sexta-feira, 8 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DE UMA REUNIÃO EM TORNO DE CRISTO


Atualizado em 10/03/2013

Charles Swindoll teceu uma frase bem interessante:

Não é o barco na água, mas  a água no barco que faz o navio afundar. Do mesmo modo, não é o cristão no mundo, mas o mundo no cristão que constitui o perigo.

Estar em Cristo é o que nos torna novas criaturas, renascidas e vivificadas pelo Espírito Santo. O cristão deve estar em Cristo tanto em uma reunião como fora dela. 
Quando os cristãos se reúnem na igreja, em uma hora ou em algum momento, se percebe que muito do que se faz dá certo, e por outro lado, se percebe também que se alguma coisa der errado, se dará.  É ali, na reunião que tudo vem a lume. Discernimos e somos discernidos, abençoamos e somos abençoados. A posição de cada um é de humildade, pois ali seremos tratados. É na reunião que se é tratado por Deus de uma forma individual e comunitária. Os que são de fora podem ter pouca observação e não discernir quase nada, mas os seus corações poderão ser desvendados, os segredos serão manifestos, como também por sua vez, pode chegar a conclusão que não há nada de extraordinário nas atividades da igreja, exceto, talvez, alguma coisa que pode ajudá-lo ou está fugindo do controle. As pessoas de dentro da igreja poderão perceber de modo diferente. Do mesmo modo como os hospitais ajuntam doentes debaixo de um mesmo teto, assim as igrejas ajuntam pecadores. Fora do hospital há pessoas tão enfermas quanto os doentes internados, com a diferença de que a doença delas ainda não foi diagnosticada ou esta mascarada. O mesmo ocorre com os pecadores fora da igreja. A igreja atual precisa de UTI’s móveis. Talvez isso explique a grande quantidade de médicos disputando o mesmo paciente. De modo geral, as igrejas cristãs não são modelo de comunidade de bom comportamento, porque existem tantas, que quando se desfruta de uma, encontramos outra melhor. Antes, são lugares onde o comportamento humano é revelado abertamente, confrontado e tratado, a comunidade é uma comunidade terapêutica tanto para os que fazem as coisas acontecerem como para os que participam.

Para que venha acontecer um diagnóstico na vida dos que frequentam, precisa-se do apoio de todos participantes para gerir edificação aos que estão presentes. O importante é ser gente e agente de transformação a partir da experiência tratada (2Co 1:4). A eficiência gira em torno desde o evangelista-maqueiro (Mateus 9:2; Atos 5:15) os que trabalham em torno da comunidade focando na incapacidade de locomoção dos doentes, aos que irão trabalhar na reunião. Já o apóstolo Paulo orientou a igreja de Corinto de como se deve trabalhar na liturgia:
“Porquanto, que diremos irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da Igreja” (1Co.14:26).

“Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações” (Colossenses 3:16).

O que esses dois textos estão nos ensinando?
a)      Todos poderão salmodiar ao Senhor.
b)      Deve haver uma palavra de instrução.
c)      Poderá surgir  uma palavra interpretativa mais profunda para uma aplicação direcionada (revelação).
d)     Uma palavra em uma língua e a interpretação dela (edificação).
e)      Instrução revestida de palavra de sabedoria para diversos tipos de problemas percebida na reunião.
f)       Todos poderão ter oportunidade litúrgicas para expressar seus cânticos espirituais.
g)      O interessante é que tudo deve ser feito de coração.

Isto destitui a busca  prioritária da igreja a procura unicamente de pessoas saudáveis, como está escrito:

“...Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e, sim pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:12-13).

Depois que Jesus vocacionou  os seus discípulos, o foco era doentes de todos os tipos (cf. Mt.4:23-25; Mt.8:16;

A igreja é edificada com o somatório de diversas atividades ministeriais. A administração do tempo deve seguir uma ordem para que haja tempo para o funcionamento das partes que irão somar os participantes da reunião.  O apóstolo orienta também quanto à forma de ser usado por Deus em edificar a vida dos irmãos, ensinando que ninguém é autorizado a trabalhar além do fundamento posto.
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co.4:11).

O cuidado ministerial deverá  girar em torno de esgotar a água do barco e fazer com que rios de águas límpidas fluam nos corações, conforme está escrito:

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (João 7:38).

COMO FUNCIONA?
Na prática isso não ocorre tão rápido. A recepção da água limpa se mistura com a represada, e é preciso muitas e muitas vezes esgotar a água velha para que através da nova, faça nascer uma fonte de água viva.  O mundo, as inclinações do ego, a vontade própria, as idolatrias, as fornicações, os ciúmes as invejas, o adultério, as traições, as concupiscências dos desejos carnais, a soberba da vida, são concorrentes fortíssimos que devem ser substituídas pela revitalização do mover de Deus através do Espírito Santo, esgotando e enchendo essa pessoa do frescor da vida VIVA de Deus.
Isto funciona, com a recepção da palavra, a impressão dela na consciência, oração de entrega, esgotamento de moradores (águas represadas), enchimento do Espírito Santo (Ef.5:18), e  impedir outros enchimento e infiltrações. (cf. 1Tss.2:16).

Amém,
Romildo Gurgel


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