O adultério é expressamente proibido no sétimo mandamento, “não adulterarás” (cf. Êxodo20;14; Dt.5:18)
Com o presente artigo, não tenho
o propósito de trazer condenação, mas sinto um forte encargo que me pesa o coração quando vejo a enorme
quantidade de casais se divorciando de uma forma não legitimada pela palavra de
Deus, especialmente quando o casal conhece bem as Escrituras Sagradas. As
nossas comunidades estão abarrotadas de casais com dois e até mesmo três casamentos
nas costas. Com o presente artigo, gostaria de dar a minha parcela de contribuição,
ajudando e tirando dúvidas quanto a um assunto tão atual como este e de grau
singular para o reino de Deus.
O que constitui verdadeiramente o adultério, é
a infidelidade conjugal por parte de um dos cônjuges. Para Jesus Cristo, o
adultério se dá quando o marido ou a
esposa, legitimamente casados se separam por qualquer motivo que não seja infidelidade
conjugal (cf. Mt.5:32; Mt.19:9). O que é infidelidade conjugal?
Veja a
resposta que a enciclopédia virtual tece:
“Infidelidade é o
descumprimento de um compromisso de fidelidade. É uma violação de regras e
limites mutuamente acordados em um relacionamento. Em sua acepção mais comum, a
fidelidade é manter relações amorosas somente com uma pessoa que é sua parceira
ou parceiro. Portanto, a infidelidade é quebrar este pacto tácito de manter
relações sexuais com uma pessoa que escolhemos como parceiro ou parceira”. (Wikipédia enciclopédia livre - http://pt.wikipedia.org/wiki/Infidelidade).
Dicionário Michelis
1 Falta de fidelidade. 2 Qualidade de infiel. 3Traição. 4 Falta de exatidão ou de verdade. 5 Falta de crença religiosa. 6 Conjunto dos descrentes ou infiéis. 7 DirTransgressão
da fé matrimonial, ou do dever de fidelidade, comum aos cônjuges. Var: infieldade.
Veja o comentário de Elinaldo,
pastor evangélico da Assembléia de Deus de Natal/RN.
Nunca houve tanto investimento maligno contra a constituição familiar
como nos dias atuais. O diabo tem investido alto na grande missão de tornar o
adultério algo comum, normal e aceitável por todos inclusive nas igrejas
evangélicas (grifo meu). Esta
conclusão é tirada pelo exemplo que vemos nos filmes, nos programas de
televisão, onde o adultério esta sempre presente; transmitindo uma imagem de
solução para os problemas conjugais; a forma que as cenas são traçadas, leva os
telespectadores a aceitar e a torcer pelo casal adultero. É lamentável, mas,
tem sido muito bem sucedido em suas investidas.
No meio evangélico, o adultério tem encontrado seu lugar, e não é raro
os comentários de pastores acobertando os pecados de obreiros e ovelhas por
causa dos seus dízimos e apadrinhamento. Isto é uma vergonha, não considero
tais homens ministros do evangelho de Jesus Cristo.
A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para a
destruição e desagregação da família. A Bíblia diz que o marido deve amar a sua
esposa da mesma forma que Cristo ama a Igreja (cf. Efésios
5:25). A fidelidade do Senhor é tão grande, que “se
formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo” (cf.
2Tm.2:1,3).
É preciso estar alerta para as
ciladas do inimigo. Na maioria das vezes a causa do adultério, ou dos fatores
que contribuem para a infidelidade, está sendo fomentado dentro do próprio lar.
Israel que o diga:
“Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de
lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta,
nem a aceita com prazer da vossa mão. E perguntais: por que? Porque o Senhor
foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste
desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. Ninguém com um
resto de bom senso o faria. Mas que fez um patriarca/? Buscava descendência
prometida por Deus. Portanto cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para
com a mulher da sua mocidade. Porque o
Senhor Deus de Israel diz que odeia o repúdio; e também aquele que cobre de
violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos: portanto cuidai de vós
mesmos e não sejais infiéis” (cf. Malaquias 2:13-16).
Estes versículos diz claramente
que Deus rejeita aquele que é infiel à sua esposa, e diz que um dos patriarcas,
presumo que tenha sido Abraão, quando buscava um descendente para si, deu um jeitinho
saindo um pouquinho da fé, e que o que nasceu
como consequência é o que vemos até
hoje, a velha briga entre Judeus e palestinos (um filho com a escrava e outro
com a livre que foi uma promessa de Deus).
Em que Consiste verdadeiramente o adultério?
O apóstolo Paulo responde a essa pergunta em Romanos 7:3 dizendo: “De sorte que será considerada adúltera se,
vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém se morrer o marido,
estará livre da lei, e não será adultera
se contrair novas núpcias”.
Jesus tratando da questão de divórcio e novo
casamento diz:
“Foi dito também: Aquele
que se divorciar de sua esposa deverá dar a ela uma certidão de divórcio. Eu
porém, vos digo: Qualquer que se divorcia da sua esposa, exceto por imoralidade
sexual, faz com que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher
divorciada estará cometendo adultério” (cf. Mateus 5:31-32).
Para Jesus o adultério se caracteriza quando um
casal se decide divorciar-se por qualquer motivo que não seja infidelidade
conjugal.
