sábado, 28 de julho de 2012

DINHEIRO, UM VILÃO QUE PRECISA SER COLOCADO DEBAIXO DO SENHORIO DE CRISTO




Um assunto preocupante que esta assumindo um grau de considerável importância é a questão de como lidar com o dinheiro e as riquezas. Para algumas  comunidades este é o assunto central, tudo gira em torno do dinheiro. Interpretar o espírito do dinheiro acredito eu, esta sendo uma situação emergente em muitas comunidades e na vida de muitos cristãos sinceros.
A Bíblia apresenta o dinheiro  como um senhor, cheio de exigências, ele exige tempo, amor e dedicação, como está escrito: “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt.6:24).  Esse vilão tem seus líderes que influenciam e se colocam no exercício de autoridade nas pessoas que executam seus apelos. O dinheiro (é um senhor) e tem pessoas sob sua liderança!
O problema do dinheiro, não é o dinheiro em si, mas a forma que lhe damos com ele, pois o dinheiro é um mal necessário, todos precisam, até o pobre estende sua mão necessitada. O  dinheiro, a posse e a riqueza, podem ser um instrumento tanto de Deus como do vilão.  A pergunta é, quem esta no controle, Deus ou mamon? A atitude interior de como estamos lidando com o dinheiro é que dirá a quem estamos nos submetendo como senhor em nossas vidas, como está escrito: “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt.6:24). No sistema em que vivemos tudo é mensurável, todas as coisas possuem um peso, uma medida um valor, um custo, um preço. Até mesmo os apóstolos do Senhor, no bom uso da palavra utilizaram uma linguagem comercial para que pudéssemos entender as entrelinhas do projeto  de salvação da humanidade, como está escrito: “Pois vocês sabem  que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito,” (1Pe.1:18-19). Aqui esta claro que o vilão perdeu a liderança, quando fomos comprados pelo preço que Jesus pagou  em  se  oferecer a  morrer em nosso lugar.  E quanto a nós, o uso do dinheiro para ser salvo, não vale absolutamente nada.  A escritura nos diz que a salvação é um dom concedido gratuitamente, não gastamos nada e não pagamos preço nenhum para obtê-lo,  foi Jesus que fez isso, confira: “pois pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9).  A fé no sacrifício vicário de Jesus Cristo assume o controle e o senhorio de tudo que somos e venhamos a possuir, expulsando o vilão do controle da nossa antiga submissão.  Como cristãos, não devemos permitir que o nosso coração se inflame  pelo amor ao dinheiro, as riquezas e o poder. Todas essas coisas poderão ser utilizadas sem que permitamos que elas assumam a liderança de nossos corações. Todo cristão, devem saber ainda, que o que implica em torno desse assunto é o amor, conforme está escrito: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm. 6:10 , grifo meu).  Na sequência do texto, o apóstolo Paulo manda exortar aos ricos desse século, que não depositem sua esperança na instabilidade das riquezas, visando colocá-los debaixo do senhorio de Cristo, que é o empoderador da  verdadeira vida, como está escrito: “ Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento. Que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir.  Que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida” (1tm.6 17-19).  

Amém,

Romildo Gurgel

domingo, 22 de julho de 2012

COISAS QUE DEUS ABORRECE




(Provérbios 6:16-19) diz: "Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”.
Uma observação interessante nesta lista de pecados é que três delas se referem ao pecado da língua: Língua mentirosa, testemunha falsa e o que semeia contendas entre os irmãos.
A palavra aborrecer tem o significado de ter aversão, detestar, abominar. Quando as escrituras diz que aborrece e abomina alguma coisa, devemos prestar atenção vigiando para que não existam estas coisas em nossas vidas.


Olhos altivos
Olhos altivos são olhos elevados, altos, arrogantes, orgulhosos e presunçosos. A mais simples comparação de se achar superior  a outras pessoas, denota-se a manifestação da altivez propriamente dita. Deus sempre condena a arrogância dos homens, pois ela contraria a sabedoria divina. Em (Provérbios 8:12-13) esta escrito: "Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de conhecimentos e de conselhos. O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço”. Você poderá ser um chefe de setor no seu trabalho,  um empresário bem-sucedido ou líder na sua comunidade, sem ser orgulhoso. Um dos alvos na vida cristã deveria ser o de vencer o orgulho e a altivez. Como o apóstolo Paulo escreveu: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão" (2 Coríntios 10:4-6).


Língua mentirosa
Na epístola universal de Tiago, todo o capítulo três foi escrito com o propósito de diagnosticar esse pecado. Uma simples observação do texto,  se percebe que a saúde do corpo físico, ou até mesmo do corpo da Igreja, esta no controle de saber usar a língua.Tiago diz ainda que se o homem não tropeça no falar, é perfeito sendo capaz de dominar o seu próprio corpo. Tanto o que fala, bem como o que ouve, o resultado deste relacionamento estará no estado de saúde físico-emocional de ambos. Pois todos nós sabemos que só basta um pouco de fermento para levedar toda uma massa. Mas, se tal homem tropeça no falar, poderá contaminar o corpo por inteiro. Como se vê, este é um mal que acompanha até mesmo o mais consagrado crente.  O servo de Deus deverá abandonar a mentira e busca a lei do Senhor (Salmo 119:163). Da mesma maneira que Deus aborrece a mentira, a pessoa justa também deve ao menos aborrecer (Provérbios 13:5).


