sábado, 25 de agosto de 2012

A LEI E O ESPÍRITO





 A circuncisão tem valor para o judeu quando se obedece a lei, mas se um judeu desobedece a lei, a sua circuncisão se torna incircuncisão, pois a circuncisão verdadeira não é a do crepúsculo da carne, mas o da circuncisão do espírito.
O Espírito tem valor para a vida do crente se ele andar no espírito e não cumprir as concupiscências da carne. Existem duas leis, a do Espírito de vida e a do pecado e da morte, pois escrito está: “Porque  a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm.8:2).

Se acharmos cumpridores da lei, deveríamos admitir que jamais poderemos ser aperfeiçoados por ela. Pois ao querer fazer o bem, você notará que há uma lei que guerreia contra a sua consciência. Todavia, a lei é boa, mas não conheceríamos o pecado se ela não apontasse a transgressão. A lei é um padrão de vida, jamais conheceríamos o nosso estado pecaminoso se ela não falasse isso para que percebêssemos nosso estado.

A lei além de apontar todos os erros, traz condenação,  como um advogado de acusação, exigindo o cumprimento e a obediência aos seus padrões, condenando o infrator as penalidades previstas de todos os atos infracionados, que se pudéssemos enumerá-las teríamos uma grande lista de vários delitos.  Obedecer à boa parte e transgredir apenas uma, seríamos considerados transgressores da mesma forma. No entanto não aperfeiçoa absolutamente ninguém.

A lei também encurrala o infrator a algo que advogue a sua causa. Podemos dizer que a lei serve de aio para nos conduzir a Cristo. Em Cristo, desdobra-se outra lei, a lei do Espírito de Vida. A lei de Cristo faz com que a prescrição da norma da lei, seja assumida pela fé do transgressor e viva o preceito da lei que antes o condenava, como escrito está: “agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, porque a lei do espírito de vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte”. Se aqueles que não são circuncidados obedecem aos preceitos da Lei, não serão eles considerados circuncidados?”(Rm.2:26). O que torna um judeu ser realmente judeu não é apenas o exterior fisicamente, mas  também  a operação do coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. A letra mata, mas o Espírito vivifica.

Tudo o que a lei diz, fala para aqueles que estão debaixo dela. Todos, nenhum sequer estão fora de estarem debaixo da lei. Muito embora a lei não justifique ninguém, a não ser trazer conhecimento dos pecados dos homens.  O único homem que foi capaz de cumprir todos os preceitos da lei foi Jesus Cristo.  Jesus sem pecado cumpriu a lei, e por aquilo que padeceu, tornou-se o autor da salvação eterna.
 Em Cristo Jesus, o escrito da dívida do delito que nos condenava, Jesus pagou em nosso lugar, pegou o escrito e cravou-a na cruz. Este escrito é personificado na  sua carne. Jesus sem pecado assume o nosso pecado e morre em nosso lugar, esta é a forma e o preço que foi pago pelas nossas transgressões.  Este sacrifício foi aceito por Deus e Jesus Cristo tornou-se a nossa justificação, como está escrito: “Justificado, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo” (Rm.5:1). E agora fomos feito Justiça de Deus. Fala ainda as escrituras: “Porque o fim da lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê” (Rm.10:4).  Jesus no seu ultimo momento do sacrifício de pagamento da nossa dívida, disse: está consumado, que traduzindo, quer dizer, está concluído  definitivamente o pagamento. Em contra partida, fomos absolvidos do castigo da penalidade da lei (morte eterna), sendo posto em liberdade para andar debaixo da lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. A Lei de Cristo nada mais é o padrão da vida da lei pela leveza condutora de vida do Espírito Santo, como está escrito: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das cousas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das cousas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto os que estão na carne não pode agradar a Deus”(Rm8:5-8).

O segredo de não estar debaixo da lei é andar no Espírito. Andar no Espírito é a forma de mortificar o efeito do pecado no corpo e a força da lei, conforme está escrito: “porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas,  se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente viverei” (Rm.8:13).
Jesus nos livrou de estar debaixo da lei. Fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; (Gl.3:13). Jesus assumiu o meu e o seu pecado, e sem pecado, levou nossa transgressão em sua carne e cravou-a na cruz. Agora, sendo posto em liberdade, deveremos permanecer firmes e não se submeter de novo ao jugo da lei. Submeter de novo ao julgo da lei, significa voltar a obrigação de guardar toda a lei, é o mesmo que desligar-se de Cristo, conforme está escrito: “De novo testifico a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gl.5:3-4 grifo meu).

Em Cristo, todos fomos chamados para a liberdade, não devemos usar dessa liberdade para dá  ocasião a carne (Gl.5:13)
“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei” (Gl.5:18)
“Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivermos no Espírito, andemos também no Espírito (Gl.5:24-25).

Amém.       
Romildo Gurgel

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DOM DE LÍNGUAS


Porque João batista vinha batizando com água??? Porque o Consolador? E ainda: Porque batismo com o Espírito Santo como promessa do Pai?

Promessa do Consolador, e promessa do Batismo com o Espírito Santo, são as mesmas promessas? Essa resposta você mesmo concluirá ao ler este pequeno artigo.

Vejamos sequencialmente a resposta literal das escrituras sagradas ipsis litteris:

BATISMO NAS ÁGUAS

“Eu mesmo não o conhecia, mas a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água. E João testemunhou dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia: aquele, orem, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu de fato vi, e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (João 1:31-34).

