domingo, 23 de dezembro de 2012

ENCHAM-SE DO ESPÍRITO SANTO



O ensino do Novo Testamento sobre o Batismo no Espírito Santo, se estratifica em um só batismo, da mesma forma que há um só Deus e um só Senhor. No entanto o fato de estar sempre cheio do Espírito Santo, podem ocorrer diversas vezes. Como está escrito:

"..enchei-vos do Espírito Santo" (Efésios 5:18)

Nesta sugestão recomendativa do apóstolo, ele diz como isso poderá acontecer!!!

"falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Efesios 5:19-21).

O texto é bem claro sobre a forma que você poderá praticar até estar cheio do Espírito Santo.

a) Comece com o coração. Não cante de qualquer maneira. Você não precisa ser entoado, mas o fundamental é que seja de todo coração. A diferença reside exatamente aí.

b) Um outro ponto fundamental é ser agradecido. Reconhecer que até mesmo nas adversidades Deus é um companheiro fiel. Agradeça a Deus de coração pelo dom da vida.

c) Sujeite-se no temor do senhor aos seus irmãos da fé.

Pronto amigo, estás livre! Cante de coração e fale de coração salmos e hinos. Ficarás cheio.

Um grande abraço de coração. O meu desejo é que neste Natal e  todos os dias do ano que vai nascer, você seja renovado(a) diversas vezes na plenitude do Espírito Santo.

Romildo Gurgel

domingo, 2 de dezembro de 2012

GERENCIAMENTO DA VIDA


Uma pessoa em Cristo, deve estar preparada para viver em duas culturas (Natural e Espiritual). No entanto um só deverá ser o gerenciador. Ser preparado para o aqui e agora, é fundamental, mas se fossemos depender unicamente das atividades do AQUI e AGORA, seriamos os mais infelizes dos regenerados, como está escrito: 

"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta 
vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (1Co.15:19). 


A pessoa instruída na palavra terá, portanto, de estar preparada para viver e trabalhar ao mesmo tempo neste mundo e no mundo que virá - aquela a construída pelos homens (natural) e a construída por Deus "natural-espiritual", que através do conhecimento da verdade se concentra nas idéias regeneradas, transformadas através da palavra de Deus, das promessas e da proposta do modo de viver "comportamento, luz e testemunho", servindo tanto para este mundo e como um investimento para o mundo porvir, onde habitará de uma forma definitiva a justiça e a ausência de pecado. 


A única forma de sermos participantes da natureza de Deus, é através das suas promessas deixadas nas escrituras sagradas, como está escrito: 

"pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo" (2Pedro 1:4)


Portanto agora, o Senhorio de Jesus fará com que nos afastemos dos padrões gerenciadores do"antes de Cristo" (espíritos que operam nos filhos da desobediência) e nos apeguemos de corpo, alma e espírito, com os padrões do gerenciador espiritual (Espírito Santo de Deus) "depois de Cristo", tendo-o como nosso Senhor na administração de nossas vidas, pois está escrito: 

"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos" (Efésios 2:1-5).


Amém,

Romildo Gurgel

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A NOIVA E O JARDIM



Uma metáfora sobre a igreja acomodada consigo mesma
Autor: Tucco Egg

Em um reino distante havia uma bela noiva, ansiosa por casar-se, mas seu noivo disse que antes das bodas ainda teria que fazer uma longa viagem. Um jardim rude e selvagem cercava a casa do noivo, e ele amava aquele lugar mais que tudo que possuía. Antes de sair para sua difícil jornada, chamou sua noiva, tomou-a pelas mãos e pediu-lhe que cuidasse do jardim até sua volta, que o regasse, podasse, livrasse-o do capim e das ervas daninhas, mantivesse-o vivo, ainda que com o aspecto rude que ele possuía, porque quando retornasse, ele próprio trataria do jardim e o tornaria o mais belo de todos os jardins de todos os reinos. Ao final de todas essas recomendações, tocou os lábio da noiva como os seus e partiu.
No dia seguinte, a noiva foi até o jardim e dedicou-se a ele como seu noivo havia feito enquanto esteve lá. Mas, com o passar dos dias, percebeu que o jardim lhe roubaria a beleza. Suas mãos começaram a sujar, as unhas lascavam, a pele ressecava ao sol. Sementes de capim aderiram ao seu vestido, espinhos e pedras feriram-lhe mãos e pés. Decidiu poupar-se, temendo que o noivo não a aceitasse mais na sua volta. Entrou na casa rodeada pelo jardim, e tratou de cuidar de si, horas em frente a um espelho, ungindo-se com óleo e perfumes.
No lado de fora, dia a pós dia, ervas daninhas e capim cresceram e avançaram em direção à casa. Entravam pelas frestas e abraçavam a casa com mil tentáculos, lacrando portas e encobrindo janelas. Logo o sol já não encontrava espaço para iluminar a noiva. A casa se tornou escura e úmida. Mofo e bolor cresciam nos cantos e o ar tornava-se fético. A noiva, no entanto, permanecia tratando de si, iluminada agora apenas por uma pequena vela, alienada de tudo que acontecia à sua volta. Na penumbra, já não via mais seu próprio rosto, agora pálido, nem as olheiras profundas que se formavam e lhe davam um triste aspecto doentio. Imaginava-se ainda bela e viçosa, enquanto as ervas e o bolor tomavam conta de todo ambiente.
Quando o noivo voltou, encontrou o jardim abandonado e mal podia ver sua casa debaixo da densa vegetação. Do lado de dentro, enfraquecida pela escuridão e sufocada pelo bolor, sua noiva jazia morta. Então, profundamente entristecido, o noivo olhou para o corpo inerte, a casa destruída e o que restara do jardim. Enquanto vagava os olhos úmidos pelo local, encontrou algumas minúsculas flores brancas escondidas entre as ervas e o capim. Seguiu abrindo caminho na vegetação e recolhendo as flores que encontrava espalhada, invisíveis naquele matagal. Encontrou milhares delas, colheu-as e juntou-as em um lindo buquê. Amando-as intensamente, tocou-as com seus lábios enquanto, juntas, tornaram-se elas mesmas a mais bela entre todas as mulheres. Ali mesmo ele a desposou e, em seguida, transformou aquele lugar no mais belo jardim que jamais existiu.

Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus. (Mt.21:31b).  -
Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino. (Mt.21:43).