Mãos que derramam sangue inocente
Deus detestava a violência dos homens. Em (Gênesis 6:13), Deus destruiu os homens com o dilúvio por causa da violência. Em (Provérbios 24:1-2), ensina que o servo de Deus deve procurar ficar longe de pessoas violentas: "Não tenhas inveja dos homens malignos, nem queiras estar com eles, porque o seu coração maquina violência, e os seus lábios falam para o mal”.
Pelos jornais que lemos e assistimos, a violência é alarmante em nossa sociedade. 
A pessoa que condena o justo ou justifica o ímpio mostra injustiça e é abominável para o Senhor (Provérbios 17:15; 18:5). Para evitar tal injustiça, devemos lembrar do conselho do sábio em (Provérbios 18:17)  - "O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina”. O homem justo procura ouvir ambas as partes antes de julgar. Jesus disse: "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça" (João 7:24).


Coração que trama projetos iníquos
Homens arrogantes preparam armadilhas contra o justo. Eles costumam estender suas redes no seu caminho armando ciladas e fazendo com que vários aliados participem de tal projeto. No geral apagam a luz do justo acendendo a sua própria. A intenção da atitude impia  esta na utilização das leis  da verdade de uma maneira hipócrita, sem ter a menor relação participativa e transformadora que ela propõe. A  semelhança disso é aquilo que Jesus disse para os escribas e religiosos fariseus de sua época, como esta escrito: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de hipocrisia  e de iniquidade” (Mt.23:28). São sepulcros caiados, por fora podem estar revestido do melhor mármore, mas por dentro é que reside sua iniquidade sem ser tratada. Para se entender melhor a atitude de Deus sobre o "coração que trama projetos iníquos", Confira  também o texto do (Salmo 50:16-23) que diz: “Mas ao ímpio Deus diz: Que direito você tem de recitar as minhas leis ou de ficar repetindo a minha aliança? Pois você odeia a minha disciplina  e dá as costas às minhas palavras! Você vê um ladrão, e já se torna seu cúmplice, e com adúlteros se mistura. Sua boca esta cheia de maldade e a sua língua formula a fraude. Deliberadamente você fala contra o seu irmão e calunia o filho de sua própria mãe. Ficaria eu calado diante de tudo o que você tem feito? Mas agora eu o acusarei diretamente, sem omitir coisa alguma. Considerem isto, vocês que se esquecem de Deus; caso contrário eu os despedaçarei, sem que ninguém os livre. Quem me oferecer sua gratidão como sacrifício, honra-me, e eu mostrarei a salvação de Deus ao que anda nos meus caminhos”.


Pés que se apressam a correr para o mal
Deus criou o homem para que ele apresente o seu corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (cf.Rm.12:1-2). Nessa lista de coisas que Deus aborrece, os primeiros cinco itens possui uma descrição de partes do corpo humano que ajudam a discernir como os ímpios as utilizam,  (olhos, língua, mãos, coração e pés). São partes integrantes de todo homem, independentemente de como eles a utilizam. Portanto, o pecado é como imã que atrai os ímpios. Quando a pessoa cede à tentação e corre para o pecado, ela é rejeitada por Deus (Salmo 34:16). Salomão nos adverte sobre o perigo de entrar no caminho dos malfeitores: "Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue" (Provérbios 1:15-16). O verdadeiro discípulo tem que aborrecer o mal e ser amigo do bem (Provérbios 8:13; Tito 1:8). Deixo aqui alguns conselhos:
a)      Para os seus olhos“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mt.6:22). Há um outro apelo ensinado por Jesus mais radical ainda: “Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno” (Mt 5:29).
b)      Para a sua língua – (Leia todo o capítulo de Tiago 3).Você extrairá daqui lições preciosas.
c)      Para as suas mãos – “E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno” (Mt. 5;30).
d)      Para o seu coração – “Acima de tudo,  guarde o seu coração, pois dele depende toda sua vida” (Pv.4:23)
e)      Para os seus pés – “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl.119:105).


Testemunha falsa que profere mentiras
Duas vezes nessa lista de sete itens, Deus inclui a mentira. Não podemos exagerar a gravidade desse pecado. Deus é verdade, e a mentira não vem dele (João 8:44). Mentiras não são brincadeiras. Temos que aprender falar a verdade sempre e exclusivamente (Efésios 4:25).


