quarta-feira, 15 de maio de 2013

RECRUTAMENTO DE TALENTOS NAS ORGANIZAÇÕES E NAS IGREJAS

Romildo Gurgel


Muitas organizações e Igrejas que existem por intermédio de serviços voluntários, requerem um bom exercício de sua liderança. O único incentivo que esses voluntários possuem vem do exercício de seus líderes, da boa amizade e dos vínculos de comprometimento de inúmeras atividades nessas organizações. Alguns verdadeiramente são dotados de talentos e já outros ocupam cargos pelo fato de não ter ministérios e mão-de-obra que venha acobertar os inúmeros serviços que exigem um bom funcionamento tanto nestas Igreja quanto nestas organizações. Diante disso, as dores e as consequências por falta de gente talentosa é enorme e os prejuízos irreparáveis.  Essas organizações na maioria das vezes não pagam salário e não oferecem benefício algum, já outras sensibilizadas  dão uma ajuda de custo de acordo com suas condições financeiras.
Diante desse impasse, a forma de funcionar estas organizações, tem como base o incentivo,  motivar é dar autonomia,  valorizar a independência dos funcionários ou ministérios, fazendo que cada um se sinta “como se fosse o dono” dentro daquilo que lhe cabe nas suas contribuições. O negócio é feito por todos remando na mesma direção. É importante reconhecer que todos gostam de ser bem tratados e de trabalhar num lugar alegre, descontraído.  Deve-se evitar gente de mau humor, ou no mínimo suportar em amor. Deve-se evitar excesso de manuais e normas, pois isso criaria o vício de muita justificativa e pouca ação. Para compreender a motivação  dos outros, é preciso se colocar sob seu ponto de vista, mesmo que não se concorde com ele. É preciso saber quais são suas necessidades, prioridades, desejos e até caprichos. Uma outra forma de motivar os subordinados é ter alta expectativa em relação a eles.
Uma pequena percentagem desses voluntários realmente é o que faz todo trabalho, por isso que precisam estar bem motivados, lembrando que não é um ato isolado, mas um processo que requer esforços continuados.  Em muitas igrejas, cerca de vinte por cento das pessoas, ou até menos que isso,  fazem oitenta por cento de todo labor. Diante de um número tão pequeno,o resultado final cai na qualidade desses serviços. Estas pessoas levam a carga de todos os eventos, programas, e ações que são realizadas ali. Daí, surge os questionamentos: Por que isso ocorre?  Por que tem que ser assim? E por que as pessoas não se envolvem e são sensibilizadas dessas necessidades? Existem muitas respostas e elas só serão descobertas através de uma visão de  toda organização como um todo. Todas as  ações  devem ser revistas e avaliadas, melhoradas e refeitas. Acredito que um planejamento estratégico (PE) ajudará e muito como ferramenta de fomentação e transformação desse quadro. Segue abaixo algumas etapas de alguns procedimentos que podem ser tomados para que haja uma mudança. Vejamos:

1 – Muito do potencial da Igreja e das organizações está ali, sentadas e ainda não foram descobertas.
2 – Muitos têm medo de assumir responsabilidades por falta de experiência e capacitação.
3 – Uma boa quantidade sofre por experiências doloridas do passado e é brecada pelo seu emocional achando que irá repetir-se os mesmos problemas traumáticos.
4 – Algumas são intimidadas por pessoas mais capacitadas.
5 – Por falta de treinamento e desconhecimento bíblico, não percebem ainda qual a sua função e sua utilidade na organização. Muitos passam anos a fio sem utilidade alguma.
6 – Outros estão ali só para receber a bênção e estão mais focados em sua atividade secular.
7 – Outras se sentem despreparadas, mal equipadas e desprovidas de qualquer dom.
8 – Um bom número não tem consciência das opções de trabalho que lhes estão disponíveis.
9 – Várias outras são egoístas, preguiçosas e indiferentes. Algumas não vão se envolver porque não se ocupam com nada mais além de si mesmas.

O que é que poderá ser feito para que essas organizações mudem esse quadro? Tenho convicção dentro de mim que esses 10 itens alistados abaixo fará toda diferença se forem executados.

1 – Faça um (PE) e descubra os pontos fortes e fracos, as oportunidades e o potencial da organização junto as pessoas. Se não souber fazer, descubra um amigo que fez um curso de administração para que possa lhe dá uma luz quanto a essa ferramenta. Ou você poderá aprender através de livros e pesquisas pela internet.
2 – Agende entrevistas com novos membros para expor as oportunidades. Você poderá conseguir modelos de entrevistas em livros de Recursos Humanos, ou pela internet. Um bom critério para o recrutamento pode ser baseado no (Salmo 15:1-5).
3 – Visione toda organização quanto a sua missão e valores.
4 – Associe os talentos e os dons como oportunidades de trabalho.Sabendo que Deus escolhe e separa gente talentosa para assumir cargos e funções no seu corpo. (cf. Efésios 4:11-14)
5 – Faça funcionar um meio com que o novo membro passe por um desenvolvimento  na organização até ser alocado em uma função que saiba realizar com eficácia. Para isso é necessário criar vários níveis de responsabilidades que possa envolvê-lo e levá-lo ao amadurecimento de uma função futura permanente, criando processos que vá acontecendo já na prática com funções básicas. (cf. Êxodo 18:20-22).
6 – Ensine e exponha a visão do sacerdócio universal dos crentes. Todos têm um dom pelo qual podem participar de alguma atividade no corpo de Cristo. Descobri-los é chave.  Existe ferramenta apropriada para elucidar este descobrimento. (cf. 1Pedro 2:5-9;  Mateus 25:15; Romanos 12:6; 1Coríntios 12:4).
7 – Desenvolva séries de compromissos realistas para que as pessoas possam dividir essas responsabilidades. Divisão de tarefas e equipes focadas em ministérios é uma boa ideia. (cf.1Crônicas 18:14-17; Lucas 9:1-10)
8 – Promova o rodízio entre a liderança, sempre dentro do possível, para criar um espaço inovador e criativo para novas pessoas.
9 – Elogie as equipes e os ministérios. Se capacitem juntos, bem como tenham também sempre um período de lazer e descontração com todos que fazem a organização funcionar. Jesus tinha uma equipe (cf. Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11; João 1:35-42).
10 – Promova as pessoas de acordo com o seus dom e talento, e nunca por outro motivo. Prepare e empodere essas pessoas através de treinamento e o forjamento de um caráter integro e Deus abençoará pode ter certeza.

Romildo Gurgel


FONTE:
1 – Bíblia Liderança Cristã com notas de John C. Maxwell – SBB, pp.961
Extraída e estratificada com diversos acréscimos e modificações.
2 – Recursos humanos  Princípios e Tendências. Francisco Lacombe. Editora Saraiva, pp.143.
3 – Bíblia Vida Nova – Editora Vida
4 – Chave Bíblica – SBB
5 – Bíblia NVI – Editora Vida
6 – Concordância Bíblia – SBB.

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