quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

VIGIAI E ORAI

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade,
está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus.26:41).

Ninguém espera ser tentado em um ambiente religioso. Não, nem pensar!!!  Isto porque todos acreditam que tudo que acontece ali, foi orado, planejado e tem os pastores e os mestres que conhecemos que são homens de Deus e se espera contar com a aprovação de Deus em tudo que for ensinado alí.

No início a igreja era uma comunidade de homens e mulheres centrada no Cristo vivo. Cristo era a centralidade de todos os atos da reunião, tudo girava em torno do Cristo vivo.  Então, a igreja mudou-se para a Grécia, e aos poucos foi se transformando em uma filosofia. Em seguida, mudou-se para Roma, onde se tornou uma instituição, o imperador  Constantino fez com que a igreja se tornasse a religião oficial do seu império. Depois, mudou-se para Europa com a roupagem dos padrões instituídos, onde se tornou uma cultura religiosa popular, muitas igrejas foram abertas com esses mesmos padrões. Mais tarde, mudou-se para o continente americano, a igreja foi levada conservando os padrões instituídos e através dos anos foi incorporando no seu seio diversos modelos de empresas (a partir daí, diversos modelos de igrejas começaram a surgir numa variação enorme como nunca visto). O evangelho chegando ao Brasil e depois que a população de evangélicos chegou a 23% da população brasileira está se transformando em um grande negócio. Alias, depois desta aceleração numérica, estão fazendo com que os seus frequentadores tenham uma religião sem a ênfase transformadora do Espírito Santo. Os escândalos que isso está causando é grande...  O evangelho do reino está sendo substituído pelo evangelho dos negócios, a evidência é a vontade do próprio ventre. Quem é glorificado é quem recebe a bênção, nunca Deus. Agente houve de tudo.  

Existe muita gente sincera e honesta no meio evangélico brasileiro, mas muitas igrejas históricas estão se deixando vencer por esta dissimulação. O que ocorre é que, o velho “mamom”  advertido por Jesus conseguiu ter voz em bom tom nas igrejas. O dinheiro e a busca por bens materiais que está sendo pregado se transformou no maior concorrente da verdade revelada da palavra de Deus.  A transformação de Deus ocorre no coração do homem,  na boa terra como Jesus ensinou dizendo: “o que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (Mt.13:22).  Jesus deu o exemplo da resistência  de uma palavra  hibrida, quando foi tentado enquanto  orava no deserto (Mt.4:1-11) - “Levou-o o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (v.8), bem como no sermão da montanha em (Mt.5:4) dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um, e amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. A astúcia do diabo na atualidade, é ter voz e doutrina nos ambientes religiosos e fazer com que os fieis se deixem ser levados para olhar o mundo em sua volta e se curvarem pedindo  a Deus  a vontade do seu próprio ventre.

Que o Senhor tenha misericórdia
e nos ajude.

Romildo Gurgel

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A SALVAÇÃO NA PERSPECTIVA DO TEMPO



A salvação é obra de Deus e não do homem. É salvação do pecado e não no pecado. É salvação pela graça divina e não pelo mérito humano. É recebida pela fé e não pelas obras. A salvação foi planejada na eternidade, é executada na história e será consumada no segunda vinda de Cristo. A salvação pode ser analisada na perspectiva do tempo. Quanto ao passado já fomos salvos, quanto ao presente estamos sendo salvos e quanto ao futuro seremos salvos. Quanto ao passado, já fomos salvos da condenação do pecado; quanto ao presente, estamos sendo salvos do poder do pecado; e quanto ao futuro, seremos salvos da presença do pecado. Vejamos esses três tempos da salvação:
Em primeiro lugar, quanto à justificação já fomos salvos. A justificação é um ato e não um processo. É feita fora de nós e não em nós. Acontece no tribunal de Deus e não em nosso coração. Pela justificação, Deus nos declara justos em vez de nos tornar justos. A justificação é completa e não possui graus. Todos os salvos estão justificados de igual forma. A justificação é um ato legal e forense. Com base na justiça de Jesus, o Justo, Deus justifica o injusto sem deixar de ser justo. Seria injusto Deus justificar o injusto. Porém, Deus, é justo e o justificador do que crê. Isso, porque Deus satisfez sua justiça quando entregou seu Filho, o Advogado Justo, para sofrer as penalidades que nós deveríamos sofrer. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou a Deus moê-lo. Jesus foi traspassado pelos nossos pecados. Ele foi feito pecado por nós. Ele bebeu, sozinho, todo o cálice cheio da ira de Deus contra nós, pois éramos filhos da ira. Pela morte de Cristo a lei foi cumprida e a justiça foi satisfeita, de tal maneira que, agora, Deus pode ser justo e justificador. Deus considerou satisfatório o sacrifício substitutivo do seu Filho e nos declarou quites com sua justiça. Já não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus, pois o próprio Jesus é a nossa justiça.

