quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PRÁTICA DA LIDERANÇA PASTORAL COMO VOCAÇÃO MINISTERIAL NA IGREJA

Por
Romildo Gurgel

Muitas organizações e Igrejas que existem por intermédio de serviços voluntários, requerem um bom exercício de sua liderança e práticas administrativas, exigindo gente competente e com certas qualificações bem como algumas experiências na função ocupada.  A minha intenção neste texto é de equilibrar o líder, como instrumento no cumprimento da missio Dei e cooperar de uma certa forma no aspecto conjuntural, enfatizando estes dois lados, sabendo que no exercício pastoral não há como separá-los.
Percebo que a missão da Igreja embarca dois lados, é tráfego de mão dupla, tem como base o vinde e o ide, é tanto interna, percebida como ambiente de reunião e preparação dos santos, como externa, mundo onde as pessoas são escravizadas pelo sistema corrupto pecaminoso. A missão interna é conectiva, agregadora e socializadora do reino, comunhão e o tudo em comum. A missão externa, é proclamação somada à ação de contextualizar a mensagem frente as realidades espirituais e sociais além de suas fronteiras, “se existir”. O apóstolo Paulo nos ajuda muito a entender essa parte escondida, como sendo uma forma intencional de empoderar os santos para a obra do ministério, conforme ele escreveu a igreja de Éfeso:
  (Efésios 4:11-13) – “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”.

Percebe-se que neste texto, que os ministérios possuem essas duas pautas, uma interna e outra externa: a) Interna - ‘pastores e mestres’. b)  externa ‘apóstolos, evangelistas e profetas’.

 É aqui do lado da pastoral eclesiocêntrica que acontece o diálogo da igreja consigo mesma, frente as realidades do contraste da vida comunitária que estão em volta dela. Como disse (Berkhof, citado por Devid Bosch, p.463): 

A pessoa do pastor como líder comunitário e na sua prática pastoral, precisa de um certo preparo ao trafegar entre estes dois lados da igreja como organismo/organização. Claro que por mais preparado que seja, o líder deve ser humilde o suficiente para que suas qualificações não atrapalhem a obra de Deus e Sua missão. Todo preparo para a vida e o ministério agrega valores e que estes poderão ser utilizados em todos os aspectos. Muitos líderes descritos na Bíblia não possuíam currículo que apontasse suas capacitações, mas que no exercício da função foram capacitados por Deus como o exemplo de Moisés, Jeremias e outros (Lane p.25). O elemento principal, neste ponto, é a presença capacitadora de Deus, conforme (Mateus 25:15b) – “A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade...”. Interessante esta passagem porque nenhum era igual ao outro e também não tinham habilidades e oportunidades iguais.
            Como todo ministério visa acobertar algum problema ou deficiência na comunidade de uma forma geral, concordo com o pensamento de (Lane p.26) ao comentar sobre esse assunto:
“Numa comunidade é comum as pessoas sugerirem ao pastor ou a liderança o que a igreja podia ou deveria fazer. De certo modo, é uma cobrança para que a liderança atenda uma necessidade ou outra. Quando um membro da igreja vê uma área da igreja que está deficiente e que algo tinha de ser feito, costumo dizer que se esse membro teve a sensibilidade e viu a necessidade, provavelmente, é um sinal de que Deus mesmo está chamando aquele irmão ou irmã para aquela tarefa”.

