segunda-feira, 29 de abril de 2013

IMPORTÂNCIA DE DELEGAR FUNÇÕES



Natal/RN - 29.04.2013                                                                                                    Romildo Gurgel

As escrituras sagradas nos dão vários exemplos de como delegar. Um que podemos extrair, que é bastante conhecido, é o de Moisés quando conduzia seu povo pelo deserto. Encharcado com inúmeras tarefas, grande parte do seu tempo era usado para apaziguar disputas e conflitos que surgiam aos milhares. Jetro, seu sogro, ao notar isso, o aconselhou  a delegar tarefas a pessoas que pudessem ajuda-lo.
Com certa sabedoria, o sogro chegou perto do genro e aconselhou que selecionasse homens capazes e confiáveis para ajudá-lo a administrar e cuidar de determinadas tarefas. Esses homens seriam os seus cooperadores de assuntos triviais, enquanto Moisés se incumbiria das mais complexas. O seu sogro disse: “o fardo é pesado demais para ti, e não poderás levá-lo sozinho” (v.18). No entanto, é preciso escolher bem as pessoas que poderão desempenhar tal função, e o texto revela que tipo de pessoas seriam estas?  Vejamos:
a)      Pessoas ensináveis devem ser treinadas pelo líder – “oriente-os quanto aos decretos  e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer” (v.20)
b)      Essas pessoas deveriam ter vida exemplar para poderem ajuizar as questões do povo– (v.20)
c)      Esses homens teriam que ser capazes, ou seja, hábeis, inteligente o suficiente para chefiar em condições legais – (v.21)
d)     Homens tementes a Deus, que se devota e respeitam as suas leis - (v.21)
e)      Homens digno de confiança, possuidores de caráter e moral elevada – (v.21)
f)       Homens que não sejam gananciosos, visto que poderia facilmente ser comprados em alguma questão através da desonestidade – (v.21)

Da mesma forma que Moisés inicialmente não entendia a importância de saber delegar, muitas organizações e inclusive igrejas sobrecarregam-se desnecessariamente para gerenciar determinados problemas. Empresários e executivos bem sucedidos, aprenderam que podem tirar o máximo proveito da possibilidade de delegar e dividir tarefas em uma equipe, permitindo que todos se tornem mais produtivos e focados naquilo que é vital.
Até mesmo Jesus Cristo sabia que poderia fazer muito mais atribuindo tarefas aos seus discípulos. Em (Mateus 10) deixou-nos o exemplo que ele conferiu autoridade e poder para expulsar demônios e a curar doenças e enfermidades em seu nome. Além disso multiplicou o numero de anunciadores do evangelho, de que o reino de Deus estava próximo, ao mesmo tempo em que fazia Ele mesmo as mesmas coisas que convocou os seus discípulos.
É de crucial importância confiar nos colaboradores certos, baseando-se na atitude, no trabalho e na ética e nos princípios de cada um. Essas qualidades devem ser buscadas antes de colocar alguém na posição de liderança. Não são poucas as organizações e até mesmo igrejas que tem sua administração bastante precária porque não sabem como delegar função para determinados cargos. Muito embora possa haver candidatos com currículos melhores, é preciso bastante atenção ao que as pessoas trazem no coração. Basta uma simples conversa para que isso fique bem claro. Existem pessoas boas e pessoas más. A escritura nos alerta:
“O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está no seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45 NVI).
Entre a escolha de uma pessoa com ótimo currículo e má reputação, e aquele que tem a melhor essência no coração e altamente motivado, é muito mais importante do que aquela com credenciais e seus diplomas sem motivação nenhuma.
Atente  para as escolhas de Jesus ao convocar os  seus primeiros discípulos, bem como ao que o apóstolo Paulo falou em sua carta dizendo:
 “ Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos, poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, afim de que ninguém se vanglorie diante dele”. (1Coríntios 1:26-29).

Os discípulos de Jesus eram homens simples que exerciam as mais diversas atividades. Entre os seus seguidores havia tanto pescador como coletores de impostos, no entanto todos formavam uma equipe e desempenhavam muito bem suas funções.
Nunca permita que na organização ou igreja que você trabalha o ego aguce o seu coração. Você não poderá fazer as coisas sozinho. Não irá muito longe. Em (Provérbios 16:18) diz: “A soberba precede à ruína; e o orgulho, à queda”. Chegará momentos em sua vida que você precisará confiar em alguém. Delegar função é algo que começa quando permitimos confiar nos outros e não apenas em nós mesmos. No entanto, surge uma outra palavrinha, “chave”, você precisa achar o indivíduo-chave que possa assumir responsabilidades em vários seguimentos. Sendo assim, uma organização ou uma igreja poderá ter uma forte equipe. Soltar um pouco as rédeas é fundamental para que os seus colaboradores possam aumentar suas competências e crescerem habilmente, serem mais proativos e se anteciparem a fatos. Se todos estiverem no mesmo barco e partilharem da mesma visão, não há como as tarefas serem completadas que levarão tanto a empresa como a igreja ao foco almejado.

Bênçãos a você,
Romildo Gurgel

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