Em segundo lugar, quanto à santificação estamos sendo salvos. A salvação já está consumada pelo sacrifício perfeito e irrepetível de Cristo. Diante do tribunal de Deus já estamos salvos. Nossos pecados passados, presentes e futuros já foram tratados na cruz de Cristo. Porém, quanto ao processo da santificação, estamos sendo transformados de glória em glória na imagem de Cristo. Agora, Deus está trabalhando em nós, formando em nós o caráter de seu Filho. Se a justificação é um ato, a santificação é um processo que começa na regeneração e só terminará na glorificação. Se a justificação não tem graus, a santificação tem. Nem todos os salvos estão na mesma escala de crescimento rumo à maturidade. Precisamos, dia a dia, negarmo-nos a nós mesmos. Precisamos de alimento sólido e de exercício contínuo, a fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma. Se Cristo é o nosso substituto na justificação, ele é o nosso modelo na santificação.

Em terceiro lugar, quanto à glorificação seremos salvos. A salvação é um fato pretérito, uma realidade presente e uma garantia futura. Todos aqueles que foram conhecidos por Deus de antemão, foram também predestinados, chamados, justificados e glorificados. Muito embora a glorificação seja um fato consumado nos decretos de Deus, há de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo. Nós, que já fomos salvos da condenação do pecado e estamos sendo salvos do poder do pecado, seremos, então, salvos da presença do pecado. Receberemos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Quando Cristo voltar, em sua majestade e glória, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos, serão transformados e arrebatados para encontrarem o Senhor Jesus nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Essa expectativa bendita não é apenas uma vaga esperança, mas uma certeza inabalável. Nós que fomos escolhidos na eternidade e chamados eficazmente no tempo, seremos recebidos na glória!

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

PESCADOR DE HOMENS


1 - LEITURA BÍBLICA:
(Mt.13: 47) -  Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma [rede] lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes.
(Mt.4: 18) -  E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos-Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram [pescador]es.
(Mt.4: 19 ) - Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei [pescador]es de homens.

(Lc.5: 10) -  bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás [pescador] de homens.

1.1 -VISÃO GERAL DOS TEXTOS

a) O reino é semelhante a um pescador lançando rede ao mar – (Mt.13:47)
semelhante – (Dic. Aur.) Sig.  Próximo, parecido, da mesma natureza....

b) Mar – Diz respeito ao mundo, habitação dos humanos, primeiro Adão, o cosmos.
  • O mar possui faixas litorâneas, inúmeras enseadas, praias, alguns locais de fácil acesso outros de difícil acesso.
  • O mar é uma linguagem figurativa, apesar de ser habitação de seres marinhos, tipifica também a habitação dos homens... 
  • O material usado(Mt.4:18) -  (identificar no texto)
è Dinâmica da vara de pescar, mostrar os materiais que se usa na pescaria.
è chamar uma pessoa que nunca arremessou um molinete. exemplificar


2 – PALAVRAS CHAVES PARA UMA PESCARIA (EVANGELIZAÇÃO)
§  PEIXE – símbolo do cristianismo na igreja primitiva, Jesus escolheu pescadores naturais para serem pescadores espirituais. Os peixes sãos os homens
§  MAR – O habitat natural dos homens no estado pecaminoso.

