Atualizado em 10/03/2013
Charles Swindoll teceu uma
frase bem interessante:
Não é o barco na água, mas a
água no barco que faz o navio afundar. Do mesmo modo, não é o cristão no mundo,
mas o mundo no cristão que constitui o perigo.
Estar em Cristo é o que nos torna novas criaturas, renascidas e
vivificadas pelo Espírito Santo. O cristão deve estar em Cristo tanto em uma
reunião como fora dela.
Quando os cristãos se reúnem na igreja, em uma hora ou em algum
momento, se percebe que muito do que se faz dá certo, e por outro lado, se
percebe também que se alguma coisa der errado, se dará. É ali, na reunião que tudo vem a lume. Discernimos
e somos discernidos, abençoamos e somos abençoados. A posição de cada um é de
humildade, pois ali seremos tratados. É na reunião que se é tratado por Deus de
uma forma individual e comunitária. Os que são de fora podem ter pouca
observação e não discernir quase nada, mas os seus corações poderão ser desvendados,
os segredos serão manifestos, como também por sua vez, pode chegar a conclusão
que não há nada de extraordinário nas atividades da igreja, exceto, talvez,
alguma coisa que pode ajudá-lo ou está fugindo do controle. As pessoas de
dentro da igreja poderão perceber de modo diferente. Do mesmo modo como os
hospitais ajuntam doentes debaixo de um mesmo teto, assim as igrejas ajuntam
pecadores. Fora do hospital há pessoas tão enfermas quanto os doentes
internados, com a diferença de que a doença delas ainda não foi diagnosticada
ou esta mascarada. O mesmo ocorre com os pecadores fora da igreja. A igreja
atual precisa de UTI’s móveis. Talvez isso explique a grande quantidade de médicos
disputando o mesmo paciente. De modo geral, as igrejas cristãs não são modelo
de comunidade de bom comportamento, porque existem tantas, que quando se desfruta
de uma, encontramos outra melhor. Antes, são lugares onde o comportamento humano
é revelado abertamente, confrontado e tratado, a comunidade é uma comunidade terapêutica tanto para os que fazem as coisas acontecerem como para os que participam.
Para que venha acontecer um diagnóstico na vida dos que frequentam,
precisa-se do apoio de todos participantes para gerir edificação aos que estão
presentes. O importante é ser gente e agente de transformação a partir da
experiência tratada (2Co 1:4). A eficiência gira
em torno desde o evangelista-maqueiro (Mateus 9:2; Atos
5:15) os que trabalham em torno da comunidade focando na incapacidade de
locomoção dos doentes, aos que irão trabalhar na reunião. Já o apóstolo Paulo
orientou a igreja de Corinto de como se deve trabalhar na liturgia:
“Porquanto,
que diremos irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou
uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma
interpretação. Tudo seja feito para a edificação da Igreja” (1Co.14:26).
“Habite
ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente
em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos
espirituais, com gratidão, em vossos corações” (Colossenses 3:16).
O que esses dois textos estão nos ensinando?
a) Todos
poderão salmodiar ao Senhor.
b) Deve haver uma palavra de instrução.
c)
Poderá surgir uma palavra interpretativa mais
profunda para uma aplicação direcionada (revelação).
d)
Uma palavra em uma língua e a interpretação
dela (edificação).
e)
Instrução revestida de palavra de sabedoria para
diversos tipos de problemas percebida na reunião.
f)
Todos poderão ter oportunidade litúrgicas para expressar seus cânticos
espirituais.
g) O
interessante é que tudo deve ser feito de coração.
Isto destitui a busca prioritária
da igreja a procura unicamente de pessoas saudáveis, como está escrito:
“...Os
sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que
significa: Misericórdia quero, e não holocaustos; pois não vim chamar justos,
e, sim pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:12-13).
Depois que Jesus vocacionou os seus discípulos, o foco era doentes de
todos os tipos (cf. Mt.4:23-25; Mt.8:16;
A igreja é edificada com o somatório de diversas atividades
ministeriais. A administração do tempo deve seguir uma ordem para que haja tempo
para o funcionamento das partes que irão somar os participantes da reunião. O apóstolo orienta também quanto à forma de ser
usado por Deus em edificar a vida dos irmãos, ensinando que ninguém é
autorizado a trabalhar além do fundamento posto.
“Porque ninguém
pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo”
(1Co.4:11).
O cuidado ministerial deverá
girar em torno de esgotar a água do barco e fazer com que rios de águas
límpidas fluam nos corações, conforme está escrito:
“Quem
crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.
(João 7:38).
COMO FUNCIONA?
Na prática isso não ocorre tão rápido. A recepção da água limpa se
mistura com a represada, e é preciso muitas e muitas vezes esgotar a água velha
para que através da nova, faça nascer uma fonte de água viva. O mundo, as inclinações do ego, a vontade
própria, as idolatrias, as fornicações, os ciúmes as invejas, o adultério, as traições,
as concupiscências dos desejos carnais, a soberba da vida, são concorrentes
fortíssimos que devem ser substituídas pela revitalização do mover de Deus
através do Espírito Santo, esgotando e enchendo essa pessoa do frescor da vida
VIVA de Deus.
Isto funciona, com a recepção da palavra, a impressão dela na
consciência, oração de entrega, esgotamento de moradores (águas represadas),
enchimento do Espírito Santo (Ef.5:18), e impedir outros enchimento e infiltrações. (cf. 1Tss.2:16).
Amém,
Romildo Gurgel
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