Romildo Gurgel
LEITURA BÍBLICA:
(JL 2:28) - E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos
sonharão, e vossos jovens terão visões;
(JL 2:29) - até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu
Espírito naqueles dias.
(JO 14:16) - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a
fim de que esteja para sempre convosco,
(JO 14:17) - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e
estará em vós.
(JO 14:18) - Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.
(JO 14:19) - Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós,
porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.
(JO 14:20) - Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e
vós, em mim, e eu, em vós.
(JO 14:21) - Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é
o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei
e me manifestarei a ele.
A palavra promessa na bíblia, mas precisamente na velha aliança
teve a sua legitimidade na nova aliança,
apensar de algumas delas terem sido
cumpridas em parte na antiga aliança, agora esta usualmente envolvida nos seus principais
contextos neotestamentários conjuntamente com a graça, e é contrastada com o
esforço da prática da lei doutrinada
(especialmente nos relatos que o apóstolo Paulo fez ao escrever sua
carta aos Romanos capítulo 4 e aos
Gálatas capítulo 3).
A promessa do
Espírito é um dom gratuito, sem preço, sem custo ou condição. O que as
escrituras diz sobre o Espírito Santo, sempre
é uma dádiva graciosamente outorgada e não um penhor obtido através de
uma negociação.
Aqui em particular,
pretendemos esclarecer alguns pontos que merecem bastante consideração para que não venhamos cair em erro de
interpretação, onde alguns andam misturando textos que não são contextos. Ao
estudar sobre o derramamento do Espírito, observei que na bíblia existem duas
promessas que são bastante distintas, que aparentemente parecem ser o mesmo
derramamento, mas a verdade é que não é .
Isto porque a ocasião do cumprimento da promessa do Pai, só foi
cumprida após o Filho fazer com que seus discípulos recebessem o consolador
prometido por Ele, como é relatado no evangelho de (João
14:16) “... outro consolador”.
Note que por ter Deus mencionado primeiro a sua promessa em Joel, não significa
que Ele teria que derrama-lo primeiro. O
consolador prometido por Jesus no evangelho de João é que foi derramado
primeiro acontecendo logo após a ressurreição do Senhor. Aparentemente a visão
que temos ao ler as promessas parecem
ser algo bastante semelhante ao
tratar-se do mesmo assunto, porque ambas as promessa mencionam o Espírito Santo, isto é certo, mas o que se
deve levar em conta é a função e a ocasião que foram derramadas, e não misturar
os textos. Ambas as promessas possuem funções diferentes e não se trata do
mesmo derramamento, como veremos isto mais detalhadamente adiante. A primeira
promessa de Joel, por ser a primeira, foi derramada por ultimo na ocasião da
festa de Pentecostes em Jerusalém, e a ultima prometida pelo Filho o consolador foi derramado primeiro nos
dias que se seguiram após a ressurreição de Jesus. Entendemos pela palavra que
o alvo da promessa de Joel é prover o povo de Deus para levar a cabo o seu plano no que diz respeito
a Nova Aliança sendo como parte fundamental para equipar e
dá habilidade para a conclusão do tempo da Graça como responsabilidade
da Igreja. Por sua vez, entendemos que a promessa do Filho diz respeito a
introdução do Espírito dentro dos discípulos formando o Seu corpo em expressão
da Igreja, tornando-se um com eles (1Co.6:17).
(1CO 12:13) - Pois, em um só
Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer
escravos, quer livres. E a todos
nós foi dado beber de um só Espírito.
Observe que a Igreja só
é Igreja (corpo), quando ela recebe o Espírito e bebe desse Espírito. Todos
receberam desse Espírito para formar um só corpo. Essa entrada do Espírito é
também chamada de Batismo , isto porque o Espírito (pessoa) passa a habitar no
crente e o introduz fazendo-os com que
sejam Igreja (corpo). Quando bebemos do Espírito, é porque
bebemos também a palavra, porque a palavra também é Espírito e vida. A
introdução do Consolador (Espírito da verdade) dentro dos santos, faz com que
todos os santos indistintamente de raça, bebam de um mesmo manancial de vida
(Espírito). O Consolador é único como a promessa do Filho, e diz respeito a
pessoa do Espírito Santo habitando no crente, onde a partir de então, poderemos
receber a promessa do Pai, que também
foi derramado pelo Filho, quando o Filho
a recebeu do Pai quando foi glorificado (Jo.7:39).