Já o apóstolo
Paulo acrescenta julgo desigual, mas aconselha que a opção ao separar-se não
seja a parte que é fiel ao Senhor. Confira:
“Ao mais digo eu, não
o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com
ele, não a abandone: e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em
viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no
convívio da esposa e a esposa incrédula
é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os vossos filhos
seriam impuros; porém agora são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se
que se aparte; em tais casos não fica sujeito a servidão, nem o irmão, nem a
irmã; Deus vos tem chamado à paz” (cf. 1Corintios 7:12-15).
Não precisa de explicações, o texto esta muito claro
que aquele que é fiel, crente em Jesus Cristo, não deve ter a iniciativa de
divorcia-se do seu cônjuge, porque esse espera em Deus para que a qualquer
momento ele venha se converter. Confira:
“Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás a teu
marido? Ou como sabes, ó marido, se salvarás a tua mulher?” (1Corintios 7:16).
Divorcio e novo casamento
Vamos ler um texto que elucidará esta questão do ponto de vista de Jesus Cristo.
Texto: (Mateus 19:3-11)
3 Aproximaram-se dele alguns fariseus que o
experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo?
4 Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o
Criador os fez desde o princípio homem e mulher,
5 e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e
mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne?
6 Assim já não são mais dois, mas um só carne.
Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.
7 Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés
dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
8 Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações
Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o
princípio.
9 Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar
sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete
adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.]
10 Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a
condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.
11 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem
aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado.
Comentário:
Os fariseus
se aproximam de Jesus com o intuito de polo a prova. E Jesus responde apontando para o princípio da
criação (veja vs. 4 ao 6), concluindo na sua argumentação o (v.6) “... o que Deus ajuntou não separe o homem”.
Os fariseus questionam a resposta de Jesus
indagando do porque Moisés deu-lhe carta de divórcio. Jesus por sua vez torna a responder
que foi por causa da dureza dos corações, focando
os seus ouvintes para o princípio (v.8). Ele não aceita o divórcio por qualquer
motivo, abrindo um parêntese na unicamente na questão da infidelidade conjugal (v.9).
Qual o
procedimento para aqueles que estão separados enfrentando ou enfrentou o
divórcio e entrou em um novo casamento?
1 – Tente voltar
para o seu cônjuge. Se você é crente realmente, peça perdão primeiramente a
Deus por tal atitude e peça também ao seu cônjuge por tê-l (a) abandonado.
Volte ao principio, conforme respondido por Jesus no texto acima, vocês aos olhos de Deus estão unidos. Só estarão livres
para um novo casamento com a morte de um dos cônjuges.
“A mulher esta ligada ao seu marido
enquanto ele viver. Porém, se o marido
morrer, ela estará livre para se casar com quem desejar, contanto que ele
pertença ao Senhor” (1Corintios 7:39).
2 – Se um
dos cônjuges abandonou o outro, você não esta sujeito à escravidão. Se o
incrédulo quiser abandonar, isto é um critério dele(a). A sua única opção é
lutar pelo seu casamento, mas se mesmo assim ele(a) prefere abandonar, o
divórcio ampara a parte ferida. Neste caso, o abandonado(a), tem um conselho do
apóstolo Paulo:
“Estás casado? Não procures separar-te;
estás livre de mulher? Não procures casamento” (1Corintios 7:27).
3 – Quando você se converteu já estava no segundo
casamento, o que fazer? Permaneçam casados, ou seja. Não abandone o segundo
casamento. Você não tinha Deus no seu coração quando se separou da sua primeira
esposa. Como nova criatura em Cristo, você agora reconhece que esta em pleno
adultério, tanto você como sua nova esposa. Dobrem os joelhos peçam perdão a
Deus pelo tempo da ignorância e dureza de coração e não peque uma segunda vez. Mantenha sua fidelidade pelo
resto da vida com sua segunda esposa. Faça esse propósito com Deus. O seu
passado como velha criatura foi apagada uma vez que você agora conhece a mente
e a maneira de Deus tratar essa questão.
“Foi alguém chamado estando circunciso?
Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado estando incircunciso? Não se faça
circuncidar” (1Corintios 7:18).
“Irmãos, cada um permaneça diante
de Deus naquilo em que foi chamado” (1Coorintios 7:24).
4 – O seu marido ou esposa a traiu, e agora? Existem
duas opções para se tomar uma decisão e resolver o problema da forma Bíblica: A primeira é que você deve perdoar seu cônjuge
e permanecer com ele. Pois você não sabe se um dia ele(a) vai ser salva pelo
seu testemunho.
“Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás a teu
marido? Ou como sabes, ó marido, se salvarás a tua mulher?” (1Corintios 7:16).
A outra
opção é se você não aguentar a dor da traição, quanto a questão da infidelidade
conjugal colocada por Jesus:
Qualquer que se
divorcia da sua esposa, exceto por imoralidade sexual, faz com que ela se torne
adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério”
(cf. Mateus 5:32).
A palavra exceto, abre uma única exceção no que diz respeito ao divórcio.
E esta exceção esta no caso único de
infidelidade conjugal.
Romildo Gurgel
Bibliografia:
2- Dicionário Michelis on-line
3- Dicionário Escolar da língua portuguesa
4- Pr.Elinaldo Renovato, Pr.da Assembléia de
Deus.
5- Biblia Vida Nova – Editora Vida
6- Pequena Enciclopédia Bíblica, O.S.Boyer –
Editora Vida
7- Novo Testamento Kim James – Edição de Estudo –
Abba Press
8- Os evangelhos versão restauração. Editora
Arvore da Vida
9- Bíblia Eletrônica - João Ferreira de Almeida
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