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ESPÍRITUALIDADE EGOLÁTRICA


Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade.

A egolatria não é o simples cuidado do indivíduo consigo mesmo. Cuidar de si mesmo, afinal, é uma virtude. Quando praticamos o cuidado conosco mesmos, aprendemos a amar mais as pessoas. A egolatria não é também um sentimento de egoísmo. O indivíduo egoísta tem a expectativa de que todas as coisas e pessoas estejam em torno de seus interesses. Sem dúvida, isso é pecado; mas não é, ainda, um culto ao ego. Isso porque, enquanto o egoísta deseja que todas as coisas existam para atender seus interesses, o ególatra acredita que tem o poder para mover todas as coisas e pessoas em torno de si. A principal marca do ególatra é a cobiça, às vezes demonstrada por atitudes extremas. Tal sentimento foi muito bem exemplificado na proposta do diabo a Cristo: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.”  

A egolatria é mais danosa do que a idolatria. E existe, lamentavelmente, uma espiritualidade ególatra, aquela que é caracterizada pela prática religiosa cujas celebrações e liturgias favorecem a promoção de personalidades. Na idolatria, a divindade é inanimada; o ídolo não controla a situação. Já na egolatria, oego-deus tem boca e fala; tem nariz e cheira; tem pés e anda. Ele tem uma inteligência cheia de artimanhas; em geral, possui carisma e cativa as massas. O ego-deus consegue passar a ideia de que foi o único dotado para uma missão especial – assim, possuiria poderes especiais, como uma capacidade mística de desvendar os mistérios escondidos no além e trazer revelações sobrenaturais.

Nas instituições caracterizadas pela egolatria, há a necessidade de intermediários entre os devotos e o divino. Por essa razão, os cargos e papéis espirituais são uma espécie de concessão do ego-deus a esses intermediários, sob a condição de trocas simbólicas e materiais. Diante de um ego-deus, todos os seguidores obedecem, sem o mínimo de discernimento. Qualquer atitude crítica é denunciada como rebeldia intolerável. A egolatria é marcada pela necessidade de promoção pessoal, vanglória e arrogância. Os ególatras necessitam de títulos que os façam diferentes. Em se tratando da vocação pessoal, os dons e ministérios não representam habilidades para servir às pessoas; eles são, isso sim, títulos particulares, espécie de insígnias ostentadas como demonstração de poder e domínio. Nos ambientes marcados pela egolatria, títulos que, em si mesmos, em nada credenciam seus detentores como sobre-humanos – como pastor, padre, bispo, apóstolo –, assumem um significado de divinização de indivíduos em seus feudos religiosos e redes de submissão ao seu controle.

Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade. O agente mágico e a divindade fundem-se numa só personalidade. Mas o ego-deus é materialista, possessivo, vingativo; seu discurso não glorifica ao único Deus, Senhor dos céus e da terra, mas favorece a própria dominação, estimula a vassalagem dos seguidores e legitima a dinâmica do poder. A legítima pregação bíblica é substituída por um discurso caracterizado por frases-feitas e palavras de ordem supostamente capazes de mover a mão divina, decretar a bênção e promover bem estar físico e material aos adeptos – normalmente, em troca dos chamados sacrifícios, quase sempre realizados através do dinheiro.

Se, numa determinada comunidade, as pessoas estão dando mais ênfase à experiência espiritual que isola, discrimina os de fora e põe os supostamente espiritualizados em pedestais, é bem provável que estejamos diante da espiritualidade egolátrica, e não do modelo proposto por Jesus Cristo. No Evangelho de Cristo, o que é aparentemente oculto é revelado aos pequeninos do seu Reino. As boas novas “escondidas” em Deus, de fato, estavam sempre presentes; todavia, os seres humanos sofisticados não compreenderam a singeleza dessa mensagem: a de que aos pobres e aos pequeninos é que foram reveladas as boas novas a respeito do Reino de Deus (Lucas 10.18-19). As “revelações” recebidas pelos poderosos dos empreendimentos religiosos não dizem respeito à mesma revelação anunciada pelo Filho de Deus aos pobres e pequeninos.

É muito importante que saibamos discernir entre a espiritualidade revelada por Jesus de Nazaré e aquela praticada nas ambiências egolátricas da cristandade brasileira.

Pr Carlos Queiroz

sábado, 3 de novembro de 2012

ENTREVISTA COM O DEMÔNIO



(Nota: Esta publicação não aconteceu, é  apenas para ilustração.)