§  REDE – Material, ferramentas, modelos, apropriados para a pesca. Existem diversos tipos de rede.
-          Malha fina – Arrasta tudo, fica tudo na malha...
-          Malha média – Os menores passam por ela e não são pescados.
-          Malha espaçosa – Só arrasta peixe grande.
- Vara – Pesca paciente, exigindo perícia, habilidade e tempo. Iscas diversificadas designada para os diversos tipos de peixe. Iscas denominadas vivas ou artificiais, fabricadas pelo homem.

§  PESCADOR – Diz respeito ao ministério de evangelista, do reconciliador, o ganhador de almas. Tem compromisso com o pesqueiro, constantemente vai lá, na esperança de pescar o peixe desejado. Ele deverá conhecer bem o local e os peixes que aparecem ali ....

2.1 – PRINCIPAIS ATIVIDADES DE UM PESCADOR

a) Conhecer as tábuas das marés – alta, baixa, estacionada. Pescaria em dia de lua cheia e nova. Sabe-se que a força da lua fornece forte influência na pescaria. Depender do Espírito Santo para ganhar almas é fundamental.

b) Conhecer onde é o pesqueiro., ou seja, o local onde há concentração de peixes.

·         Local: Urbano ou rural.
·         classes sociais a serem alcançadas – Alta, média, baixa, extremamente empobrecidas...
·         Quais os tipos de pecados praticados no local?  Saber se o povo é religioso, utilizam drogas, prostituição, ignorância, exploração sexual e outros problemas na comunidade focada,  etc...

c) Conhecer mais ou menos quais as espécies de peixes habitam o local ou trafegam por ali -   

d) Conhece o melhor horário para a pesca. Não é todo horário que se deve pescar. Muito embora tenhamos o ensino de pescar a tempo e fora de tempo –  Um bom horário em um local não significa que em outros seja também de igual modo.
(2Tm.4: 2) -  prega a palavra, insta a [tempo e fora] de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.

e) Ter o material adequado para a pesca.

4 - QUE UTENSÍLIOS SE DEVE USAR  PARA ESTA ATIVIDADE ?

a) O barco – condições de levar mais pessoas para ajudar e ir a águas mais profundas
b) Redes – exige muito esforço físico e habilidade para enfrentar algumas vezes correntezas.
c) Tarrafa – rede de pequeno porte que se arremessa quando o peixe é avistado
c) varas de diversos modelos – molinete, linha, chumbada, anzol, boias...
d) Iscas específicas para cada tipo de peixe. –
  • Iscas artificias – Produto de fabricação humana, se requer muita habilidade humana....
  • Iscas naturais – Estas são as que podemos classificar de espirituais, produto de fabricação Divina. Requer dons e ministérios designados por Deus.

5 – UTILIZANDO O MATERIAL NA PRÁTICA
§  Se com a vara de pescar, tem que ver qual o pesqueiro. Aqui você  quase que escolhe o tipo do peixe.  Poderá vir outro tipo que se adéqua perfeitamente ao material que você usa.
§  Se com a rede, se pesca  todo tipo de peixe.  Mas precisará de três, quatro pessoas para ajudar na utilização do material.
§  Se com tarrafa, é preciso disposição, força e coragem para entrar no mar com água pelo peito e observar onde esta o cardume para se jogar a tarrafa..
§  Se for pescar  camarão, a malha da rede tem que ser fina. É uma rede mais cara e não é todo pescador que tem condições de pagar o preço para comprar conseguir uma.

5 – QUE CUIDADO SE DEVE TER AO UTILIZAR OS UTENSÍLIOS DE PESCA ?

a) Concerto das redes e manutenção das varas – Um momento de avaliar como se está pescando. Não adianta pescar e perder o peixe com o rompimento do material ou rede.
(Mt.4: 21) -  E, passando mais adiante, viu outros dois irmãos-Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou.
 Consertar aqui é rever todo material a ser utilizado. Estude sua Bíblia e se aprimore na evangelizar com ela na mão.
b) Lavar sempre o material antes de utilizá-lo -
(Lc.5: 2) -  e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores haviam descido deles, e estavam lavando as redes.