EXAMINANDO AS DUAS PROMESSAS
A primeira promessa é a do Pai (V.T.)
Joel 2:28-29
(JL 2:28) - E acontecerá,
depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão
visões;
(JL
2:29) - até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles
dias.
A Segunda promessa é a do Filho (N.T.)
João
14:16-17
(JO 14:16) - E eu rogarei ao
Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
(JO
14:17) - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê,
nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco (na pessoa de Jesus) e estará em vós (após a ressurreição)
A promessa do Pai como já
vimos, dentro da linha do derramamento do Espírito, por ser a primeira, foi a
ultima a ser estabelecida, isto porque o Espírito Santo da Promessa só poderia
vir quando o Filho fosse glorificado.
(JO 7:39) - Isto ele disse com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele
momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
Como poderemos discernir qual das duas promessas que
o texto esta se referindo que viria
quando Jesus fosse glorificado ? Aqui
não se trata da promessa do Filho. O
Espírito que o texto esta se referindo,
é o Espírito Santo da promessa profetizado pelo profeta Joel. No discurso de
Pedro após o derramamento do Espírito no dia da festa de Pentecostes, quando o
povo zombava dizendo que eles estavam embriagados, Pedro levantou a voz e disse
que estes homens não estavam embriagados como alguns estavam pensando, e depois
de discorrer sobre a promessa de Joel 2, falou sobre a morte e a ressurreição e a glorificação de Jesus
dizendo: “ sendo exaltado (Jesus), pois a destra de
Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que
vedes e ouvis” (Atos.2:33).
Aqui, o apóstolo esta retratando o cumprimento da promessa de Joel 2, com a
visão que isso aconteceria quando Jesus fosse glorificado conforme esta escrito assim: “Isto
ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem;
pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido
ainda glorificado” (João 7:39).
Observamos então que são apontadas duas
condições fundamentais para que a promessa acontecesse para os discípulos
: A primeira é a condição posicional do
Senhor (glorificado) e a Segunda é a
(posição dos discípulos)) de crer, esperar para receber. A posição dos discípulos crerem na promessa foi
seguida de esperar porque senão não
receberiam. Para que o Espírito Santo da promessa fosse derramado, seria
necessário que Jesus fosse primeiramente glorificado a destra de Deus e
primeiramente Ele recebesse a promessa do Pai. E para que acontecesse isto, Ele
teria que passar pela morte, ressurreição, ascensão e glorificação. A espera
foi somente um processo inicial até que o Filho recebesse a promessa das mãos
do Pai. Na atualidade, a condição para se receber resume-se uma palavra
pequena, crer (Mc.16:17).
A promessa
do Filho (outro Consolador), foi a
primeira a ser estabelecida que ocorreu na ocasião da Sua ressurreição e quanto a
promessa do Espírito Santo (batismo no Espírito Santo), foi
estabelecida também pelo Filho quando a recebeu do Pai . Tanto o Consolador prometido pelo Filho como
a Promessa do Espírito (Batismo no Espírito Santo), foi derramado pelo Filho.
Como se dá para ter noção, os dois derramamentos não aconteceram
simultaneamente. A promessa do Espírito
Santo houve participação de Jesus diretamente, como canal para os discípulos receberem. Deus quando entregou a promessa a
Jesus, Ele a fez derramar aos que estavam esperando em Jerusalém, conforme
pedido que esperassem a promessa de seu pai, conforme este escrito (cf. Lucas 24:49; Atos 2:5-13).
A
VINDA DO CONSOLADOR
COMO A PROMESSA DO FILHO
(JO 16:7) - Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá,
porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu
for, eu vo-lo enviarei.
Atente que o verso 7 acima diz que a condição para que venha o
consolador teria que o Senhor ir.
Quando é que Jesus foi ? Ele foi quando entregou o Seu espírito ao
Pai na cruz (Lc.23:46). O consolador diz respeito ao Espírito da verdade que o mundo não pode receber e não
no vê, nem o conhece . No evangelho de (João 14:16) diz que
quando Ele for, Ele rogará ao Pai, e ele vos dará outro Consolador. Se
Jesus iria mandar outro Consolador, quem era o primeiro consolador ? O primeiro
era Ele mesmo o verbo encarnado (João 1:1 e vs.14).