1) Como é o seu nome?
    Demônio: Meu primeiro nome não quer dizer nada para vocês, só para Deus, pois
    já houve muitas mudanças ao longo do tempo, muitos nomes.
2) Como assim, você evoluiu?
    Demônio: Quando se é julgado não se evolui mais, se estaciona, e o que
    se pode fazer é engordar, isto é, expandir horizontalmente, aumentar o número de influência
    associando pessoas, mas a estatura sempre será a mesma independente de subjugação.
3) Não tem mesmo como evoluir?
    Demônio: Impossível, o julgamento parou tudo junto com o meu primeiro nome, e aquilo que
    esperamos encontrar nas pessoas torna-se uma armadilha, por isso precisamos unir mais
    entidades, e mais outras até formar-se uma legião para que se possa parecer um pouco com o
    homem, que naturalmente evolui com Deus enquanto vive.
4) E o homem pode ajudar nisso?
    Demônio: Não, quando se morre segue-se ao juízo, mas no nosso caso já fomos julgados e tudo é
    um beco sem saída, e até mesmo quando o homem se submete a nós também estaciona, não tem como
    sair disso.
5) Como é a vida de vocês?
    Demônio: Não chamo isso de vida, mas de desespero, é como um inferno, tentamos achar uma saída
    o tempo todo por isso procuramos na promessa do homem as brechas, evitamos os animais, mas
    mesmo assim não dá certo, terrível foi o juízo, e o máximo onde se pode ir é pela semelhança
    com o homem no passado, e esperar que não se descubra o esconderijo.
6) Como se descobre o esconderijo, ou seja, quando se sabe que uma pessoa está possessa?
    Demônio: É desesperador, não ha controle, é a maior bagunça na fraqueza, o controle vem de
    fora e não de dentro, é um inferno.
7) Como se controla?
    Demônio: Medo.
8) Como assim, medo!
   Demônio: Temos medo e conseguimos externar o nosso próprio medo e mentir para os que nos
   abordam. Quando uma pessoa sente medo é o nosso medo que sentimos, e plantamos isso nelas por
   causa da carne, e que a mentira a faz pensar que o medo é dela, senão estaremos mais uma vez
   perdidos. Mentimos em tudo que o homem pode acreditar.A mentira começou tudo isso.
9) Então vocês passam o medo ?
   Demônio: É a primeira coisa, e tem gente que ainda está correndo por aí.
10) E a resistência?
   Demônio: A fé que Jesus inventou pela criação (Jesus é o autor e consumador da fé). Para estes
   somos como um animalzinho em extinção, e seria até bom que já estivéssemos sido extintos, mas,
   o tempo pertence a Deus, e o juízo, e a ressurreição, e o que se pode fazer é esperar.11) Quem pode expulsar vocês?
    Demônio: Tem casos que qualquer pessoa de bom caráter moral tem autoridade para isso, pois já passa uma imagem de Deus que nos faz tremer, mas tem casos que não é o suficiente.
12) Como assim ?
   Demônio: Quando se quer ir mais além que envolve o espiritual, é preciso ter a autoridade de Jesus, que pelo sacrifício, só com jejum e oração é que se compreenderá o nivelamento, aí não tem como.
13) Então o sacrifício de Jesus tem esse poder !
    Demônio: O sacrifício de Jesus salvou o homem. "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. (I S.João 5:12)" . Quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do Unigénito Filho de Deus. (João 3:18)
14) Então vocês já foram julgados ?
   Demônio: Já (João 16:11). Não se deve brincar com Deus. A misericórdia, a longanimidade, o amor, e quando
   levamos ao descaso as oportunidades que tivemos outrora (nosso caso), pecamos na presença de
   Deus (que é uma blasfêmia), diferente de quem peca na ignorância e alcança misericórdia em
   Jesus Cristo homem. Blasfêmia é conhecimento de causa, é pecar na presença de Deus,no
   espiritual, não existe perdão para isso, como poderia!
15) Como se procede a possessão?
   Demônio: Algo mais além do pecado. Três coisas que atrai nossa semelhança para morada. Uma
   pessoa sem fé, sem esperança e sem amor. Pessoas vazias de vida, deprimidas e minadas pela
   opressão, e já sem forças se entreguam a possessão, e quando não suportam mais nos julga pelo
   que já somos e chega até cometer suicídio expondo a nossa condição.
16) Como você respondeu a tantas perguntas?
   Demônio: Somos muitos. Uns aqui não entendem nada, só fazem latir como um cachorro, miar como
   um gato e tem de tudo aqui nessa cabecinha, mas as respostas saíram por uma mesma boca,
   enquanto o cara aqui dormia.

Fernando Camboim Filho
(Irmão na fé) 

SALVAÇÃO E RESSURREIÇÃO



Salvação e  ressurreição estão totalmente entrelaçados. Não há como existir um sem o outro. A salvação é para a eternidade e a ressurreição é o estado reanimado da natureza humana se revestindo da eterna, isto envolve (corpo, alma e espírito humano). No entanto, a vida eterna é uma vida de comunhão com Deus e esta vida é partilhada pelo conhecimento de Deus em Jesus Cristo, como está escrito:

“E a vida eterna é esta: que ti conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,  e a Jesus Cristo a quem enviaste” (João 17:3).

A salvação incorpora o selo de garantia da possessão do Espírito Santo em nosso espírito humano. Este selo traz consigo, a morte e a vida da ressurreição do Senhor Jesus para o contexto da nossa experiência da fé, como está escrito:

“Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou  a Jesus dentre os mortos,  esse mesmo que ressuscitou  a Cristo Jesus dentre os mortos,  vivificará também  o vosso corpo mortal, por  meio do  Espírito, que em vós habita” (Romanos 8:11).

A salvação e a ressurreição é a maior experiência que o cristão experimenta ao unir-se com Deus através de Jesus Cristo. AGORA, além dessa experiência ser experimentada no âmbito do espírito humano,  na nossa alma,  deverá ser despejada em nossos gestos e atitudes.

Deus vem a nós em Jesus Cristo. Ele tomou nosso lugar, se apossou do nosso pecado e morreu a nossa morte. A simples declaração “Cristo morreu pelos nossos pecados” é mais do que suficiente.  É pela fé, interiormente, e pelo batismo exteriormente, que nos tornamos unidos a Cristo através da sua morte e ressurreição.  Nós morremos e ressuscitamos com ele. No entanto agora, devemos levar em consideração em estar mortos para o pecado e vivos para Deus, como fala as escrituras:

“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros  do seu corpo ao pecado, como instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos  a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de Justiça” (Romanos 6:11-13).

Amém...
Romildo Gurgel

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

NÃO PODEM E NÃO QUEREM




Na bíblia existe uma ligação entre o “não podem” com o “não querem”. Está escrito: “...Ninguém pode vir a mim, se o pai... não atrair” (Jo.6:44). Na Igreja precisamos escutar muito mais esse “ninguém pode”, essa incapacidade natural dos homens para crer em Cristo ou chegarem até ele sem ser atraído por Deus. Existe muito pode, separada da graça de Deus “que tudo é possível ao que crer”. Na minha observação muita gente frequenta reuniões, mas poucos são atraídos. Muitas coisas concorrem para atrair frequentadores!! Suntuosos templos, eventos especiais, o ambiente bem iluminado e climatizado,  campanhas que arrecadam fortunas, músicas mais parecendo shows do que adoração, etc.. Apenas o Espírito pode revelar Cristo aos homens; apenas o Pai pode trazer os homens a Cristo. Sem essa tarefa dupla do Pai e do Espírito, ninguém pode alcançar o Filho. É bem verdade também que Jesus disse: “...contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida” (Jo.5:40). Estar em um ambiente é diferente de estar em Cristo. A recusa do homem em vir para terem vida, está na falta de percepção da graça de Deus.  Pois só a graça de Deus poderá conduzir tais homens ao Filho, como está escrito: “pois pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus (Ef.2:8). Hoje muitos “evangelhos” estão sendo pregados sem arrependimento de pecados e transformação de vidas. Nunca na historia houve tanta divulgação da Igreja e seus eventos ao invés da exposição simples da pessoa e da graça salvadora de Jesus Cristo. 
Que o Senhor nos ajude.