Observa-se que a legitimidade do batismo nas águas praticada por João Batista está no fato de ter recebido diretamente de Deus esta tarefa. Um outro ponto de extrema importância é que da medida que ele vai batizando, ficasse atento na observação em quem o Espírito Santo iria repousar.O pouso do Espírito indicaria a João quem realmente seria o messias.
Um outro ponto de grau importante está também no batismo que Jesus iria batizar diferentemente do que João Batista vinha praticando. Batismo nas águas é símbolo exterior do arrependimento, do que aconteceu em um coração transformado em nova criatura. Batismo no Espírito Santo tendo Jesus Cristo como o batizador, trata da promessa do Pai que Jesus iria receber depois de consumar todas as etapas da redenção até a posição de glorificação, momento esse que iria receber essa promessa para poder derramá-la aqueles que lhes pertence.
Vamos perceber esta verdade passo a passo:
O CONSOLADOR ENVIADO POR JESUS.
Leiamos:
“Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16:7).
AGORA VEJA BEM: O espírito consolador, pelo menos em termo de função é diferente do  Espírito prometido pelo Pai (batismo no Espírito Santo). O espírito consolador, trata-se de habitação, consolação permanente, enquanto a promessa do Espírito Santo (promessa do Pai), investe e introduz o batizando em uma função. Aqui se trata de duas bênçãos, tendo Jesus como catalisador se assim podemos falar, como o agente que irá derramar essas bênçãos. Vejamos ainda mais alguns detalhes:

ESPÍRITO CONSOLADOR
a.1 – Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8)
a.2- Guiará a toda verdade – (Jo.16:13)
a.3 – Ele me glorificará porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar – (Jo.16:15)
a.4 - Ele nos ensinará e nos  fará lembrar todas as coisas que Jesus tem  dito – (Jo.14:26)
a.5 - Ele nos fará entender as escrituras sagradas – (1Co.2:12-14)

Quando foi que o Espírito consolador prometido por Jesus e não pelo Pai veio para ser derramado?
(JO 16:7) - Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.

                        Note que o verso 7  acima diz que a condição para  que venha o  consolador  teria que o Senhor ir. Quando é que  Jesus foi ?   Ele foi quando entregou o Seu espírito ao Pai na cruz (Lc.23:46).  O consolador diz respeito ao Espírito  da verdade que o mundo não pode receber e não o vê, nem o conhece, isto acontece quando o neófito nasce de novo (cf. João 3:1-6) . No evangelho de João 14:16  diz que  quando Ele for, Ele rogará ao Pai, e ele vos dará outro Consolador. Se Jesus iria mandar outro Consolador, quem era o primeiro consolador? O primeiro era Ele mesmo o verbo encarnado (cf.João 1:1 e vs.14). Aqui Ele esta dizendo que quando Ele for não deixaria os discípulos desfrutando de abandono e de solidão, mas enviaria o  outro  Consolador que  assim como Ele consolara aos seus,  este  estaria com eles também a consolar. Em (João 14:17) diz que o espírito da verdade o mundo não o conhecia e que eles conheceriam porque estavam com os discípulos. Como poderia o Espírito da verdade estar com os discípulos se Jesus disse que o Espírito da verdade só viria  quando Ele fosse?  Aqui, trata-se do Espírito da sua própria pessoa, porque se os discípulos conheciam a Jesus e as suas consolações como pessoa, conheceriam também o Espírito que por Ele seria enviado, isto porque o Espírito falaria e testemunharia do que era Seu (cf. Jo.16:14) e habitaria com eles assim como Jesus encarnava este espírito e era percebido pelos seus discípulos. Perceba que aqui se trata de outro consolador e não do Espírito Santo  da Promessa prometido pelo Pai, estas promessas são bem distintas..

VEJA COMO JESUS DERRAMOU O ESPÍRITO CONSOLADOR

·         Foi entregue após a sua ressurreição  – (Lucas.24)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena e outras Marias, foram ao sepulcro de Jesus na alta madrugada e viram a pedra removida  e entrando ali, não viram o corpo de Jesus  ficando assim perplexas e atemorizadas.  No local apareceram  dois varões com vestes resplandecentes  falando-as: “por que buscais entre os mortos ao que vive?   Ele não está mais aqui, ressuscitou. Então elas, se lembraram das palavras que o Senhor  havia dito antes de tais acontecimento e foram para os apóstolos e relataram tudo quanto lhes tinha acontecido. Pedro então sabendo da notícia ainda escuro, se levanta e vai ao sepulcro e  abaixando-se vê somente os lençóis de linho e retirando-se dali, vai para casa maravilhado. No mesmo dia, dois discípulos indo a caminho de Emaús, conversavam a respeito do que havia sucedido. Enquanto conversavam, o próprio Jesus aproxima-se e vai com eles e os interroga: O que é isso que vos preocupa e vades tratando? O interessante neste texto, é que os discípulos não conseguiram identificar que era Jesus que esta falando com eles (Lc.24:16). E um dos discípulos chamado Cleópas responde discorrendo tudo o que aconteceu e que os principais sacerdotes e as autoridades  entregaram  Jesus para ser condenado a morte crucificando-o, declarando ainda  esperar que fosse Ele que haveria de redimir a Israel, e que já se fazia três dias que tais coisas haviam acontecido.
Depois disso, Jesus começa a lhes expôs as escrituras começando por Moisés e por todos os profetas enquanto se aproximavam da aldeia. Os discípulos vendo que já era tarde, convida-o para entrar e ficar com eles. E sentado a mesa, Jesus toma o pão e os abençoa, e, tendo-o partido dá aos discípulos; foi exatamente aqui que foram abertos os olhos dos discípulos para reconhecer que quem estava com eles era Jesus (Lc.24:31). Mostrar a pessoa de Jesus é função do Espírito do Senhor (Jo.14:26). Entender é elucidação concedida pelo espírito consolador.