Aqui Ele esta dizendo que quando Ele for não deixaria os discípulos desfrutando
o abandono e a solidão, mas enviaria o
outro Consolador que assim como Ele iria continuar consolando aos seus e este
estaria com eles definitivamente. Em (João 14:17)
diz que o espírito da verdade o mundo não o conhecia e que eles conheceriam
porque estavam com os discípulos. Como poderia o Espírito da verdade estar com
os discípulos se Jesus disse que o Espírito da verdade só viria quando Ele fosse ? Aqui, trata-se do Espírito da sua própria
pessoa, porque se os discípulos conheciam a Jesus, conheceriam também o
Espírito que por Ele seria enviado, isto porque o Espírito falaria e
testemunharia do que era Seu (Jo.16:14) e
habitaria com eles assim como Jesus estava com eles; veja que trata-se aqui de outro consolador e
não do Espírito Santo da Promessa.
AS
FUNÇÕES DO CONSOLADOR
(JO 16:8) - Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo:
(JO 16:9) - do pecado, porque não crêem em mim;
(JO 16:10) - da justiça, porque vou para o Pai, e não me
vereis mais;
(JO 16:11) - do juízo, porque o príncipe deste mundo já está
julgado.
(JO 16:12) - Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o
podeis suportar agora;
(JO 16:13) - quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele
vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o
que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
(JO 16:14) - Ele me glorificará, porque há de receber do que
é meu e vo-lo há de anunciar.
(JO 16:15) - Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos
disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
Aqui enumeramos alguns itens que demonstram a
função do consolador :
1
– Convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo
·
Do pecado porque não crêem em mim
·
Da justiça porque vou para o Pai
(assentar-se a sua direita na Glória, até que todos os inimigos sejam posto em
baixo de Seus pés)
·
Do juízo porque o príncipe deste mundo já esta julgado. Onde o príncipe
deste mundo foi julgado ? Na morte do
Senhor.
(JO 12:31) - Chegou o momento de ser julgado este mundo, e
agora o seu príncipe será expulso.
(JO 12:33) - Isto dizia, significando de que gênero de morte
estava para morrer.
(JO 12:32) - E eu, quando for levantado da terra, atrairei
todos a mim mesmo.
2
– Ele guiará o povo de Deus a toda verdade (vs.13) – Abrindo os olhos do coração para receber
revelação das escrituras sagradas.
3
– Ele glorificará a Jesus, porque recebe
o que é dEle e o anuncia – (v.14-15) –
Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor a não ser pelo Espírito Santo
(Consolador) –(1Co.12:3).
4
– Ele nos ensinará e nos fará lembrar todas as coisas que Jesus
tem dito –
(JO 14:26) - mas o Consolador, o
Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as
coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
Ø
O Espírito Consolador só foi
derramado enquanto Jesus não ressuscitasse dos mortos, e só veio a Sua promessa
aos discípulos pela vontade do Pai , sendo soprado por Ele mesmo (cf. Jo.20:22).
5
– Ele falará em nosso lugar –
(JO 16:13) - quando vier, porém, o
Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de
vir.
6
– Ele nos fará entender as escrituras
sagradas –
(1CO 2:12) - Ora, nós não temos
recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que
conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
(1CO 2:13) - Disto também falamos,
não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito,
conferindo coisas espirituais com espirituais.
(1CO 2:14) - Ora, o homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
7
– Ele nos faz ser um com o Senhor –
(1CO 6:17) - Mas aquele que se une
ao Senhor é um espírito com ele.