Romildo Gurgel

domingo, 9 de setembro de 2012

A LETRA MATA


Por
Fernando Camboim Filho


“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; 
porque a letra mata, mas o espírito vivifica”( I Co 3:4,5,6).

COMENTÁRIO:

Uma coisa que nunca ouvi falar foi de bom senso espiritual, mas existe, é só ver quando não há contradições. Vejamos quando Maria foi visitar Izabel e ela exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! (Lucas 1:42)
E quando Maria salmodia a Deus dizendo: Porque atentou na condição humilde de sua serva. Desde agora, pois, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, (Lucas 1:48)

Podemos ver que Maria mãe de Jesus, também conhecida por Nossa Senhora pelos católicos nos traz uma contribuição espiritual muito importante através do seu testemunho. Simplesmente não tem outra mulher que se possa comparar a Maria. Se formos dar uma volta no passado chegará até Eva e não encontraremos uma como Maria. Só encontraremos mais Marias no futuro por causa de Cristo, mas nenhuma que vá após Maria, pois ela foi a bem-aventurada, a bendita entre as mulheres. Maria é o final de uma mulher em Cristo. Veja como!
 

Tem outro versículo que serve para explicar isso muito bem. (Lucas 18: 28 a 30) diz assim:

“Disse-lhe Pedro: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não haja de receber no presente muito mais, e no mundo vindouro a vida eterna”.

Sem nenhuma contradição, deixar tudo para seguir a Cristo não o é literalmente. Ninguém vai abandonar sua casa ou esposa, a família literalmente, mas vai substituir o preferencialismo anterior por amor do reino de Deus que começa na Igreja. Isto é, vão existir ocasiões dentro da comunhão do corpo de Cristo que exigirá atitudes maiores do que a própria família que amamos no serviço de Deus.
 
Daí pode-se ver a contribuição que Maria nos deu, quando o Senhor muitas vezes espiritualmente a tratava por "mulher", quando Ele mesmo na cruz apresentou João a ela e disse: Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. Isso é comunhão.
  Em outra ocasião, nas bodas de Caná disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Parece que Maria queria apressar as coisas, mas ela entendia Jesus muito bem. Certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste. 
Mas Jesus respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam. Lucas 11:27,28. Parece uma contradição, mas não é. Sabemos pelas Escrituras que Maria estava incluída nos bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam. Desde quando o anjo anunciou, ela passou a ser uma observadora da Palavra de Deus, portanto, uma bem-aventurada.
 Jesus estava ensinando o tempo todo como se devem ver as coisas. 
Veja a grandeza espiritual de Maria, e temos que resgatar esta espiritualidade que recebeu esta palavra (mulher) do próprio filho e que não reivindicava o vínculo de ser sua mãe. A espiritualidade de Maria era assim, era mãe, mas sabia ver Jesus como Senhor também, e nessa hora ela se via apenas como uma bem-aventurada, uma irmã. Qualquer mulher que  segue o exemplo de Maria saiba que o limite é a própria Maria. Não tem Angelina Jolie, Xuxa, miss Brasil, Miss Universo, qualquer outra que aparecer, ninguém será para Deus mais do que Maria. Este é o evangelho de Maria que pelo escriba foram poucas as palavras, mas que deixou uma carta aberta através da sua vida, não da letra, mas do espírito. E quanto a nós homens, fica a lição que Jesus falou para Pedro, a mesma coisa que Maria já vinha fazendo a muito tempo.
Acredito que quando a Igreja foi formada, Maria já sabia mais ou menos como deveria ser o regime da comunhão. Tem momentos na nossa vida cristã que temos que deixar o amor de pai, de mãe, de irmãos, de filhos, pelo próprio Senhor, ainda que continuemos com todos eles na mesma casa. 
Desculpem, mais a nossa pobreza espiritual não quer separar as coisas. O que é mais admirável para mim era o fato de Maria como mãe ver o seu filho como seu Senhor. Só é possível se for pelo espírito.

Deus soube escolher muito bem.
  Louvado seja Deus, pois dissipou os que eram soberbos nos pensamentos de seus corações; depuseram dos tronos os poderosos, e elevou os humildes. 
Aos famintos encheu de bens, e vazios despediu os ricos.

Mulheres, vocês têm um exemplo excelente testemunhado por Deus. Que Deus nos abençoe.


Fernando Camboim Filho
Irmão na fé

sábado, 25 de agosto de 2012

A LEI E O ESPÍRITO





 A circuncisão tem valor para o judeu quando se obedece a lei, mas se um judeu desobedece a lei, a sua circuncisão se torna incircuncisão, pois a circuncisão verdadeira não é a do crepúsculo da carne, mas o da circuncisão do espírito.
O Espírito tem valor para a vida do crente se ele andar no espírito e não cumprir as concupiscências da carne. Existem duas leis, a do Espírito de vida e a do pecado e da morte, pois escrito está: “Porque  a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm.8:2).

Se acharmos cumpridores da lei, deveríamos admitir que jamais poderemos ser aperfeiçoados por ela. Pois ao querer fazer o bem, você notará que há uma lei que guerreia contra a sua consciência. Todavia, a lei é boa, mas não conheceríamos o pecado se ela não apontasse a transgressão. A lei é um padrão de vida, jamais conheceríamos o nosso estado pecaminoso se ela não falasse isso para que percebêssemos nosso estado.

A lei além de apontar todos os erros, traz condenação,  como um advogado de acusação, exigindo o cumprimento e a obediência aos seus padrões, condenando o infrator as penalidades previstas de todos os atos infracionados, que se pudéssemos enumerá-las teríamos uma grande lista de vários delitos.  Obedecer à boa parte e transgredir apenas uma, seríamos considerados transgressores da mesma forma. No entanto não aperfeiçoa absolutamente ninguém.

A lei também encurrala o infrator a algo que advogue a sua causa. Podemos dizer que a lei serve de aio para nos conduzir a Cristo. Em Cristo, desdobra-se outra lei, a lei do Espírito de Vida. A lei de Cristo faz com que a prescrição da norma da lei, seja assumida pela fé do transgressor e viva o preceito da lei que antes o condenava, como escrito está: “agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, porque a lei do espírito de vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte”. Se aqueles que não são circuncidados obedecem aos preceitos da Lei, não serão eles considerados circuncidados?”(Rm.2:26). O que torna um judeu ser realmente judeu não é apenas o exterior fisicamente, mas  também  a operação do coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. A letra mata, mas o Espírito vivifica.