O que semeia contendas entre irmãos
Mais uma vez, encontramos nessa lista um pecado que envolve, principalmente, o uso errado da língua. Contendas são obras de maldizentes. "Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda" (Provérbios 26:20). Há, infelizmente, pessoas neste mundo que se ocupam falando mal dos outros e semeando contendas. Deus detesta tal comportamento. Em (Rm 1:29), o apóstolo Paulo chama esses de bisbilhoteiros (indivíduo que procura saber da vida particular e das atividades alheias, dic. Eletrônico Michaelis), a vida deste é debulhar a vida do próximo com eloquente facilidade“Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros”.  A contenda esta incluído  entre os piores dos pecados.
A soberba é uma das fontes das contendas que dividem irmãos  em (Provérbios 13:10) diz: "Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria. Ainda em  (Provérbios 17:19) afirma o mesmo fato: "O que ama a contenda ama o pecado; o que faz alta a sua porta facilita a própria queda”.
Contendas são fáceis de começar e difíceis de terminar. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la. "Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas" (Provérbios 17:14). A melhor maneira de resolver uma briga é não começá-la. Se depender de você, tenha paz com todos os homens.


Finalizando
Quando Deus diz que detesta essas sete coisas, está querendo nos dizer que as pessoas que o amam farão de tudo para tirar todos esses pecados da própria vida. Nós como cristãos, devemos definitivamente amar o que Deus ama e detestar o que Deus detesta. Que Deus nos ajude a vivermos livres das coisas que ele detesta.

Romildo Gurgel

Bibliografia:
1 - Bíblia Sagrada NVI
2 - Bíblia Vida Nova – Revista atualizada, Edições Vida Nova
3 - Chave Bíblia –Sociedade Bíblica do Brasil
5 – Dicionário Eletrônico Michaelis.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

A VISÃO É TURVA



Sonho com uma igreja onde o discipulado não seja visto essencialmente como um método de fazer crescer numericamente. Onde não sejam estabelecidas metas e cronogramas de crescimento e multiplicação, como fazem os gerentes de marketing das grandes corporações comerciais.

No Evangelho de Mateus, capítulo 10, quando Jesus enviou seus discípulos pelas cidades para pregar, ele não disse nada sobre quantidade ou taxa de sucesso. Não estabeleceu nenhuma estratégia de abordagem, a não ser a de quando entrassem em alguma casa, declarar: "paz sobre esta casa!", e se houvesse algum filho da Paz ali, ela repousaria sobre a pessoa. Jesus não fez grandes campanhas publicitárias, não disse nada para agradar as pessoas simplesmente com a intenção de atraí-las. Embora Jesus curasse muita gente e expulsasse demônios, não fazia propaganda disso. Ele apenas disse que era para anunciar a chegada do Reino de Deus e que haveria lugares que receberiam a Palavra e outros não. Simples assim.

O discipulado aprendido com Jesus e os apóstolos por todo o Novo Testamento não tem seu foco ou ênfase na multiplicação do número de pessoas alcançadas, mas no ensino da Palavra. As "células", ou reuniões nas casas, aconteciam na igreja primitiva com a finalidade de promover profunda comunhão e aprendizado prático entre a irmandade. Sim, eram uma grande família. Estavam mais para grupos de convivência do que simples reuniões de estudo superficial do texto bíblico e chá com biscoito. Tudo lhes era comum, inclusive as necessidades que alguns passavam. As ofertas eram recolhidas não para comprar terrenos, construir templos ou bancar a vida luxuosa dos líderes, mas para suprir as carências que os irmãos mais pobres tinham.

Muitos sinais e prodígios eram feitos pelos apóstolos, mas nem os milagres físicos eram tão prodigiosos quanto o amor vivido e proclamado naqueles dias pelos discípulos de Jesus, de forma contínua e verdadeira. Havia profundo temor no coração de todos, era um só o sentimento de comunhão e o Senhor acrescentava, todos os dias, os que iam sendo salvos.

Não tenho nada contra o crescimento numérico. É claro que eu quero que o Evangelho alcance muitas pessoas; se possível, todos os que estão a minha volta. Mas nem sempre os números frios sintetizam realidades espirituais muito para além das estatísticas. O problema é quando se faz do crescimento um deus e aí passa a valer qualquer estratégia, qualquer método e desculpa para atrair as pessoas. O foco passa de pregar o que É certo para pregar o que DÁ certo.

Vejo muitas igrejas cheias, lotadas de gente vazia, escravizadas por seus próprios interesses e desejos mesquinhos. Crentes não em Deus, mas no milagre prometido que às vezes demora para chegar, nas correntes infinitas de orações e sacrifícios pessoais.

São lugares onde as reuniões de oração agora são chamadas de campanha e têm, em alguns casos, sete dias ou sete semanas para fazer acontecer o milagre. Quem decreta o milagre não é Deus, mas o "homem de Deus", emocionado e eufórico. E "Deus" fica como que "obrigado" a realizar o que pedem através do ato profético e do sacrifício deixado no altar.

