1:11) - sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria,

 Os nossos frutos devem dar na estação própria
(JO 15:4) - permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.

(SL 1:3) - Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,
e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.

(SL 92:12) - O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.
(SL 92:14) - Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor,
(SL 92:13) - Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus.

 Não somos nós que sustentamos a raiz mas a raiz sustenta a nós
(RM 11:18) - não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti.
(RM 11:19) - Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
(RM 11:20) - Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.

 Se conhece a arvore pelos seus frutos
(MT 7:17) - Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
(MT 7:18) - Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
(MT 7:19) - Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
(MT 7:20) - Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.

 FRUTO DO ESPÍRITO E AS OBRAS DA CARNE – Gl 5:17; 19-21)

 OS RAMOS IMPRODUTIVOS SÃO QUEBRADOS PARA QUE HAJA UM EXERTO
(RM 11:17) - Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira,
(RM 11:18) - não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti.
(RM 11:19) - Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
(RM 11:20) - Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.
(RM 11:21) - Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará.

(RM 6:20) - Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.
(RM 6:21) - Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte.
(RM 6:22) - Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;

4 – MEIOS PARA SE DAR FRUTO
(JO 15:2) - Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
(JO 15:3) - Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;
(JO 15:4) - permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
(JO 15:5) - Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

(RM 11:21) - Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará.
(RM 11:22) - Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.
(RM 11:23) - Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.
(RM 11:24) - Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!

SE DÁ FRUTO COM A VIDA, COM A PALAVRA NOS LÁBIOS, COM ATITUDES, COM GESTOS,
(HB 13:15) - Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de LÁBIOS QUE CONFESSAM O SEU NOME.

(RM 10:8) - Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.
(RM 10:9) - Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
(RM 10:10) - Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.

5 – DUAS RAZÕES QUE AS ESCRITURAS APONTAM E QUE FAZEM AS PESSOAS NÃO RECEBEREM A PALAVRA–

a) A palavra não esta sendo pregada -

b) A palavra não esta sendo ouvida -
(RM 10:14) - Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem PREGUE?

17 – Receber a palavra da fé traz confissão, FRUTO
(existem três tipos de confissão Bíblica)

a) Quando se confessa Jesus como Senhor – Rm 10:9,10
b) Confissão de pecados como crentes – 1 Jo.1:9
c) Confissão da palavra, liberando o poder dentro da escritura confessada – Pv.18:21, Mc.16:15,20

18 – COMO JESUS USOU A CONFISSÃO PARA FRUTIFICAR

a) A palavra era com poder – (faz com que a palavra chegue a ser semeada em boa terra)
(LC 4:18) - O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
(LC 4:19) - e apregoar o ano aceitável do Senhor.
(LC 4:20) - Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.

(LC 4:32) - E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.

b) Utilizava a palavra falada para a cura (se a palavra for semeada em boa terra, frutifica)
(MT 8:16) - Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;

(MT 9:27) - Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!
(MT 9:28) - Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor!
(MT 9:29) - Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé.
(MT 9:30) - E abriram-se-lhes os olhos. Jesus, porém, os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba.

c) Jesus agia pelo Espírito Santo (palavra, espírito e poder) – Mt.12:22-28

19 – JESUS OPEROU EM CONFISSÃO

a) Jesus confessou aquilo que é:
 Eu sou o bom pastor – Jo.10:11
 Eu sou a luz do mundo – Jo.8:12
 Eu sou o caminho e a verdade e a vida – Jo.14:6
 Eu sou a ressurreição e a vida – Jo.11:25

b) Jesus era a vontade de Deus revelada –
(JO 4:34) - Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.

(JO 6:38) - Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.

(JO 8:29) - E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.

 Não teve objetivos

20 – VOCÊ PODE TER O QUE VOCÊ DIZ
(MC 11:23) - porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.

(JO 14:8) - Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
(JO 14:9) - Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
(JO 14:10) - Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.
(JO 14:11) - Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.

(MT 17:20) - E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.

21 – VOCÊ TEM AQUILO QUE VOCÊ CONFESSA, PORQUE A BOCA FALA DO QUE O CORAÇÃO ESTA CHEIO – se confessa, foi semeada em boa terra.
(MT 12:34) - Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a BOCA FALA do que está cheio o coração.

(LC 6:45) - O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a BOCA FALA do que está cheio o coração.

(AT 11:23) - Tendo ele chegado e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
(AT 11:24) - Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.

a) Quando se confessa a Jesus como Senhor, você tem salvação – Rm.10:9-10
b) Quando se confessa que pelas suas pisaduras fomos sarados, tenho a cura – Is.53:5
c) Quando se confessa que Jesus lhe libertou, se tem liberdade absoluta – Jo.8:36
d) Quando confessamos que o amor de Deus foi derramado em nosso espírito, teremos a capacidade de amar a todos – Rm.5:5
e) Quando confessamos que o justo é intrépido como leão, teremos a intrepidez como um leão na luta contra o diabo – Pv.28:1
f) Quando confessamos que não estamos abandonados, teremos a Jesus em cada passo de nossos caminhos – Hb.13:5
g) Quando confessamos que somos remidos pelo Senhor, teremos os benefícios da redenção todos os dias – Sl.107:2
h) Quando confessamos que a unção permanece em nós, temos a capacidade de desfazer qualquer julgo através de sua unção -–1Jo.2:27 – Is.10:27
i) Quando confessamos que em nome de Jesus poderemos expulsar demônios, teremos esta autoridade para libertar os oprimidos – Mc.16:17 – Mt.7:29 – Mt.10:1 – Lc.9:1 – Lc.10:19
j) Muitas coisas já são realidades no mundo do espírito, teremos que trazer esta realidade para nós quando crermos –
(MT 6:10) - venha o teu reino; faça-se a tua VONTADE, assim na terra como no céu;