 Em (Lc.24:36-45) mostra outra ocasião, Jesus aparecendo no meio dos discípulos deixando-os surpresos e atemorizados pensando eles ver algum espírito. Jesus teve que mostrar as mãos e os pés levando-os a verificar que um espírito não tem carne nem ossos, demonstrando que Ele tinha. Depois lhes pediu o que comer e comeu na presença de todos falando-lhes logo em seguida que convinha que se cumprisse tudo o que estava escrito na Lei de Moisés e nos profetas e nos Salmos. Veja o que diz o (v.45) depois de Jesus discorrer a palavra – Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. Levar as pessoas a compreenderem as escrituras é função do Espírito do Senhor (espírito consolador). Este espírito é o Espírito Consolador prometido por Jesus. Porque  no (v.49) do mesmo capítulo, Jesus diz que envia sobre eles a promessa de Seu  Pai; dizendo: permanecei, pois na cidade, até que do alto sejais revestidos  de poder. A promessa do Pai é aquela profetizada pelo profeta Joel em (Joel 2:28-29).  No evangelho de João,  também trata da vinda do consolador, apresentando uma palavra que somente ele conseguiu captar diferentemente do que é apresentado por Lucas no seu evangelho.  João diz que Jesus após  mostrar as mãos e os pés disse o  seguinte: “assim como o pai me enviou , eu também vos envio e havendo dito isto soprou sobre eles, e disse-lhe: Recebei o Espírito Santo”. Note que este sopro é a vinda do Consolador e não da promessa do Pai. Já no evangelho de Lucas onde ele faz a mesma narrativa, mas com linguagem própria, fala do efeito do sopro e não o modo como lhes fora entregue dizendo: então lhes abriu o entendimento para compreenderem as escrituras”. Tanto o relato de Lucas  como também o de João,  ambos quiseram ensinar e expressar a mesma realidade da vinda do Consolador.  Como  sopro  a ênfase esta na forma de como se chegou o Consolador, já Lucas olhou para o  efeito, para o resultado dessa atitude de Jesus,  enfatizando assim mais os resultados  na vinda  da promessa aos discípulos (vide Jo.20:22). Quando o Espírito Santo vem habitar conosco, Ele nos levará a entender as escrituras. O Espírito no interior do homem sempre mostra aquilo que é espiritual,  abrindo-nos o entendimento da  palavra. Entender as escrituras é um sopro divino. Leiamos ainda :

 “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.  Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.  Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1Co.2:12-16).

NESTE TEXTO DESTACO AS  SEGUINTES OBSERVAÇÕES:  

1 – Que recebemos o Espírito para conhecermos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
2 – Que poderemos falar palavras ensinadas pelo Espírito Santo.
3 – Que poderemos ter a habilidade de conferir as coisas espirituais com espirituais -  (voz do ensino do Espírito com a  palavra escrita)
4 – Que o homem espiritual (nascido de novo, regenerado), discerne bem tudo e de ninguém é discernido.

Com esses itens extraídos do texto, observamos claramente, que trata-se do consolador agindo diretamente na vida  intima do crente

A PROMESSA DO PAI
 “ E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;  até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”. (Joel 2:28-29).

MOMENTO EM QUE O FILHO RECEBE DO PAI A PROMESSA
 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado (glorificado), pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. (At.2:32-33).

Ø  Estes dois versículos é parte do sermão de Pedro logo a após o derramamento do Espírito Santo na festa de pentecostes.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE FATOS
A promessa de Deus em Joel, foi feita primeiro que a do messias. As duas promessas foram derramadas pelo messias. Pelo fato da promessa do pai ser a primeira, foi a ultima a ser derramada, pois Ele só deu ao filho, quando ele foi glorificado e ter consumado o projeto  de salvação eterna. A promessa do consolador por ser a ultima prometida, foi a primeira a ser derramada por Jesus Cristo forme comentei.

MOMENTO EM QUE O FILHO DERRAMOU A PROMESSA DO PAI
(AT 1:3) - A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
(AT 1:4) - E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
(AT 1:5) - Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (grifo meu)

            Aqui Lucas esta discorrendo sobre a orientação que Jesus deu aos seus discípulos para não se ausentar de Jerusalém até receberem a promessa do Seu Pai. O interessante é que Jesus lembra aos discípulos esta verdade que ainda não existiam ainda neles, mas que era uma promessa que eles desfrutariam dentro de poucos dias quando Ele fosse para a glória do Pai. É curioso observar que esta posição foi  solicitada na Sua oração sacerdotal (João 17:5).
            O Filho quando foi exaltado na glória, recebeu do Pai a promessa. E quando a recebe, derrama aos seus discípulos onde eles estavam esperando em Jerusalém  conforme sua orientação como está escrito: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de pode”(Lc.24:49 grifo meu) . Veja o que diz também em Atos 1:4-5 – “ E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.  Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (grifo meu).

Amém,
Romildo Gurgel

sábado, 18 de agosto de 2012

ESTÁ CONSUMADO




Em  Gênesis, comer da arvore da vida, é um selo eterno. Depois que o homem pecou, lhe foi vedado a comer da arvore da vida e ser eterno nesta natureza  humana desfigurada e fragmentada que ficou. O plano de salvação foi elaborado em seus detalhes pela trindade desde suas etapas a sua execução.  Jesus na sua encarnação tornou-se autor da salvação por tudo aquilo que sofreu como escrito está: “Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as cousas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles” (Hb.2:10). Agora, preste atenção a essa verdade: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade. Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,” (Hb.5:7-9). Veja ainda isso em destaque: tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb.5:10). Jesus procedendo assim, foi adicionado na sua natureza verboespiritual, a natureza humana sem pecado, porém, entendo que, ficou o selo da (promessa do pai) para ser recebido das mãos de Deus no estágio da glorificação. Para que isso acontecesse como já citei, várias etapas deveriam ser cumpridas do projeto elaborado, bem como todas diretrizes prescritas nas escrituras sagradas, mais precisamente na lei, nos salmos e nos profetas, servindo de roteiro e indicadores para a Sua execução. Jesus como homem, muito embora como Filho de Deus, observou todas essas minúcias como está escrito: “E lhes disse: Assim está escrito: que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc.24:46). Observou? 
Note também, quê, na oração sacerdotal peticionada por Jesus em (Jo.17:5), aparenta ele indo seguindo esse rumo, por isso ora dentro da vontade, referenciando o já planejado, confirmando a Deus sua pré-disposição verbo-humano-espiritual de estar lá junto do Pai com a mesma glória que tinha com Ele antes que houvesse mundo. O óbvio é, para que isso acontecesse, Jesus teria que CONSUMAR toda a sua parte na obediência do que havia  planejado com o pai e o Espírito Santo. A autoridade concedida pelo Pai na execução esta prescrita assim na confissão de Jesus, quando ele disse: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (João 10:18). 
O grito de Jesus na cruz ESTÁ CONSUMADO, é o maior grito de vitória ecoado em todo universo criado por Deus, diz respeito a finalização do plano de salvação eterna a toda humanidade, muito embora o castigo que o levaria a paz estava dentro dele até o ultimo suspiro, mas como cordeiro imaculado, gritou como um leão, como um rei possuindo todo controle sem render-se ao pecado, afirmando para todo universo, que o seu trabalho foi ACABADO com sucesso absoluto.