Aqui é você quem é lavado. Você precisará de toda lucidez da palavra. Quanto mais ousado em usar a palavra, mais eficaz será a pescaria.
 Lavar as redes tem um significado importante de rever sempre o material utilizado na pescaria, é a conecção da palavra de Deus na sua mente, coração. . A eficiência poderá está aí!!!!

c) Cuidados especiais para o pescador – Boné, protetor solar, tênis para andar por cima das pedras pontiagudas, etc, . (Efesios 6) “revesti-vos de toda armadura de Deus...".

(Mc. 6:7-13) – Instrução de Jesus ao enviar os doze

Bordão – Pau grosso de arrimo, cajado
Não levasse alimentos e dinheiro
Fosse calçado  com sandálias
Não usasse duas túnicas – Ostentação no vestir

6 – DOIS EXEMPLOS DE PESCARIA –

O PRIMEIRO NA ESCOLHA DE DISCÍPULOS
  (LC 5:2) -  E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes.
  (LC 5:3) -  E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão.
  (LC 5:4) -  E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
  (LC 5:5) -  E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.
  (LC 5:6) -  E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede.

QUE VEMOS NO TEXTO:

a)       Limpeza das redes -  Material velho precisando de certos concertos – (vs.2)
b)       Houve instrução – (vs.3)
c)       Ordenou a Pescar com as redes  – (vs.4) è É o indicativo que a pescaria iria ser grande, significativa.
d)       Pedro  mesmo afadigado pelo trabalho de toda a madrugada, obedeceu ao mandato de Jesus – (vs.5)
e)       Depois da obediência de lançar as redes, apanhou uma grande quantidade de peixes de sorte que as redes se rompiam – (vs.6)
f)        Grandes quantidades de peixe, necessita de ajuda para puxá-las e separar os peixes, lavá-los, limpá-los, etc.- (vs.7)
§  Aqui vemos comunicação por sinal
§  Observamos ajuda de um outro barco – mais pessoas participando de uma grande pescaria
§  As vezes não se faz uma grande pescaria porque falta cooperadores. Sem cooperadores os peixes são desperdiçados,  perdidos. Paulo em suas epístolas fala sobre a mútua cooperação.
(Hb.13:16) – “Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois com tais sacrifícios  Deus se compraz”.

O SEGUNDO EXEMPLO DE PESCARIA FOI DEPOIS DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

  (JO 21:1) -  DEPOIS disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se assim:
  (JO 21:2) -  Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
  (JO 21:3) -  Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.
  (JO 21:4) -  E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus.
  (JO 21:5) -  Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não.
  (JO 21:6) -  E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.
  (JO 21:7) -  Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o SENHOR. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
  (JO 21:8) -  E os outros discípulos foram com o barco (porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes.
  (JO 21:9) -  Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão.
  (JO 21:10) -  Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes.
  (JO 21:11) -  Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.

QUE VEMOS NO TEXTO

a)       Os discípulos vão a luta pelo pão terreno – (vs.3-5)
b)       Jesus dá uma orientação na pescaria. Lançar a rede não somente de um lado, mas tentar do outro(vs.6)
c)       Outro discípulos vão com barcos para ajudar na pescaria – (vs.8)
d)       Enquanto os discípulos pescavam, Jesus neste dia tomava conta da cozinha ao ar livre, onde antes tinha passado na padaria comprado pão para comer com peixe – (vs.9)
e)       Os discípulos entregaram todos os peixes a Jesus. Ou melhor, ele pediu os peixes – (vs.10)
f)        As redes não se rompiam.   PORQUE ?
§  Houve ajuda mútua dos discípulos (não trabalharam só)
§  Outros barcos foram ajudar (mútua cooperação na pescaria, inclusive com outros barcos)
§  Houve toda uma preparação com as redes,(limpeza, concertos, etc.)