Nesses lugares, quem chega, e vai sendo chamado de discípulo, vai aprendendo a arte do proselitismo religioso/denominacional. São transformados em corretores da fé na plaquinha da igreja, o que é muito diferente da consciência de um só corpo e um só batismo pregado pelo apóstolo Paulo. Este modelo de igreja exige muito entretenimento, muita mudança exterior e asséptica, muito falso moralismo, mas que pouco tem a ver com as mudanças mais profundas  até alcançar a mente de Cristo.

Será este o fim? Infelizmente, para este modelo de "igreja mercado", não vejo um futuro diferente. Queria estar errado, mas este modelo vai crescer muito ainda e se alastrar porque há uma demanda e um propósito para isso. A intenção é transmitir uma falsa sensação de conversão, sem compromisso real com a Palavra. As pessoas são carentes deste misticismo, e quando ele é feito em nome de "Jesus", parece que ganha validade. Suas mentes estão cauterizadas. São cegos guiando cegos. Pensam estar agindo em nome de Deus, mas o que é adorado nestes lugares é o poder dos seus próprios líderes.

Entretanto, a verdadeira igreja é de Deus. É invisível. Não tem fronteiras. As portas do inferno não prevalecem contra ela. Os discípulos de Jesus são identificados não pelo nome no letreiro de suas comunidades, mas pelo amor vivido e praticado visceralmente. O Evangelho não fica só no discurso, mas é ensinado e pregado com a própria vida, mesmo que seja preciso perdê-la.

A santidade ensinada não é externa, mas faz sentido e morada na vida, na caminhada dia após dia, mudando o caráter verdadeiramente. O compromisso com o outro não é o tapinha nas costas de quem diz: "estamos juntos", mas não se envolve até as últimas consequências. Este discipulado não acontece somente entre os que estão debaixo de uma "cobertura espiritual", não acontece somente na "célula", entre um grupo restrito ou em uma hora delimitada. O encontro com Deus não está marcado para um lugar isolado do mundo exterior. O Peniel de verdade é o Evangelho praticado na rua, no trabalho, na família e também fora da igreja.

O verdadeiro discipulado se aprende espiritualmente e não emotivamente. O fruto deste ensino até pode vir de forma numérica também, mas vem essencialmente na mudança provocada na vida dos discípulos.


O Deus que disse: "vá e faça discípulos de todas as nações" te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Extraído do blog:
www.ovelhamagra.blogspot.com

segunda-feira, 16 de julho de 2012

BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS




Uma das virtudes que me chama mais atenção na pessoa de Jesus é a humildade. A humildade é a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas, como por exemplo: cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade. Porém ela poderá ser confundida com a modéstia. O modesto tem falta de ambição, a humildade pode estar no ato de reconhecer que em determinado momento estamos sendo ambiciosos ao invés de gananciosos. Por humilde também se pode entender a personalidade que assume seus deveres, obrigações, erros, culpas e limitações sem resistência. Assim, se pode dizer que a pessoa ou indivíduo "assume humildemente". Pobreza não é sinônimo de humildade. Conheço inúmeras pessoas pobres, mas que não são nada humildes. Conheço também pessoas com certa condição financeira, mas são humildes de coração.

A humildade é o primeiro item das bem-aventuranças ensinadas por Jesus Cristo aos seus discípulos. Humildade vem da palavra latina “humus”  que significa filho da terra. Isto lembra a encarnação de Jesus e a designação do seu  nome quando Ele vier buscar o seu povo na sua glória exaltada como esta escrito em (Mt.16:27) – “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras”. Jesus é o exemplo maior de humildade, como o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos Filipenses dizendo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forme de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que esta acima de todo nome”. (Filipenses 2:5-9).

Este texto nos ensina:
a)      Que devemos ter os mesmo sentimentos existentes na prática da vida de Jesus Cristo.
b)      Que não devemos em nosso julgamento ser superior a ninguém.
c)      Devemos assumir a forma de servo. A virtude humilde (húmus) deve ser o adubo da natureza de nossas demonstrações afetivas, sem que haja acepção de pessoas.
d)     Humilhar-se diante do Senhor, é despir-se do orgulho, da ostentação, da superioridade e revestir-se da humildade do Senhor, como o apóstolo Pedro escreveu dizendo:

“...cingí-vos, todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade porque ele tem cuidado de vós” (1Pe.5:5b-7).