Tudo o que a lei diz, fala para aqueles que estão debaixo dela. Todos, nenhum sequer estão fora de estarem debaixo da lei. Muito embora a lei não justifique ninguém, a não ser trazer conhecimento dos pecados dos homens.  O único homem que foi capaz de cumprir todos os preceitos da lei foi Jesus Cristo.  Jesus sem pecado cumpriu a lei, e por aquilo que padeceu, tornou-se o autor da salvação eterna.
 Em Cristo Jesus, o escrito da dívida do delito que nos condenava, Jesus pagou em nosso lugar, pegou o escrito e cravou-a na cruz. Este escrito é personificado na  sua carne. Jesus sem pecado assume o nosso pecado e morre em nosso lugar, esta é a forma e o preço que foi pago pelas nossas transgressões.  Este sacrifício foi aceito por Deus e Jesus Cristo tornou-se a nossa justificação, como está escrito: “Justificado, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo” (Rm.5:1). E agora fomos feito Justiça de Deus. Fala ainda as escrituras: “Porque o fim da lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê” (Rm.10:4).  Jesus no seu ultimo momento do sacrifício de pagamento da nossa dívida, disse: está consumado, que traduzindo, quer dizer, está concluído  definitivamente o pagamento. Em contra partida, fomos absolvidos do castigo da penalidade da lei (morte eterna), sendo posto em liberdade para andar debaixo da lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. A Lei de Cristo nada mais é o padrão da vida da lei pela leveza condutora de vida do Espírito Santo, como está escrito: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das cousas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das cousas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto os que estão na carne não pode agradar a Deus”(Rm8:5-8).

O segredo de não estar debaixo da lei é andar no Espírito. Andar no Espírito é a forma de mortificar o efeito do pecado no corpo e a força da lei, conforme está escrito: “porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas,  se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente viverei” (Rm.8:13).
Jesus nos livrou de estar debaixo da lei. Fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; (Gl.3:13). Jesus assumiu o meu e o seu pecado, e sem pecado, levou nossa transgressão em sua carne e cravou-a na cruz. Agora, sendo posto em liberdade, deveremos permanecer firmes e não se submeter de novo ao jugo da lei. Submeter de novo ao julgo da lei, significa voltar a obrigação de guardar toda a lei, é o mesmo que desligar-se de Cristo, conforme está escrito: “De novo testifico a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gl.5:3-4 grifo meu).

Em Cristo, todos fomos chamados para a liberdade, não devemos usar dessa liberdade para dá  ocasião a carne (Gl.5:13)
“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei” (Gl.5:18)
“Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivermos no Espírito, andemos também no Espírito (Gl.5:24-25).

Amém.       
Romildo Gurgel

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DOM DE LÍNGUAS


Porque João batista vinha batizando com água??? Porque o Consolador? E ainda: Porque batismo com o Espírito Santo como promessa do Pai?

Promessa do Consolador, e promessa do Batismo com o Espírito Santo, são as mesmas promessas? Essa resposta você mesmo concluirá ao ler este pequeno artigo.

Vejamos sequencialmente a resposta literal das escrituras sagradas ipsis litteris:

BATISMO NAS ÁGUAS

“Eu mesmo não o conhecia, mas a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água. E João testemunhou dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia: aquele, orem, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu de fato vi, e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (João 1:31-34).

Observa-se que a legitimidade do batismo nas águas praticada por João Batista está no fato de ter recebido diretamente de Deus esta tarefa. Um outro ponto de extrema importância é que da medida que ele vai batizando, ficasse atento na observação em quem o Espírito Santo iria repousar.O pouso do Espírito indicaria a João quem realmente seria o messias.
Um outro ponto de grau importante está também no batismo que Jesus iria batizar diferentemente do que João Batista vinha praticando. Batismo nas águas é símbolo exterior do arrependimento, do que aconteceu em um coração transformado em nova criatura. Batismo no Espírito Santo tendo Jesus Cristo como o batizador, trata da promessa do Pai que Jesus iria receber depois de consumar todas as etapas da redenção até a posição de glorificação, momento esse que iria receber essa promessa para poder derramá-la aqueles que lhes pertence.
Vamos perceber esta verdade passo a passo:
O CONSOLADOR ENVIADO POR JESUS.
Leiamos:
“Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16:7).
AGORA VEJA BEM: O espírito consolador, pelo menos em termo de função é diferente do  Espírito prometido pelo Pai (batismo no Espírito Santo). O espírito consolador, trata-se de habitação, consolação permanente, enquanto a promessa do Espírito Santo (promessa do Pai), investe e introduz o batizando em uma função. Aqui se trata de duas bênçãos, tendo Jesus como catalisador se assim podemos falar, como o agente que irá derramar essas bênçãos. Vejamos ainda mais alguns detalhes:

ESPÍRITO CONSOLADOR
a.1 – Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8)
a.2- Guiará a toda verdade – (Jo.16:13)
a.3 – Ele me glorificará porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar – (Jo.16:15)
a.4 - Ele nos ensinará e nos  fará lembrar todas as coisas que Jesus tem  dito – (Jo.14:26)
a.5 - Ele nos fará entender as escrituras sagradas – (1Co.2:12-14)

Quando foi que o Espírito consolador prometido por Jesus e não pelo Pai veio para ser derramado?
(JO 16:7) - Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.

                        Note que o verso 7  acima diz que a condição para  que venha o  consolador  teria que o Senhor ir. Quando é que  Jesus foi ?   Ele foi quando entregou o Seu espírito ao Pai na cruz (Lc.23:46).  O consolador diz respeito ao Espírito  da verdade que o mundo não pode receber e não o vê, nem o conhece, isto acontece quando o neófito nasce de novo (cf. João 3:1-6) . No evangelho de João 14:16  diz que  quando Ele for, Ele rogará ao Pai, e ele vos dará outro Consolador. Se Jesus iria mandar outro Consolador, quem era o primeiro consolador? O primeiro era Ele mesmo o verbo encarnado (cf.João 1:1 e vs.14). Aqui Ele esta dizendo que quando Ele for não deixaria os discípulos desfrutando de abandono e de solidão, mas enviaria o  outro  Consolador que  assim como Ele consolara aos seus,  este  estaria com eles também a consolar. Em (João 14:17) diz que o espírito da verdade o mundo não o conhecia e que eles conheceriam porque estavam com os discípulos. Como poderia o Espírito da verdade estar com os discípulos se Jesus disse que o Espírito da verdade só viria  quando Ele fosse?  Aqui, trata-se do Espírito da sua própria pessoa, porque se os discípulos conheciam a Jesus e as suas consolações como pessoa, conheceriam também o Espírito que por Ele seria enviado, isto porque o Espírito falaria e testemunharia do que era Seu (cf. Jo.16:14) e habitaria com eles assim como Jesus encarnava este espírito e era percebido pelos seus discípulos. Perceba que aqui se trata de outro consolador e não do Espírito Santo  da Promessa prometido pelo Pai, estas promessas são bem distintas..