            A grande questão neste ponto não se trata de sobrecarregar em mais uma atividade a pessoa do pastor, visto que ele está ocupado além da conta em seu ministério, mas quando aparece necessidades percebidas pela comunidade, ele poderá acatar proporcionando aberturas para que novos talentos sejam alocados de acordo com a visão da necessidade imediata que precisa ser suprida. O líder neste aspecto, deve fazer com que novos talentos sejam agregados na construção de novo seguimento ministerial, facilitando para que a saúde da comunidade venha ser a alegria comum de todos. Deste modo, ele deverá incentivar a sensibilidade da visão percebida, facilitando para que se transforme em uma nova frente ministerial e o problema venha ser resolvido.
A escritura sagrada relata um exemplo típico deste caso de visão de necessidade como aconteceu logo no início quando a igreja primitiva estava se organizando, conforme (Atos 6:1) que diz que ao “... multiplicar-se o número de discípulos, houve uma murmuração dos helenistas (judeus de fala grega) contra os hebreus (judeus da palestina que fala aramaico), porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”. (Destaque meu).
O curioso neste texto é o fato da sensibilidade da distribuição não ter partido de quem as recebia, mas daqueles que estavam sofrendo de um suposto esquecimento de quem as não recebia. Sendo assim, o zelo missionário partiu dos crentes helenistas, grupo  menos tradicional e desembaraçado do problema da língua, visto que o grego era língua fraca do império Romano (Shedd p.148) No entanto, não foi desprezada a murmuração, para acobertar esta tarefa, os apóstolos convocaram a comunidade de discípulos para que fossem escolhidos do meio deles sete homens com o destaque de três qualificações: homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, enquanto os apóstolos permaneceriam se consagrando à oração e ao ministério da palavra (Atos 6:3-4).  
Um outro texto bastante interessante é a descrita pelo apóstolo Paulo a igreja de Filipos, quando ele envia Timóteo àquela localidade, que aparentemente se percebe que o motivo dele ser o escolhido, consistia do compromisso que havia demonstrado ao cuidar das pessoas na comunidade que fazia parte. Paulo revela as qualidades de Timóteo como sendo apropriadas para a Igreja, visto que este tipo de sensibilidade em alguém era difícil de ser encontrado. (cf. Fp.2:20,29-30).
O amor a Deus e o chamado marcam a trajetória do exercício vocacional do líder. A sua sensibilidade aos problemas constrange-o e o leva a fazer algo que venha trazer a solução.  Como diz (Lane p.21),  
“É a partir de uma sensibilidade e visão que o indivíduo mantém seu foco e conduz outros a alcançarem os mesmos propósitos e que essa é a característica importante do exercício da liderança”. 

O chamado de Deus é o que marca a vida do líder que de uma forma ampla se lança ao desafio através daquilo que percebe nas pessoas que precisam ser ajudadas, bem como do modus operandi na organização ao lidar com suas dificuldades. Ministérios e dons existem porque existem dificuldades e problemas.  Podemos afirmar que o ministério é proporcional ao grau e intensidade dos problemas que assolam, investem e agridem as pessoas em suas comunidades.
Alguns líderes verdadeiramente são dotados de talentos e já outros ocupam cargos pelo fato de alguns deles estarem em aberto para quem queira ocupar. Muitas vezes o prejuízo é irreparável, pois o dom e a experiência contam e muito para o bom andamento ministerial. Diante disso, as dores e as consequências por falta de gente talentosa, tem feito com que muitos serviços existam só pelo fato de existir, não agregando valor transformacional alguma na comunidade. Um pouco de um olhar minucioso na comunidade, se pode descobrir que o potencial da igreja está ali e precisa ser despertado e desafiado.
 A saúde das ações ministeriais é importante para que corra em seu fluxo livremente sem impedimento. Em muitos casos, como por exemplo, um líder mau humorado é evitado, ou no mínimo suporta-se em amor. Deve-se evitar excesso de manuais e normas, muito embora seja inevitável. O que vale aqui é o uso excessivo desses manuais, porque isso criaria o vício de muita justificativa e pouca ação, e de uma certa forma tolhe o espírito criativo dos colaboradores e engessa ações como normas.
Para compreender a motivação dos liderados, é preciso se colocar sob seu ponto de vista (empatia), mesmo que haja discordância em alguns casos, sabendo que se são ensináveis agregará valor no foco de toda equipe e propósito comunitário. O pastor deve conhecer os seus líderes e a sua comunidade, precisa saber quais são suas necessidades, prioridades, desejos e até caprichos. Uma forma de motivar os subordinados é ter alta expectativa em relação a eles e trata-los como parte importante de uma equipe montada com finalidades transformacionais que seja comum a todos.
Uma pequena porcentagem desses voluntários realmente é o que faz todo trabalho, por isso que precisa estar bem motivada, lembrando que não é um ato isolado, mas um processo que requer esforços continuados.  
Em muitas igrejas, cerca de vinte por cento das pessoas, ou até menos que isso, fazem oitenta por cento de todo labor. Diante de um número tão pequeno, sufoca o ministério pastoral com muitas outras tarefas cujo resultado final cai na qualidade o serviço, ou alguma coisa vai ficar a desejar.
O analista de liderança da Igreja Alan Hirsch citado por (Lane p.74) sugere que o declínio da Igreja evangélica contemporânea se deva ao fato de se reduzir sua liderança a duas funções, a do mestre e a do pastor. O resultado é esse que vemos em muitas comunidades, a pessoa do pastor com suas agendas superlotadas de tarefas, onde muitas destas atividades poderiam ser distribuídas por pessoas comprometidas de acordo com os dons ministeriais que Deus distribui no seio da sua Igreja. Sendo assim, a falta desses outros ministérios faz com que a pessoa do pastor se transforme em um clinico geral, obrigando-o incorporar em seu ministério uma série de outras atividades que de uma certa forma fragiliza o ministério pastoral.  Essa ideia de pastor clinico geral, pode até soar bonito e apontar para um certo dinamismo para quem ocupa o cargo, mas esse comportamento de clinico geral na verdade é ante bíblica, podendo até está em alta este tipo de prática ministerial em muitas comunidades, mas estagna sufocando o ministério pastoral causando danos.
 A escrituras sagrada soluciona o problema dizendo:
“...ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres...” (Efésios 4:11).  