8
– Ele nos regenera e renova –
(TT 3:5) - ... ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,
O MOMENTO DA VINDA DO SEGUNDO CONSOLADOR AO
MUNDO
·
Foi cumprida na ressurreição
do Senhor – (Lucas.24)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena e outras
Marias, foram ao sepulcro de Jesus na alta madrugada e viram a pedra
removida e entrando alí, não viram o
corpo de Jesus ficando assim perplexas e
atemorizadas. E alí lhes apareceram dois varões com vestes resplandecentes dizendo: “por que buscais entre os mortos ao
que VIVE ? Ele não está mais aqui,
ressuscitou. Então elas, se lembraram das palavras que o Senhor havia dito antes de tais acontecimento e
foram para os apóstolos e relataram tudo quanto lhes tinha acontecido. Pedro
então sabendo da notícia ainda escuro, se levanta e vai ao sepulcro e abaixando-se vê somente os lençóis de linho e
retirando-se dali, vai para casa maravilhado. No mesmo dia, dois discípulos
indo a caminho de Emaús, conversavam a respeito do que havia sucedido. Enquanto
conversavam, o próprio Jesus aproxima-se e vai com eles e os interroga: O que é
isso que vos preocupa e vades tratando ? O interessante neste texto, é que os
discípulos não conseguiram identificar que
era Jesus (Lc.24:16). E um dos discípulos
chamado Cleópas responde discorrendo tudo o que aconteceu e que os principais
sacerdotes e as autoridades entregaram Jesus para ser condenado a morte
crucificando-o, declarando ainda esperar
que fosse Ele que haveria de redimir a Israel, e que já se fazia três dias que
tais coisas haviam acontecido. Depois disso, Jesus começa a lhes expôs as
escrituras começando por Moisés e por todos os profetas enquanto se aproximavam
da aldeia. Os discípulos vendo que já era tarde, convida-o para entrar e ficar
com eles. E sentado a mesa, Jesus toma o pão e os abençoa, e, tendo-o partido
dá aos discípulos; foi exatamente aqui
que foram abertos os olhos dos discípulos para reconhecer que quem estava com
eles era o Senhor Jesus (Lc.24:31). Mostrar
a pessoa de Jesus é função do Espírito do Senhor (Jo.14:26).
Em (Lc.24:36-45) mostra outra ocasião, Jesus aparecendo
no meio dos discípulos deixando-os surpresos e atemorizados pensando eles ver
algum espírito. Jesus teve que mostrar as mãos e os pés levando-os a verificar que um espírito
não tem carne nem ossos, demonstrando ali que Ele tinha. Depois lhe pediu o que comer e
comeu na presença de todos falando-lhes logo em seguida que convinha que se
cumprisse tudo o que estava escrito na Lei de Moisés e nos profetas e nos
Salmos. Veja o que diz o vs.45 depois de Jesus discorrer a palavra – “Então lhes abriu o entendimento para
compreenderem as Escrituras”. Levar as pessoas a compreenderem as escrituras é função do Espírito do Senhor. Este espírito,
é o Espírito Consolador prometido por Jesus. Porque no verso 49 do mesmo capítulo, Jesus diz que
envia sobre eles a promessa de Seu Pai;
dizendo: permanecei, pois na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. A promessa do Pai é aquela
profetizada pelo profeta Joel em (Joel 2:28-29). No evangelho de João, também trata da vinda do consolador,
apresentando uma palavra que somente ele conseguiu captar diferentemente do que
é apresentado por Lucas no seu evangelho.
João diz que Jesus após mostrar
as mãos e os pés disse o seguinte: “assim como o pai me enviou , eu também vos
envio e havendo dito isto soprou sobre eles, e disse-lhe: Recebei o Espírito
Santo”. Note que este sopro é a vinda do Consolador e não da promessa do
Pai. Já no evangelho de Lucas onde ele faz a mesma narrativa, mas com linguagem
própria, fala do efeito do sopro e não o modo como lhes fora entregue dizendo:
“então lhes abriu o entendimento para
compreenderem as escrituras”. Tanto o relato de Lucas como também o de João, ambos quiseram ensinar e expressar a mesma
realidade da vinda do Consolador. Como sopro
a ênfase esta na forma de como se chegou o Consolador, já Lucas olhou
para o efeito, para o resultado dessa
atitude de Jesus, enfatizando assim mais
os resultados na vinda da promessa aos discípulos (cf. Jo.20:22). Quando o Espírito Santo vem habitar
conosco, Ele nos leva a entender as escrituras. O Espírito no interior do homem
sempre mostra aquilo que é espiritual,
abre a mente para o entendimento da
palavra. Entender as escrituras é um sopro divino. Leiamos o que o
apostolo Paulo diz :
(1CO
2:12) - Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que
vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
(1CO
2:13) - Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana,
mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.
(1CO
2:14) - Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.
(1CO
2:15) - Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é
julgado por ninguém.