VEJA COMO JESUS DERRAMOU O ESPÍRITO CONSOLADOR

·         Foi entregue após a sua ressurreição  – (Lucas.24)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena e outras Marias, foram ao sepulcro de Jesus na alta madrugada e viram a pedra removida  e entrando ali, não viram o corpo de Jesus  ficando assim perplexas e atemorizadas.  No local apareceram  dois varões com vestes resplandecentes  falando-as: “por que buscais entre os mortos ao que vive?   Ele não está mais aqui, ressuscitou. Então elas, se lembraram das palavras que o Senhor  havia dito antes de tais acontecimento e foram para os apóstolos e relataram tudo quanto lhes tinha acontecido. Pedro então sabendo da notícia ainda escuro, se levanta e vai ao sepulcro e  abaixando-se vê somente os lençóis de linho e retirando-se dali, vai para casa maravilhado. No mesmo dia, dois discípulos indo a caminho de Emaús, conversavam a respeito do que havia sucedido. Enquanto conversavam, o próprio Jesus aproxima-se e vai com eles e os interroga: O que é isso que vos preocupa e vades tratando? O interessante neste texto, é que os discípulos não conseguiram identificar que era Jesus que esta falando com eles (Lc.24:16). E um dos discípulos chamado Cleópas responde discorrendo tudo o que aconteceu e que os principais sacerdotes e as autoridades  entregaram  Jesus para ser condenado a morte crucificando-o, declarando ainda  esperar que fosse Ele que haveria de redimir a Israel, e que já se fazia três dias que tais coisas haviam acontecido.
Depois disso, Jesus começa a lhes expôs as escrituras começando por Moisés e por todos os profetas enquanto se aproximavam da aldeia. Os discípulos vendo que já era tarde, convida-o para entrar e ficar com eles. E sentado a mesa, Jesus toma o pão e os abençoa, e, tendo-o partido dá aos discípulos; foi exatamente aqui que foram abertos os olhos dos discípulos para reconhecer que quem estava com eles era Jesus (Lc.24:31). Mostrar a pessoa de Jesus é função do Espírito do Senhor (Jo.14:26). Entender é elucidação concedida pelo espírito consolador.

 Em (Lc.24:36-45) mostra outra ocasião, Jesus aparecendo no meio dos discípulos deixando-os surpresos e atemorizados pensando eles ver algum espírito. Jesus teve que mostrar as mãos e os pés levando-os a verificar que um espírito não tem carne nem ossos, demonstrando que Ele tinha. Depois lhes pediu o que comer e comeu na presença de todos falando-lhes logo em seguida que convinha que se cumprisse tudo o que estava escrito na Lei de Moisés e nos profetas e nos Salmos. Veja o que diz o (v.45) depois de Jesus discorrer a palavra – Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. Levar as pessoas a compreenderem as escrituras é função do Espírito do Senhor (espírito consolador). Este espírito é o Espírito Consolador prometido por Jesus. Porque  no (v.49) do mesmo capítulo, Jesus diz que envia sobre eles a promessa de Seu  Pai; dizendo: permanecei, pois na cidade, até que do alto sejais revestidos  de poder. A promessa do Pai é aquela profetizada pelo profeta Joel em (Joel 2:28-29).  No evangelho de João,  também trata da vinda do consolador, apresentando uma palavra que somente ele conseguiu captar diferentemente do que é apresentado por Lucas no seu evangelho.  João diz que Jesus após  mostrar as mãos e os pés disse o  seguinte: “assim como o pai me enviou , eu também vos envio e havendo dito isto soprou sobre eles, e disse-lhe: Recebei o Espírito Santo”. Note que este sopro é a vinda do Consolador e não da promessa do Pai. Já no evangelho de Lucas onde ele faz a mesma narrativa, mas com linguagem própria, fala do efeito do sopro e não o modo como lhes fora entregue dizendo: então lhes abriu o entendimento para compreenderem as escrituras”. Tanto o relato de Lucas  como também o de João,  ambos quiseram ensinar e expressar a mesma realidade da vinda do Consolador.  Como  sopro  a ênfase esta na forma de como se chegou o Consolador, já Lucas olhou para o  efeito, para o resultado dessa atitude de Jesus,  enfatizando assim mais os resultados  na vinda  da promessa aos discípulos (vide Jo.20:22). Quando o Espírito Santo vem habitar conosco, Ele nos levará a entender as escrituras. O Espírito no interior do homem sempre mostra aquilo que é espiritual,  abrindo-nos o entendimento da  palavra. Entender as escrituras é um sopro divino. Leiamos ainda :

 “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.  Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.  Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1Co.2:12-16).

NESTE TEXTO DESTACO AS  SEGUINTES OBSERVAÇÕES:  

1 – Que recebemos o Espírito para conhecermos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
2 – Que poderemos falar palavras ensinadas pelo Espírito Santo.
3 – Que poderemos ter a habilidade de conferir as coisas espirituais com espirituais -  (voz do ensino do Espírito com a  palavra escrita)
4 – Que o homem espiritual (nascido de novo, regenerado), discerne bem tudo e de ninguém é discernido.

Com esses itens extraídos do texto, observamos claramente, que trata-se do consolador agindo diretamente na vida  intima do crente

A PROMESSA DO PAI
 “ E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;  até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”. (Joel 2:28-29).

MOMENTO EM QUE O FILHO RECEBE DO PAI A PROMESSA
 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado (glorificado), pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. (At.2:32-33).

