quinta-feira, 16 de agosto de 2012

DOM DE LÍNGUAS





Disse Jesus : Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. (Mateus 18:3).

COMENTÁRIO:

O dom de línguas não é algo difícil e nem misterioso para se compreender, apesar do versículo acima parecer não tratar do assunto, acredito que está tudo aí, singeleza de coração e santidade . Após a conversão temos que tratar de alguns assuntos anteriores pendentes, é o fato de fazer-se como crianças, é um processo pós conversão.

Jesus tratando da podagem disse: Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. (João 15:2)
A vara que dá fruto ele a limpa para que dê mais fruto, que é o nosso caso, e isto se aplica para muitas coisas. Diferente daqueles casos que se o seu olho, ou seu pé, ou sua mão o fizer tropeçar, arranque-os e jogue-o fora.  Para nós, no lugar de se arrancar alguma coisa, vamos é diminuir uma  estatura  até fazer-se como uma criança. Em nós cristãos, o fogo do espírito não arde em dor, é apenas uma lavagem da regeneração pelo Espírito Santo. Já dá para se perceber que está relacionado ao que falamos.

Veja os versículos abaixo:

Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. (Tiago 1:26).

Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.
Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo.
Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.
A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.
Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano;
mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.
Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.
Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?
Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. (Tiago 3: 1a 12).

Pronto, quando pela oração e santidade fizermos isso, o Espírito Santo terá liberdade de utilizar o nosso corpo em expressão, por nossa permissão, é claro. E' uma questão de comunhão e quebrantamento.  Quanto ao formato, imagine você que está acostumado a falar só em português, e agora como uma criança que está aprendendo de novo a falar suas primeiras palavras, então vem o versículo...
 
                     Na verdade por lábios estranhos (gaguejantes) e por outra língua falará a este povo; ( Isaías 28:11).

Muitas outras coisas já nos dizem que após o batismo das águas fomos batizados no Espírito Santo. Esta é apenas uma delas, que serve por sinal, não para cristãos, mas para incrédulos. (Atos 2:7)
Dom de Línguas - 16/08/2012 (Mais um comentário)

Somos dependentes em expressão através da oração. Mateus 6:7 diz que não é pelo muito falar que será ouvido.
Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.  (Romanos 8:26).
Pelo que entendi, o dom de línguas é algo pessoal e bem particular, e quando não é auto-interpretado, é uma forma subjetiva de receber ajuda pelo espírito (como um efeito de um remédio) . Enquanto o que interpreta, sabe qual é a intenção do espírito e edifica a Igreja pelas palavras normais, semelhante ao profeta ou mestre. Não se deve reprimir o dom ou proibi-lo, mas também não se deve colocá-lo numa prioridade acima de outros mais importantes. Afinal, o dom de línguas deveria ser a primeira coisa a acontecer logo depois do batismo das águas ao receber o Espírito Santo. Seria um ponto de partida, e não uma finalização bem explorada, que muitas vezes a evidência poderá ser entendida como incredulidade e falta de fé..

Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:15,17)

O Espírito Santo sempre se expressa em palavras. Em primeiro lugar Jesus não falava línguas, era impossível, seria contraditório (Mateus 11:27). Jesus não tinha nenhuma dificuldade de comunhão com o Pai. Nosso caso é diferente, Jesus é o nosso mediador com o Pai. Jesus é a fonte, e o Espírito de verdade, que procede do Pai, testifica de Jesus.

Somos batizados em Cristo, e o consolador representa o próprio Cristo.

Amém!

Fernando Camboim Filho
(Irmão na fé)
LÍNGUAS ESTRANHAS  COMENTÁRIO I I  -  16/08/2012
Jesus não precisava orar em línguas, pelo simples fato de ser a palavra encarnada. Jesus compreendia perfeitamente a vontade de Deus e os motivos que o levaram a vir a este mundo. Nesse ponto não precisava da intercessão do Espírito. Mas como verbo encarnado, ele encarnava também a função consoladora.  No jardim Getsemani, Jesus ao orar por três vezes, reclama dos discípulos a questão da vigilância. Vigiar é resistir a qualquer força que venha impeli-lo a mudar o foco da encarnação, porque orava com essas palavras, "se possível passe de mim este cálice, sem que eu beba, porém não seja como eu quero, mas como tu queres. Já pensou que luta. A fonte da vida e o doador de vida serem entregue a morte! O verbo encarnado é o consolador entre nós, como está escrito: "e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (Jo.14:16). Por isso é que Jesus não precisava falar em línguas. A única manifestação de conforto ali, foi de um anjo que o confortava, não foi o conforto e ajuda das línguas, visto que ele sabia a vontade de Deus. (cf. Lc.22:43)
Quando Jesus foi para o Pai, foi aí que Ele recebeu outro batismo, o do Pai, e o fez derramar  nos discípulos que estavam em Jerusalém, como está escrito: "Exaltado, pois à destra de Deus, tendo recebido a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis" (Atos 3:32). Aqui se trata do discurso explicativo de Pedro quando o Espírito Santo foi derramando pela primeira vez lá no Cenáculo.
O interessante é que Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo lá, não aqui.
E mais interessante ainda, é que Ele derramou o que recebeu. Ele já dizia, Se eu não for o Espírito Não virá...
O espírito só iria ser derramado se Jesus fosse glorificado, como está escrito: "...Pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido glorificado" (João 7:39b).
Amém!
Romildo Gurgel
Manhã de 18/09/2012

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