Não são poucos os textos que as Escrituras fala sobre a humildade. Veja alguns exemplos:
ü  Jacó em (Gn.32:10),  reconhecendo ao sua indignidade tanto da misericórdia de Deus como sua fidelidade.
ü  Moisés (Êx.3:11) – Reconheceu a sua incapacidade de ir até faraó tirar o povo de Deus da terra do Egito.
ü  Josué em (Js.7:6) – Em uma atitude humilde, rasga suas vestes de general e se dobra diante da arca do Senhor em um bom período de tempo, desde manhã até a tarde, onde se lê que ele se cobriu de pó sobre suas cabeças.
ü  Davi em (1Cr.29:14-15) – Quando em oração agradecia a Deus por ver a voluntariedade do povo a ofertar para a construção do templo. Sendo rei de Israel, reconheceu que não era nada diante de Deus, colocou-se em pé de igualdade como todos os seus pais, reconhecendo que era peregrino igual a eles.
ü  Isaías em (Is.6:5) – Quando teve uma visão do trono de Deus, reconheceu que era homem de lábios impuros, e que habitava junto de povos de lábios também impuros. Ele disse: Ai de mim, estou perdido...
ü  Jeremias em (Jr.1:6) – Reconheceu sua pequenez, diante do chamado do Senhor para ser profeta as nações.
ü  A mulher Cananéia em (Mt.15:27) – Quando rogava a Jesus que libertasse sua filha endemoniada , se colocou na linha de igualdade de um cachorro que come das migalhas que caem da mesa do seu Senhor.
ü  Jesus era manso e humilde de coração (Mt.11:29). Ele sabia se compadecer pela dor humana,  colocava-se ao lado deles.

Deus resiste ao soberbo e ao orgulhoso, mas atenta para os humildes (cf. Sl.138:6, Pv.3:34, Lc.1:52, Tg.4:6, 1Pe.5:5).

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu e o outro publicano. O fariseu posto em pé orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo  de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exaltar, será humilhado; mas o que se humilha, será exaltado” (Lucas 18:9-14).

Lições extraídas do texto:

a)      Não confie em si mesmo.
b)      Não considere justo ou superior ao outros, seja quem for, ou que classe social pertença.
c)      Não despreze as pessoas, principalmente as empobrecidas.
d)     Não é a sua devoção ou sua contribuição que lhe dará o prestígio de ser ouvido por Deus. O dinheiro não coloca as pessoas em posições melhores diante do Senhor com relação aos pobres. O nosso resgate não foi mediante prata nem ouro. O dinheiro não justifica absolutamente ninguém diante de Deus.
e)      O arrependido humilde é o que alcança o favor do Senhor. O Senhor resiste o soberbo.
f)       Deus exalta o humilde

A HUMILDADE É RECOMENDADA:

(Rm.12:3) – “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo,além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”.

(Mt.20:25) – “Então Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

(Ef.4:1-3) – “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com loganimidade, suportando-vos uns aos outros em amor. Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vinculo da paz:”.

Amém,
Romildo Gurgel
(Madrugada do dia16/07/2012)


domingo, 15 de julho de 2012

SUGESTÕES PARA UMA POSSÍVEL RESPOSTA DE ORAÇÃO



Se você está querendo orar buscando o Senhor, veja qual a dica que Deus lhe dá para poder encontrá-lo!
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei o seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos  à oração que se fizer” (2Crônicas. 7:14-15).

Dica:

a)      Humilhar
b)      Orar e buscar
c)      Se converter dos maus caminhos, isto significa que você terá que se arrepender da inclinação do seu coração ao mal,  abandonar os  seus erros e trilhar em veredas que o Espírito Santo lhe sugerir, principalmente com base na palavra de Deus.

O resultado acontecerá o que Deus prometeu em sua palavra:

a)      Ouvirei dos céus
b)      Perdoarei os seus pecados
c)      Sararei a sua terra
d)     Estarão abertos os seus olhos
e)      Estarão atentos os seus ouvidos a oração que você fizer

Veja essa dica de suma  importância:

“Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o senhor, e farei mudar a vossa sorte;...” (Jr.29:13,14 a).

Procedimento adequado:

a)      De todo o coração
Resultados:
a)      Serei achado por você.
b)      Farei mudar a vossa sorte

Então meu amado leitor:

Aplique o seu coração a orar todos os dias, buscando-o  de todo o coração! Confesse os seus problemas, abandone as práticas erradas, e Deus endireitará as suas veredas! Deus promete ouvi-lo se você decidir tomar tal atitude. Se isole em um local secreto com propósito de encontrar Deus ali, pode acreditar, que os seus olhos estarão abertos ao que você pedir, e a oração que você fizer não será inútil. Dobre os seus joelhos, manifeste a Ele a sua insignificância, confesse os seus pecados e prometa abandoná-los, faça isso de todo o seu coração. Não se admire de uma brisa suave que poderá surgir na sua consciência, todo o seu pesar será removido, Deus encherá o seu coração de júbilo, de cânticos e música que se misturarão com suas emoções. Paz e segurança confortarão o seu coração e você  sairá dali feliz.

Pratique e você será
Abençoado(a).