Ø  Estes dois versículos é parte do sermão de Pedro logo a após o derramamento do Espírito Santo na festa de pentecostes.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE FATOS
A promessa de Deus em Joel, foi feita primeiro que a do messias. As duas promessas foram derramadas pelo messias. Pelo fato da promessa do pai ser a primeira, foi a ultima a ser derramada, pois Ele só deu ao filho, quando ele foi glorificado e ter consumado o projeto  de salvação eterna. A promessa do consolador por ser a ultima prometida, foi a primeira a ser derramada por Jesus Cristo forme comentei.

MOMENTO EM QUE O FILHO DERRAMOU A PROMESSA DO PAI
(AT 1:3) - A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
(AT 1:4) - E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
(AT 1:5) - Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (grifo meu)

            Aqui Lucas esta discorrendo sobre a orientação que Jesus deu aos seus discípulos para não se ausentar de Jerusalém até receberem a promessa do Seu Pai. O interessante é que Jesus lembra aos discípulos esta verdade que ainda não existiam ainda neles, mas que era uma promessa que eles desfrutariam dentro de poucos dias quando Ele fosse para a glória do Pai. É curioso observar que esta posição foi  solicitada na Sua oração sacerdotal (João 17:5).
            O Filho quando foi exaltado na glória, recebeu do Pai a promessa. E quando a recebe, derrama aos seus discípulos onde eles estavam esperando em Jerusalém  conforme sua orientação como está escrito: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de pode”(Lc.24:49 grifo meu) . Veja o que diz também em Atos 1:4-5 – “ E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.  Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (grifo meu).

Amém,
Romildo Gurgel

sábado, 18 de agosto de 2012

ESTÁ CONSUMADO




Em  Gênesis, comer da arvore da vida, é um selo eterno. Depois que o homem pecou, lhe foi vedado a comer da arvore da vida e ser eterno nesta natureza  humana desfigurada e fragmentada que ficou. O plano de salvação foi elaborado em seus detalhes pela trindade desde suas etapas a sua execução.  Jesus na sua encarnação tornou-se autor da salvação por tudo aquilo que sofreu como escrito está: “Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as cousas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles” (Hb.2:10). Agora, preste atenção a essa verdade: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade. Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,” (Hb.5:7-9). Veja ainda isso em destaque: tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb.5:10). Jesus procedendo assim, foi adicionado na sua natureza verboespiritual, a natureza humana sem pecado, porém, entendo que, ficou o selo da (promessa do pai) para ser recebido das mãos de Deus no estágio da glorificação. Para que isso acontecesse como já citei, várias etapas deveriam ser cumpridas do projeto elaborado, bem como todas diretrizes prescritas nas escrituras sagradas, mais precisamente na lei, nos salmos e nos profetas, servindo de roteiro e indicadores para a Sua execução. Jesus como homem, muito embora como Filho de Deus, observou todas essas minúcias como está escrito: “E lhes disse: Assim está escrito: que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc.24:46). Observou? 
Note também, quê, na oração sacerdotal peticionada por Jesus em (Jo.17:5), aparenta ele indo seguindo esse rumo, por isso ora dentro da vontade, referenciando o já planejado, confirmando a Deus sua pré-disposição verbo-humano-espiritual de estar lá junto do Pai com a mesma glória que tinha com Ele antes que houvesse mundo. O óbvio é, para que isso acontecesse, Jesus teria que CONSUMAR toda a sua parte na obediência do que havia  planejado com o pai e o Espírito Santo. A autoridade concedida pelo Pai na execução esta prescrita assim na confissão de Jesus, quando ele disse: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (João 10:18). 
O grito de Jesus na cruz ESTÁ CONSUMADO, é o maior grito de vitória ecoado em todo universo criado por Deus, diz respeito a finalização do plano de salvação eterna a toda humanidade, muito embora o castigo que o levaria a paz estava dentro dele até o ultimo suspiro, mas como cordeiro imaculado, gritou como um leão, como um rei possuindo todo controle sem render-se ao pecado, afirmando para todo universo, que o seu trabalho foi ACABADO com sucesso absoluto.

Amém
Romildo Gurgel.
Manhã de19/08/2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SALVAÇÃO ESTÁ NA PESSOA DE JESUS CRISTO


Tozer (p.181), teceu um comentário que a maioria dos cristãos estão confessando uma  meia verdade, quando dividem Jesus em salvador e senhor e ficam na disposição do seu próprio encargo o critério de escolher se ele será seu salvador ou o seu senhor. A sutileza na atualidade é grande, salvação sem senhorio é meia verdade. Dar ênfase excessiva  de um e subestimar o outro, altera o resultado de um todo, sem que estejamos cientes disso, mas a bíblia é enfática o que implica aceitar um e subestimar o outro. Esta meia verdade muda completamente o foco e a leitura da bíblia sagrada, bem como sua interpretação.
O motivo do presente texto é falar exclusivamente desta implicação, e levar o leitor a concluir que não estamos só envolvidos com algumas funções de Jesus Cristo, mas com a radicalidade completa da sua própria pessoa e tudo que inclui na proposta de sua salvação.

Este ensino é de tamanha importante porque em muitas comunidades religiosas acreditam em uma divisão do Cristo salvador e do Cristo Senhor. Um pecador pode ser salvo, sem submeter a Cristo como Senhor. Depois de salvo, parece haver outro apelo de aceitar a Cristo como Senhor e passem a ter uma vida de vitória.

Leiamos a palavra:

“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a  vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a sim mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se  envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lucas.9:23-26).

Em resumo, o texto esta falando:

a)      Para todos os seguidores de Jesus Cristo, pois quando ele fala, fala a todos “Dizia para todos...”,

b)      A expressão “seguir após mim”, segue a lógica de caminhar por sendas andadas por Jesus. Ele é o padrão, a referência, a sinalização, o caminho, bem com a VIDA DA NOSSA ALMA. O “eu” tem que ser destronado e Jesus deve ser coroado em nosso interior, pela nossa submissão completa a sua pessoa.

c)      Posto no caminho seguindo os passos de Jesus, nossas preferências vão querer se apresentar sem que perca a liderança, no entanto, implicará em seríssimos problemas no futuro. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará”. O problema de separar a salvação do senhorio dá nisso. Receber a pessoa de Jesus, é também deixá-lo assumir o controle da liderança da nossa alma.

d)     Se escandalizar da VIDA e das palavras de Jesus trará sérias implicações ao seguidor quando ele vier buscar a sua igreja.