7 – COMO PODEREMOS FAZER UMA BOA PESCARIA ?

a)      Saiba o que você está pescando e aprenda a conhecer os peixes
(Mt.16: 7) -  Mas [ide], dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.

(Mt.28: 19) -  Portanto ide, [fazei discípulos] de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
§  Jesus concentrou sua pescaria as ovelhas perdidas da casa de  Israel
§  Pedro concentrou-se aos judeus (circuncisão)
§  Paulo (aos gentios) ao redor do mundo

b)     Vá onde os peixes estão fisgando sua isca – Dali você volta para casa com muita alegria.
(MT 10:14) - E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

è O pescador entende que diferentes tipos de peixes se alimentam em diferentes locais, em diferentes horários do dia. Peixes não ficam com fome o dia todo.

c) Aprenda a pescar como um peixe – Saiba do que eles gostam e que tipo de isca é apropriado para cada espécie.

JESUS SABIA O QUE AS PESSOAS PENSAVAM

(MT 9:4) - Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações?

(MT 12:25) - Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.

(MC 2:8) - E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?

(LC 5:22) - Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Que arrazoais em vossos corações?

(LC 9:47) - Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si,

(LC 11:17) - Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá.


OS PESCADORES COMPROMETIDOS FAZEM QUALQUER COISA PARA PESCAR UM PEIXE. VOCÊ ESTÁ LEVANDO A SÉRIO A GRANDE COMISSÃO ?

8 – CUIDADOS PREVENTIVO DE UM PESCADOR

a)      Sol escaldante: (Protetor solar; óculos escuro, boné)

b)      Barreiras entre um pesqueiro e outro. Isto leva a muitos pescadores a desistirem da pescaria. As vezes o local de um pesqueiro para o outro é distante e de difícil acesso. Há diferentes costumes e aspectos culturais entre um pesqueiro e outro.

c)      Paciência – Lembre-se de Jesus quando disse:
(Mt.23: 37) -  Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a [galinha] ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!

9 – CUIDADOS ESPECIAL AO  PEIXE FISGADO

a)      Alguns peixes lutam para não sair do seu habitat natural. Eles vão fazer de tudo para que você não consiga tirá-lo da água. Pular, puxar para baixo, de lado, tentará quebrar a linha e danificar o material, etc.
b)      Deve-se soltar mais linha com certa pressão até cansá-lo. Não os torture.
c)      A melhor forma de se puxar um peixe é pacientemente. Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito diz o Senhor.


10 – CUIDO AO TRATAR DO PEIXE

SAIBA: Pescar é tarefa de um evangelista, enquanto limpar o peixe pescado é tarefa de um pastor mestre.

a) Lavar bem o peixe –
(Jo.13:10) -  Respondeu-lhe Jesus: Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais [limpos], mas não todos.
(Jo.13: 11) -  Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais [limpos].

(Jo.15: 3) -  Vós já estais [limpos] pela palavra que vos tenho falado.

b)      Cortá-los, escamá-los e limpá-los –  entendemos isso como uma outra figura usada por Jesus no evangelho. Leiamos juntos

»JOÃO [15]
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.
2 Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto.
3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
4 Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.


(Hebreus 4:12) - Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

  (JO 13:4) -  Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
  (JO 13:5) -  Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
  (JO 13:6) -  Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
  (JO 13:7) -  Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
  (JO 13:8) -  Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
  (JO 13:9) -  Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
  (JO 13:10) -  Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.

Romildo Gurgel



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

LUTANDO ATRAVÉS DA ORAÇÃO


“Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo por meio das vossas orações a meu favor diante de Deus, para que eu me livre dos descrentes da Judeia e que a ministração que desejo realizar em Jerusalém seja bem recedida pelos santos, de maneira que, pela vontade de Deus, eu vos possa visitar com alegria e em vossa companhia desfrute de um período para recuperar as forças” (Romanos 15:30-32 KJA).