(1CO
2:16) - Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém,
temos a mente de Cristo.
AQUI NESTE TEXTO SE DESTACA O
SEGUINTE:
1 – Que recebemos o Espírito para conhecermos o que
por Deus nos foi dado gratuitamente.
2 – Que poderemos falar palavras ensinadas pelo
Espírito Santo.
3 – Que poderemos ter a habilidade de conferir as
coisas espirituais com espirituais -
(voz do ensino do Espírito com a
palavra escrita)
4 – Que o homem espiritual (nascido de novo,
regenerado), discerne bem tudo e de ninguém é discernido
Com esses
itens extraídos do texto, observamos claramente, que trata-se do consolador
agindo diretamente na vida intima do
crente.
PODEREMOS SER BATIZADOS COM O MESMO
BATISMO COM QUE JESUS FOI BATIZADO
(MC 10:38) - Mas Jesus lhes disse:
Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o
batismo com que eu sou batizado?
(MC 10:39) - Disseram-lhe:
Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o
batismo com que eu sou batizado;
Jesus disse que poderemos
ser batizado com o batismo que Ele foi batizado – Este processo de batismo
é para receber o Consolador, só se recebe esta vida quando se morre. Precisamos
nos lembrar que o novo nascimento é condicionado à fé no Cristo crucificado e
que a ressurreição de Cristo está igualmente envolvida em nossa regeneração . É
isso que o apostolo Pedro diz : “ Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos
regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, ” (1PE 1:3). E ainda o apóstolo Paulo
diz em sua epístola aos Romanos – “ Fomos, pois,
sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em
novidade de vida” (RM 6:4; Cl.3:1-3)).
·
Quando morremos e ressuscitamos com Cristo, nos tornamos novas
criaturas, porque passamos a receber o Espírito Santo (Consolador) como
habitação em nosso espírito humano, e com isso passamos a estar em
Cristo – a ação exterior do batismo de João, é uma forma estereotipada de
dar testemunho o acontecido no interior do
espírito humano.
(2CO
5:17) - E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram; eis que se fizeram novas.
Quem recebe o Consolador:
1 – É Quem
crer na obra expiatória de Jesus –
(RM
8:9) - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o
Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse
tal não é dele.
2–É quem nasce de novo, vê e entra no reino –
(JO
3:3) - A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
(JO
3:5) - Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água
e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
(JO
1:13) - os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.
(TG
1:18) - Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para
que fôssemos como que primícias das suas criaturas.
(1PE
1:23) - pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de
incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
O agente
principal no novo nascimento e na regeneração é o Espírito Santo Consolador.
3 – Quem passa
a ser uma nova criatura, criado em Cristo Jesus –
(2CO
5:17) - E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram; eis que se fizeram novas
(EF
2:10) - Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
3 – Receber o
Consolador é introdutivo, ou seja, esse novo homem é introduzido ao corpo de
Cristo (Igreja) obtendo o Consolador como o selo do Espírito –
(EF
1:13) - em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o
Santo Espírito da promessa;
(EF
1:14) - o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade,
em louvor da sua glória.
(Note que este
selo, diz respeito ao Espirito
consolador e não a promessa do Pai profetizado por Joel 2, porque o penhor é para herança, como
uma garantia para o futuro e a promessa do Pai é designado para equipar a
Igreja para o Seu serviço).
Dr. Russell P.
Shedd teceu o seguinte comentário sobre este texto:
O Espírito
Santo não é somente “entrada” paga adiantada, que confirma a posse dAquele que
nos comprou preço pago na cruz por Jesus e selou (dando o Espírito Consolador
como garantia que chegaremos lá como se chega uma carta selada) , mas a própria garantia da qualidade
de vida que teremos no céu. (grifo meu)
A PROMESSA DO PAI
1
– Diz respeito ao Batismo no Espírito
Santo, ou, derramamento do Espírito Santo. Estas nomenclaturas são bíblicas,
como veremos adiante.
2
- João
Batista testemunhou quem seria o batizador com o Espírito Santo –
(JO 1:33) – Eu não o conhecia;
aquele, porém, que me enviou a BATIZAR com água me disse: Aquele sobre quem
vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
Ø O nome correto é batismo no Espírito Santo e não enchimento
(MT 3:11) - Eu vos
batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais
poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos BATIZARÁ
com o Espírito Santo e com fogo.