Concordo com o que diz (Lane p.75) que se olharmos para a liderança na perspectiva funcional destes ministérios, pode-se afirmar, que acontecerá um certo equilíbrio e consequentemente não haverá sobrecarga na função do pastor. Descreve ele ainda a distribuição dessas atividades conforme se segue:
·         Apostolo é o empreendedor, o inovador e arquiteto cultural. Ele cria novos produtos ou serviços e desenvolve a organização.
·         Profeta é o contestador, aquele que reflete e promove questionamento e avaliação dos programas da igreja.
·         Evangelista é o comunicador, aquele que recruta pessoas para divulgar o ministério da igreja e conquistar adeptos.
·         Pastor é o cultivador das relações humanas. Ele motiva as pessoas e promove um ambiente de relacionamentos saudáveis.
·         Mestre é o pensador e filósofo da organização. Ele articula claramente a ideologia da organização.

Admiro a criatividade do apóstolo Paulo que com rara beleza ele esmiúça ainda mais essa verdade pela forma que escreveu a Igreja de Corinto, igreja essa que precisava e muito de organização:
 “Ora, vós sois corpo de Cristo; e individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? Ou todos profetas? São todos mestres? Ou operadores de milagres? ” (1Co.12:27-29) .

Claro que não poderemos limitar a capacitação que Deus concede aos seus oficiais. Aqui não se trata disso, sobre a quantidade de dons que cada um possa receber. Ao meu ver o que se destaca aqui é a organização como equipe, e o alivio de que não haja a sobrecarga em nenhum ministério. Aqui se explica o desgastes físico-emocional e até mesmo espiritual de muitos líderes. Sobrecarga, distribuição de tarefas, despertar talentos, administração do tempo, parece ser assuntos recorrentes e bastante atuais.
Comentando sobre esse assunto, (Lane p.77) diz que frequentemente hoje se entende os ministérios na igreja como se fosse uma hierarquia, enquanto na igreja primitiva tratava-se de uma distribuição de função cada uma com as suas características.  Sendo assim, a Igreja é o resultado do somatório de todas as suas ações ministeriais, cada ministério com a sua função visando o bem da manutenção e o aumento do corpo. De tudo que se pode fazer em termos de mudanças acontece aqui, na fonte de quem decide e faz acontecer. Penso que para solucionar os problemas e maximizar a performance das ações da Igreja e da comunidade, deve-se observar criteriosamente a função do pastor na comunidade. De antemão é bom destacar que a igreja neotestamentária é cristocêntrica, cuja firmeza se encontra nas escrituras sagradas e conta com a ação direta do Espírito Santo agindo e movimentando o povo de Deus em todas as suas ações.
Se faz necessário também perceber que a igreja não tem missão isolada, própria, ela abraça uma missão, a missão de Deus “missio Dei”. Sendo assim, a sua tarefa é transformar o ser humano para que ele adquira a sua dignidade que foi perdida com a queda no pecado (Kohl & Barro, p.105).
Dentro de muitas atribuições do pastor como líder, duas delas parecem cruciais para a função do pastor como ministério. Como traduz (Kohl & Barro, p.107 citando Lewis Chaney) ao dizer que o papel do pastor é o de capacitar ou equipar e não somente ser um pregador semanal.
 A verdade é que o discipulado é uma das tarefas mais difíceis dentre muitas outras atividades pastorais, talvez seja pelo fato de tal tarefa consumir muito tempo e energia do pastor. É justamente esse ministério que mais contribui não só para o crescimento da Igreja, como para uma melhor compreensão quanto ao papel do crente na sociedade.