Romildo Gurgel

sábado, 14 de julho de 2012

SUA VIDA É UMA CONSTRUÇÃO



A escritura sagrada nos encoraja a algumas construções. Toda construção cristã esta intimamente relacionada com a comunhão que temos com Deus. Portanto, ela é inacabada, e se houver uma finalização, encerra-se na passagem que continuará eternamente. Deus desejou construir nossas vidas,  a partir da construção de sua casa espiritual, cuja casa somos nós. A partir daí, vem uma série de outras construções, a do nosso caráter, de nossos lares, de nossa família, a da sua Igreja como comunidade terapêutica possuidora de dons que foram designados para edificação dos santos. Vejamos:
a)      Deus é um  construtor. “ Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmo 127:1).  McNair (p.205), comenta:
O assunto é que Deus é senhor da vida doméstica e cívica. O  lar e a cidade não podem ser edificados pelas mãos de um ansioso cuidado. A palavra “em vão”, explica duas maneiras de agir: um afanoso esforço, confiando no próprio poder; a outra, de paciente trabalho, confiados em Deus. Somente esta ultima é que recebe a bem-aventurança.
Shedd, (p.641) comenta:  O esforço  humano dissipa-se sem a orientação divina.
b)      Cada indivíduo é também um construtor“Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as prática, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha... Mas  o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces” (Lucas 6:47-49).
c)      De um modo geral, todos os que fazem uso das Escrituras Sagradas, ministros, evangelistas, obreiros também são construtores – “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele” (1Coríntios 3:10). Quanto ao uso da palavra temos que ser prudente, pois o apóstolo Paulo acrescentou: “porém, cada um veja como edifica”.
Os alicerces não podem ser outro a não ser Cristo, Ele é a verdadeira pedra de edificação, desprezá-lo é colocar em risco todo o projeto. Portanto, toda construção se inicia por intermédio dela, no fundamento o material que deverá ser utilizado é unicamente Cristo, como está escrito: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Coríntios 3:11).
Os outros materiais precisam ser utilizados adequadamente. “Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará” (1Coríntios 3:12-13). O apóstolo Paulo ao escrever esta porção das escrituras, ele teve como base os materiais que foram utilizados na construção do templo de Salomão em (1Reis 6), portanto, aqui, ele traduz daquela construção, que as escolhas de materiais que foram utilizadas, denotam a natureza da obra da construção. Aqui em (1Co.3:12-13), nos são traduzidas o cuidado que o edificador terá que ter, na escolha dos materiais e sua natureza. Entendo que madeira, feno, palha, são materiais bem inferiores, e que representam a natureza meramente humana, bem como a sabedoria desse século e a personalização dos nossos talentos. E que, ouro, prata, e pedras preciosas, são materiais que traduzem a natureza de Deus e de sua palavra. Enfim, o que o apóstolo esta querendo nos falar é que devemos ter cuidado para não utilizar materiais inferiores, visto que o resultado será demonstrado no final quando o Senhor vier buscar todos os edificadores. Lembro que um templo ou construção de madeira, feno e palha pode ser construído rápido e barato. Esses materiais existem em abundância. Mas há aqueles que buscam materiais mais caro, limitando-se  a pregar “Cristo e esse crucificado” parecerão ser lentos e improdutivos, mas o tempo dirá. Homens de fé não julgam nada como está escrito: “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as cousas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1Coríntios 4:5).
A planta é o modelo de como se deverá ser construído. A planta possui, um comprimento, largura, profundidade e altura. Uma vista rápida não é suficiente, muitos detalhes poderão ficar de fora, como está escrito: “Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e Apolo, eu aplico a mim e a você que esta lendo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito, planta da construção, escrituras sagradas (1Coríntios 4:6). (grifo meu).

Amém
Romildo Gurgel
(Palavra recebida no dia 14/07 as 02:15 madrugada de sábado)

Bibliografia:
1 – A Bíblia Explicada – S.E.McNair, CPAD
2 – Biblia Vida Nova – Russell P. Shedd, Ed.Vida Nova.


terça-feira, 3 de julho de 2012

MARCAS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO




A igreja tem duas dimensões: organismo e organização, corpo místico de Cristo e instituição religiosa, que convivem e se misturam enquanto fenômeno histórico e social. O grande desafio é fazer a dimensão institucional diminuir para deixar o organismo espiritual crescer. O que se observa hoje, entretanto, é um movimento contrário, no qual muitas comunidades cristãs caminham a passos largos para a institucionalização, sem falar naquelas que estão com os dois pés fincados no terreno da religiosidade formal. Senão, observe o que eu chamo de marcas da institucionalização da igreja.


1. Liderança personalista. Quando a comunidade acredita que algumas pessoas são mais especiais do que outras, abre brecha para que alguém ocupe o lugar de Jesus Cristo e se torne alvo de devoção. Ocorre então uma idolatria sutil e, aos poucos, um ser humano vai ganhando ares de divindade. Líderes que confundem a fidelidade a Deus com a fidelidade a si mesmos se colocam em igualdade com Deus e, em pouco tempo, pelo menos na cabeça dos seus seguidores, passam a ocupar o lugar de Deus. Eis a síndrome de Lúcifer.


