Romildo Gurgel
Muitas
organizações e Igrejas que existem por intermédio de serviços voluntários,
requerem um bom exercício de sua liderança. O único incentivo que esses
voluntários possuem vem do exercício de seus líderes, da boa amizade e dos
vínculos de comprometimento de inúmeras atividades nessas organizações. Alguns
verdadeiramente são dotados de talentos e já outros ocupam cargos pelo fato de
não ter ministérios e mão-de-obra que venha acobertar os inúmeros serviços que
exigem um bom funcionamento tanto nestas Igreja quanto nestas organizações.
Diante disso, as dores e as consequências por falta de gente talentosa é enorme
e os prejuízos irreparáveis. Essas
organizações na maioria das vezes não pagam salário e não oferecem benefício
algum, já outras sensibilizadas dão uma
ajuda de custo de acordo com suas condições financeiras.
Diante desse impasse, a forma
de funcionar estas organizações, tem como base o incentivo, motivar é dar autonomia, valorizar a independência dos
funcionários ou ministérios, fazendo que cada um se sinta “como
se fosse o dono” dentro daquilo que lhe cabe nas suas contribuições. O negócio é feito por todos remando
na mesma direção. É importante reconhecer que todos gostam de ser bem tratados
e de trabalhar num lugar alegre, descontraído.
Deve-se evitar gente de mau humor, ou no mínimo suportar em amor.
Deve-se evitar excesso de manuais e normas, pois isso criaria o vício de muita
justificativa e pouca ação. Para compreender a motivação dos outros, é preciso se colocar sob seu ponto
de vista, mesmo que não se concorde com ele. É preciso saber quais são suas
necessidades, prioridades, desejos e até caprichos. Uma outra forma de motivar
os subordinados é ter alta expectativa em relação a eles.
Uma pequena
percentagem desses voluntários realmente é o que faz todo trabalho, por isso
que precisam estar bem motivados, lembrando que não é um ato isolado, mas um
processo que requer esforços continuados. Em muitas igrejas, cerca de vinte por cento
das pessoas, ou até menos que isso,
fazem oitenta por cento de todo labor. Diante de um número tão pequeno,o
resultado final cai na qualidade desses serviços. Estas pessoas levam a carga
de todos os eventos, programas, e ações que são realizadas ali. Daí, surge os
questionamentos: Por que isso ocorre? Por
que tem que ser assim? E por que as pessoas não se envolvem e são
sensibilizadas dessas necessidades? Existem muitas respostas e elas só serão
descobertas através de uma visão de toda
organização como um todo. Todas as
ações devem ser revistas e
avaliadas, melhoradas e refeitas. Acredito que um planejamento estratégico (PE) ajudará e muito como ferramenta de fomentação e transformação desse quadro.
Segue abaixo algumas etapas de alguns procedimentos que podem ser tomados para
que haja uma mudança. Vejamos:
1 – Muito do potencial da Igreja
e das organizações está ali, sentadas e ainda não foram descobertas.
2 – Muitos têm medo de assumir
responsabilidades por falta de experiência e capacitação.
3 – Uma boa quantidade sofre por
experiências doloridas do passado e é brecada pelo seu emocional achando que
irá repetir-se os mesmos problemas traumáticos.
4 – Algumas são intimidadas por
pessoas mais capacitadas.
5 – Por falta de treinamento e
desconhecimento bíblico, não percebem ainda qual a sua função e sua utilidade
na organização. Muitos passam anos a fio sem utilidade alguma.
6 – Outros estão ali só para
receber a bênção e estão mais focados em sua atividade secular.
7 – Outras se sentem
despreparadas, mal equipadas e desprovidas de qualquer dom.
8 – Um bom número não tem
consciência das opções de trabalho que lhes estão disponíveis.
9 – Várias outras são egoístas,
preguiçosas e indiferentes. Algumas não vão se envolver porque não se ocupam
com nada mais além de si mesmas.
O que é que
poderá ser feito para que essas organizações mudem esse quadro? Tenho convicção
dentro de mim que esses 10 itens alistados abaixo fará toda diferença se forem
executados.
1 – Faça um (PE) e descubra os pontos fortes e fracos, as oportunidades e o
potencial da organização junto as pessoas. Se não souber fazer, descubra um
amigo que fez um curso de administração para que possa lhe dá uma luz quanto a
essa ferramenta. Ou você poderá aprender através de livros e pesquisas pela
internet.
2 – Agende entrevistas com novos
membros para expor as oportunidades. Você poderá conseguir modelos de entrevistas
em livros de Recursos Humanos, ou pela internet. Um bom critério para o recrutamento
pode ser baseado no (Salmo 15:1-5).
3 – Visione toda organização
quanto a sua missão e valores.
4 – Associe os talentos e os dons
como oportunidades de trabalho.Sabendo que Deus escolhe e separa gente
talentosa para assumir cargos e funções no seu corpo. (cf. Efésios
4:11-14)
5 – Faça funcionar um meio com
que o novo membro passe por um desenvolvimento na organização até ser alocado em uma função
que saiba realizar com eficácia. Para isso é necessário criar vários níveis de
responsabilidades que possa envolvê-lo e levá-lo ao amadurecimento de uma
função futura permanente, criando processos que vá acontecendo já na prática
com funções básicas. (cf. Êxodo 18:20-22).
6 – Ensine e exponha a visão do
sacerdócio universal dos crentes. Todos têm um dom pelo qual podem participar
de alguma atividade no corpo de Cristo. Descobri-los é chave. Existe ferramenta apropriada para elucidar
este descobrimento. (cf. 1Pedro 2:5-9; Mateus 25:15; Romanos 12:6; 1Coríntios 12:4).
7 – Desenvolva séries de
compromissos realistas para que as pessoas possam dividir essas
responsabilidades. Divisão de tarefas e equipes focadas em ministérios é uma
boa ideia. (cf.1Crônicas 18:14-17; Lucas 9:1-10)
8 – Promova o rodízio entre a
liderança, sempre dentro do possível, para criar um espaço inovador e criativo
para novas pessoas.
9 – Elogie as equipes e os
ministérios. Se capacitem juntos, bem como tenham também sempre um período de
lazer e descontração com todos que fazem a organização funcionar. Jesus tinha
uma equipe (cf. Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11; João
1:35-42).
10 – Promova as pessoas de acordo
com o seus dom e talento, e nunca por outro motivo. Prepare e empodere essas
pessoas através de treinamento e o forjamento de um caráter integro e Deus
abençoará pode ter certeza.
Romildo Gurgel
FONTE:
1 – Bíblia Liderança Cristã com
notas de John C. Maxwell – SBB, pp.961
Extraída e estratificada com
diversos acréscimos e modificações.
2 – Recursos humanos Princípios e Tendências. Francisco Lacombe.
Editora Saraiva, pp.143.
3 – Bíblia Vida Nova – Editora Vida
4 – Chave Bíblica – SBB
5 – Bíblia NVI – Editora Vida
6 – Concordância Bíblia – SBB.
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