Uma outra questão apontada por Kohl & Barro, é a falta da instabilidade econômica que assola o país, e por consequência também as nossas igrejas, levando muitos pastores a dividirem o tempo com outras atividades. Apesar de algumas delas sentirem-se confortáveis, isto não significa que cobrem de seus pastores resultados semelhantes às de um com tempo integral.
O maior ativo de uma Igreja é a pessoa do pastor, é a pessoa chave para o crescimento, principalmente quando ele é sensível ao Espírito Santo, considera as escrituras como autoridade suprema e que ora pela igreja ardentemente na prioridade de como capacitar e se desenvolver.
Um outro ponto que se deve considerar, é que o pastor é um inspirador de vidas ao empenhar-se na missio Dei.  De uma forma geral os membros da igreja, principalmente os neófitos, não possuem uma visão global da revelação divina e não compreendem o porquê foram salvos. Diante disso, o pastor funciona como um estimulador do rebanho sabendo que ele só estimula por aquilo que ele mesmo foi estimulado. Boa parte dos pastores é treinada para a manutenção da Igreja e como consequência disso, gasta muito tempo dando satisfação a denominação através de muitas reuniões. Diante desse impasse, destaco aqui que o crescimento da Igreja deveria encontrar o seu percurso na mobilização dos convertidos para a transformação da sociedade, muito embora considero também que toda organização interna da Igreja deve focar-se para que os seus resultados funcionem como uma luz no bairro, cidade e mundo, interagindo com a sociedade.
Considero de suma importância o que (Kohl & Barro p.115) traduz como solução estimulando o pastor a pesquisar a sua comunidade e de uma certa formar procurar entender a teologia do contexto. Com esse conhecimento, o pastor conhecerá o povo a quem vai ministrar. No entanto, ele deverá procurar a resposta para essas perguntas: Qual é o contexto da Igreja? Qual a situação do bairro? Como ele é composto socialmente? Quais são os principais problemas do bairro ou da cidade? Somado a isto, penso também, que para ajudar a solucionar a questão de conjuntura da igreja, é preciso que todas as áreas de ação da Igreja, de uma forma criteriosa, sejam revistas e reavaliadas, bem como a sua estrutura funcional, dons e ministérios.
Acredito que um planejamento estratégico como ferramenta de fomentação e transformação desse quadro organizacional, facilitará ajudando o pastor a descobrir o potencial comunitário não utilizado, bem como trará percepções de pontos positivos (fortes da comunidade) e negativos (fracos), levando a conhecer ainda as ameaças internas e externas, bem como as oportunidades que poderão se transformar em objetivos que servirão de desafios para despertar o potencial de pessoas que não foram descobertas ou oportunizadas.
Minha intenção nesse texto é apontar caminhos que de alguma forma possa elucidar ao pastor a ter alguns procedimentos que possam ser tomados para que haja uma mudança estrutural organizacional e de alguma forma associá-los ao uso dos dons ministeriais, e ao mesmo tempo ser caçador de talentos na sua comunidade para que venham acobertar os problemas que ali surgem.  Vejamos:
1 – Muito do potencial da Igreja e das organizações está ali sentado e ainda não foi descoberto.
2 – Muitos têm medo de assumir responsabilidades por falta de experiência e capacitação.
3 – Uma boa quantidade sofre por experiências doloridas do passado e é brecada pelo seu emocional achando que irá repetir-se os mesmos problemas traumáticos.
4 – Algumas são intimidadas por pessoas mais capacitadas.
5 – Por falta de treinamento e desconhecimento bíblico, não percebem ainda qual a sua função e sua utilidade na organização. Muitos passam anos a fio sem utilidade alguma.
6 – Outros estão ali só para receber a bênção e estão mais focados em sua atividade secular.
7 – Outras se sentem despreparadas, mal equipadas e desprovidas de qualquer dom.