Ø Fogo – É um símbolo da glória de Deus na velha aliança, que revela
presença e poder (Dt.4:36; Sl.50:3).
(LC 3:16) - disse João a todos:
Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do que eu,
do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos
BATIZARÁ com o Espírito Santo e com fogo.
3
– A ocasião do batismo no Espírito Santo da promessa só
poderia vir quando fosse entregue a
Jesus lá na glória –
·
JESUS
TESTEMUNHO DA PROMESSA DO PAI, QUE OS
QUE CRESSEM RECEBERIAM A PROMESSA
(JO 7:38) - Quem crer em mim, como
diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
(JO 7:39) - Isto ele disse com respeito
ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até
aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
Ø Com isso, Jesus estava
dizendo que seria o batizador da promessa do Pai.
·
JESUS NA
ORAÇÃO SACERDOTAL, PEDE AO PAI PARA QUE
O GLORIFICASSE COM A MESMA GLÓRIA QUE
TINHA ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO
(JO 17:1) - Tendo Jesus falado
estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,
(JO 17:2) - assim como lhe
conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida
eterna a todos os que lhe deste.
(JO 17:3) - E a vida eterna é
esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.
(JO 17:4) - Eu te glorifiquei na
terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;
(JO 17:5) - e, agora,
glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes
que houvesse mundo.
·
O
SALMISTA ANTEVIU A GLÓRIA DO FILHO
(SL 8:4) – que é o homem, que dele
te lembres E o filho do homem, que o visites?
(SL 8:5) – Fizeste-o, no entanto,
por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.
·
O FILHO
RECEBE DO PAI A PROMESSA NA GLÓRIA (APROMESSA TINHA QUE SER TRANSFERIDA PARA O
FILHO)
(AT 2:32) - A este Jesus Deus
ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.
(AT 2:33) – Exaltado
(glorificado), pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do
Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.
Ø Estes dois versículos é parte do sermão de Pedro logo após o
derramamento do Espírito Santo na festa de pentecostes.
Ø Jesus recebeu a promessa do Pai na glória, não no batismo de João.
·
O FILHO
DERRAMA A PROMESSA DO PAI
(AT 1:3) - A estes também, depois de ter padecido, se
apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante
quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
(AT 1:4) - E, comendo com eles, determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse
ele, de mim ouvistes.
(AT 1:5) - Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós
sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Aqui Lucas esta discorrendo
sobre o que Jesus disse aos seus discípulos de não se ausentar de Jerusalém até
que lhes fosse concedido a promessa do Seu Pai. O interessante é que Jesus
lembra aos discípulos esta verdade que ainda não existiam ainda neles, mas que
era uma promessa que eles desfrutariam dentro de poucos dias quando Ele fosse
para a glória do Pai. É curioso observar que esta posição foi solicitada na Sua oração sacerdotal (João 17:5).
O Filho quando foi exaltado na
glória, recebeu do Pai a promessa. E quando a recebe, derrama aos seus
discípulos onde eles estavam esperando em Jerusalém conforme a sua ordem em (Lucas 24:49) - “Eis
que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que
do alto sejais revestidos de pode”. Veja o que diz também em (Atos 1:4-5) – “ E, comendo com eles, determinou-lhes que não
se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual,
disse ele, de mim ouvistes. Porque João,
na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo,
não muito depois destes dias”. Jesus enxerga a promessa do pai com o
nome de batismo com o Espírito Santo.
EXEMPLOS DO DERRAMAMENTO DA
PROMESSA DO PAI
1 – Pela primeira vez após a festa de pentecostes em Jerusalém –
(AT 2:1) - Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar;
(AT 2:2) - de repente, veio do céu um som, como de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
(AT 2:3) - E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de
fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
(AT 2:4) - Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar
em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
2 – Pedro ministrava em Samaria o Batismo no Espírito Santo porque só
haviam recebido o batismo no nome de Jesus – batismo no nome (grego eis to
anoma) denota transferência de propriedade para o nome do novo proprietário (Cl.1:13). Este batismo é o da introdução no corpo de
Cristo (Consolador como sendo o selo Ef.1:13-14).