Amém
Romildo Gurgel.
Manhã de19/08/2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SALVAÇÃO ESTÁ NA PESSOA DE JESUS CRISTO


Tozer (p.181), teceu um comentário que a maioria dos cristãos estão confessando uma  meia verdade, quando dividem Jesus em salvador e senhor e ficam na disposição do seu próprio encargo o critério de escolher se ele será seu salvador ou o seu senhor. A sutileza na atualidade é grande, salvação sem senhorio é meia verdade. Dar ênfase excessiva  de um e subestimar o outro, altera o resultado de um todo, sem que estejamos cientes disso, mas a bíblia é enfática o que implica aceitar um e subestimar o outro. Esta meia verdade muda completamente o foco e a leitura da bíblia sagrada, bem como sua interpretação.
O motivo do presente texto é falar exclusivamente desta implicação, e levar o leitor a concluir que não estamos só envolvidos com algumas funções de Jesus Cristo, mas com a radicalidade completa da sua própria pessoa e tudo que inclui na proposta de sua salvação.

Este ensino é de tamanha importante porque em muitas comunidades religiosas acreditam em uma divisão do Cristo salvador e do Cristo Senhor. Um pecador pode ser salvo, sem submeter a Cristo como Senhor. Depois de salvo, parece haver outro apelo de aceitar a Cristo como Senhor e passem a ter uma vida de vitória.

Leiamos a palavra:

“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a  vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a sim mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se  envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lucas.9:23-26).

Em resumo, o texto esta falando:

a)      Para todos os seguidores de Jesus Cristo, pois quando ele fala, fala a todos “Dizia para todos...”,

b)      A expressão “seguir após mim”, segue a lógica de caminhar por sendas andadas por Jesus. Ele é o padrão, a referência, a sinalização, o caminho, bem com a VIDA DA NOSSA ALMA. O “eu” tem que ser destronado e Jesus deve ser coroado em nosso interior, pela nossa submissão completa a sua pessoa.

c)      Posto no caminho seguindo os passos de Jesus, nossas preferências vão querer se apresentar sem que perca a liderança, no entanto, implicará em seríssimos problemas no futuro. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará”. O problema de separar a salvação do senhorio dá nisso. Receber a pessoa de Jesus, é também deixá-lo assumir o controle da liderança da nossa alma.

d)     Se escandalizar da VIDA e das palavras de Jesus trará sérias implicações ao seguidor quando ele vier buscar a sua igreja.


Perder a alma é a mesma coisa de andar em uma estrada de mão dupla, se ganharmos iremos perder, se perdermos iremos ganhar, conforme esta escrito: "Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, acha-la-á. Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? ou que dará o homem em troca da sua alma? (Mt.16:24-25).   Aqui não se trata da salvação do espírito humano, mas da ALMA.  Da medida que perdemos nossa vida nesta terra, avançamos na estrada, da medida que ganhamos, fazemos atalhos no meio da estrada e retrocedemos. Entendo que a salvação é pela fé, e o galardão é pelas obras. Na revelação das escrituras, não se ganha a salvação da alma pela fé, mas é uma perseverança em estar debaixo da liderança do controle de Jesus Cristo, confira as escrituras: “É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas” (Lc.21:19), “Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” (Rm.5:10);  e ainda diz as escrituras: “nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos entretanto, da fé, para a conservação”. (Hb.10:39). Fé e obras devem andar de mãos dadas. Fé é entrada, e obras é caminhada. Não devemos entrar e seguimos com a alma intacta, isto não é uma forma adequada de se ter Jesus. A proposta do evangelho de Jesus é ele reinar em vida na medida que caminhamos. As nossas obras servem exclusivamente para galardão. Mas de qualquer maneira, até mesmo elas foram preparadas de antemão, como escrito está: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Ef.2:8-10 grifo meu), e ainda fala as escrituras: “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1Jo.2:6). No entanto, muitos salvos reinarão,  haverá diferentes funções no reino, alguns outros não chegarão a reinar.

SALVAÇÃO COMPLETA

A salvação na pessoa de Jesus, envolver três áreas do nosso ser. Espírito, alma e corpo. E abrange também toda a pessoa de Jesus Cristo e não só parte dele (fé e obras, entrada e caminhada). A salvação precisa ser encarada nestas três dimensões humana, ela deve ser completa, mas nem todos completam o percurso da estrada da salvação, embora estejam salvos. Vejamos: Pela fé nosso espírito humano foi salvo. Já a  salvação da alma, é uma carreira que temos que correr, é processual, gradativa, paulatina, estrada de mão dupla, é um negar  e um perder a si mesmo, é abraçar uma missão em obediência! Portanto devemos correr até ser premiados. Como está escrito: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros,não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co.9:24-27). Note que o apóstolo aceita uma possível desqualificação.  O corpo tem que ser esmurrado e ser colocado a serviço de Deus, colocado também em obediência a  Deus pela graça de Jesus.. PENSO que na ressurreição alguma coisa poderá estar comprometida, conforme sugere o texto de (Mt.18:8-9), visto que o texto aplica-se a disciplina do corpo, e o nosso tema abranja a salvação na pessoa de Jesus, mas a regra para disciplina do corpo, serve também para disciplina da alma, pelo menos em termo do mesmo processo, visto que o corpo é administrado pela mente, e se tivermos a mente de Cristo, essa amputação é feita primeiramente no interior até sair pelos gestos e atitudes, conforme está escrito: "Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-os e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno (Mt.18:8-9).  Acredito que se os olhos, as mãos, e os pés, forem tratados aqui, nada será comprometido lá. A salvação do espírito é uma providência de Deus, a salvação da alma, exige nossa renúncia e o destronamento do “eu”, é um tratamento diário de quem irá assumir a liderança da nossa vida, no aqui e agora. Já a salvação do corpo será no futuro, respaldada na justiça de como estamos respondendo aos apelos da pessoa de Jesus Cristo em nossa vida. Na ressurreição restará da nossa alma unicamente o que foi tratado por Jesus.  

