segunda-feira, 17 de junho de 2013

EXERCÍCIO DE LIDERANÇA, SUBMISSÃO E MISSÃO


Romildo Gurgel

“Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir” (João 21:18).

Estas palavras ditas por Jesus a Pedro, é o cerne da liderança cristã. Aqui fala da capacitação de servir e seguir o caminho da vontade de Deus sem resistência. Para que isso venha acontecer faz-se  necessário uma postura prontificada de humildade.
O mundo ensina que um jovem deve lutar pela sua independência, e enquanto não adquire, não pode ir onde deseja ainda, mas quando crescer e ficar maduro será capaz de tomar suas próprias decisões, seguindo seu próprio caminho e controlando o seu próprio destino. Mas Jesus ensinou de forma diferente para Pedro revelando que a maturidade está na capacidade de abandonar e deixar-se levar para onde você preferiria não ir. Maturidade ensinada por Jesus envolve submeter sua própria vontade e de forma humilde, subjulgar essa vontade própria a uma atitude de leveza de se deixar ser conduzido com facilidade ao propósito da vontade de Deus.
Quando Jesus chamou a Pedro para ser um líder de Suas ovelhas, Ele deixou bem claro  ao confrontá-lo com a dura verdade, de que o líder deve ser um servo guiado para lugares desconhecidos, indesejáveis e muitas vezes dolorosos. O caminho de um líder cristão não é um caminho de ascensão, mas revela-se em um caminho descendente até a crucificação.

·         Maturidade cristã reside na capacidade de dizer não a si mesmo. E de aceitar ir aonde tem que  ir, mesmo quando não se quer ir.
·         Maturidade cristã aparece quando é o que se deve ser, mesmo que não seja este o nosso natural interesse.
·         Maturidade cristã se destaca quando se faz aquilo mesmo que seja a contragosto.

O maior líder é aquele que tem o maior dos líderes, Jesus Cristo como Senhor.

Não precisa ir muito longe para se observar quem são os lutadores da arena da alma. Conflitos de vontades, disputas de poder, este é o cerne das batalhas travadas ali: Sua vontade e a vontade de Deus. O resultado dessa luta será a “vontade que prevalecer” que será a dona de nossas intenções, ações e propósitos.
Sendo assim, dois termos aparecem nas Escrituras Sagradas. O primeiro é o esvaziamento, e o outro é o enchimento. A verdade é que não há como encher algo que esteja plenamente cheio.

Está escrito:
“...deixem-se encher do Espírito Santo” (Efésios 5:18b).

Deixar-se encher, consiste em você fazer a sua parte, permitindo que haja um esvaziamento, para que o Espírito Santo ocupe o lugar que estava cheio de sua vontade anteriormente. A sua parte esta na palavra do versículo “deixem-se” e nessa arena da alma, o Espírito Santo assumirá o enchimento simultaneamente na medida em que houver um esvaziamento.

Entenda isso:  Fora da sua vida, Deus é um juiz, dentro de sua vida e assumindo a sua vontade, ele é seu Salvador. Salvação sem senhorio é deixar Deus de fora. Se não houver uma transformação, serão meras informações. Se não houver uma transformação para que Deus assuma a nossa vontade, a nossa vontade própria no céu, seria manifestação de demônios, pois ela é por demais corrompidas.

Entenda que não existe um plano B que venha substituir a vontade de Deus. A santificação bíblia é um processo de humilhação da nossa vontade e apropriação da vontade de Deus em cima dessa vontade corrupta.

A Bíblia diz: “Sem santificação ninguém verá o Senhor”(Hebreus 12:14b).

Uma vontade que não se rende é o mais serio de todos os obstáculos para saber a vontade de Deus.

Que o Senhor nos ajude.

Romildo Gurgel

FONTE:
1 – Extraído e compilado do livro de WANDERLEY, Sergisfredo. Cristianismo Diabólico. Editora Danprewan, 1ª Edição; Rio de Janeiro, 2011 pp.130-134.
2 – Bíblia Sagrada NVI
3 – Chave Bíblia – SBB





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