(AT 8:14) - Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;
(AT 8:15) - os quais, descendo para lá, oraram por eles para que
recebessem o Espírito Santo;
(AT 8:16) - porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles,
mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.
(AT 8:17) - Então, lhes impunham
as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.
Pontos a considerar
è Note que aqui fala
de dois batismos: O primeiro é no nome de Jesus (como sendo o batismo que
introduz o novo crente no corpo de Cristo
passando a ter agora um novo
proprietário) e o segundo é o batismo no Espírito Santo. O derramamento
do batismo no Espírito Santo pelas mãos dos apóstolos causou muita impressão ao
mágico Simão, que por dinheiro queria comprar este poder aos apóstolos (At.8:9-13 e 8:18-20).
è Observe também que em
Samaria Felipe evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus e
tanto homens como mulheres iam sendo batizados nas águas.
(AT 8:12) - Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os
evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo
batizados, assim homens como mulheres.
(AT 8:13) - O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido
batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e
grandes milagres praticados.
è Se foram batizados por
Felipe, que batismo era este que Pedro ministrava a eles ? Certamente que era o
Batismo no Espírito Santo.
(AT 8:17) - Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o
Espírito Santo.
3
– O Espírito Santo desce aos Gentios (na
casa de Cornélio onde também foi ministrado por Pedro) – (Leia Atos 10 todo o capítulo)
No final do
capítulo diz:
(AT 10:44) - Ainda Pedro falava
estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
(AT 10:45) - E os fiéis que eram
da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os
gentios foi derramado o dom do Espírito Santo;
(AT 10:46) - pois os ouviam
falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro:
è Depois de tal
acontecimento, chegou ao conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na
Judéia que também os gentios haviam recebido a palavra de Deus. E quando Pedro
subiu a Jerusalém, os que eram da circuncisão, foram ter com ele arguindo sobre
a quebra da tradição de se hospedar na casa de um incircunciso ali efetuar
batismos nas águas. Pedro depois de discorrer pormenorizado o acontecido, desde
a revelação do lençol com aquelas aves e quadrúpedes ao derramamento do
Espírito na casa de Cornélio, relatou que foi Deus quem promoveu todo o
acontecido, dizendo ainda no seu relatório as seguintes palavras: Então me lembrei da palavra do Senhor, como disse: João, na
verdade, batizou com água, mas vós, sereis batizados com o Espírito Santo. Pois
se Deus lhes concedeu o mesmo Dom que a nós nos outorgou quando cremos no
Senhor Jesus, quem era eu para que pudesse resistir a Deus? (Atos 11:16-17). Por que é que Pedro teve que
dar este relatório ? Foi porque Ele havia feito um batismo nas águas pelo fato
do Espírito Santo da Promessa ter descido sobre os gentios também. Veja o que
Pedro disse: Porventura pode alguém recusar a água, para que não sejam
batizados este que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou
que fossem batizados em nome de Jesus
Cristo. Então lhe pediram que permanecessem com eles por alguns dias.
(At.10:47-48). Aleluia, aqui houve dois batismos, primeiro a do Espírito Santo e o segundo
nas águas.
4
– O apóstolo Paulo recebe o batismo no
Espírito Santo após sua conversão, e foi ministrado por Ananias –
(AT 9:17) - Então, Ananias foi e,
entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me
enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas,
para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.
(AT 9:18) - Imediatamente, lhe
caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e
foi batizado.
Ø Aqui, houve dois batismos, o do Espírito Santo e o das águas.
5
– Apolo conhecendo somente o batismo
de João Batista (águas) é instruído sobre o batismo no Espírito Santo
(AT 18:25) - Era ele instruído no
caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito (humano), falava e ensinava com precisão a respeito de
Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.
(AT 18:26) - Ele, pois, começou a
falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no
consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
(AT 18:27) - Querendo ele
percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o
receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam
crido;
(AT 18:28) - porque, com grande
poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras,
que o Cristo é Jesus.
(AT 19:1) - Aconteceu que, estando
Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso
e, achando ali alguns discípulos,
(AT 19:2) - perguntou-lhes: Recebestes,
porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo
contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo.
(AT 19:3) - Então, Paulo
perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João.
(AT 19:4) - Disse-lhes Paulo: João
realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que
vinha depois dele, a saber, em Jesus.
(AT 19:5) - Eles, tendo ouvido
isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.