O texto mais elucidativo no lugar de (Mt.18:8-9) é o de (1Co.4:12-17), porque aqui fala que as nossas obras serão provadas pelo fogo, no entanto apliquei (Mt.18), para demonstrar como o processo ocorre também no interior da alma humana, como as escrituras prescreve dizendo: “Por isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eterna”(2Co.4:16-18). Caso contrário, a alma intacta, sem tratamento, embora esta pessoa esteja salva, sua alma sofrerá um abatimento na vinda do Senhor. Claro que as amputações da alma no presente, são imediatamente substituídas pela vida da graça de Jesus, visto que, a graça da revelação tanto amputa a vida da natureza pecaminosa como dá novos membros, substituindo os amputados, como está escrito: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós” (Rm.8:18). Nossas almas enquanto estivermos por aqui, é colocada na revelação da verdade e o que resta da vida natural, será colocada em determinado grau de sufrágio até perder-se completamente (toda morte é proveniente do inferno, muito embora na prática da fé tomamos a morte substitutiva do Senhor), havendo alguma amputação aqui, obteremos a vida de lá,  já podendo desde então ser desfrutada nessa vida um certo grau da ressurreição de Jesus Cristo. Sobre este processo o apóstolo ainda diz: “Porque nós que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus, se manifeste em nossa carne mortal. De modo que em nós opera a morte; mas em vós, a vida” (2Co.4:11-12). E ainda fala as escrituras: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação, produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, (2Co.4:17). “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós" (Rm. 8:18). Ainda continua o mesmo apóstolo dizendo : “Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, Para pertencerdes a outro; a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm.7:4-6).

FINALIZANDO

ACREDITO que todos os salvos em Jesus Cristo estão passando por esse processo da salvação da alma. É uma refinação contínua.  É um caminhar intenso e profundo. Penso que a justiça de Deus será assim na segunda vinda de Jesus a esta terra: Quem muito perder a alma, muito ganhará, quem muito ganha muito perde, porém este será salvo, com alguma coisa comprometida ou extremamente suprida. Pois a questão em foco está em nossas práticas progressivas das graças concedidas no nosso caminhar, PENSO AINDA que, os nossos espaços participativos no reino milenar de Jesus Cristo, está na forma de como estamos lhe dando com a graça obediente. Nossa privação em muitas áreas em termos de trabalho e do privilégio de participar do reino de Cristo, reside na refinação de Jesus liderar nossas almas. Portanto, o alerta bíblico é que poderão ser  concedidas ou vedadas a nossa premiação na inauguração dessa nova era do reino milenar de Jesus Cristo aqui nesta terra.

Amém

Romildo Gurgel
Tarde de 18/08/2012


BIBLIOGRAFIA

1 – Bíblia Vida Nova
2 – Chave Bíblica
3 – Tozer, A.W. Verdadeiras profecias. Ed. dos Clássicos,1ª Edição 2003.

DOM DE LÍNGUAS





Disse Jesus : Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. (Mateus 18:3).

COMENTÁRIO:

O dom de línguas não é algo difícil e nem misterioso para se compreender, apesar do versículo acima parecer não tratar do assunto, acredito que está tudo aí, singeleza de coração e santidade . Após a conversão temos que tratar de alguns assuntos anteriores pendentes, é o fato de fazer-se como crianças, é um processo pós conversão.

Jesus tratando da podagem disse: Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. (João 15:2)
A vara que dá fruto ele a limpa para que dê mais fruto, que é o nosso caso, e isto se aplica para muitas coisas. Diferente daqueles casos que se o seu olho, ou seu pé, ou sua mão o fizer tropeçar, arranque-os e jogue-o fora.  Para nós, no lugar de se arrancar alguma coisa, vamos é diminuir uma  estatura  até fazer-se como uma criança. Em nós cristãos, o fogo do espírito não arde em dor, é apenas uma lavagem da regeneração pelo Espírito Santo. Já dá para se perceber que está relacionado ao que falamos.

Veja os versículos abaixo:

Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. (Tiago 1:26).

Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.
Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo.
Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.
A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.
Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano;
mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.
Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.
Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?
Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. (Tiago 3: 1a 12).

Pronto, quando pela oração e santidade fizermos isso, o Espírito Santo terá liberdade de utilizar o nosso corpo em expressão, por nossa permissão, é claro. E' uma questão de comunhão e quebrantamento.  Quanto ao formato, imagine você que está acostumado a falar só em português, e agora como uma criança que está aprendendo de novo a falar suas primeiras palavras, então vem o versículo...
 
                     Na verdade por lábios estranhos (gaguejantes) e por outra língua falará a este povo; ( Isaías 28:11).

Muitas outras coisas já nos dizem que após o batismo das águas fomos batizados no Espírito Santo. Esta é apenas uma delas, que serve por sinal, não para cristãos, mas para incrédulos. (Atos 2:7)
Dom de Línguas - 16/08/2012 (Mais um comentário)

Somos dependentes em expressão através da oração. Mateus 6:7 diz que não é pelo muito falar que será ouvido.
Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.  (Romanos 8:26).
Pelo que entendi, o dom de línguas é algo pessoal e bem particular, e quando não é auto-interpretado, é uma forma subjetiva de receber ajuda pelo espírito (como um efeito de um remédio) . Enquanto o que interpreta, sabe qual é a intenção do espírito e edifica a Igreja pelas palavras normais, semelhante ao profeta ou mestre. Não se deve reprimir o dom ou proibi-lo, mas também não se deve colocá-lo numa prioridade acima de outros mais importantes. Afinal, o dom de línguas deveria ser a primeira coisa a acontecer logo depois do batismo das águas ao receber o Espírito Santo. Seria um ponto de partida, e não uma finalização bem explorada, que muitas vezes a evidência poderá ser entendida como incredulidade e falta de fé..

Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:15,17)

O Espírito Santo sempre se expressa em palavras. Em primeiro lugar Jesus não falava línguas, era impossível, seria contraditório (Mateus 11:27). Jesus não tinha nenhuma dificuldade de comunhão com o Pai. Nosso caso é diferente, Jesus é o nosso mediador com o Pai. Jesus é a fonte, e o Espírito de verdade, que procede do Pai, testifica de Jesus.