Perder a alma é a mesma coisa de andar em uma estrada de mão dupla, se ganharmos iremos perder, se perdermos iremos ganhar, conforme esta escrito: "Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, acha-la-á. Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? ou que dará o homem em troca da sua alma? (Mt.16:24-25).   Aqui não se trata da salvação do espírito humano, mas da ALMA.  Da medida que perdemos nossa vida nesta terra, avançamos na estrada, da medida que ganhamos, fazemos atalhos no meio da estrada e retrocedemos. Entendo que a salvação é pela fé, e o galardão é pelas obras. Na revelação das escrituras, não se ganha a salvação da alma pela fé, mas é uma perseverança em estar debaixo da liderança do controle de Jesus Cristo, confira as escrituras: “É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas” (Lc.21:19), “Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” (Rm.5:10);  e ainda diz as escrituras: “nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos entretanto, da fé, para a conservação”. (Hb.10:39). Fé e obras devem andar de mãos dadas. Fé é entrada, e obras é caminhada. Não devemos entrar e seguimos com a alma intacta, isto não é uma forma adequada de se ter Jesus. A proposta do evangelho de Jesus é ele reinar em vida na medida que caminhamos. As nossas obras servem exclusivamente para galardão. Mas de qualquer maneira, até mesmo elas foram preparadas de antemão, como escrito está: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Ef.2:8-10 grifo meu), e ainda fala as escrituras: “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1Jo.2:6). No entanto, muitos salvos reinarão,  haverá diferentes funções no reino, alguns outros não chegarão a reinar.

SALVAÇÃO COMPLETA

A salvação na pessoa de Jesus, envolver três áreas do nosso ser. Espírito, alma e corpo. E abrange também toda a pessoa de Jesus Cristo e não só parte dele (fé e obras, entrada e caminhada). A salvação precisa ser encarada nestas três dimensões humana, ela deve ser completa, mas nem todos completam o percurso da estrada da salvação, embora estejam salvos. Vejamos: Pela fé nosso espírito humano foi salvo. Já a  salvação da alma, é uma carreira que temos que correr, é processual, gradativa, paulatina, estrada de mão dupla, é um negar  e um perder a si mesmo, é abraçar uma missão em obediência! Portanto devemos correr até ser premiados. Como está escrito: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros,não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co.9:24-27). Note que o apóstolo aceita uma possível desqualificação.  O corpo tem que ser esmurrado e ser colocado a serviço de Deus, colocado também em obediência a  Deus pela graça de Jesus.. PENSO que na ressurreição alguma coisa poderá estar comprometida, conforme sugere o texto de (Mt.18:8-9), visto que o texto aplica-se a disciplina do corpo, e o nosso tema abranja a salvação na pessoa de Jesus, mas a regra para disciplina do corpo, serve também para disciplina da alma, pelo menos em termo do mesmo processo, visto que o corpo é administrado pela mente, e se tivermos a mente de Cristo, essa amputação é feita primeiramente no interior até sair pelos gestos e atitudes, conforme está escrito: "Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-os e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno (Mt.18:8-9).  Acredito que se os olhos, as mãos, e os pés, forem tratados aqui, nada será comprometido lá. A salvação do espírito é uma providência de Deus, a salvação da alma, exige nossa renúncia e o destronamento do “eu”, é um tratamento diário de quem irá assumir a liderança da nossa vida, no aqui e agora. Já a salvação do corpo será no futuro, respaldada na justiça de como estamos respondendo aos apelos da pessoa de Jesus Cristo em nossa vida. Na ressurreição restará da nossa alma unicamente o que foi tratado por Jesus.  

O texto mais elucidativo no lugar de (Mt.18:8-9) é o de (1Co.4:12-17), porque aqui fala que as nossas obras serão provadas pelo fogo, no entanto apliquei (Mt.18), para demonstrar como o processo ocorre também no interior da alma humana, como as escrituras prescreve dizendo: “Por isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eterna”(2Co.4:16-18). Caso contrário, a alma intacta, sem tratamento, embora esta pessoa esteja salva, sua alma sofrerá um abatimento na vinda do Senhor. Claro que as amputações da alma no presente, são imediatamente substituídas pela vida da graça de Jesus, visto que, a graça da revelação tanto amputa a vida da natureza pecaminosa como dá novos membros, substituindo os amputados, como está escrito: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós” (Rm.8:18). Nossas almas enquanto estivermos por aqui, é colocada na revelação da verdade e o que resta da vida natural, será colocada em determinado grau de sufrágio até perder-se completamente (toda morte é proveniente do inferno, muito embora na prática da fé tomamos a morte substitutiva do Senhor), havendo alguma amputação aqui, obteremos a vida de lá,  já podendo desde então ser desfrutada nessa vida um certo grau da ressurreição de Jesus Cristo. Sobre este processo o apóstolo ainda diz: “Porque nós que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus, se manifeste em nossa carne mortal. De modo que em nós opera a morte; mas em vós, a vida” (2Co.4:11-12). E ainda fala as escrituras: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação, produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, (2Co.4:17). “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós" (Rm. 8:18). Ainda continua o mesmo apóstolo dizendo : “Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, Para pertencerdes a outro; a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm.7:4-6).

FINALIZANDO

ACREDITO que todos os salvos em Jesus Cristo estão passando por esse processo da salvação da alma. É uma refinação contínua.  É um caminhar intenso e profundo. Penso que a justiça de Deus será assim na segunda vinda de Jesus a esta terra: Quem muito perder a alma, muito ganhará, quem muito ganha muito perde, porém este será salvo, com alguma coisa comprometida ou extremamente suprida. Pois a questão em foco está em nossas práticas progressivas das graças concedidas no nosso caminhar, PENSO AINDA que, os nossos espaços participativos no reino milenar de Jesus Cristo, está na forma de como estamos lhe dando com a graça obediente. Nossa privação em muitas áreas em termos de trabalho e do privilégio de participar do reino de Cristo, reside na refinação de Jesus liderar nossas almas. Portanto, o alerta bíblico é que poderão ser  concedidas ou vedadas a nossa premiação na inauguração dessa nova era do reino milenar de Jesus Cristo aqui nesta terra.

Amém

Romildo Gurgel
Tarde de 18/08/2012


BIBLIOGRAFIA

1 – Bíblia Vida Nova
2 – Chave Bíblica
3 – Tozer, A.W. Verdadeiras profecias. Ed. dos Clássicos,1ª Edição 2003.