sábado, 28 de maio de 2011

OS DONOS DAS DENOMINAÇÕES


Certa vez, há muitos anos, ouvi falar que toda a igreja tinha donos. Então, pensei: "Deve ser o pai, o filho e o espírito!" Para minha surpresa, não era a trindade[1], mas; na maioria das vezes uma família que era muito influente na igreja ou um pastor que conseguiu conquistar e liderar essa família.

Depois de mais algum tempo descobri que também as denominações têm seus donos. Geralmente, eles deixam algumas impressões bastante perceptíveis. Segue, então; algumas dessas impressões sobre esses saduceus[2]. A primeira impressão é que eles são humanos, falhos e pecadores - e se não fosse à graça de Deus, até mesmo eles estariam perdidos! A segunda é que eles são políticos, e ainda que eles - pelo menos alguns - pareçam repudiar a política[3] partidária[4], eles fazem política partidária denominacional sempre... Se for preciso - tal qual o mestre Maquiavel[5] - seriam capazes de se unir aos piores inimigos só para continuarem no poder da região, da igreja local ou mesmo da denominação, o que é muito comum hoje em dia. A terceira é que eles dizem que cuidam de várias igrejas. - talvez a melhor palavra deva ser presidem[6] - Um deles me disse em certa ocasião: "Não sei por que os potiguares tem tanta dificuldade com os pastores que presidem várias igrejas ao mesmo tempo!?" Se pastorear[7] for semelhante a cuidar, talvez deva ser por isso. Conheço um dono de lojas que realmente de três filiais.

A prova é que ele sabe o nome de todos os funcionários, conhece parte dos familiares, e porque é gerente e não sacerdote[1], ele visita essas lojas todos os dias, exceto nos feriados. Sem falar que essas lojas estão abertas de segunda a domingo pelo menos oito horas por dia, e não apenas três vezes por semana cerca de uma hora e meia. Alguns, inclusive; distribuem parte da renda das empresas com os funcionários para estimular o crescimento. Imagine agora um pastor que ao invés de ceder ao apelo do capitalismo[2], resolvesse trabalhar com muitos auxiliares, um para cada pequeno grupo - diz-se que os fariseus[3] a cada pequeno grupo de dez pessoas começavam uma nova sinagoga[4]. Bem, deixando de lado esta comparação entre gerente de lojas e pastores de igrejas, voltemos às impressões que deixam esses saduceus.

Pareceu-me que eles, às vezes, meio que sem querer, é óbvio, podem até chegar a mentir! Não como os poetas, nem como os fariseus que Cristo tanto denunciou. Eles mentem como mentem os piores pecadores, nós que muitas vezes negamos ou inventamos verdades, na maioria das vezes para não perder autoridade. Alguns mentem porque é bem mais fácil e dá menos prejuízo. Na verdade, negar e negociar também faz parte das verdades que eles vivem ou dizem viver. Até mesmo as Escrituras podem ser interpretadas de modo particular, pois se um texto bíblico disser para um cristão pedir perdão e perdoar - baseado na lei do amor de Cristo - eles podem interpretar que o perdão deve ser apenas do outro ou para o outro, por exemplo.
E mais interessante é que eles falam em nome de Deus, ou seja; dizem o que devemos viver, mas apenas só conseguem dizer...
Outra peculiaridade dos donos da denominação é que eles fazem, ensinam e andam com os estatutos das igrejas em suas pastas de serviço! Parece muito com a tradição dos anciãos ou com algo aquém ou além dos testamentos. - Ou do Testamento.
Poderíamos ir muito mais longe observando essas impressões deixadas por esses saduceus, mas citarei apenas mais duas: "Eles também querem mais conforto e melhores salários!" Essa história de não ajuntar tesouros na terra e sofrer pela propagação do evangelho e ser agradecido a Deus por tudo... Deve ter ficado com os pais da igreja. Enfim, eles são capazes de disciplinar e até mesmo de excomungar[1] um rebelde, que se trata tão somente de alguém com a visão diferente, por falta de ensinos semelhantes aos de Cristo. – Na verdade, eles não têm eficácia na disciplina, pois disciplinar é o mesmo que educar, capacitar ou doutrinar, o que eles não conseguem fazer, haja vista tirar alguém das atividades do templo não é a mesma coisa que ensinar. Certamente que, atualmente; a excomunhão é diferente de outrora. Então, primeiro tenta-se calar o meliante, mas se não dá certo; mata-se o desobediente pelas várias formas possíveis: Realiza-se reunião e fala-se mal de terceiros sem a presença dos tais, duvida-se do chamado de muitos porque esses tais não aprenderam a falar o denominacionalês[2]; coam os mosquitos da aparência e deixam passar os camelos do dízimo, dão credibilidade a todos os submissos, mas expulsam os que perguntam o porquê disto... A razão daquilo ou que fazem quaisquer questionamentos.

Entretanto, um amigo me disse: "Você acha que vai há algum lugar produzindo textos assim?!" Ao que lhe respondi: "Bem, se minha intenção fosse ser igual aos donos das denominações, jamais poderia escrever coisas semelhantes! Mas tudo isso pode ser apenas mais um devaneio de um poeta. Talvez um protesto ou pretexto para escrever mais um texto!" E o meu amigo parecendo um tanto preocupado, insistiu: "Apenas isto?!" O mais

Interessante é que eles falam em nome de Deus, ou seja; dizem o que devemos viver, mas apenas só conseguem dizer...
Outra peculiaridade dos donos da denominação é que eles fazem, ensinam e andam com os estatutos das igrejas em suas pastas de serviço! Parece muito com a tradição dos anciãos ou com algo aquém ou além dos testamentos. - Ou do Testamento.

Impressionante é que ele não conseguiu descobrir de que denominação eu estava escrevendo... E eu espero que você não diga que deve ser sobre a que eu participo, por que na sua não tem nada disto!!!

Autor.
Félix Dantas, Poeta.

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