Somos batizados em Cristo, e o consolador representa o próprio Cristo.

Amém!

Fernando Camboim Filho
(Irmão na fé)
LÍNGUAS ESTRANHAS  COMENTÁRIO I I  -  16/08/2012
Jesus não precisava orar em línguas, pelo simples fato de ser a palavra encarnada. Jesus compreendia perfeitamente a vontade de Deus e os motivos que o levaram a vir a este mundo. Nesse ponto não precisava da intercessão do Espírito. Mas como verbo encarnado, ele encarnava também a função consoladora.  No jardim Getsemani, Jesus ao orar por três vezes, reclama dos discípulos a questão da vigilância. Vigiar é resistir a qualquer força que venha impeli-lo a mudar o foco da encarnação, porque orava com essas palavras, "se possível passe de mim este cálice, sem que eu beba, porém não seja como eu quero, mas como tu queres. Já pensou que luta. A fonte da vida e o doador de vida serem entregue a morte! O verbo encarnado é o consolador entre nós, como está escrito: "e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (Jo.14:16). Por isso é que Jesus não precisava falar em línguas. A única manifestação de conforto ali, foi de um anjo que o confortava, não foi o conforto e ajuda das línguas, visto que ele sabia a vontade de Deus. (cf. Lc.22:43)
Quando Jesus foi para o Pai, foi aí que Ele recebeu outro batismo, o do Pai, e o fez derramar  nos discípulos que estavam em Jerusalém, como está escrito: "Exaltado, pois à destra de Deus, tendo recebido a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis" (Atos 3:32). Aqui se trata do discurso explicativo de Pedro quando o Espírito Santo foi derramando pela primeira vez lá no Cenáculo.
O interessante é que Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo lá, não aqui.
E mais interessante ainda, é que Ele derramou o que recebeu. Ele já dizia, Se eu não for o Espírito Não virá...
O espírito só iria ser derramado se Jesus fosse glorificado, como está escrito: "...Pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido glorificado" (João 7:39b).
Amém!
Romildo Gurgel
Manhã de 18/09/2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O DOM DO DISCERNIMENTO DE ESPÍRITO




O discernimento não é um pré-julgamento e nem um ajuizamento. Muito embora na definição da palavra, apareça como uma forma de ajuizar. Para nós cristãos, ajuizar é colocar-se acima de outros como autoridade de julgá-los. Portanto, ainda não é a forma correta de manifestar esse dom. O dom do discernimento jamais é um julgamento e uma condenação. O discernimento preserva a verdade, desvenda penumbras e desnuda roupagens. Para se ter discernimento é preciso ter a mente de Cristo. Ter a mente de Cristo, é pensar como Jesus pensava. Jesus vivia, pensava e a agia de acordo com as escrituras sagradas, como está escrito: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma porque ouço, julgo.  O meu juízo é justo porque não procuro a minha vontade, e, sim,  a daquele que me enviou” (Jo.5:30). “... porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (João 15:15c), “ ...as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo” (Jo.8:26c). Jesus é a encarnação do verbo, da própria palavra, como está escrito: “E o verbo se fez carne”. Ter a mente de Cristo se adquire pela intimidade com a palavra do Senhor e com o Senhor. Esta intimidade é uma entrega contínua, um despojar-se e um revestir-se (cf. Ef.4:22; Cl.2:15; Tg.1:21; 1Pe.2:1). Uma simples observação verifica-se que Jesus não pecava, antes encarnava a palavra, pois ele próprio como o verbo encarnado  habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo.1:14).

Discernimento espiritual é a graça de perceber o invisível, indo além da casca da aparência natural, pois a natureza  humana cobre como um véu e embute a realidade com aquilo que é aparente. O discernimento é um dom do Espírito para captar o que está oculto, é de cunho espiritual, penetra na origem, é uma luz, uma percepção clara e certa da natureza das coisas, cujo propósito é entender e desvendar as coisas que estão encobertas. Para que isso venha ocorrer, a primeira coisa que precisa ser removida, são os conceitos distorcidos da natureza humana que concorrem ao lado da verdade. O véu que é a carne, bem como sua natureza, tem que ser separada, para ser removida, e a palavra de Deus faz essa divisão, essa separação como está escrito: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração” (Hb.4:12). A natureza humana, a carne (véu) tem uma mente e esta mente não aceita a mente do Espírito, como está escrito: “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós porém temos a mente de Cristo” (1Co.2:14-16). Todo cristão deve ter a mente de Cristo pelo fato de ter o próprio Cristo morando em seu interior. Mas aquele que não tem a Cristo interiormente, pode até saber de muitas coisas e ter conhecimento e ciência, mas resume-se ao nível natural, como a escritura prescreve dizendo: “Pois, quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus” (1Co.2:11).

O alvo do discernimento é salvar e não condenar. O objetivo do discernimento reside em escavar e descobrir as verdadeiras raízes das necessidades humanas. Esse é um princípio que precisa estar bem fundamentado para que possamos discernir sem permitir que a natureza emocional humana assuma o controle quando for desvendado a natureza das coisas.

Para que haja discernimento é preciso se tornar cego para aquilo que está aparente aos olhos naturais. Como está escrito: “O Senhor contudo, disse a Samuel: Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência (o exterior de uma pessoa), mas o Senhor vê o coração” (1Sm. 16:7).

