Por Josué Campanhã
Quando olhamos para o texto de Atos 2.42-47, vemos os primeiros passos dos cristãos primitivos na constituição da Igreja. A Bíblia mostra centenas de pessoas reunidas em torno de um único objetivo: glorificar a Deus.
Eles desejavam ser uma Igreja viva para o Senhor. Não queriam realizar uma porção de atividades para que isso os caracterizasse como igreja.
Ser uma igreja para glorificar ao Senhor fazia com que eles se reunissem nas casas, onde os cristãos se relacionavam. Eles queriam estar juntos porque isso fazia bem a todos e, ao mesmo tempo, fortalecia-lhes a fé individual.
Tal relacionamento próximo fazia com que os primeiros cristãos sentissem as necessidades uns dos outros. Assim, essa sensibilidade gerava comunhão espiritual e repartir do pão - eles chegavam ao ponto de vender as propriedades particulares para ajudar os que precisavam.
Aqueles cristãos sentiam as dores e alegrias uns dos outros, tudo através do relacionamento mútuo que mantinham.
Os apóstolos não precisavam promover um programa especial, uma campanha, uma reunião dos jovens ou das senhoras para apelar às pessoas que olhassem as necessidades umas das outras.
Além disto, os apóstolos não se reuniam para traçar um extenso calendário de atividades espirituais, esportivas e sociais que envolvessem os membros da igreja ou aqueles que dela estivessem afastados.
A Bíblia diz que "perseveravam unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração".
De quando em quando é bom lembrarmos como vivia a Igreja primitiva e compará-la com o que vivemos hoje.
Eles experimentavam um cristianismo de relacionamento e nós, muitas vezes, praticamos um cristianismo de atividades.
Ao invés de nos relacionarmos uns com os outros, sentindo as necessidades dos irmãos e procurando crescer mutuamente na fé, precisamos que a liderança da igreja marque uma porção de atividades que nos unam para fazermos aquilo que deveria acontecer espontaneamente.
Só existe cristianismo de relacionamento quando estamos dispostos a ser discípulos e a fazer discípulos.
O discipulado é o tipo de relacionamento que Jesus estabeleceu e nos deixou para nos relacionarmos com outros cristãos.
Há algumas questões que nos confrontam quanto ao tipo de envolvimento que temos com nossos irmãos.
Por exemplo - no último mês, você iniciou um relacionamento com um novo crente e se dispôs a discipulá-lo?
Você orou pessoalmente ou por telefone, esta semana, por (com)alguém?
Nos últimos 15 dias, você contou para as pessoas algo que Deus fez em sua vida? E você sabe quais foram as coisas mais marcantes que Deus fez na vida das pessoas que estão próximas a você na igreja?
Conforme a profundidade das respostas é que poderá ser medido o tipo de relacionamento que você mantém com as pessoas. Pense nisso e comece a mudar.
ECLÉSIA - ANO 9 - EDIÇÃO 100
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