8 – Um bom número não tem consciência das opções de trabalho que lhe está disponível e seu foco sensitivo encontra o seu conforto no seu ambiente secular de trabalho.
9 – Várias outras são egoístas, preguiçosas e indiferentes. Algumas não vão se envolver porque não se ocupam com nada mais além de si mesmas.
O que é que poderá ser feito para que essas organizações mudem esse quadro? Tenho convicção dentro de mim que o que está alistado abaixo fará toda diferença se for executado.
1 – Deve-se fazer uma reunião com a liderança da igreja para se descobrir os pontos fortes e fracos, as oportunidades e o potencial da organização junto as pessoas.
2 – Agendar entrevistas com os membros para expor as oportunidades. Você poderá conseguir modelos de entrevistas em livros de Recursos Humanos, ou pela internet. Um bom critério para o recrutamento pode ser baseado no (Salmo 15:1-5).
3 – Visionar toda organização quanto a missão de Deus “missio Dei” e definir valores.
4 – Associar os talentos e os dons como oportunidades de trabalho. Seguindo sempre esse raciocínio: PROBLEMAS + DIFICULDADES = MINISTÉRIO. Sabendo que Deus escolhe e separa gente talentosa para assumir cargos e funções no seu corpo. (cf. Efésios 4:11-14)
5 – Fazer funcionar um meio com que o novo membro passe por um desenvolvimento na organização (discipulado) até ser alocado em uma função que andem lado a lado eficácia e eficiência ministerial. Para isso é necessário criar vários níveis de responsabilidades que possa envolvê-lo e levá-lo ao amadurecimento de uma função futura permanente, criando processos que vá acontecendo já na prática com funções básicas. (cf. Êxodo 18:20-22).
6 – Ensinar e expondo a visão do sacerdócio universal dos crentes. Todos têm um dom pelo qual podem participar de alguma atividade no corpo de Cristo. Descobri-lo é chave.  Existe ferramenta apropriada para elucidar este descobrimento. (cf. 1Pedro 2:5-9;  Mateus 25:15; Romanos 12:6; 1Coríntios 12:4).
7 – Desenvolver séries de compromissos realistas para que as pessoas possam dividir essas responsabilidades. Divisão de tarefas e equipes focadas em ministérios é uma boa ideia. (cf.1Crônicas 18:14-17; Lucas 9:1-10)
8 – Promover o rodízio entre a liderança, sempre dentro do possível, para criar um espaço inovador e criativo para novas pessoas.
9 – Elogiar as equipes e os ministérios. Se capacitem juntos, bem como tenham também sempre um período de lazer e descontração com todos que fazem a comunidade funcionar. Jesus tinha uma equipe (cf. Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11; João 1:35-42).
10 – Promover as pessoas de acordo com o seus dom e talento, e nunca por outro motivo. Prepare e empodere essas pessoas através de treinamento e o forjamento de um caráter integro e Deus abençoará pode ter certeza.

Romildo Gurgel
FONTE:
1 – Apostila do curso Teologia Bíblica da Liderança – William Lacy Lane – p.21,25,26,74
2 –  Texto do curso Teologia Bíblica da Liderança  - O Papel do Pastor na Transformação da Sociedade – Manfred W. Kohl  & Antônio Carlos Barro, p.105,107-112
3 – Texto do curso Teologia Bíblica da Liderança – O Papel do Pasto na Transformação da Sociedade –Manfred W. Kohl & Antônio Carlos Barro, p.115
4 - Bosh J. David. Missão Transformadora. Editora Sinodal. São Leopoldo/RS. 1998.p.463.
5 – Bíblia Liderança Cristã com notas de John C. Maxwell – SBB, pp.961
Extraído e estratificado com diversos acréscimos e modificações.
6 – Recursos humanos Princípios e Tendências. Francisco Lacombe. Editora Saraiva, pp.143.
7 – Bíblia Vida Nova – Comentário do Dr. Russell P.Shedd, p.148 - Editora Vida
8 – Chave Bíblica – SBB
9 – Bíblia NVI – Editora Vida
10 – Concordância Bíblia – SBB.

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