Se você que discerniu não estiver revestido de amor e compaixão, os demônios poderão desafiá-lo e intimidá-lo ao ponto de não poder reagir. Eles poderão lançar seus ataques se passando pela própria pessoa discernida. É preciso conhecer a diferença entre o espírito opressor e a pessoa oprimida. O coração perdoador e amoroso, anulará qualquer retaliação do engano nesses momentos, visto que a retaliação inimiga é manter-se camuflada na natureza humana, assumindo uma personalidade como se fosse a própria pessoa. Ele tentará deslocar a percepção do discernimento para esfera humana  e levá-lo a concluir que não se trata de uma ação demoníaca, mas apenas de uma opressão, como se ele não estivesse ali. As vezes as ideias malignas podem estar armazenadas no coração discernido, sem que o diabo esteja lá. Um exemplo dessa verdade é mostrada no evangelho  quando Jesus começou a ensinar aos seus discípulos que convinha entrar em Jerusalém e cumprir o que estava escrito acerca do seu sofrimento junto a classe religiosa de sua época, ser morto e ressuscitar. Confira o texto: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim, das dos homens” (Mt.16:21-23).  Se Deus revelar o coração dos homens e nos colocar para libertá-los de seus cativeiros, não podemos reagir cedendo as palavras daqueles que estão sendo discernidos. Á medida que nosso discernimento se torna à semelhança de Cristo e os segredos do coração dos homens são revelados poderemos ser usados por Deus para uma possível libertação. As vezes é necessário unicamente levar o discernido a substituir a ideia pela verdade, já em outras vezes, deve-se expulsar Satanás mesmo.

Se não adquirirmos a divina capacidade de sermos piedosos, você desistirá facilmente da pessoa que discerniu, porque no geral, qualquer retaliação por parte dele, poderá desgastá-lo emocionalmente e o discernimento poderá se transformar em uma crítica, uma desavença. Tenho visto que isso tem acontecido muito no meio do povo de Deus, é crítica por cima de crítica!! Mas sem resolver nada.  Nestes momentos pensam que estão tendo algum discernimento,  enquanto na verdade estão vendo as coisas pelo véu das cogitações da esfera humana, até mesmo como um bom conselho. O discernimento antes de se nomear, tem uma ação restauradora, conforme está escrito: “Não julguem para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados. E a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: Deixe-me tirar o cisco do seu olho, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”  (Mt.7:1-5).

O discernimento poderá também acontecer por intermédio de uma ação restauradora desfrutada por nós mesmos. O arrependimento é a remoção das vigas de nossos olhos; é o verdadeiro começo de uma percepção cristalina. Quando somos ajudados pelo Senhor, nos tornamos aptos também para ajudar por intermédio daquilo que nós mesmos fomos ajudados pelo Senhor. A bênção fica armazenada em nossos corações. Discernir bem, é vê sem trave, sem argueiros em nossos olhos.

O alvo do discernimento é ver com clareza e com verdade, sem cogitações humanas. Isto só ocorrerá se for desarraigado o instinto de julgar os outros. Discernimento começa primeiramente conosco, depois de ser removido tudo, ficaremos aptos para ver claramente o que se passa com as pessoas. Confira o que Jesus disse acerca disso: “Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mt.7:5).  Vemos aqui, que Jesus compara o ato de abordar as pessoas a respeito de seus pecados com o ato de tirar o cisco de nossos olhos. O olho é a parte mais delicada e sensível do corpo humano. Devemos tirar o cisco dos olhos de alguém com muito cuidado! Primeiro precisa conquistar sua confiança. Para ajudar os outros é preciso ver claramente, caso contrário o cisco ainda continuará lá.

Quando temos a mente de Cristo, temos a palavra viva em nossos pensamentos. Quando a palavra de Deus perscruta e penetra a vida das pessoas, Deus concede irmos junto com ela percebendo o que ela repara e identifica. Isto é discernimento de espírito. Portanto, não deve existir nenhum problema em nosso interior, pois os problemas não resolvidos, são traves nos olhos, que ofuscarão a nossa percepção.

Concluindo:

Todas as ações restauradoras investidas por Deus em nosso favor servirão de socorro e bênção para aqueles que estiverem precisando das mesmas restaurações. Dessa maneira poderemos receber sonhos, visões, revelações, livres de qualquer preconceito carnal e sermos usados pelo Senhor para ajudar pessoas.
Confira esta verdade com o que o apóstolo Paulo diz:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações” (2Co.1:3-4)
Tudo que recebemos da parte de Deus fica armazenado em nossos corações, que Ele mesmo usará no discernimento para abençoar os que estiverem passando pelos mesmos problemas que passamos.

Que Deus nos ajude.
Amém!!!

Romildo Gurgel
Agosto/2012

Fonte:
1 – Bíblia Vida Nova
2 – Bíblia NVI
3 – Dicionário Michelis
4 - Ministries of Francis Frangipane
5 – Chave Bíblica.

sábado, 4 de agosto de 2012

VISÃO, ENTRADA E VIDA DO REINO DE DEUS





1 – VISÃO DO REINO

(JO 3:1) - Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
(JO 3:2) - Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
(JO 3:3) - A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
(JO 3:4) - Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
(JO 3:5) - Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.

O TEXTO REVELA QUE:

a)      O novo nascimento é o que possibilitará o novo crente a ver o reino de Deus  –
(JO 3:3) - A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

b)      O novo nascimento é o que introduz o crente no reino de Deus -
(JO 3:5) - Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.

c)      O Reino não tem aparência exterior-
(LC 17:20) - Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
(LC 17:21) - Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
 d) O reino não tem característica ou semelhança com alguma coisa deste mundo -
(JO 18:36) - Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
      e) O reino é uma forma de viver, caracterizando atos de  justiça, paz e alegria no Espírito Santo e no poder -
(RM 14:17) - Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
(1CO 4:20) - Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.
CANDELABRO DE OURO, UMA FIGURA QUE TRADUZ
NOSSA VIDA NO REINO DE DEUS

Para compreendermos o aspecto metafísico do reino, tomemos como exemplo uma peça do Tabernáculo no Velho Testamento.

O CANDELABRO DE OURO - Êx.25:31-40 e Ap. 1:20

1 º  - O candelabro  diz respeito a nossa  natureza como Igreja de Deus –

a)      De ouro Êx.25:31 - “o ouro diz respeito a natureza divina”
ü  Igreja só é igreja com a natureza de Deus – novo nascimento.
ü  Deus não aceita a vida de pecado, a velha natureza e as impurezas do homem  para representar a natureza da Igreja, embora estejamos ainda no natural, mas pela fé frutificamos pelo Espírito Santo (Gl.5:22-23).

(EF 5:26) - para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,
(EF 5:27) - para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.

b)       De ouro Batido - Êx.25:31 Significando que Cristo foi esmagado por nossas transgressões .
(IS 53:5) - Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
(IS 53:6) - Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
(IS 53:7) - Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
(IS 53:10) - Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.