FONTES BIBLIOGRÁFICAS

1. MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário. 1a Ed. 1983, São Paulo: Editora Mundo Cristão
2. Os Evangelhos, versão restauração. Comentários Witness Lee – Living Stream Ministry – Anaheim, California – EUA. Editora Arvore da Vida
3. KISTEMAKER, Simon J. As parabolas de Jesus. 1a Ed.1992, Sao Paulo: Casa Editora Presbiteriana.
4. Bíblia Vida Nova – Edição Revista e Atualizada – Sociedade Bíblica do Brasil, Editor responsável Russell P. Shedd

O SAL QUE SALGA

Pr. Romildo Gurgel

LEITURA BÍBLICO: (Mt.5:13; Mc.9:50; Lc.14:34-35)

LEITURA ADICIONAL :

(2Cr. 13: 5) - Porventura não vos convém saber que o Senhor Deus de Israel deu para sempre a Davi a soberania sobre Israel, a ele e a seus filhos, por um pacto de sal?

INTRODUÇÃO:
Aqui não se trata de uma parábola precisamente, mas uma das diversas formas usuais das palavra de Jesus, tem características tropológicas, metafóricas, figurativas e representativas.
Tropo - 1. Uso de linguagem figurada.
2. Tratado acerca dos tropos.

Metáfora - Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado; translação.
[Por metáfora, chama-se raposa a uma pessoa astuta, ou se designa a juventude primavera da vida.]

1. O sal tem sido usado para preservar e dar gosto

2. É uma das necessidades básicas da vida

3. O nome químico do sal de cozinha é cloreto de sódio, é um composto estável e não possui qualquer impureza. Jesus disse: “Vós sois sal da terra”

a) Nenhum impuro tem herança no reino de Deus –
(Ef. 5:5) - Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou [impuro], ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.

b) apresentar o corpo como servo da justiça e não da impureza –
(Rm. 6: 19) - Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da [impureza] e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação.

c) Deve haver arrependimento da impureza da prostituição e lascívia -
(2Co.12: 21) - e que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe perante vós, e chore eu sobre muitos daqueles que dantes pecaram, e ainda não se arrependeram da [impureza], prostituição e lascívia que cometeram.

c) Impureza é caracterizado como obra da carne –
(Gl.5 19) - Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a [impureza], a lascívia,

d) Pessoas que se tornam insensíveis são impuras –
(Ef.4: 19) - os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de [impureza].

e) Impureza não deve ser nomeada entre os santos, porque somos sal da terra –
(Ef.5: 3 Mas a prostituição, e toda sorte de [impureza] ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos,

f) Toda impureza deve ser exterminada – Senão o sal poderá se tornar insípido
(Cl.3: 5) - Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a [impureza], a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;

Exterminar - 1. Pôr fora dalguma terra, ou região; expulsar, banir, desterrar.
2. Destruir com mortandade; fazer desaparecer; eliminar, matando; aniquilar:
3. Acabar com; extirpar.

4. No antigo Israel, o sal era obtido pela evaporação da água do mar morto.
- A evaporação produz cristais de sal e cloreto de potássio e magnésio.
- Os cristais são os primeiros a se formarem no processo de evaporação e fornece sal relativamente puro por isso que são os primeiros a serem recolhidos.
- Se o sal recolhido não for preservado, com o tempo os cristais se tornam úmidos e o que resta será insípido e inútil.
Insípido - 1. Que não tem sabor; que não é sápido.
2. Fig. Desagradável; tedioso; monótono:
3.
5. O que se pode fazer com o sal insípido ?

a) Não serve para nada
b) Os fazendeiros não querem esse produto químico em suas terras, pois no estado bruto prejudica as plantas.
c) Jogar este resíduo no estrumo também não presta pois danificará as plantas
d) A única coisa que se pode fazer com o sal insípido é lançá-lo para fora onde será posado.
e) Em Macau/RN o sal insípido, tem o nome de maracacheta, é o que sobrou do sal, ou seja, aquilo que não se transformou em sal, não serve para nada somente para fazer estradas para os carros passarem por cima.

6. A utilidade do sal . Jesus disse: “Vós sois o sal da terra”

a) O sal tem a característica de impedir a deterioração, assim os cristãos devem exercer uma influência moral na sociedade em que vivem.
(Cl.4: 6 ) - A vossa palavra seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.

b) O sal é um elemento que mata e elimina os germes da corrupção. Quando o povo do reino torna-se insípido, perde a função salgadora.

c) O sal aqui, favorecerá o crente no tribunal de Cristo, conservá-lo-á naquele dia. Isto é em oposição aos que se tornaram insípido, passarão pela prova do sabor do fogo purgador, porém, serão salvos (vide 1Co 3:10-15). Isto porque cada um será salgado com fogo (Mc.9:49). O sal na atualidade purga os crentes, enquanto o fogo os insípidos no tribunal de Cristo.
Sobre isso poderemos dizer ainda:

- A nossa fé é depurada pelo fogo neste tempo atual – (1Pe.1:7)
Naquele dia será depurada por aquilo que você deixou de fazer –

- Não devemos estranhar o fogo ardente do presente, é para salgar-nos e recomendar-nos a alma – (1Pe.4:12-19)

d) Como o sal é invisível (no pão, por exemplo) e, ainda assim, um agente poderoso, também os cristãos nem sempre sãos vistos, mas individual e coletivamente permeiam a sociedade e constituem uma força refreadora num mundo perverso e depravado.