O apóstolo Paulo recebeu de Deus uma mensagem para ministrar aos santos em Jerusalém. Ele sente este forte encargo de ir aquele local. Ele percebe que os obstáculos serão grandes e que desafiam  sugar bastante as suas forças na ministração. Ele percebe ainda que esta ministração vai exigir muito dele nas argumentações, pois  sabe que na Judeia existe um bom numero de pessoas incrédulas que trafegam pelo seio da igreja como irmãos e que poderão diluir a mensagem que Deus lhe deu. O desejo dele é que esta mensagem seja ministrada na alegria e que flua sem obstáculos e os santos recebam a mensagem de Deus. Esta visita a Jerusalém é importante para o apóstolo, pois ele deseja compartilhar  além da  mensagem, a companhia dos irmãos até serem fortalecidos. O apóstolo entende que não será fácil, além de identificar certas pessoas incrédulas, ele sabe que quem está fechando os olhos do entendimento dessas pessoas é o diabo que atravanca a percepção da luz da mensagem para que não venham acreditar no que será ministrado.  O apóstolo se antecipa aos fatos e pede àquela comunidade que lute com ele em oração para que Deus os livre dos descrentes da Judeia que poderão ser obstáculo na reunião. Veja que a intenção do apóstolo é ministrar exclusivamente aos santos, desfrutar da comunhão com os irmãos e serem empoderados  de forças.

Nesta pequena reflexão quero chamar atenção do leitor que a oração é uma forma de lutar contra os obstáculos no exercício da vida cristã. Esta luta acontece no nível espiritual e natural, no interior da pessoa e no exterior dela. A luta através da oração se inicia por uma percepção antecipada do que poderá vir acontecer. A oração é uma forma de se antecipar a esses obstáculos de vencer estas potestades que se interpõem sugando a força espiritual do apóstolo. O apóstolo percebe que os incrédulos contra-argumentarão da sua mensagem e a luta já começou dentro dele antes de chegar lá. Isto lembra o que aconteceu com Jesus no jardim Getsêmani quando se aproximava o dia da sua prisão e crucificação (Mateus 26:36-46). Jesus se antecipa aos fatos e chega no jardim com seus discípulos e pede para eles se assentarem enquanto vai orar a parte. Mas antes, compartilha com seus discípulos o que está ocorrendo no seu interior dizendo: “a minha alma está sofrendo dor extrema, uma tristeza mortal. Permanecei aqui e vigiai junto a mim, seguindo um pouco a diante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: Ó meu Pai, se possível for, passa de mim este cálice! Contudo, não seja como Eu desejo, mas sim como tu queres” (v.39). Isto se repetiu por três vezes!  O evangelho de (Lucas 22:39-46) descreve em detalhes o que aconteceu na terceira vez que Jesus orou, transcrevo o que aconteceu: “Foi então que apareceu-lhe um anjo do céu que o encorajava. E,  em grande agonia, orava ainda mais intensamente. E aconteceu que seu suor se transformou em gotas de sangue caindo sobre a terra”(v.43-44). Nossa imaginação foge ao pensar nessa  dimensão de luta e sofrimento através da oração, mas uma coisa é certa, foi grande a luta ao ponto de suar grandes gotas de sangue. Depois desta terceira vez e de ser fortalecido, encontrou os seus discípulos exaustos adormecidos e disse: “Levantai-vos e orai! Para que não venhais a cair em tentação” (v.46).   Jesus agora está se referindo a luta que os discípulos iriam enfrentar ao assistirem o que estava prestes acontecer com o seu Senhor. Jesus reclama da falta de vigilância deles e a preparação antecipada para esses momentos.
Em resumo, o que aprendemos com esta oração de Jesus, não resta dúvidas,  a oração é uma forma de lutar contra os obstáculos espirituais que se processa no intimo do coração que tenta  deslocar-nos  da gestão da vontade de Deus. Jesus sabia que a vontade do Pai era que ele bebesse do cálice que lhe estava destinado a beber (isso diz respeito à morte com que teria que morrer). Aprendemos que a vitória da cruz foi um fato consumado por Jesus, mas para que isso se concretizasse, teria que ser através da oração onde Jesus recebeu encorajamento, conforme está escrito: “Foi então que apareceu-lhe um anjo do céu que o encorajava” (Lc.22:43). Se Jesus o filho de Deus teve que lutar em oração por três vezes, quanto mais  nós deveremos assumir nossa responsabilidade de lutarmos  também em oração.

