sexta-feira, 4 de maio de 2012

LÍNGUAS ESTRANHAS E PROFECIAS



Entendo que a língua estranha é um dom para ser usado de pijama e a profecia um dom para ser usado de palitó. O dom de línguas precisa de interpretação caso aconteça em uma reunião na igreja, que na maioria das vezes isso não acontece. O único beneficiado é quem fala, pois o que fala em línguas edifica a si mesmo. A língua estranha poderá acontecer em forma de oração, de canção e palavras proféticas, sendo que no caso profético deve estar dentro do prisma da correção, edificação e consolação (cf. 1Co.14:3) e a oração dessa forma, edifica a fé de quem esta nesta comunhão íntima com o Espírito Santo (cf.Judas vs.20¬). No momento da oração, acontece a simultaneidade da oração mental com a espiritual, é exatamente nesta oração mútua que somos ajudados nas nossas fraquezas, pois não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede por nós lado a lado, amalgamando-se entre a oração mental com a espiritual (cf. Rm.8:26; 1Co.14:14-15). 

O apóstolo Paulo não proibia a Igreja de falar em línguas, desejou até mesmo que todos chegassem a ter a experiência do falar em linguas, mesmo sabendo que isso poderia causar uma grande confusão em uma reunião se todos falassem ao mesmo tempo (cf.1co.14:16; vs.23-24), portanto, prefere ser usado em uma reunião com a  linguagem que venha abençoar a todos os que estão presentes (1Co.14:19), e acalma os que falam em línguas, dizendo que fala mais línguas de que todos os demais, e se isso acontecer que sejam um, dois, e os outros interpretem. A linha do apóstolo é edificação.

Considerando ainda o que o apóstolo Paulo ainda ensina:

a) As línguas é um sinal para o incrédulo – (1Co.14:22) parece contrastar com o que foi dito acima.

b) Já as profecia não é para os incrédulos – (1Co.14:22), elas não devem ser desprezadas, mas examinadas se realmente procede de Deus dentro dos parâmetros da correção, edificação e consolação  (1Ts.5:20).


Romildo Gurgel

Um comentário:

  1. Jesus não precisava orar em línguas, pelo simples fato de ser a palavra encarnada. Jesus compreendia perfeitamente a vontade de Deus e os motivos que o levaram a vir a este mundo. Nesse ponto não precisava da intercessão do Espírito. Mas como verbo encarnado, ele encarnava também a função consoladora. No jardim Getsemani, Jesus ao orar por três vezes, reclama dos discípulos a questão da vigilância. Vigiar é resistir a qualquer força que venha impeli-lo a mudar o foco da encarnação, porque orava com essas palavras, "se possível passe de mim este cálice, sem que eu beba, porém não seja como eu quero, mas como tu queres. Já pensou que luta. A fonte da vida e o doador de vida serem entregue a morte! O verbo encarnado é o consolador entre nós, como está escrito: "e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (Jo.14:16). Por isso é que Jesus não precisava falar em línguas. A única manifestação de conforto ali, foi de um anjo que o confortava, não foi o conforto e ajuda das línguas, visto que ele sabia a vontade de Deus. (cf. Lc.22:43)
    Quando Jesus foi para o Pai, foi aí que Ele recebeu outro batismo, o do Pai, e o fez derramar nos discípulos que estavam em Jerusalém, como esta escrito: "Exaltado, pois à destra de Deus, tendo recebido a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis" (Atos 3:32). Aqui se trata do discurso explicativo de Pedro quando o Espírito Santo foi derramando pela primeira vez lá no Cenáculo.
    O interessante é que Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo lá, não aqui.
    E mais interessante ainda, é que Ele derramou o que recebeu. Ele já dizia, Se eu não for o Espírito Não virá...
    O espírito só iria ser derramado se Jesus fosse glorificado, como esta escrito: "...Pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido glorificado" (João 7:39b))

    Amém,
    Romildo Gurgel

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