2. Ênfase na particularidade do ministério. Uma vez que o projeto institucional se torna preponderante, a ênfase não pode recair nos conteúdos comuns a todas as comunidades cristãs. A necessidade de se estabelecer como referência no mercado religioso conduz necessariamente à comunicação centrada nas razões pelas quais “você deve ser da minha igreja e não de qualquer outra”. Torna-se comum o orgulho disfarçado dos líderes que estimulam testemunhos do tipo “antes e depois de minha chegada nesta igreja”.


3. Ministração quase exclusiva à massa sem rosto. Ministérios institucionalizados estão voltados para o crescimento númerico e valorizam a ministração de massa, que se ocupa em levar uma mensagem abstrata a pessoas que, caso particularizadas e identificadas, trariam muito trabalho aos bastidores pastorais. Parece que os líderes se satisfazem em saber que “gente do Brasil inteiro nos escreve” e “pessoas do mundo todo nos assistem e nos ouvem”, como se transmitir conceitos fosse a única e mais elevada forma de dimensão da ministração espiritual. Na verdade, a proclamação verbal do evangelho é a mais superficial ministração, e deve ser acompanhada de, ou resultar em, relacionamentos concretos na comunhão do corpo de Cristo.


4. Busca de presença na mídia. Mostrar a “cara diferente”, principalmente com um discurso do tipo “nós não somos iguais os outros, venha para a nossa igreja”, é quase imperativo aos ministérios institucionalizados. A justificativa de que “todos precisam conhecer o verdadeiro evangelho”, com o tempo acaba se transformando em necessidade de encontrar uma vitrine onde a instituição se mostre como produto.


5. Projetos ministeriais impessoais. Ministérios institucionalizados medem seu êxito pela conquista de coisas que o dinheiro pode comprar. Pelo menos no discurso, seus desafios de fé não passam pelos frutos intangíveis nas vidas transformadas, mas em realizações e empreendimentos que demonstram o poder das coisas grandes. Os maiores frutos da missão da Igreja são a transformação das pessoas segundo a imagem de Jesus Cristo e da sociedade conforme os padrões do reino de Deus, e não a compra de uma rede de televisão ou a construção de uma catedral.

6. Exagerados apelos financeiros. Consequência de toda a estrutura necessária para sua viabilização, os ministérios institucionalizados precisam de dinheiro, muito dinheiro. As pessoas, aos poucos, deixam de ser rebanho e passam a ser mala-direta, mantenedores, parceiros de empreendimentos, associados.


7. Rede de relacionamentos funcionais. A mentalidade “massa sem rosto” somada ao apelo “mantenedores-parceiros de empreendimentos” faz com que as relações deixem de ser afetivas e se tornem burocráticas e estratégicas. As pessoas valorizadas são aquelas que podem de alguma forma contribuir para a expansão da instituição. Já não existe mais o José, apenas o tesoureiro; não mais o João, apenas o coordenador dos projetos Gideão, Neemias, Josué, ou qualquer outro nome que represente conquista, expansão e realizações.


8. Rotatividade de líderes. Não se admira que muitos líderes ao longo do tempo se sintam usados, explorados, mal amados, desconsiderados e negligenciados como pessoas. O desgaste de uns é logo mascarado pelo entusiasmo dos que chegam, atraídos pela aparência do sucesso e êxito ministerial. Assim a instituição se torna uma máquina de moer corações dedicados e esvaziar bolsos de gente apaixonada pelo reino de Deus. O movimento migratório dos líderes de uma igreja para outra é feito por caminhões de mudança carregados de mágoas, ressentimentos, decepções e culpas.


9. Uso e abuso de conteúdos simbólicos. A institucionalização é adensada pelos seus mitos (nosso líder recebeu essa visão diretamente de Jesus), ritos (nossos obreiros vão ungir as portas da sua empresa) e artefatos (coloque o copo de água sobre o aparelho de televisão), enfim, componentes de amarração psíquica e uniformidade da mentalidade, onde o grupo se sobrepõe ao indivíduo e a instituição esmaga identidades particulares. Os símbolos concretos (objetos, cerimônias repetitivas, palavras de ordem) afastam as pessoas do mundo das ideias. Quanto mais concretos os símbolos, mais amarrado e dependente o fiel.


10. Falta de liberdade às expressões individuais. Ministérios institucionalizados, personalistas, dependentes de fiéis para sua manutenção financeira e psicologicamente amarrados pelos conjuntos simbólicos não são ambientes para a criatividade e a diversidade. Todos brincam de “tudo quanto seu mestre mandar, faremos todos” e, inconscientemente, acabam se vestindo da mesma maneira, usando o mesmo vocabulário, gestos e linguagens não verbais. Seus rebanhos são compostos não apenas por “massa sem rosto” e “mantenedores-parceiros de empreendimentos”, mas também por “soldadinhos uniformizados”, o que aliás, é a mesma coisa.