O apóstolo Paulo entende que a luta contra a incredulidade de certos irmãos desta comunidade, é influenciada pela lei mosaica e não é inerente a própria pessoa, e sim a uma argumentação sobre a circuncisão x salvação, tendo como fonte a  lei que fala e controla a fé desses irmãos. Ele percebe que há algo espiritual que cega os olhos do entendimento desses incrédulos para que não resplandeça a luz do evangelho da graça de  Jesus Cristo. Ele diz ainda que o foco da luta é contra principados e potestades que querem exercer suas forças influenciadoras na vontade e na fé, através da incredulidade, como está escrito:  
“Porquanto, nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por esse motivo, vesti toda a armadura de Deus, a fim de que possais resistir firmemente no dia mau e, havendo batalhado até o final, permanecereis inabaláveis, sem retroceder” (Efésios 6:12-13). 
Note que o apostolo sugere que se deve resistir com firmeza, batalhando até o final, permanecendo inabalável sem retroceder. Todo esse processo de luta é interno, no coração para assumir a liderança e o controle da vida das pessoas. É preciso se fortalecer na vontade de Deus que é a força do seu poder, se revestindo de toda armadura de Deus para poder ficar firme contra as ciladas do Diabo.  Não confie na sua vontade própria, antes entregue o seu caminho ao Senhor, confie na sua vontade e o mais teremos toda a provisão necessária a essa vontade.

Uma pergunta  interessante é que tipo de mensagem o apóstolo havia preparado para os santos em Jerusalém. Alguns defendem que a carta do apóstolo aos Gálatas foi escrita em Antioquia na Síria ou em Corinto, por volta do ano 50 d.C, cujo conteúdo trata-se do que aconteceu na estadia do apóstolo na reunião daquele concílio. Percebe-se claramente lendo as primeiras linhas de (Gálatas 2). Colocando a carta aos Gálatas, ao lado de (Atos 15), verifico que a motivação do apóstolo em preparar essa mensagem foi devido a certos homens que haviam descido da Judéia, passaram a ensinar aos irmãos que sem a circuncisão  conforme a tradição ensina por Moisés as pessoas não poderiam ser salvas, por esse motivo Paulo e Barnabé tiveram uma acirrada divergência com eles. E os irmãos decidiram que Paulo e Barnabé, deveriam subir até Jerusalém e tratar dessa questão com os apóstolos e com os presbíteros (cf. At.15:1-2; e Gl 2).  Sendo assim, concluo que o material utilizado pelo apóstolo em Jerusalém, foi o mesmo que ele enviou aos santos na Galácia.  O resultado do que aconteceu está naquilo que o apóstolo antes lutou em oração. Vejamos em resumo o acontecido em Jerusalém (Atos 15). Tendo chegado em Jerusalém foi muito bem recebido pelos apóstolos e presbíteros, onde tiveram a oportunidade de relatarem tudo o que Deus estava fazendo no meio dos gentios (At.15:4). Alguns fariseus que haviam crido, levantam-se protestando (At.15:3). Diante disso os apóstolos e presbíteros se reúnem para deliberar sobre a questão imposta (At.15:6). O apóstolo Pedro relata a experiência que teve com os gentios (casa de Cornélio em Atos 10) de modo que foi favorável com o apóstolo Paulo que a salvação e mediante a graça no Senhor Jesus (cf. Atos 15:11). Tiago dá também o seu parecer que não se deve constranger dentre os gentios os que estão se convertendo, mas antes que se abstenham dos ídolos, da imoralidade, da carne de animais sufocados e do sangue (At.15:19-20). E por fim o concílio chega ao fim  com a redação de uma carta que seriam enviadas aos cristãos de Antioquia com esse parecer de Tiago. Conclusão: Vitória total. O apóstolo lutou em oração e Deus abençoou.

Deus abençoe
Romildo Gurgel