AQUI NESTE TEXTO
DESTACAMOS O SEGUINTE:
1
– Apolo era eloquente (persuasivo) e
poderoso nas escrituras, ou seja, manejava bem a palavra da verdade. –(v.24)
2
– Era instruído no caminho do Senhor, tinha conhecimento acerca de Jesus – (v.25)
3
– Era fervoroso de espírito (humano),
note que este espírito é com “E” minúsculo – (v.25)
4
– Conhecia somente o batismo de João – (v.25)
5
– Priscila e Áquila estavam ouvindo a sua
pregação e logo após a reunião , este casal lhe expôs com mais exatidão o caminho de Deus. -(v.26)
6
– Com grande poder convencia os judeus
pelas escrituras ,- (v.28)
7
– Apolo estava em Corinto, e Paulo chega a Éfeso achando ali alguns discípulos.
A escritura não cita de que parte surgiu estes discípulos, mas tudo indica que
vinham da parte de Apolo, porque só conheciam o batismo de João. Apolo e seus
discípulos não eram integrados ainda a Igreja, mas convencia que Jesus era o
Cristo (At.19:1-5),
contudo, eram salvos e possuídos pelo espírito de Cristo (Consolador). Isto
significa que estes discípulos foram batizados somente no batismo de João
Batista (águas) e na ocasião, o apóstolo Paulo não tinha razão nenhuma de
batiza-los novamente nas águas, mas impondo sobre eles as mãos veio o Espírito Santo e começaram a falar em
línguas e a profetizar. Note também que o apóstolo Paulo faz menção de Apolo na
carta que escreveu a Igreja de Corinto, conotando assim que Apolo era líder de
alguns discípulos naquela região (1 Co.1:12).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
q Batismo nas águas (símbolo da regeneração) e batismo no Espírito Santo
são experiências distintas –
(AT 2:38) - Respondeu-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para
remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
q A promessa do Espírito Santo é para todos -
(AT
2:39) - Pois para vós outros é a PROMESSA, para vossos filhos e para todos os
que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
q Se recebe quando se ouve a pregação da fé –
(GL
3:2) - Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei
ou pela pregação da fé?
(GL
3:5) - Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós,
porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
(AT
10:44) - Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre
todos os que ouviam a palavra.
q Se recebe quando se crê –
(AT
19:2) - perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando
crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o
Espírito Santo.
q Se recebe quando se pede -
(LC
11:11) - Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma
pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?
(LC
11:12) - Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?
(LC
11:13) - Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
q Se recebe quando se ora com imposição de mão –
(AT
19:6) - E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e
tanto falavam em línguas como profetizavam.
(1TM
4:14) - Não te faças negligente para com o DOM que há em ti, o qual te foi
concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
(2TM
1:6) - Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o DOM de Deus que há em
ti pela imposição das minhas mãos.
(2TM
1:7) - Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor
e de moderação.
q O Dom é
para o serviço cristão –
(AT
1:8) - mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra.
q Orar no Espírito é orar em línguas –
(1CO
14:15) - Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente.
(1CO
14:16) - E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém
depois da tua ação de graças? Visto que não entende o que dizes;
(1CO
14:17) - porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
q Orar em línguas não dá fé, mas edifica a sua fé –
(JD
1:20) - Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no
Espírito Santo,
Elaborado por
Romildo Gurgel
BÍBLIOGRAFIA
1
- Chave Bíblica . Sociedade Bíblica
do Brasil, Brasília,1970.
2 - Concordância Bíblica - Sociedade Bíblica do
Brasil, Brasília 1975.
3 - Bíblia Sagrada - Imprensa Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro,
1986. 1ª Impressão. Versão Revisada de João Ferreira de
Almeida.
4 - Bueno, Francisco da Silveira.Dicionário Escolar da Língua
portuguesa -Ministério da Educação e
Cultura, Fundação Nacional de Material Escolar. 1983. Rio de Janeiro 11ª
edição/7ª tiragem.
5
- Brown, Colin. Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento. Sociedade
Sociedade Religiosa Edições Vida Nova,
São Paulo.1985, 3ª Edição.
6
- Boyer, 0.S. Pequena
Enciclopédia Bíblica. Editora Vida, São Paulo. 21ª Edição, 1994
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