2º O candelabro uma única peça de ouro – Fala da unidade do corpo de Cristo.

a)      Era de uma única peça - Êx.25:36 (Isso nos mostra da realidade orgânica da igreja como um só corpo bem ajustado.
(EF 4:16) - de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
               
3º O  candelabro diz respeito que a igreja assume sua posição –  (estamos aqui e estamos lá)
           
a)      Estamos nas regiões celestiais em Cristo Jesus –
(EF 2:6) - e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares CELESTIAIS em Cristo Jesus;

b)     A nossa luta é de quem esta na posição e não fora dela –
(EF 6:12) - porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

4º O candelabro traduz nosso testemunho como luz do mundo  -  É para ser luz do mundo e sal da terra
           
a)      O candelabro Possui 7 Lâmpadas ou 7 astes  - Êx.25:37 - Estas lâmpadas falam dos aspectos ministeriais da igreja, onde os ministros trabalham para que ela permaneça sempre acesa. As Lâmpadas falam também da fidelidade da Igreja em testemunhar do Senhor para o mundo, funcionando como luz.

(MT 5:14) - Vós sois a LUZ do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
(MT 5:15) - nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
(MT 5:16) - Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

(MT 5:13) - Vós sois o SAL da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
(MT 5:14) - Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;

b)     Em Ap. 4:5 -  fala dos 7 espíritos do Senhor, e esses 7 espíritos são os 7 testemunhos do brilhar das lâmpadas.

(AP 4:5) - Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.

Estes 7 aspectos do testemunho, do brilhar do Senhor, podem ser relacionados, e vistos também como sete maneiras do testemunhar do Senhor por meio da igreja.

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O TESTEMUNHO  DA   LUZ,   OU  DO   BRILHO  FALA DE :
1. Cristo na sua glória antes da encarnação - João 1:1
2. Cristo na encarnação - João 1:1 e v.9
3. Cristo na sua Morte - Lc.23:44-47; Mt.16:14-26
4. Redenção - Hb. 9:12; Ef.1:7
5. Ressurreição - Lc.24:1-11
6. Ascensão -  Lc.24:50; At.1:9-11; Ef.2:6
7. Glorificação - I Tm. 3:16

5º Os espevitadores de ouro - Os espevitadores de ouro - Êx.25:38 (Serviam para limpar as cinzas das lâmpadas) isto fala do trabalho sacerdotal, dos ministros de Deus.

a)      Os espevitadores eram de ouro puro - isto nos dá a impressão que só se limpa a Igreja  com a natureza de Deus. Não podemos soprar e nem tão pouco tocar com mãos humanas, Deus não aceita a natureza e a habilidade humana para limpeza da Igreja, sejamos instrumentos para seu uso. Tudo tem que ser feito pelo Espírito do Senhor.

A VISÃO DO REINO SE INTERLIGA COM
A PROPOSTA DA MISSÃO

(PARA QUE ISTO ACONTEÇA:)

1 – É PRECISO  SE  FAZER  ABERTURAS

1.1  – Abertura para o Espírito

a)      É o Espírito quem nos guia na jornada – Rm 8:14

b)      É Ele quem nos oriente em serviço – At 8:29

c)      É Ele quem nos ilumina – I Co.2:12-14

d)     É Ele quem nos instrui – Jo.16:13-14

e)      É Ele quem nos capacita – I Tss.1:5

f)       É Ele quem intercede por nós – Rm.8:26

g)      É Ele quem fala dando testemunho em ocasiões que não sabemos como – Mc.13:11

1.2  – É preciso fazer aberturas para a unidade

a)      A unidade é a força do testemunho –
(JO 13:35) - Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.

b)      A unidade diz que estamos certos, na luz –
(1JO 2:9) - Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.

c)      O corpo de Cristo não está dividido – Ef.4:4-6
ü  Um só corpo
ü   Uma só fé
ü   Um só Batismo – I Co 12:13a
ü  Um só Espírito
ü  Um só Deus e Pai
ü  Uma só esperança
ü  Um só Senhor

2 – É PRECISO TER CORAGEM

 2.1 – Coragem Evangelística

a)      No Testemunho Pessoal

b)      No Testemunho em Grupos

c)      No Testemunho nos meios de comunicação de massa
ü  Jornais
ü  Folhetos
ü  Rádio
ü  Televisão

2.2 – Coragem Apologética -  Ser um combatente da fé, com razão, espírito e inteligência
            “Sabendo dá a razão da esperança que há em nós” – (1Pe.3:15)

2.3 – Coragem na penetração de estruturas – Ter gente salva em todos os postos da sociedade.

            EX:  Rádio, televisão, governos, jornais, nos presídios, nas creches, nos colégios, nas Universidades, nas Fábricas, no Comércio, nos Hospitais, nos campos, nas Fazenda e Granjas, no Mar. Onde for mundo e tiver pessoas, temos que IR.

 2.4 – Coragem na prática da justiça Social,  Política e Econômica na Igreja -  Mt.18:23-35

            OBS: Quando a Igreja demonstra flexibilidade ao Espírito Santo, na prática da justiça Social e comunitária, ela terá autoridade (poder) para exercer seu ministério profético ao mundo, condenando a injustiça e a opressão.

BÍBLIOGRAFIA

1 - Chave Bíblica . Sociedade Bíblica do Brasil, Brasília,1970.
2 -  Concordância Bíblica - Sociedade Bíblica do Brasil, Brasília 1975.
3 - Bíblia Sagrada - Imprensa Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro, 1986. 1ª Impressão.   Versão  Revisada de João Ferreira de Almeida.         
4 - Bueno, Francisco da Silveira.Dicionário Escolar da Língua portuguesa -Ministério  da Educação e  Cultura, Fundação Nacional de Material Escolar. 1983. Rio de Janeiro 11ª edição/7ª tiragem.
5 - Brown, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Sociedade  Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo.1985, 3ª Edição.                      
6  - Boyer, 0.S. Pequena Enciclopédia Bíblica. Editora Vida, São Paulo. 21ª Edição.

Romildo Gurgel