Extraido do blog:
www.juninhoacura.blogspot.com.br

domingo, 1 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DA MEMORIZAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS




A minha intenção nesta pequena reflexão é  falar sobre a importância da memorização das Escrituras Sagradas e as implicações que ela trará para aqueles que se aplicam em memorizá-la. De praxe, a memorização das Escrituras fará de você uma pessoa  destemida e usada por Deus. Jonh Piper falando sobre esse assunto, teceu oito pontos importantes na memorização das escrituras sagradas. Vejamos:

1 – Memorizar as escrituras torna a meditação possível em ocasiões em que vocês não têm como ler a Bíblia e a meditação é o caminho para um entendimento mais profundo. Então você vai meditar na lei do Senhor de dia e de noite (Salmo 1:2) você precisa um pouco dela em sua mente, para que ocorra a meditação. Você só pensará acerca da verdade da palavra de Deus se tiver ao menos um pouco dela armazenada no seu coração.

2 – Memorizar as Escrituras fortalecerá sua fé, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus (Rm 10:17). É isso que acontece quando se está ouvindo  a Palavra  em sua mente. Você poderá começar pensando em um versículo, depois vem mais um, surge depois mais outro e aí, vem mais alguma outra porção e você vai sendo fortalecido interiormente e começa a se  motivar e a edificar a sua fé.

3 – Memorizar as escrituras moldará o jeito com que você enxergará o mundo, conformando a sua mente com o ponto de vista de Deus. Pensar nas escrituras, é a mesma coisa de usar um óculos sobrenatural  que  possibilitará você a ver o mundo com a visão de Deus. Isto deve ser em tudo.

4 – Memorizar as Escrituras torna a Palavra de Deus mais prontamente acessível, para vencer as tentações do pecado, pois as admoestações e as promessas de Deus são o caminho pelo qual vencemos as tentações enganadoras do pecado.

5 – Memorizar as Escrituras protegerá sua mente, fazendo com que seja mais fácil,  para você, detectar erros. E o mundo está repleto de erros, porque o deus desse mundo é um mentiroso.

6 – Memorizar as Escrituras lhe capacitará a golpear o diabo na face com uma força que ele não poderá resistir. Isto fará com que proteja você e sua família dos seus ataques. Então meu amado leitor, pergunto: Com que você o está golpeando?!  Ele é milhões de vezes mais forte do que você!  Ele odeia você!  odeia sua família, seu casamento, a igreja e Deus! Como alguém neste mundo consegue andar sendo dominado pelo diabo. O uso da espada de Deus que é a sua palavra fará toda uma diferença se você meditar todos os dias nela. Lembre-se que a palavra de Deus é o escudo da sua fé, bem como também é uma arma ofensiva. Com ela você poderá apagar todos os dardos inflamados do maligno (cf. Efésios 6:16-17).

7 – Memorizar as Escrituras fornecerá a você as mais fortes e doces palavras para serem ministradas a outros necessitados. Você já foi pego de surpresa por alguém em necessidades? Você não precisa ser pego de surpresa. As circunstâncias e as necessidades é que ficarão surpreendidas com o que vai acontecer quando você ministrar sobre as pessoas que estão nelas.

8 – Memorizar as Escrituras fornece a fonte para o relacionamento com Jesus, pois Ele falará com você pela sua palavra a (Bíblia Sagrada) . De uma maneira doce, poderosa, autêntica e real, Ele fala com você através dela.  Após isso, você poderá responder para Deus em oração. Deus fala com você pela meditação e você falará também com Ele em oração. Se a palavra de Deus estiver meditativamente em sua mente, você poderá falar com Ele em qualquer lugar. A experiência meditativa isolada no quarto poderá ser estendida pelas demais atividades do seu cotidiano. Sendo assim, você estará levando para o curso de suas atividades a experiência da meditação, conforme está escrito: “Bem aventura o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Salmo 1:1-2).

Preste atenção a esses versículos extraídos da Bíblia Sagrada.

(João 14:21) – “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele”.
Isto nos traduz que a palavra de Deus tem que ser transformada em nossa experiência cotidiana. Amar ao Senhor é obedecer aos seus mandamentos. Deus se revelará poderosamente. É inevitável isso não acontecer. Ele é fiel naquilo que diz.

(João 15:10) – “Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço”.
A impressão que fica ao ler esse versículo é que a forma  que Jesus permaneceu no amor de Deus foi obedecendo os mandamentos de seu Pai. Da mesma forma temos que obedecer os seus mandamentos  para permanecer no seu amor.

(João 15:12) – “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei”.
O mandamento de Jesus é o de amar uns aos outros como Ele nos amou.

(João 12:50) –“Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer”.
O mandamento de Jesus é a vida eterna. Então, se amarmos, estaremos dizendo que estamos vivendo a qualidade de vida que Deus quer proporcionar em Cristo Jesus.

Amém,

Romildo Gurgel